Mãe Stella de Oxóssi nasceu em Salvador, em 2 de maio de 1925, filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos. Enfermeira de formação, iniciou sua trajetória religiosa aos 13 anos no Ilê Axé Opô Afonjá, onde recebeu o nome Odé Kayodê. Em 1976, foi escolhida como a quinta iyalorixá do terreiro, afirmando sua liderança espiritual e intelectual. Tornou-se referência nacional pela defesa do candomblé e da herança africana no Brasil. Em 1999, obteve o reconhecimento do IPHAN para o terreiro como patrimônio cultural. Em 2013, entrou para a Academia de Letras da Bahia como a primeira mulher negra e mãe-de-santo a ocupar tal posição. Sua escrita e atuação marcaram profundamente a vida religiosa e cultural do país.
Notícias
Mãe Gilda
Mãe Gilda de Ogum, nascida Gildásia dos Santos e Santos, fundou em 1988 o Ilê Axé Abassá de Ogum, em Itapuã, Salvador, após ser iniciada no Candomblé em 1976. Tornou-se yalorixá sete anos depois e registrou oficialmente seu terreiro em 6 de outubro de 1988. Reconhecida como liderança religiosa e ativista, dedicou-se à luta por melhorias sociais no bairro de Nova Brasília. Mãe Gilda sofreu ataques de intolerância religiosa que afetaram sua saúde e contribuíram para sua morte em 21 de janeiro de 2000. Sua filha, Jaciara Ribeiro, moveu ação judicial contra a Igreja Universal. Em sua homenagem, a data virou marco nacional de combate à intolerância religiosa.
Mãe Menininha
Mãe Menininha do Gantois nasceu em Salvador, em 10 de fevereiro de 1894, no seio de uma linhagem ancestral ligada ao Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê. Descendente de africanos da região de Agbeokuta, na Nigéria, foi escolhida ainda menina para conduzir os cultos do terreiro fundado por sua bisavó. Assumiu a liderança espiritual aos 28 anos e se destacou na defesa do candomblé em um período de severa repressão. Com firmeza e sabedoria, enfrentou restrições legais, dialogou com autoridades e ampliou o respeito social à sua religião. Conquistou espaço para as tradições afro-brasileiras dentro e fora dos templos. Morreu aos 92 anos, reverenciada como símbolo de coragem, fé e dignidade.
Malcolm X
Malcolm X nasceu em 1925, no Nebraska, filho de militantes negros perseguidos pela violência racista. Perdeu o pai assassinado e viu a mãe internada, vivendo então em abrigos. Após ser rejeitado por querer ser advogado, envolveu-se com crimes e foi preso em 1946. Na prisão, mergulhou nos livros e aderiu à Nação do Islã, adotando o “X” como símbolo do nome africano perdido. Tornou-se o principal porta-voz da organização, defendendo o orgulho negro e o combate firme ao racismo. Rompeu com a entidade ao descobrir incoerências internas e criou a Organização da Unidade Afro-Americana. Foi assassinado em 1965, aos 39 anos, após denunciar as ameaças que sofria. Sua trajetória influenciou gerações e inspira movimentos negros até hoje.
Marcílio Luiz Pinto - Cabo Marcílio
Marcílio Luiz Pinto, o Cabo Marcílio, nasceu em 1917 em Caconde (SP) e ingressou nas Forças Armadas em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. Serviu na Força Expedicionária Brasileira e combateu na Itália, onde participou de ações estratégicas que levaram à rendição de milhares de soldados alemães. Recebeu a Silver Star, a mais alta condecoração militar americana para estrangeiros, por sua bravura em combate no dia 8 de novembro de 1944. Também foi agraciado com duas Cruzes de Combate, medalha da FEB, mérito cívico da Câmara de Marília e medalha Marechal Rondon. Casou-se com Rosa Scarasati Pinto, com quem teve cinco filhos. Faleceu em Adamantina, em 31 de julho de 1993.
Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, Maranhão, em 11 de outubro de 1825, e destacou-se como pioneira da literatura afro-brasileira. Filha de Leonor Felipe dos Reis e de pai não reconhecido oficialmente, conquistou, em 1847, o cargo de professora pública, marco importante para mulheres negras no Brasil imperial. Em 1859, publicou Úrsula, primeiro romance abolicionista da literatura nacional escrito por uma mulher. Ao aposentar-se, fundou uma escola mista e gratuita em Guimarães, cidade onde viveu seus últimos anos. Em 1887, lançou A Escrava, reforçando sua luta contra a escravidão. Morreu aos 92 anos, em 11 de novembro de 1917. Décadas depois, teve sua trajetória resgatada por José Nascimento Morais Filho.
Marina Silva
Maria Osmarina Marina Silva nasceu em 1958, em Rio Branco, no Acre, filha de seringueiros. Enfrentou adversidades desde a infância, perdeu a mãe ainda jovem, trabalhou como empregada doméstica e só começou a estudar na adolescência. Com rapidez e determinação, formou-se em história e pedagogia, tornando-se uma das principais vozes na defesa da Amazônia. Ao longo de sua trajetória, foi vereadora, deputada estadual, senadora e ministra do Meio Ambiente, ganhando destaque nacional e internacional. No governo Lula, liderou o Plano de Prevenção ao Desmatamento da Amazônia Legal. A iniciativa reduziu o desmatamento em 57% em três anos. Sua vida traduz a resistência da floresta em forma de mulher.
Martinho da Vila
Martinho da Vila nasceu em Duas Barras (RJ), em 1938, e se consagrou como um dos mais importantes sambistas do Brasil. Iniciou a carreira musical nos anos 1960, e logo alcançou sucesso com “Casa de Bamba”. Tornou-se o primeiro sambista a vender um milhão de cópias, e ajudou a internacionalizar a música negra ao trazer artistas africanos ao país. Atuou como ativista cultural e liderou iniciativas como o Grupo Kizomba e o Concerto Negro. Como escritor, publicou 13 livros e colaborou com jornais e revistas. Seus enredos para a Unidos de Vila Isabel marcaram a história do carnaval brasileiro.
Madame Satã
Madame Satã, nome adotado por João Francisco dos Santos, nasceu em 1900, em Glória do Goitá (PE), e tornou-se ícone da malandragem carioca. Negro, homossexual e analfabeto, enfrentou o racismo, a pobreza e a repressão policial com coragem e teatralidade, tornando-se figura lendária na Lapa boêmia. Destacou-se como capoeirista, cozinheiro e folião, tendo criado sua famosa fantasia no carnaval de 1938. Passou mais de 27 anos preso, onde conviveu com presos políticos como Prestes. Viveu com a mesma mulher e criou seis filhos. Até hoje, segue inspirando arte, política e memória.
Martin Luther King
Martin Luther King nasceu em Atlanta, em 1929, e assumiu o púlpito e a luta por justiça com a mesma firmeza. Pastoreou almas e marchou com corpos negros pelas ruas da segregação, armado apenas pela fé na não violência. Liderou boicotes, discursou diante de multidões e enfrentou o ódio com palavras que movem montanhas. Tornou-se o rosto do sonho de liberdade, o mesmo que o assassinato em 1968 tentou silenciar. Recebeu o Nobel da Paz aos 35 anos, como símbolo da resistência pacífica. Sua voz ainda ressoa nas praças, escolas e corações. “Livre afinal”, ele permanece.
Mercedes Baptista
Mercedes Baptista nasceu em Campos dos Goytacazes e se tornou a primeira bailarina clássica negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Formada por Eros Volúsia, Mercedes uniu o balé clássico à ancestralidade afro-brasileira, criando uma linguagem coreográfica própria. Na década de 1960, estruturou o balé afro, a partir de movimentos inspirados nos rituais do candomblé e nas danças populares. Em 1963, coreografou a comissão de frente do Salgueiro, marcando a história do Carnaval. Atuou no exterior e recebeu inúmeras homenagens. Faleceu em 2014, aos 93 anos, deixando um repertório que moldou a dança afro no Brasil.
Mestre Bimba
Mestre Bimba, nascido em Salvador em 1900, fundou a Capoeira Regional ao adaptar elementos do batuque e do candomblé a um método de ensino sistemático. Iniciou-se na capoeira ainda menino e, aos 18 anos, já dava aulas em esquinas e terreiros. Em 1937, realizou uma apresentação para o presidente Getúlio Vargas, ganhando reconhecimento oficial e legitimando sua academia como a primeira do país. Defendia disciplina, exigia que seus alunos estudassem ou trabalhassem e valorizava a capoeira como caminho de elevação moral. Seu método marcou a profissionalização da arte e sua entrada na modernidade.
Milton Santos
Milton Santos construiu um pensamento geográfico radicalmente comprometido com a realidade brasileira e com os povos do Sul global. Defensor de uma geografia crítica, produziu reflexões que romperam com modelos eurocentrados e propôs uma leitura do território como espaço de conflito, desigualdade e resistência. Intelectual generoso, formou discípulos no Brasil e no exterior, enfrentou o exílio durante a ditadura e seguiu publicando obras de impacto internacional. Suas contribuições atravessaram fronteiras disciplinares, influenciando estudos em sociologia, urbanismo e economia. Recebeu o Prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel da Geografia, em 1994. Morreu em 2001, mas suas ideias seguem pulsando.
Milton Nascimento
Milton Nascimento nasceu no Rio de Janeiro em 1942, mas foi em Minas Gerais que fincou raízes e construiu sua identidade musical. Criado em Três Pontas por pais adotivos ligados à música e à comunicação, começou a cantar ainda adolescente em bailes locais. Ao lado de Wagner Tiso, formou o conjunto “Luar de Prata” e mais tarde integrou grupos importantes na cena mineira. Sua carreira nacional despontou em 1966, com a gravação de sua primeira música e, no ano seguinte, com a consagração no Festival Nacional da Canção com “Travessia”. Voz única da MPB, Milton se tornou símbolo de resistência e ternura, marcando gerações com canções como “Maria, Maria”, “Coração de Estudante” e “Canção da América”. Reconhecido internacionalmente, conquistou o Grammy em 1998 e se apresentou em todos os continentes.
Miriam Makeba
Zenzile Miriam Makeba nasceu em Joanesburgo e transformou sua voz em instrumento de denúncia contra o apartheid. Ganhou projeção internacional após sua participação no documentário Come Back, Africa, em 1960, que lhe custou décadas de exílio. Após denunciar a segregação racial na ONU, teve sua nacionalidade cassada e seus discos proibidos na África do Sul. Tornou-se símbolo da luta antirracista no mundo, celebrando com sua música as independências africanas. Em 1965, foi a primeira mulher negra a receber um Grammy, dividindo o prêmio com Harry Belafonte. Voltou à África do Sul na década de 1990, já com Mandela livre. Seis anos depois, lançou o álbum Homeland, marcando sua reconexão com a terra natal.
Mãe Biu de Xambá
Filha de Ogum e iniciada por Maria Oyá e Artur Rosendo, Mãe Biu do Portão do Gelo marcou a história da Nação Xambá no Brasil. Nascida em 1914, em uma família de raízes religiosas profundas, enfrentou perseguições do Estado Novo, que manteve seu terreiro fechado por 12 anos. Com coragem e sabedoria, fundou a sede definitiva do templo em 1950, em Olinda, território reconhecido como quilombo urbano. Liderou o terreiro por quatro décadas ao lado da irmã Tila, mantendo vivas as tradições do culto afro-brasileiro. Mesmo analfabeta, garantiu a transmissão dos saberes por meio de registros orais e parcerias. Reverenciada como a maior referência da Nação Xambá, faleceu em 1993, aos 78 anos.
CHAMAMENTO PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Fundação Cultural Palmares (FCP), entidade pública brasileira vinculada ao Ministério da Cultura e reconhecida por sua atuação na promoção e preservação das manifestações culturais negras, convida todos os interessados a participar de audiência pública de avaliação da Política de Formação, Desenvolvimento e Gestão do Acervo da Biblioteca da Fundação Cultural Palmares, que ocorrerá no dia 09 de agosto de 2023, a partir das 09h, no Ministério da Cultura, Bloco B - Esplanada dos Ministérios, no Auditório Ipê Amarelo.
O objetivo da Audiência Pública é reunir a comunidade, professores, estudantes, especialistas e demais interessados na temática afro-brasileira para discutir a situação atual e os efeitos da Ação Popular n° 5006660-67.2021.4.02.5117, que impede a distribuição do acervo promocional da FCP. Além disso, busca-se propor políticas e estratégias para a gestão do acervo bibliográfico da instituição, garantindo a continuidade das ações de promoção da cultura afro-brasileira, apoio pedagógico e cumprimento da legislação vigente.
A FCP, tem como missão fortalecer os preceitos constitucionais de cidadania, identidade, ação e memória dos segmentos étnicos que compõem a sociedade brasileira, bem como fomentar o acesso à cultura e a preservação das manifestações afro-brasileiras. Além disso, a FCP apoia e difunde as Leis n.º 10.639/2003 e n.º 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e da Cultura Indígena em todos os níveis de ensino.
Nesse contexto, o Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), vinculado à FCP, tem como propósito apoiar, coordenar e fomentar atividades de estudos, pesquisas, produção e sistematização de dados e informações sobre a cultura afro-brasileira. O CNIRC possui um acervo composto por livros, peças tridimensionais, periódicos e material iconográfico, sendo um importante referencial na disseminação de informações qualificadas sobre a temática negra.
No entanto, a atual situação da Ação Popular n° 5006660-67.2021.4.02.5117 impede que a Fundação Cultural Palmares realize a distribuição dos itens que compõem seu acervo promocional. É relevante ressaltar que existem dois tipos de acervos na FCP: o acervo de distribuição, composto por livros, cartilhas, passatempos, livros didáticos e literários provenientes de projetos e editais de fomento à publicação, e o acervo permanente da biblioteca de referência da instituição, que circularia apenas conforme condições estipuladas, não sendo doável nem distribuível.
Diante desse cenário, a audiência pública visa promover uma discussão mais ampla e plural sobre o tema, contando com a participação de múltiplos atores, integrantes das comunidades negras e da sociedade brasileira como um todo, de modo a discutir a atual situação e os impactos da referida Ação Popular, bem como propor políticas e estratégias para a gestão do acervo bibliográfico da Fundação Cultural Palmares. Assim, buscamos consolidar a política de gestão a ser abordada na Audiência Pública de forma a garantir a continuidade das ações de promoção da cultura afro-brasileira, apoio pedagógico e o cumprimento da legislação vigente. A participação de todos os interessados, sejam membros da comunidade, professores, estudantes, especialistas e demais envolvidos nessa temática, é fundamental para fortalecermos o compromisso com o combate ao racismo, a promoção da igualdade, a valorização, difusão e preservação da cultura negra, a conquista da cidadania e o reconhecimento e respeito às identidades culturais do povo brasileiro.
Para isso, disponibilizamos abaixo a minuta da Política de Formação, Desenvolvimento e Gestão do Acervo da Biblioteca da Fundação Cultural Palmares.
Cronograma
09:00 - 09:15: Abertura da Audiência Pública
09h15 - 10h00:Apresentação da Mesa e do objetivo da audiência.
10:00 - 11:00: Apresentação da Política de Formação, Desenvolvimento e Gestão do Acervo da Biblioteca da FCP
11:00 - 12:00: Considerações do público
12:00 - 14:00: Intervalo para almoço
14:00 - 15:00 Debate e Considerações Finais - Espaço aberto para perguntas, sugestões e considerações dos participantes.
15:00 - 15:30: Consulta de aprovação da minuta da Política apresentada
15:30 - 15:45: Encerramento da Audiência Pública - Agradecimentos
Lembramos que o cronograma pode ser ajustado conforme a dinâmica da audiência e a disponibilidade de tempo para absorver as reflexões e contribuições dos participantes. O objetivo é garantir que todos os envolvidos tenham a oportunidade de participar e contribuir para o fortalecimento da política de formação, desenvolvimento e gestão do acervo da Biblioteca da Fundação Cultural Palmares.
- Política de Formação, Desenvolvimento e Gestão do Acervo Bibliográfico da Biblioteca da Fundação Cultural Palmares/FCP - ( Versão PDF )
- Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc9LQ0v4YrhU7yCF2Lqt9G48GrKjQhO6ZcAqkO_b_v71JZeTg/viewform
Por Fundação Cultural Palmares.
DIA INTERNACIONAL DE NELSON MANDELA
A Organização das Nações Unidas (ONU) celebra nesta terça-feira,18 de julho, o Dia Internacional de Nelson Mandela “em reconhecimento à contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura de paz e liberdade”. Na data de hoje, Mandela faria 105 anos.
Advogado e líder rebelde da África subsariana, o ícone foi vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e lutou contra o regime racista e segregacionista do apartheid, em 1962, onde ele foi preso por traição e condenado à prisão perpétua.
Em 1994, Mandela foi eleito e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul. A eleição de Nelson Mandela foi um marco divisório para a África do Sul e tinha como o objetivo reconciliar os oprimidos e opressores uns com os outros.
VIVA NELSON MANDELA!!
JOÃO JORGE RODRIGUES PARTICIPA DE ENCONTRO COM EMBAIXADORA DOS ESTADOS UNIDOS AO LADO DA MINISTRA DA CULTURA
João Jorge Rodrigues contou como estão as iniciativas do Comitê Gestor do Cais do Valongo, principal porto de entrada de africanos escravizados nas Américas. A embaixadora demonstrou interesse em construir ações de cooperação no local, como já aconteceu em anos anteriores.
A pauta sobre os direitos autorais também foi debatida no encontro. O secretário de Direitos Autorais e Intelectuais, Marcos Souza, apresentou as ações do Ministério em defesa de uma remuneração justa pelas plataformas digitais de streaming.
Por Fundação Cultural Palmares.
Fundação Palmares vai premiar três obras literárias inéditas com o valor de 30 mil reais cada
A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, lança nessa sexta-feira, 21 de julho de 2023, o “Prêmio Conceição Evaristo de Literatura Afrofuturista”, uma iniciativa que visa incentivar a produção literária e valorizar a diversidade cultural do Brasil, especialmente a cultura negra. O valor da premiação para os vencedores será de 30 mil reais bruto.
O concurso vai selecionar as melhores obras literárias inéditas, que abordem o gênero afrofuturismo, além de incentivar a produção de novos talentos e valorizar a carreira de escritores já consagrados.
Serão premiadas três obras literárias, redigidas em português do Brasil e segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que valorizem os aspectos da cultura afro-brasileira no gênero afro-brasileiro. O objetivo é estimular e valorizar a produção artística literária Afro-Brasileira e a formação de público.
AFROFUTURISMO
É um movimento cultural, artístico e filosófico que combina elementos da cultura africana e da diáspora africana com a ficção científica, a fantasia e a tecnologia. Ele imagina e especula sobre futuros alternativos nos quais pessoas negras desempenham papéis centrais e são representadas de maneira positiva.
IMPORTANTE
Os AUTORES têm liberdade para decidir sobre o que escrever, podendo trabalhar em qualquer gênero, técnica ou estilo literário desde que contenham características fundamentais das narrativas Afro futuristas como tema principal ou em elementos que remetam a essa estética. Essa abordagem permite uma maior diversidade de criação e exploração da riqueza cultural do afro futurismo, que pode ser incorporado de diversas maneiras na narrativa literária.
as OBRAS LITERÁRIAS não precisam abordar a vida e obra de Conceição Evaristo e não haverá pontuação diferenciada para as que a citem, mencionem ou se embasem na vida ou obra da escritora, devendo o autor dissertar livremente sobre aspectos de valorização da cultura afro-brasileira.
O conteúdo das OBRAS LITERÁRIAS premiadas, bem como todas as ações e produtos gerados a partir deste Edital, serão oferecidos gratuitamente ao público. Será disponibilizado à sociedade de forma online, por meio do Sítio Oficial da Fundação Cultural Palmares (www.gov.br/palmares/pt-br), para difusão em plataformas digitais ou impressas, sites, publicação e outros meios digitais de democratização do acesso à sociedade, bem como para eventuais exposições e eventos presenciais.
Cada participante poderá concorrer com 1 (uma) única obra literária contendo no mínimo de 29 páginas, sem contar com a capa e a folha de rosto. Concorrerão a prêmios individuais de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) brutos, por cada obra literária premiada.
O autor deverá encaminhar formulário digital, devidamente preenchido e anexar toda documentação exigida no Edital, acompanhado da respectiva obra em formato PDF.
QUEM PODE PARTICIPAR
Poderão participar do concurso todos os cidadãos brasileiros natos ou naturalizados (PESSOA FÍSICA), de quaisquer idades, residentes no Brasil, que concordem com os termos do Edital e inscrevam trabalhos de sua própria autoria e/ou propriedade.
Na possibilidade de o AUTOR inscrito ser menor de 18 anos até a data de encerramento das inscrições, os candidatos deverão anexar à sua inscrição online, autorização de participação assinada por seu responsável legal, com firma reconhecida em cartório, em formato PDF.
É possível inscrever obra literária de AUTOR falecido, desde que o detentor dos direitos sobre a obra faça a INSCRIÇÃO, anexando ao formulário eletrônico os documentos comprobatórios de tal direito, tais como: certidão de nascimento ou casamento ou união estável; ou cópia de espólio; ou autorização do detentor desse direito, em formato PDF.
INSCRIÇÕES
Inscrições se encerram no dia 25 de setembro de 2023. Para se inscrever, preencha o formulário:
DOCUMENTOS
- Edital n° 04/2023
- Cronograma atualizado
- Anexo I - Declaração de que não possui qualquer tipo de vínculo com o Ministério da Cultura ou com a Fundação Cultural Palmares ( Versão PDF e na Versão DOC );
- Anexo II- Declaração antiplágio - ( Versão PDF e na Versão DOC );
DÚVIDAS
Dúvidas e informações referentes ao Edital poderão ser esclarecidas e/ou obtidas por meio do endereço eletrônico: conceicaoevaristo.palmares@gmail.com.
RETIFICAÇÕES
Retificação sobre inscrições
Retificação sobre o cronograma
RESULTADOS PRELIMINARES E FINAIS