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FORÇA-TAREFA
Força-Tarefa deflagra operação para investigar grupo suspeito de divulgar dados de segurados do INSS
A Força-Tarefa Previdenciária realizou nesta quinta-feira (03), no Paraná, a Operação Big Data para investigar um grupo suspeito de divulgar dados sigilosos de segurados do INSS com o objetivo de atrair clientes de forma ilegal. Durante a ação, houve o confisco de documentos e equipamentos eletrônicos.
Foram cumpridos três mandados de buscas e apreensão, sendo dois na cidade de Curitiba (PR), onde funcionam sedes das empresas investigadas, e um em Viamão (RS), no endereço residencial de um dos envolvidos. Além disso, a Justiça Federal também autorizou medidas cautelares de quebra de sigilo telemático dos dispositivos apreendidos.
De acordo com as investigações, o grupo teria como modus operandi a obtenção não autorizada de informações protegidas, acerca de processos de benefícios, que seriam posteriormente utilizadas para contatar os segurados por aplicativos de mensagens, oferecendo serviços advocatícios ou administrativos.
A suspeita é de que empresas estariam vinculadas a escritórios de advocacia, beneficiando-se comercialmente do acesso irregular a dados restritos. As apurações indicam ainda que os dados teriam sido coletados, organizados e disponibilizados com alto grau de segmentação, sugerindo a atuação de uma organização criminosa.
Não foram identificados benefícios concedidos irregularmente, nem, até o momento, o envolvimento de servidores do INSS.
A apuração é conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) do Ministério da Previdência Social (MPS), com base em notícia-crime apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraná.
Os responsáveis poderão ser condenados a penas de 01 a 04 anos de detenção, e multa.
Há 25 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate eficaz a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.