Museu de Arte Religiosa e Tradicional de Cabo Frio
Projetos:
- Projeto Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade Social – “O convívio com a História e a Cultura de Cabo Frio”
Nome da Instituição: Museu de Arte Religiosa e Tradicional
Responsáveis pelo projeto: Gérson Dalfior Vidal
Objetivo: O objetivo geral da ação foi despertar nos jovens em situação de vulnerabilidade social a consciência crítica e participativa voltada para a identidade histórico-cultural e, consequentemente, a construção da cidadania pautada na valorização e preservação do patrimônio, por meio das atividades educativo-culturais que foram realizadas – apresentações de artistas e mestres regionais, tendo como tema central o patrimônio cultural de bens de natureza material e imaterial.
Com esta atividade, pretendeu-se fortalecer a auto-estima através da identificação histórico-cultural, aprimorando o relacionamento em grupo, os laços familiares e comunitários, contribuindo, dessa forma, para o efetivo exercício da cidadania; conscientizar os jovens acerca de novas perspectivas de vida e possibilidades de mudança de comportamento; desenvolver conceitos de cidadania; aprimorar o conhecimento sobre a identidade cultural e ampliar o acesso às manifestações culturais, desenvolvendo o hábito de visitar museus e espaços culturais, entendendo, respeitando, preservando e valorizando o patrimônio cultural.
Período de realização:A ação foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2010 e foi aplicada apenas uma vez.
Públicos atingidos: Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social atendidos pelo Projeto Jovem do Futuro, do Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA), da Secretaria de Ação Social da Prefeitura Municipal de Cabo Frio.
Descrição da ação: O Mart, consciente de que a educação patrimonial se relaciona com as políticas de inclusão social, entrou em contato com o CRIA para apresentação do projeto. A partir de então, seguiram-se outras etapas:
– Conhecimento e delimitação do público: todos os inscritos no projeto Jovem de Futuro;
– Mobilização dos artistas e estudo de suas atividades;
– Construção da programação: atividades contextualizadas com a realidade do público.
– Execução:
Palestra: Pré História e História da Cidade e do Convento, com Gerson Vidal, TAE no Mart, e Dolores Tavares, diretora e TAE no Mart;
Visita orientada pelo Mart
Formação de Platéia:
Concerto de Cavaquinho, com Angelo Budega tocando músicas populares;
Coral Despertar do Clube da Melhor Idade Alegria de Viver, regência do Maestro Francisco Silguero;
Concerto de Violão do Projeto Jovem de Futuro, com alunos da oficina de violão do CRIA, com o Prof. Édem Fernandes;
Artes Cênicas – monólogo da atriz Rosa Brandão dramatizando experiência vivida por dependente químico;
Teatro de Bonecos, com o Grupo Sorriso Feliz, do Mestre Clarêncio Rodrigues;
Dança Popular – capoeira com o Grupo Vozes D’África, com o Mestre Pingo.
Quanto à metodologia, procurou-se elaborar uma programação adaptada à realidade do público-alvo; definir um calendário compatível entre os mestres/artistas e o Mart; realizar ciclo de palestras sobre patrimônio cultural; visita orientada pelo Convento N. Sra. dos Anjos; apresentações artísticas e explanação de cada arte pelos mestres/artistas, com a intenção de absorver interessados.
As apresentações foram desenvolvidas sem pro labore, dado o grau de conscientização dos artistas.
- Encontro com os Mestres Sabedores da Cultura Popular
Nome da Instituição: Museu de Arte Religiosa e Tradicional
Responsáveis pelo projeto: O projeto foi realizado através de uma parceria entre diversas instituições, entre elas, o Museu de Arte Religiosa e Tradicional, pelo qual a responsável foi Manoella Évora R. Gago.
Objetivo: O objetivo da ação foi resgatar a cultura, a sabedoria popular, que passa de geração em geração e que está se perdendo, através da realização de encontros entre os Mestres Sabedores – como os pescadores artesanais, quilombolas, rezadeiras, rendeiras, artesãos, trabalhadores do sal, maricultores, seresteiros e participantes de folias e folguedos da Região dos Lagos – e de um diálogo construtivo entre esses e o público.
Essa ação foi realizada em 4 cidades diferentes da Região do Lagos (Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia) e pretendeu, também, ao valorizar a cultura popular e esses mestres, consequentemente incentivar a apropriação desses ofícios e fazeres pelas novas gerações.
Período de realização: Foi realizada nos dias 20 a 23 de agosto de 2012.
Públicos atingidos: Estudantes, professores e instituições de ensino, e, de forma mais ampla, moradores e interessados no conhecimento dos detentores dos saberes tradicionais.
Descrição da ação: Essa ação educativa teve início na II Semana Fluminense do Patrimônio.
Foram realizadas diversas reuniões com os representantes dos órgãos das cidades que participaram do evento, buscando-se definir quem seriam os “Mestres Sabedores da Cultura Popular”: trabalhadores como maricultores e pescadores artesanais, quilombolas, rezadeiras, rendeiras, artesãos, trabalhadores do sal, seresteiros e participantes de folias e de folguedos. Em seguida, foram feitos contatos com esses mestres para participarem do evento.
A atividade consistiu em rodas de diálogos entre os Mestres Sabedores e entre estes e o público, acerca de suas trajetórias de vida e de seus ofícios e saberes, e passou pelas cidades de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia. Em cada dia, em regra, foram realizados dois turnos (manhã e tarde) e, ao final de cada turno, uma determinada atração era apresentada, como capoeira, serenata, reis de bois, teatro e seresta.
Desta atividade, originou-se a exposição itinerante “Mestres sabedores da cultura popular”, composta por painéis expositivos com fotos e textos que abordavam a história de vida e os ofícios dos mestres das cidades de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia e passou pelas quatro cidades participantes.
Durante a exposição no Mart, a Divisão Educativa desenvolveu junto às escolas visitantes a atividade “Barco de Jornal”, em que os alunos aprenderam a fazer um barco de papel com jornal, cujo destino seria o lixo e, em seguida, davam-lhe um nome, aliando educação patrimonial e educação ambiental.