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Maria Auxiliadora da Silva: 50 anos de lembranças
Colheita de Flores, 1972, Maria Auxiliadora da Silva
Em 20 de agosto de 2024 faz cinquenta anos que Maria Auxiliadora da Silva (1935-1974), artista que é uma referência na arte popular – também chamada de arte ingênua ou primitiva –, nos deixou. As lembranças da infância e da adolescência vividas em Campo Belo, Minas Gerais, bem como o trabalho árduo na lavoura, a alegria das colheitas, as influências do candomblé e as habilidades na arte do bordado, são representadas nas telas da artista com muita vivacidade.
Em 1981, o Museu Nacional de Belas Artes realizou uma exposição retrospectiva de Maria Auxiliadora, com cerca de cinquenta obras, em homenagem a artista, morta prematuramente. Tratava-se de uma exposição itinerante, de repercussão nacional e internacional. Em 1º de setembro de 1978, ela foi inaugurada no Museu Aaargauer Kunsthaus, na Suíça, em 14 de julho de 1979, no Central Museum Northampton no Reino Unido, em 1981, no Museu de Arte de São Paulo e em 19 de outubro do mesmo ano é inaugurada a exposição no MNBA.
Colheita de flores é uma tela de Maria Auxiliadora que pertence ao MNBA. Nela, percebemos o uso de cores múltiplas e vibrantes e o foco na interação entre o homem e a natureza, com muito esmero para detalhar as emoções, expressas nos rostos de cada personagem. Observamos também a ausência da perspectiva, característica da arte popular.
Esta obra participou das exposições Pintura Ingênua no Acervo do MNBA, no Museu Alfredo Andersen, no Paraná, em 1984, Lina Bo Bardi: Tupi or not Tupi? Brasil 1946-1992, na Fundação Juan March, em Madri e Das Galés às Galerias: Representações e Protagonismos do Negro no acervo do MNBA, ambas em 2018.