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SUSTENTABILIDADE
Turismo regenerativo é apontado como caminho para transformação social e ambiental
Imagem: Henrique Huff/MTur
Em um espaço que conecta diferentes vozes e experiências sobre o futuro do planeta, o estande do Ministério do Turismo na COP30, em Belém (PA), recebeu nesta quarta-feira (12), o painel “Turismo Regenerativo: memória e desenvolvimento sustentável”. A atividade reuniu representantes do poder público e especialistas para discutir como o turismo pode atuar servir de ferramenta de reconstrução ambiental, social e econômica.
O debate foi mediado por Juliana Oliveira, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Turismo, que destacou a importância do tema na agenda climática nacional.
“O objetivo do painel é apresentar o tema do turismo regenerativo, que vem sendo amplamente debatido pela academia e pela sociedade civil, e refletir sobre sua relação com a governança climática, os dados territoriais e as políticas de adaptação”, explicou Juliana.
Ela lembrou que o Brasil enfrentou, em 2024, dez eventos climáticos extremos, três deles sem precedentes – a exemplo das chuvas no Rio Grande do Sul e da seca na Amazônia –, evidenciando a necessidade de fortalecer a compreensão dos riscos e a resposta a emergências.
“O turismo regenerativo propõe uma mudança de paradigma: não se trata apenas de reduzir impactos, mas de repensar o turismo e reestruturar ecossistemas e comunidades”, completou Juliana Oliveira.
Já a coordenadora de Emergências do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Cinthia Miranda, reforçou o papel da proteção social diante das crises climáticas.
“As pessoas mais vulneráveis são as que menos contribuem para as mudanças climáticas, mas as que mais sofrem com seus efeitos. É fundamental garantir acolhimento, acesso à renda e apoio psicossocial às famílias atingidas”, defendeu Cinthia.
REGENERAÇÃO – Durante o bate-papo, o deputado federal Pedro Aihara, bombeiro militar com experiência em desastres ambientais, apontou a capacidade transformadora do turismo regenerativo nos territórios afetados por tragédias como a de Brumadinho (MG).
“Brumadinho é lembrada pela tragédia, mas tem um enorme potencial turístico e cultural. O turismo pode ajudar a cicatrizar feridas e transformar cidades que foram palco de dor em espaços de reconstrução e cidadania”, comentou Aihara.
A deputada Tábata Amaral, também presente no debate, ressaltou a necessidade de políticas públicas transversalidade na agenda climática.
“O turismo regenerativo é uma oportunidade de repensar o desenvolvimento e fazer mais, de um jeito diferente e sustentável. Precisamos de criatividade e integração entre políticas públicas – como as do Meio Ambiente e do Turismo –para que os planos de adaptação se tornem realidade e tragam benefícios concretos para as comunidades mais vulneráveis”, explicou a parlamentar.
O painel reforçou o compromisso do Ministério do Turismo com a promoção de um turismo sustentável e inclusivo, alinhado às metas globais de adaptação climática e à economia regenerativa, que busca não apenas minimizar danos, mas gerar benefícios duradouros para pessoas e territórios.
PROGRAMAÇÃO - O estande do Ministério do Turismo terá uma programação robusta e estratégica ao longo das duas semanas da COP30. No Auditório Carimbó, especialistas nacionais e internacionais participak de debates de alto nível sobre turismo regenerativo, financiamento climático, justiça ambiental e a valorização de comunidades tradicionais, promovendo reflexões essenciais para o futuro do setor. Além da agenda de painéis, o MTur aproveitará o espaço para lançar produtos fundamentais voltados à adaptação climática do turismo, entre eles a Trilha Amazônia Atlântica, o Mapeamento do Turismo em Comunidades Indígenas, a série “Pelos Rios da Amazônia” e o Plano de Adaptação Climática do Turismo Brasileiro, reforçando o compromisso do Brasil com inovação e sustentabilidade.
Por Lívia Albernaz
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo