Em 10 de junho de 1940, morria o jamaicano Marcus Garvey, importante ativista político

Há 84 anos, no dia 10 de junho de 1940, morria Marcus Garvey, importante ativista político, editor, jornalista, empresário e comunicador jamaicano. Garvey era conhecido como “o profeta” para os seguidores da filosofia rastafári. sua figura tem uma importância fundamental para todos os movimentos pan-africanos da diáspora e do continente africano a partir do século 20.

Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Santos Rodrigues, Marcus Garvey foi um profeta importantíssimo para o pan-africanismo, para a diáspora negra e para um grupo de artistas que através do Reggae, desenvolveu seus pensamentos e filosofias, tendo como o  mais importante deles, o cantor Bob Marley, o qual cantou as ideias e profecias de Garvey.  

Joao Jorge ainda disse que existe a influência deste eminente pensador também entre outras grandes figuras, como Nelson Mandela, Abdias Nascimento, Lélia Gonzalez, além de ter adentrado em blocos como o Olodum e o Ilê AiyêEle.  Durante toda sua trajetória, Garvey pregou que era preciso haver união e sentimento de africanidade e pertencimento.

“Hoje, com 54 países africanos independentes e com o Brasil tendo a maior população da diáspora negra no mundo, a presença das ideias de Marcus Garvey no reggae, nas canções de Bob Marley, Natiruts e tantos outros artistas, estão presentes e vivas. A frase que ele deixou antes de morrer ecoa até os dias de hoje, se tornando atemporal. Ele dizia sempre essa frase: eu voltarei para vocês muitas vezes, como ondas, com as cores que eu gosto. Quando vemos as cores verde, amarelo, vermelho e preto, sabemos que Marcus Garvey está vivo”, finalizou João Jorge.

Sua ex esposa, a grande ativista Amy Ashwood Garvey também teve um papel muito importante no pan-africanismo jamaicano. Por meio de importantes ONGs, Amy atuava fortemente contra o racismo e defendia a unificação de interesses comuns entre descendentes de africanos. Ela morreu em 1969 na capital Kingston e até hoje é considerada um dos maiores nomes do movimento pan-africanista.

Assim como Amy, a trajetória de Marcus Garvey representa um marco na cultura negra no mundo a favor dos direitos civis dos negros. Garvey acreditava que os negros deveriam ser independentes financeiramente dos brancos, desenvolver o espírito empreendedor e investir no seu próprio negócio.