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Blockchain é tema de palestra do Banco do Brasil no VIII FNTU
Luciano Pereira da Silva é do Banco do Brasil e falou sobre blockchain no VIII Fórum Nacional das Transferências e Parcerias da União
O contexto da blockchain e as especificidades da tecnologia foram tema da palestra de Luciano Pereira da Silva, representante do Banco do Brasil, no primeiro dia de atividades do VIII Fórum Nacional das Transferências e Parcerias da União, realizado nesta terça-feira (13/06), em Brasília. O evento é uma iniciativa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
O porta-voz explicou que blockchain é a estrutura necessária para armazenamento das transações com criptomoedas e surgiu ao mesmo tempo que a criptomoeda Bitcoin, em meio a uma crise americana de registros de créditos imobiliários nos bancos, que estavam supervalorizados e não acompanharam a renda da população. Dessa forma, esses créditos vieram a ter diversas dificuldades com a falta de pagamentos.
Segundo Silva, o termo blockchain foi visto pela primeira vez em 2008, em artigo publicado por Satoshi Nakamoto, pseudônimo do suposto criador da bitcoin. O bitcoin foi desenvolvido para evitar o gasto duplo de valores e para aumentar a confiança das transações financeiras em ambiente virtual. Com a possibilidade de dados serem copiados, alterados e trocados, foi necessário implementar a tecnologia da blockchain, que tem regras para a moeda funcionar corretamente.
“A blockchain vai muito além de registros financeiros. Ela tem o potencial de revolucionar não apenas as finanças, mas toda a troca de informações em comunidades de negócios e grupos sociais”, destacou Silva, ao citar o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Henrique Diniz.
De acordo com Silva, a blockchain resolveu um grande problema no mundo em relação às moedas virtuais, que se tratava do gasto duplo, que é, basicamente, impedir que, ao efetuar uma transação, o usuário envie ao destinatário cópia do criptoativo. Ele explicou ainda que a blockchain organiza os dados de forma encadeada, tornando-os imutáveis, aliados a um forte algoritmo de consenso. “Dizem que um dado gravado na blockchain é o mesmo que gravar na pedra, ele não se altera”, lembrou.
Blockchain é conhecido como bloco de confiança e, de acordo com Silva, é uma tecnologia que agrupa um conjunto de informações que se conectam por meio de criptografia.