Revive Brasil

Programa Revive - Brasil
Por meio do protocolo de cooperação entre Portugal e Brasil, assinado em março de 2020, o programa Revive pretende recuperar patrimônios históricos e culturais subutilizados e degradados para aproveitamento turístico e geração de emprego e renda no Brasil.
A intenção é que os patrimônios, hoje em estado de deterioração, sejam recuperados pela iniciativa privada para utilização de parte do imóvel para empreendimentos turísticos como hotéis, restaurantes, espaços culturais e outros atrativos. Para isso serão realizadas licitações para concessão dos espaços.
Apresentamos a seguir uma lista de ativos já qualificados pelo Programa Revive:
Fazenda Pau D’Alho

Construída em 1817, a Fazenda Pau D`Alho no município de São José do Barreiro é um dos mais antigos estabelecimentos rurais destinados exclusivamente à monocultura do café, suas edificações organizadas em torno de terreiros constituem além de importante marco da história e da economia que caracterizou a transição entre a Colônia e o Império, um dos mais belos exemplares da arquitetura produzida no Brasil, durante todo o século XIX.
O conjunto arquitetônico é composto pala casa grande, terreiro, senzala, cavalariça, tulha, oficinas, prédio da bateria de pilões e roda d’agua, dois moinhos e depósitos. Além deste conjunto, o complexo conta com uma construção não finalizada de 10 quartos em alvenaria.
O local se apresenta com grande potencial de uso, com um projeto adequado e focado no seu perfil histórico, o espaço poderia ser um equipamento cultural de exposição e memória do café, resgatando suas origens, ou ainda, com investimentos corretos, uma combinação de equipamento cultural e comercial.
Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá
O Forte Orange foi construído em 1631, na entrada sul do canal de Santa Cruz, na ilha de Itamaracá, pelos holandeses para desembarque e embarque de navios.
Em 1631, na entrada sul do canal de Santa Cruz, na ilha de Itamaracá, em Pernambuco, os holandeses construíram o Forte Orange, com a finalidade de proteger o acesso ao desembarque e embarque de navios destinados aos portos de Igarassu e Vila da Conceição (posteriormente, Vila Schkoppe).
Em 1654, com a derrota dos holandeses, o Forte Orange ficou totalmenteem ruínas. Entretanto, como a Capitania de Itamaracá voltava a ser propriedade dos portugueses, eles restauraram o forte em 1696 e trocaram os antigos símbolos flamengos pelas armas do Reino de Portugal.
No ano de 1745, aquela fortificação militar se encontrava bem provida de material bélico: 26 peças de ferro, calibres 5 a 28, e 3 peças de bronze, calibres12 a 20.
Em um levantamento realizado pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco, em 1971, foram identificados os alojamentos, a cozinha, os paióis e a capela do primitivo forte (quando ele era ainda propriedade dos holandeses), além de munições e canhões de calibres variados.
Antiga Estação Ferroviária de Diamantina
Localizada em Diamantina, Minas Gerais, a Estrada de Ferro Central do Brasil que ligou Diamantina a Corinto, a Curvelo, a Belo Horizonte e ao litoral, foi inaugurada em 1914 pela E. F. Vitória a Minas, que, depois, em 1923 o repassou à Central do Brasil.
Esse terminal ferroviário funcionou até o início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados, oficialmente o trecho somente foi suprimido pela RFFSA em 1994. Atualmente, o Corpo de Bombeiros da cidade ocupa o prédio e a estação marca o início da Trilha Verde da Maria Fumaça.
Fortaleza Santa Catarina

A construção primitiva data de 1585 e foi construída, em taipa de pilão, pelo alemão Cristóvão Linz, por iniciativa do Capitão-mor Frutuoso Barbosa, em local por ele escolhido, sendo batizada de Fortaleza de Santa Catarina. Quando o capitão deixou Cabedelo, a fortaleza foi destruída pelos indígenas, sendo reconstruída no início do século XVII. Resistiu aos ataques holandeses até 1634, quando por fim estes tiveram vitória. Em 1637, o Conde Maurício de Nassau, a rebatizou com o nome de Forte Margarida, sofrendo reformas comprovadas pela presença de tijolos holandeses. Com a restauração do domínio português em 1654, a fortaleza recuperou seu antigo nome de Santa Cantarina, pois a capelinha em seu interior era dedicada a essa santa com sua bela imagem barroca.
Era conhecida também por Fortaleza do Cabedelo ou Forte do Matos (em homenagem ao seu segundo comandante João de Matos Cardoso). Em 1698, passou por nova remodelação, que lhe deu sua forma atual. As pedras de cantaria vieram de Lisboa como lastro de navio e o projeto do Sargento-mor Pedro Correia Rebello, com alterações do engenheiro Luis Francisco Pimentel. Em 1703, D. Pedro II de Portugal mandou fazer reparos, e quando sua irmã Dona Catarina assumiu a regência do trono, mandou fazer obras para melhor aparelhar a fortaleza. Entre 1729 e 1734 foi coberto o corpo da guarda e feita a abóbada do portão. Em 1817 caiu em mãos dos revolucionários republicanos. Passou por um longo período de abandono, até ficar em ruínas. Foi restaurada pelo IPHAN, entre 1974 e 1978, de acordo com a planta do século XVIII.
O imóvel, de propriedade da União, é administrado, desde 1992, pela Fundação Fortaleza de Santa Catarina.
Para mais informações sobre o Programa Revive, entre em contato com a equipe do Ministério do Turismo: (61) 2023-7150 ou envie uma mensagem para: parcerias@turismo.gov.br
Editais - 2025
Avisos de Consulta Pública N° 1/2025 e N° 2/2025 - Projeto de Concessão da Fazenda Pau D'Alho
Aviso de Consulta Pública N° 3/2025 - Projeto de Concessão da Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá
