A realidade das famílias brasileiras é de uma grande diversidade de arranjos. Além disso, nem sempre adultos, pessoas cuidadoras e responsáveis têm familiaridade com os dispositivos e ferramentas digitais.
Neste Guia, chamamos de “mediação familiar” a prática de acompanhamento e diálogo dos responsáveis sobre as atividades online de crianças e adolescentes. Algumas empresas costumam chamar de ferramentas de “controle parental” os recursos oferecidos para facilitar essa prática, embora o termo “controle” seja considerado problemático na discussão científica e normativa mais recente.
Com o desafio de implementar medidas de cuidado na relação diária de crianças e adolescentes com as telas, alguns pontos podem ser considerados:
IMPORTANTE
Quando for disponível, é importante se valer de ferramentas de mediação familiar e testá-las na rotina, para monitorar e limitar o acesso a conteúdos inadequados, incluindo configurações de filtragem de conteúdo e restrições de tempo. Ficar atento aos padrões de design que podem estar implicados na adesão a tais serviços.
Algumas plataformas digitais oferecem ferramentas de supervisão familiar para seus produtos e serviços. Geralmente anunciadas como ferramentas de "controle parental", esses recursos não oferecem controle, propriamente dito, sobre os usos feitos pelos usuários, mas podem auxiliar na gestão do tempo e dos conteúdos acessados.
Assim, inclusive em função das limitações das próprias ferramentas para o exercício da mediação familiar, não é suficiente pensar que a ativação desses recursos equivale à experiência de acompanhamento necessária.