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Tina Turner
Nascida Anna Mae Bullock (1939–2023) em Tennessee, tornou‑se a “rainha do rock” ao romper com Ike Turner em 1978 e lançar sucessos como “What’s Love Got to Do with It”. Com voz rasgada e performances explosivas, vendeu mais de 100 milhões de discos e conquistou oito Grammys. Redefiniu energia e resistência na música pop, influenciando artistas de várias gerações. Viveu na Suíça desde 1995, deixando um legado de empoderamento e superação.
Tony Tornado
Antônio Viana Gomes (n. 1930) foi pioneiro da soul e do funk no Brasil após viver em Nova York nos anos 60 e vencer o V Festival da Canção em 1970 com “BR‑3”. Misturou influências de James Brown ao samba‑rock, criando um estilo único. Também atuou na TV e no teatro, tornando‑se ícone da cultura afro‑brasileira. Sua energia e originalidade abriram caminho para a black music nacional.
Tutancâmon
Conhecido como o “faraó menino”, Tutancâmon subiu ao trono aos 9 anos e restaurou o culto aos deuses tradicionais. Sua tumba, descoberta intacta em 1922, revelou mais de 5 mil artefatos, incluindo sua famosa máscara mortuária de ouro, o que revolucionou a egiptologia e o tornou um dos faraós mais famosos da história. A riqueza e a integridade de sua tumba ofereceram um vislumbre sem precedentes da vida e da morte na antiga corte egípcia. Apesar de seu curto reinado, a descoberta de sua tumba o imortalizou e revelou segredos da civilização egípcia.
Valéria Barcellos
Gaúcha, mulher trans e negra, destacou‑se como cantora, atriz, DJ, escritora e performer, pioneira do movimento MPBTRANS. Interpretou Luana Shine em Terra e Paixão e criou Transradioativa, obra literária sobre câncer, racismo e transfobia. Primeira mulher trans a receber o troféu Mulher Cidadã no RS, usa seu corpo como palco e bandeira de resistência. Sua arte é instrumento de visibilidade e luta por direitos.
Vanessa Jackson
Cantora, compositora e atriz paulista (n. 1981) que venceu o reality Fama (2002) e retornou em Esse Artista Sou Eu (2014). Estrelou musicais como Rock Show e criou o espetáculo Black Divas, homenageando vozes negras internacionais. Foi jurada do Canta Comigo Teen em 2020 e mantém presença forte no pop, soul e R&B. Sua trajetória de superação e busca pela excelência consolidou‑a como intérprete de referência.
Venus Ebony Starr Williams
Tenista americana (n. 1980), primeira mulher negra a liderar o ranking da WTA, conquistou sete Grand Slams em simples e 23 majors ao todo, além de quatro ouros olímpicos. Defensora da igualdade de premiações, garantiu paridade em Wimbledon e Roland‑Garros. Empresária de sucesso, fundou a V‑Starr Interiors e a linha EleVen. Sua carreira de mais de três décadas redefine longevidade e ativismo no esporte.
Vera Lacerda (Araketu)
Vera Lacerda é a cofundadora do Araketu, um dos maiores grupos musicais da Bahia, inicialmente um bloco carnavalesco em 1980. Sua viagem à África para conhecer a história e a cultura de Ketu inspirou a criação do grupo. Ela é uma personalidade fundamental na história do axé e do carnaval baiano, e abriu portas para outros artistas no cenário musical. Vera Lacerda inspira jovens a trilhar uma carreira musical, e enfatiza a dedicação como principal característica para alcançar a realização profissional.
Vilma Reis
Socióloga e militante baiana (n. 1969), articulou movimentos negro e feminista como ouvidora‑geral da Defensoria Pública da Bahia (2015–2019). Graduada pela UFBA e doutoranda na área étnica‑racial, combate racismo institucional e defende políticas afirmativas. Disputou a prefeitura de Salvador e chegou como suplente de deputada federal em 2022. Sua voz crítica e engajada legitima a luta por igualdade e justiça social.
Vini Jr
Atacante carioca (n. 2000) que estreou no Flamengo em 2017 e, em 2018, foi contratado pelo Real Madrid, onde venceu múltiplas Champions League e La Liga. Pela Seleção, brilhou na Copa América de 2019 e conquistou ouro olímpico em Tóquio 2020. Conhecido pelo drible e alegria contagiante, inspira jovens das favelas do Rio. Engajado em causas sociais, fundou projetos para inclusão de crianças e adolescentes.
Viola Davis
Atriz americana (n. 1965) vencedora do Oscar, Tony e Emmy, tornou‑se a primeira mulher negra a conquistar a “Tríplice Coroa” da atuação. Cresceu em pobreza, formou‑se na Juilliard e brilhou em papéis visceralmente políticos no teatro, cinema e TV. Ativista interseccional, denuncia desigualdades nos bastidores de Hollywood. Sua arte e voz transformaram‑na em símbolo global de resistência e empoderamento feminino.
Viviane Ferreira
Cineasta e advogada, Viviane Ferreira é uma das primeiras mulheres negras a dirigir um longa-metragem exibido em Cannes. Atualmente presidenta da Fundação Palmares, sua obra propõe um cinema negro autoral e engajado, com foco na memória africana e nas narrativas periféricas, além de atuar na formação de novos cineastas. Sua visão contribui para descentralizar as produções e fortalecer a representatividade no audiovisual brasileiro. Ela é uma voz potente que busca reescrever a história da produção cultural, e garante espaço e visibilidade para narrativas que foram historicamente marginalizadas.
Wanda Chase da Silva
Jornalista e ativista amazonense (1950–2025) que dedicou 27 anos à TV Bahia, destacou‑se no jornalismo cultural e na defesa da cultura afro‑baiana. Recebeu mais de 45 prêmios e atuou como assessora de imprensa do Olodum. Após a aposentadoria, produziu colunas, podcasts e cobriu o Carnaval, fortalecendo laços entre mídia e comunidades. Morreu em 2025, deixando legado de excelência profissional e combate ao racismo.
Whitney Houston
Cantora e atriz norte‑americana (1963–2012) apelidada de “A Voz” por seu timbre cristalino e alcance impressionante. Revelada em 1985 com hits como “Saving All My Love for You”, estrelou O Guarda‑Costas (1992) e eternizou “I Will Always Love You”. Vendeu mais de 200 milhões de discos, quebrou barreiras raciais na indústria e conquistou recordes de premiações. Seu legado de técnica vocal e emoção interpretativa permanece inigualável na música pop.
Whoopi Goldberg
Atriz, comediante e escritora norte‑americana nascida em 1955 no Harlem, foi a primeira artista negra a conquistar o EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony). Ganhou projeção em A Cor Púrpura (1985) e fez história com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Ghost (1990). Como apresentadora de The View, transforma debates sobre diversidade, inclusão e justiça social em pauta nacional. Engajada em causas antirracistas, protagoniza projetos como o filme Till e defende publicamente o fim do racismo estrutural.
Xande de Pilares
Cantor, compositor e cavaquinista carioca nascido em 1969, moldou seu estilo nas rodas de samba de Pilares e na “Pagode da Tia Gessy” (1990). Cofundador do Grupo Revelação, gravou nove álbuns até seu debut solo Perseverança (2014) e foi eleito pela APCA entre os 50 melhores com Xande Canta Caetano (2023). Atuou como Darci na novela Todas as Flores (2022), ampliando sua influência no audiovisual. Com voz rouca e suingue marcante, sustenta viva a tradição do samba‑pagode e inspira gerações da periferia.
Yalorixá Lígia Borges de Esù
Ialorixá e acadêmica sergipana nascida em 1967, une saber ancestral do candomblé com militância política e é mestra pela UFS. Fundou o Fórum de Mulheres Negras de Sergipe e coordena nacionalmente a REMA, fortalecendo a luta contra racismo, fome e intolerância religiosa. Como artesã de biojoias, celebra a cultura africana em peças que misturam estética e espiritualidade. Lidera o bloco Quilombo em Aracaju, transformando cortejos em ação social e preservação do patrimônio afro‑brasileiro.
Zacimba Gaba
Princesa angolana do século XVII escravizada e trazida em 1690 a São Mateus (ES), tornou-se líder de quilombo após envenenar o senhor da terra. Fundou comunidade no Riacho Doce, organizando ataques noturnos que libertaram centenas de recém‑chegados à escravidão. Mestre na construção de canoas, fortaleceu a resistência negra local e irradiação de saberes de autonomia quilombola. Hoje, a “Rota de Zacimba Gaba” e encontros anuais celebram seu legado de ousadia e liberdade.
Zélia Amador de Deus
Atriz e professora do Marajó, cofundou o Cedenpa e foi vice‑reitora da UFPA (1993–1997), onde implementou cotas raciais e políticas afirmativas no ensino superior. Dirigiu o Centro de Letras e Artes e coordenou ações de diversidade, unindo cultura e academia. Autora de pesquisas sobre quilombos e religiosidade afro‑brasileira, defende os direitos de mulheres, indígenas e comunidades tradicionais. Em 2019, foi agraciada Professora Emérita, reconhecida por sua trajetória de militância antirracista.
Zileide Silva
Jornalista mineira formada pela UFMG, ingressou na Globo em 1997 e cobriu o 11/9 como correspondente em Nova York. Primeira repórter negra em comitiva presidencial à África, tornou‑se âncora eventual de Bom Dia Brasil e Jornal Hoje. Venceu quatro Prêmios Comunique‑se e o Glória Maria (2024), além de ser eleita +Admirada Jornalista Negra (2023). Seu trabalho ampliou a presença negra na mídia, tornando‑a referência em economia, política internacional e justiça social.
Zulu Araújo
Arquiteto e produtor cultural baiano, presidiu a Fundação Palmares e a Pedro Calmon, implementando políticas de valorização da cultura afro‑brasileira. Graduado em Arquitetura, mestre em Cultura e Sociedade e doutorando em Relações Internacionais, fortaleceu projetos de formação de lideranças negras. Coordenou programas educativos, publicações e eventos que celebram ancestralidade africana e combatem o racismo estrutural. Participa de fóruns internacionais de direitos humanos, ampliando o diálogo sobre inclusão e desenvolvimento cultural.