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SUSTENTABILIDADE
Ministro da Previdência Social reforça a importância da sustentabilidade previdenciária durante evento internacional
“O Brasil reafirma seu compromisso com uma previdência inclusiva, moderna e responsável, alinhada aos princípios das finanças sustentáveis e da transição justa”, afirmou o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, durante a abertura do PRI in Person, nesta terça-feira (4), em São Paulo. Promovido pela Principles for Responsible Investment (PRI), iniciativa apoiada pela ONU, o evento segue até o dia 6 de novembro e reúne líderes governamentais, gestores de fundos e especialistas para debater a integração de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas políticas e investimentos.
Wolney Queiroz reafirmou que o Brasil possui um dos maiores sistemas de proteção social do mundo. “Só em agosto deste ano, foram pagos 41,4 milhões de benefícios, injetando R$ 83,7 bilhões na economia mensalmente. Isso é quase R$ 1 trilhão por ano”. Além da proteção para aqueles que contribuem pelo INSS, também há os servidores públicos dos Regimes Próprios de Previdência Social. São cerca de 4,5 milhões de pessoas protegidas neste regime, com ativos acumulados de R$ 350 bilhões. Na Previdência Complementar, de natureza privada, essa proteção alcança quase 1 milhão de beneficiários. “A Previdência é, de fato, o principal motor de dinamismo econômico e coesão social do Brasil”, destacou o ministro.
Ao lembrar que o país sediará o maior evento sobre mudanças climáticas do mundo, a COP 30, em novembro no Pará, Wolney Queiroz afirmou que a Previdência Social tem sido instrumento vital de resiliência. “Durante as trágicas enchentes no Rio Grande do Sul e os deslizamentos em Petrópolis (RJ), antecipamos pagamentos e liberamos parcelas extras, com um repasse emergencial de R$ 1,21 bilhão só em 2023. Isso prova que a proteção social e a proteção ambiental não são agendas concorrentes, elas são interdependentes”.
Destacou ainda que a convergência entre finanças responsáveis e proteção social é o único caminho para um desenvolvimento equilibrado. “Atualizamos, por exemplo, as diretrizes de investimento das nossas entidades fechadas de previdência complementar, ampliando as possibilidades de investimento em debêntures verdes, créditos de carbono e Fiagros sustentáveis, sem comprometer a segurança dos benefícios”.
Por fim, reiterou que a Previdência Social é a ferramenta mais poderosa para garantir a inclusão dos mais vulneráveis. “Apoiamos políticas robustas de inclusão. As mulheres representam 58% dos nossos beneficiários e são o principal público das medidas de proteção. Incentivamos a educação financeira e previdenciária. Nossos programas, como o "Poupadores do Futuro" e o “Programa de Educação Previdenciária”, alcançaram juntos mais de 740 mil pessoas só em 2024”.
Após a abertura do ministro da Previdência Social, foi realizado o Painel sobre o Roteiro de Finanças Sustentáveis do Brasil (Brazil Sustainable Finance Roadmap Report), que contou com a participação da subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Reis; da chefe da Gerência de Sustentabilidade e de Relacionamento com Investidores Internacionais de Portfólio do Banco Central, Isabela Damaso; da superintendente de Orientação aos Investidores e Finanças Sustentáveis da Comissão de Valores Mobiliários, Nathalie Vidual; e o superintendente da Área de Mercado de Capitais, Investimentos e Participações do BNDES, Marcelo Marcolino.
PRI in Person
Apoiados pelas Nações Unidas, o evento anual é a principal conferência mundial sobre investimento responsável, reunindo mais de 5 mil signatários, que fazem a gestão de mais de 128 trilhões de dólares em ativos, sendo referência mundial na promoção de finanças sustentáveis. Tem como objetivo apresentar as últimas tendências, discutir as melhores práticas e interagir com participantes do mundo todo.
A conferência deste ano é o 17º evento anual e primeira visita à América Latina em mais de dez anos. O programa conta com especialistas de países signatários dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), formuladores de políticas e a comunidade financeira em geral.