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Observatório Nacional realiza missão técnica no Pará e fortalece parcerias em geomagnetismo
O Observatório Nacional (ON/MCTI) realizou, recentemente, uma missão técnica a Belém (PA), com visitas ao Observatório Magnético de Tatuoca (OMT), sob sua responsabilidade, à Universidade Federal do Pará (UFPA) e ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). A atividade teve como foco o fortalecimento da cooperação institucional em torno da pesquisa em geomagnetismo e da valorização da infraestrutura científica na região Norte.
A missão foi liderada pelo pesquisador Dr. Fábio Vieira, do ON, e teve como objetivo apresentar o servidor Dr. Plinio Francisco Jaqueto, recém-aprovado em concurso público, como novo responsável pelas atividades de pesquisa geomagnética do ON no OMT. Plínio pôde conhecer de perto a estrutura do observatório, a logística local, os equipamentos e o corpo técnico que atua na ilha de Tatuoca.
Durante as visitas, também estiveram presentes o professor Cristiano Mendel, atual vice-diretor do Instituto de Geociências da UFPA, parceiro do ON, e o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, acompanhado pela equipe de comunicação do museu e de estudantes de pós-graduação.
Visita ao Observatório Magnético de Tatuoca (da esquerda para direita em pé: Suelen Buzaglo (apoio administrativo do ON), Dr. André Wiermann (Tecnologista Sênior do ON), Ronan do Socorro Miranda e Fabio Junior Coelho Malcher (técnicos do OMT), Dr. Fábio Vieira (pesquisador do ON), Nilson Gabas Júnior (diretor do MPEG), Alex Giovanni (Chefe do OMT), Sue Anne Regina (Coord. de Comunicação do MPEG), Cristiano Mendel (Prof da UFPA), motorista do MPEG e Lauro Zeferino (Técnico do OMT). Agachados: Anderson Pantoja (técnico do OMT), Dr. Plínio Jaqueto (Pesquisador do ON), Mayara Nogueira (Chefe de Serviço de Educação do MPEG)
O pesquisador do ON, Dr. André Wiermann, também integrou a comitiva, atuando diretamente com a equipe técnica na infraestrutura tecnológica dos equipamentos, com o objetivo de padronizar as estações de monitoramento geomagnético.
Equipe do ON em Tatuoca (Dr. Fábio Vieira, Dr. André Wiermann e Dr. Plínio Jaqueto
A missão também teve caráter integrador e institucional. Além de apresentar formalmente o novo pesquisador, buscou-se estreitar os laços com os parceiros do ON e aproximar as equipes envolvidas na pesquisa geofísica no Norte do país. A equipe do ON também incentivou a realização de visitas técnicas coordenadas à ilha de Tatuoca por estudantes da pós-graduação, como forma de fomentar a pesquisa científica na área.
Na programação, o grupo visitou a UFPA, onde foram realizadas reuniões com representantes da reitoria e da pró-reitoria para alinhar pontos do acordo de cooperação entre a universidade e o Observatório Nacional. Em seguida, a comitiva esteve no Museu Paraense Emílio Goeldi, onde o ON mantém um escritório para apoio administrativo. Durante a visita, Plínio conheceu os magnetogramas do OMT que estão temporariamente armazenados no Museu.
O ON pretende formalizar, futuramente, um acordo de cooperação com o Museu Goeldi, com o objetivo de que os arquivos do OMT, após passarem por processos de higienização e digitalização realizados pela UFPA, possam ser armazenados provisoriamente no Museu até sua transferência definitiva para o ON, no Rio de Janeiro.
Visita à Tatuoca
Segundo o Dr. Fábio Vieira, a missão permitiu intensificar as colaborações com a UFPA e com o Museu Goeldi, promovendo integração entre instituições estratégicas para o avanço da pesquisa científica no Observatório Magnético de Tatuoca.
Fundado em 1957 pelo ON, o Observatório Magnético de Tatuoca faz parte da rede internacional de observatórios INTERMAGNET e desempenha um papel fundamental na compreensão dos fenômenos geofísicos da Terra.
Os dados obtidos em Tatuoca são fundamentais para um melhor entendimento de fenômenos importantes em geofísica da Terra Sólida, assim como para mapear características físicas do campo magnético que circunda o planeta, com implicações diretas em geofísica espacial. Além de sua importância científica, esses dados têm aplicações práticas na indústria de mineração e na exploração petrolífera, auxiliando na determinação de propriedades físicas de estruturas geológicas abaixo da superfície.