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Chuva de meteoros Eta Aquariids ilumina o céu em maio
Nesta primeira semana de maio, a chuva de meteoros Eta Aquariids, formada por fragmentos do famoso Cometa Halley, está em seu pico, com boas condições para observação.
Em 2025, esta chuva de meteoros, também conhecida como Eta Aquaridas, tem seu pico entre os dias 4 e 6 de maio.
Segundo o astrônomo Dr. Marcelo de Cicco, coordenador do projeto Exoss, apoiado pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), o melhor horário para observação dessa chuva de meteoros é das 2h às 4h da manhã, com o olhar voltado para o leste.
Conforme explica o astrônomo, até o dia 6 de maio, a Lua não interfere na visualização da chuva, já que ela se põe antes do amanhecer. Contudo, a partir do dia 7, a luz lunar pode atrapalhar a visão.
Imagem da chuva de meteoros Eta Aquariids registrada em 5 de maio de 2024 (Colorado/EUA) – EarthSky Community Photos | Christoph Stopka
Como observar a Chuva de meteoros Eta Aquariids
Para observar a chuva de meteoros Eta Aquariids, recomenda-se escolher um lugar bem escuro, longe das luzes da cidade. O observador pode deitar-se em uma cadeira reclinável ou outra superfície e olhar para a metade inferior do céu, na direção da constelação de Aquário.
No Hemisfério Norte, será possível observar entre 10 e 15 meteoros por hora em perfeitas condições. Enquanto isso, no Hemisfério Sul, especialmente em áreas tropicais, a observação é ainda melhor, com noites mais longas e o ponto de origem dos meteoros (radiante) mais alto no céu.
De Cicco informou ainda que alguns meteoros, chamados “earthgrazers”, podem surgir longos e brilhantes, especialmente quando o radiante está próximo do horizonte.
O que são chuvas de meteoros?
Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.
No caso da Eta Aquariids, sua origem está ligada ao famoso Cometa Halley:
“Cada meteoro da Eta Aquariids é um pedacinho do Cometa Halley, que passa pelo Sistema Solar a cada 76 anos. Ao entrar na atmosfera, esses fragmentos queimam e criam os traços luminosos que vemos no céu”, explica o astrônomo.
Cometa Halley, o pai das chuvas de meteoros Eta Aquariids – Imagem via NASA
Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.
Do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Outro ponto a considerar tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Afinal, através da pesquisa das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.
Sobre o Exoss
Apoiada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), o EXOSS é uma rede colaborativa, que busca conhecer as origens, natureza e caracterização de órbitas dos meteoros. Para isso, integra as estações de monitoramento montadas por seus associados, obtendo imagens em diversos locais – entre os quais, na sede do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, e no Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), também do ON, em Itacuruba, Pernambuco.
Essa rede reúne e analisa, ainda, os relatos e imagens enviadas pelo público. Na página da EXOSS na Internet é possível obter mais informações sobre a rede e ver maneiras de colaborar. Saiba mais.