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ENERGIA ELÉTRICA
Bento Albuquerque participa de posse de novo diretor da Itaipu Binacional
Bento Albuquerque participa de posse de novo diretor da Itaipu Binacional - Foto: Isac Nóbrega/PR
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, e os Ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, participaram, nesta terça-feira (22/02), no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF), da cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Almirante Anatalicio Risden Junior.
“Conheço, de muitos anos e outras jornadas, as suas capacidades profissionais e sua dedicação ao interesse público, incluindo relevantes serviços prestados na gestão econômica de grandes projetos e no correto gerenciamento de importantes orçamentos. Não poderia haver alguém mais talhado para estar à frente da diretoria-geral brasileira”, afirmou Bento Albuquerque sobre o novo diretor-geral brasileiro da empresa.
Bacharel em Ciências Navais, com especialização em Intendência para Oficiais, o Almirante Risden tem pós-graduação em Administração Financeira pela Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também tem mestrado em Ciências Navais e doutorado em Altos Estudos de Política e Estratégia – Marítimas.
De março de 2008 a abril de 2015, ele foi diretor de Coordenação do Orçamento da Marinha (COrM) e responsável pelo diálogo institucional entre a Força Naval e demais órgãos do orçamento federal, como o Ministério da Defesa, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento. Nesse período, conduziu as tratativas que resultaram no modelo financeiro que viabilizou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).
De 2015 a 2019, atuou como consultor da Fundação Getúlio Vargas. Em 2018, compôs a equipe econômica de transição do governo Bolsonaro. O Almirante Risden assumiu o cargo de diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional em 26 de fevereiro de 2019.
“A Itaipu Binacional mais do que representa 11% da nossa energia limpa. Itaipu também gera obras na região, além da segunda ponte do Paraguai, temos a terceira da região de Porto Murtinho, que vai fazer nossa ligação transoceânica. E, também, porque Itaipu atende mais de 40 municípios do oeste do Paraná”, destacou o presidente Jair Bolsonaro.
“Em 2019, ao assumir o cargo de diretor financeiro executivo, pude compreender mais profundamente a dimensão do empreendimento estratégico, que movimenta as áreas de geração de energia, diplomacia, social e ambiental”, disse o almirante Anatalicio Risden Junior.
Os governos do Brasil e do Paraguai têm a atribuição de nomear a Diretoria Executiva da Itaipu Binacional, por meio de indicação da Eletrobras e da Administración Nacional de Electricidad (ANDE). Para cada cargo reservado a um país, há um posto equivalente destinado à outra margem da usina.
“Itaipu chegará ao seu jubileu de ouro com plena saúde financeira. É um exemplo de cooperação e um êxito histórico de nossa política energética”, destacou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Gestão
Além do aporte financeiro, entre os bons resultados de gestão neste período está a firmação do contrato da potência da Itaipu por longo prazo (2019-2022), uma iniciativa inédita na história da usina e que permitiu previsibilidade orçamentária à entidade.
Os escritórios da Itaipu foram todos centralizados em Foz do Iguaçu (PR), onde está instalada a hidrelétrica, reduzindo gastos com despesas de viagens, gastos com aluguel e de manutenção de outras estruturas. As atividades na capital paranaense foram todas encerradas em janeiro de 2020. Cálculos feitos pela área financeira da Itaipu mostraram que a economia acumulada até 2023 atingirá R$ 7 milhões.
As medidas preparam a entidade para 2023, quando está prevista a renovação do Anexo C do Tratado de Itaipu, espécie de constituição que rege o acordo diplomático entre os dois países, o que pode indicar novos parâmetros para a geração e comercialização de energia. Os negociadores são do Ministério de Relações Exteriores e do Ministério de Minas e Energia. Itaipu integra um grupo de trabalho para dar suporte nas questões técnicas.
Hoje, a empresa está preparada para diferentes cenários, inclusive o de livre comércio de energia (inviável na atualidade) e a produção a partir de fontes alternativas, como solar (o atual acordo limita a geração aos recursos hídricos). Itaipu produz cerca de 8,4% da energia brasileira e quase 85,6% da paraguaia.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,8 bilhões de MWh.
O aporte de investimentos do lado brasileiro soma mais de R$ 2,5 bilhões (R$ 1 bilhão nas obras de modernização do sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão de Furnas e R$ 1,5 bilhão em infraestrutura). A criação de empregos ultrapassa os 2.500 postos de trabalho. A maioria das obras fica em Foz do Iguaçu e região, dentro da área de abrangência da Itaipu, compreendida por 55 municípios paranaenses e um sul-mato-grossense. Os aportes financeiros têm como foco o desenvolvimento econômico e social da região.
Entre as obras estruturantes, a mais vultuosa é a construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, iniciada em agosto de 2019. A estrutura conectará Foz do Iguaçu, no Brasil, ao município de Presidente Franco, no Paraguai. As obras estão com mais de 76% da construção concluída. O investimento no projeto é de R$ 323 milhões.
Fotos: Isac Nóbrega/PR
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