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Ibram fortalece diálogo com movimentos e museus LGBTQIAPN+ em encontro institucional
Nesta quinta-feira (3), a sede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em Brasília, foi palco de uma importante reunião com representantes de movimentos e instituições que atuam na preservação da memória LGBTQIAPN+ no Brasil. O encontro reuniu representantes do Museu Movimento LGBTI+, do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, da Aliança Nacional LGBTI+ e do Grupo Dignidade – Cedoc LGBTI+, além da presidenta do Ibram, Fernanda Castro.
Participaram da reunião Michel Correia, assessor de Relações Institucionais do Ibram, Ana Carolina Gelmini, Diretora do Departamento de Processos Museais do Ibram, Paloma Moreira (Aliança Nacional LGBTI+), Silvilene Morais (Museu Movimento LGBTI+), Daniel Sá (Grupo Arco-Íris) e Beto Schmitz, coordenador do Centro de Documentação LGBTI+ Prof. Dr. Luiz Mott (Cedoc LGBTI+), do Grupo Dignidade, e também coordenador da área de História e Memória da Aliança Nacional LGBTI+.
Sobre os grupos
Aliança Nacional LGBTI+
Organização da sociedade civil sem fins lucrativos, criada em 2003 e formalizada como rede em 2009, com atuação em todo o país. Atua em defesa dos direitos humanos da comunidade LGBTI+, com foco em advocacy legislativo, formação cidadã e combate à discriminação. Coordena projetos estruturantes e articula organizações de base em diversas regiões do Brasil.
Acesse aqui, o site da organização.
Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+
ONG fundada em 1993 no Rio de Janeiro, uma das mais antigas do movimento LGBT+ no país. Além de organizar a Parada do Orgulho LGBT+ do Rio, o grupo mantém ações de cidadania, saúde e memória, com destaque para a criação do Museu Movimento LGBTI+.
Acesse aqui o Instagram do Grupo.
Museu Movimento LGBTI+
Projeto do Grupo Arco-Íris, o museu foi certificado pelo Ibram em 2023 como ponto de memória. É um espaço voltado à preservação da trajetória política, cultural e social da comunidade LGBTQIAPN+ no estado do Rio de Janeiro, com enfoque em narrativas silenciadas pelo racismo, machismo e LGBTfobia.
Grupo Dignidade – Cedoc LGBTI+
Organização com sede em Curitiba e forte atuação nos campos de direitos humanos e combate à violência contra pessoas LGBTI+. Coordena o Centro de Documentação LGBTI+ Prof. Dr. Luiz Mott, que reúne acervo de grande relevância para a história do movimento no Brasil. É também base da Aliança Nacional LGBTI+ na região Sul.
Acesse aqui o site do Grupo.
Diálogo e parcerias em pauta
O objetivo do encontro foi debater iniciativas em andamento e propor futuras colaborações entre o Ibram e essas organizações, com foco em preservação da memória LGBTQIAPN+, letramento cultural, formação de agentes museais e ações conjuntas de visibilidade e reparação simbólica.
A presidenta do Ibram, Fernanda Castro, ressaltou a importância do diálogo:
“Recebemos com muito orgulho e gratidão os representantes do Museu Movimento LGBT+, do Grupo Arco-Íris, do Grupo Dignidade e do Cedoc LGBTI+ para tratar da pauta da memória e museus LGBT+.
O Ibram abraçou a diversidade na sua nova estrutura, o tema está entre as diretrizes do PNSM aprovado em 2024, e esse encontro com movimentos e instituições do setor nos oportuniza discutir propostas de parceria para letramento, formação, apoio e ação conjunta entre o Ibram, integrando as ações e diálogos já em curso com outros agentes.”
O encontro também foi destacado por Beto Schmitz, que integra duas frentes fundamentais para a preservação da memória LGBTQIAPN+ no Brasil:
“Hoje nós pudemos, além de conhecer um pouco mais a estrutura e o funcionamento do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, conversar com a presidenta Fernanda Castro e apresentar as ações que têm sido desenvolvidas pela Aliança Nacional LGBTI+ e suas organizações de base, em Curitiba e no Rio de Janeiro, para o fortalecimento das ações de preservação e salvaguarda da memória da comunidade LGBTI+ brasileira.”
A reunião reforça o compromisso do Ibram com a diversidade como valor estruturante das políticas públicas de museus e aponta para novos caminhos de articulação entre Estado e sociedade civil na promoção de uma memória mais justa, plural e antidiscriminatória.