Do axé ao rap, Circuito Cultural de Dança Afro-Brasileira agita Brasília

Em seu último fim de semana, o Circuito Cultural de Dança Afro-Brasileira promete agitar a capital federal com apresentações musicais na Funarte (Eixo Monumental). O evento é realizado pela Fundação Cultural Palmares (FCP), com parceria do Governo do Distrito Federal (GDF). Entre as atrações estão a banda de axé music Araketu e o rap do DJ Jamaika. Os shows são abertos e gratuitos.

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, às 13h30, o festival traz o Tambor de Criola do Boi de Seu Teodoro, de Sobradinho (DF). O espetáculo é realizado pelo Centro de Tradições Populares do Seu Teodoro. Maranhense, Teodoro Freire (1920-2012) criou o grupo em 1963, após se mudar para Brasília.

No sábado, às 12h, sobre ao palco do Circuito o grupo de rap Cirurgia Moral, de Ceilândia (DF). Surgido em 1993, o Cirurgia Moral tem como integrantes Rei, Zalla e DJ W. Com seis discos gravados, trata-se de uma das mais importantes bandas do movimento hip hop do Distrito Federal e usa sua música como crítica às questões sociais.

Às 15h30 do sábado, a banda brasiliense Lúpulo & Cereais Não Maltados esquenta a plateia com seu som dançante, influenciado por estilos como o rock e a música negra. O conjunto Filhos de Jorge encerra as performances, tocando às 17h. Também apostando no balanço dos corpos, essa revelação da música baiana cria uma sonoridade com influências que vão do axé music aos blocos afro tradicionais.

No domingo, a programação começa às 12h com o DJ Jamaika, da Ceilândia. Nome expressivo do rap nacional, Jamaika fundou o grupo Câmbio Negro, no começo da década de 90, ao lado do cantor X. Em carreira solo, o DJ enveredou pelo rap gospel nos últimos anos.

Depois do hip hop, o axé toma conta da Funarte. Às 15h30, toca a Banda Oju Obá. Embora sejam da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, os integrantes demonstram forte influência da Bahia em suas composições.

O encerramento da edição de 2017 do Circuito Cultural de Dança Afro-Brasileira, às 17h, fica com o Ara Ketu, um dos nomes mais importantes da axé music e do samba-reggae. Fundado em 1980, o Ara Ketu leva pelo Brasil e pelo mundo a energia rítmica da cultura soteropolitana.