MuseCom e MHJC Avançam no Cenário Digital com Integração à Plataforma “Brasiliana Museus”

O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (MuseCom) e o Museu de História Julio de Castilhos (MHJC), ambos sob gestão da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), celebram um marco significativo: a integração à plataforma nacional “Brasiliana Museus”. Desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a iniciativa visa preservar e democratizar o acesso ao patrimônio cultural brasileiro, reunindo mais de 20 mil itens digitalizados de 23 museus de diferentes regiões do país.

Conexão com a Cultura e a História

A plataforma "Brasiliana Museus" oferece um ambiente digital interativo voltado ao aprendizado, consulta e pesquisa. O público pode acessar gratuitamente documentos históricos, fotografias, objetos e obras de arte pertencentes a coleções de instituições que preservam a memória cultural brasileira.

Com essa adesão, o MuseCom disponibiliza itens que refletem a evolução da comunicação social no Brasil, abrangendo a imprensa, a televisão e o rádio. Já o MHJC contribui com um acervo rico em objetos que retratam a história e a cultura do Rio Grande do Sul.

Para Doris Couto, coordenadora do Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul (SEM/RS) e diretora do MHJC, a integração demonstra o compromisso com a ampliação do acesso à cultura:

“O MHJC tem trabalhado, desde 2019, para ter seu acervo on-line, por entender que esse não é apenas um meio de democratização, mas também um mecanismo de preservação. Ter nosso acervo integrado à plataforma ‘Brasiliana Museus’ é um passo significativo, que coroa o esforço de nossa equipe e promove a instituição.”

O diretor do MuseCom, Welington Silva, também destaca os esforços do museu para a conservação digital e a importância da adesão à plataforma:

“O trabalho na gestão de acervos digitais é um compromisso e um dever dos novos tempos. No MuseCom, avançamos sistematicamente em passos sólidos para uma maior dimensão de compartilhamento de conteúdo na internet, enquanto estruturamos infraestruturas de preservação que diminuam os riscos envolvidos na conservação desses acervos. Integrar nossas coleções à ferramenta era um passo estratégico para que pudéssemos reunir e condensar nosso acúmulo técnico junto de uma variada rede de todo o Brasil.”

Tecnologia e Preservação

Lançada em setembro de 2023, a plataforma “Brasiliana Museus” utiliza tecnologias como WordPress, Tainacan e Elastic Stack para reunir e organizar acervos digitais de diferentes instituições. Para integrar a plataforma, os acervos precisam atender critérios técnicos, como a compatibilidade com padrões de bancos de dados e a exposição de metadados de acordo com as normas do Inventário Nacional de Bens Culturais Musealizados (INBCM).

Dalton Martins, Coordenador Geral da Coordenação Geral de Sistemas de Informação Museal do Ibram, avalia a integração como um avanço estratégico para o setor:

“Avaliamos como um avanço importante com os sistemas de museus estaduais que começam a preparar sua documentação, disponibilizar seus dados e construírem em conjunto com o IBRAM um verdadeiro catálogo nacional da documentação dos bens disponíveis nos museus brasileiros. Entendemos que esse avanço junto com os colegas do Rio Grande do Sul demonstra uma ação pioneira de parceria e que tende a se desdobrar agora em 2025 para mais sistemas de museus e mais instituições aderindo e compondo essa verdadeira rede de acervos que é a Brasiliana Museus.”

Dalton também reflete sobre os desafios e oportunidades para a implementação de uma iniciativa dessa magnitude:

“Os desafios são inúmeros, mas sobretudo concentrados na disponibilização dos acervos digitalizados dos museus para acesso ao público na internet, ainda mais utilizando modelos de documentação padronizados e formas de catalogação integradas com as boas práticas e tendências da documentação museológica contemporânea. O IBRAM vem fazendo um grande esforço de disponibilizar tecnologias, como o repositório digital Tainacan e a Brasiliana, para apoiar a automação dos processos de gestão da informação dos museus brasileiros. Apesar disso, o desafio de ter todo o acervo documentado, de conseguir digitalizar os objetos e resolver as questões de direitos autorais sobre o uso das imagens são ainda questões importantes para a profissionalização do campo e o amadurecimento das práticas de documentação no Brasil.”

Perspectivas Futuras

Com o sucesso da adesão do MuseCom e do MHJC, a Sedac projeta a integração de mais instituições museológicas à plataforma em 2025, ampliando ainda mais o acesso à cultura e fortalecendo a preservação da memória coletiva brasileira.

Saiba mais sobre os museus já integrados na plataforma “Brasiliana Museus” no site oficial.

Fonte: Texto baseado na matéria original publicada no site da Secretaria da Cultura, do Governo do Rio Grande do Sul, por Gabriel Maciel, sob supervisão de Sara Goldschmidt. Respostas de Dalton Martins coletadas para esta publicação.