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MME e Embaixada da Austrália formam parceria em evento sobre mineração, mudanças climáticas e transição energética
Alexandre Vidigal enfatizou o protagonismo do Brasil em relação às fontes energéticas renováveis.
“Somente haverá a transição energética para redução das emissões de carbono com o desenvolvimento da mineração”. A afirmação é de Alexandre Vidigal, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), ao participar, nesta quarta-feira (9/6), do webinar “Mineração, Mudanças Climáticas e Transição Energética Mundial”.
O evento foi promovido pelo MME e pela Embaixada da Austrália no Brasil, representada pelo embaixador Thimoty Kane, em parceria com o Sustainable Minerals Institute, com a presença do Professor Neville Plint, da Universidade de Queensland. Este foi o primeiro de uma série de três webinários que têm, como objetivo, encorajar um diálogo sobre políticas públicas entre representantes da indústria e do governo do Brasil e Austrália, sobre governança mineral e desenvolvimento sustentável.
Para Vidigal, a discussão sobre a mineração no contexto das mudanças climáticas e da transição energética mundial torna-se imperiosa, especialmente quando se fala em mineração do futuro. “Nos tempos à frente, a mineração deverá compatibilizar geração de riquezas e crescimento econômico, almejados com as novas demandas socioambientais, com foco nas gerações presente e futuras”, observou o secretário.
Ele destacou a importância do diálogo e da troca de experiências entre os diversos atores que integram a indústria da mineração, com ênfase para os países com grande potencial e vocação para a mineração, a exemplo do Brasil e da Austrália. “São formas inequívocas de avançarmos no desenvolvimento sustentável e na governança no setor”, ressaltou Vidigal.
Potencial minerário brasileiro
A ampla extensão territorial, a diversidade geológica e a mão de obra qualificada do potencial minerário brasileiro, também foram destacados pelo secretário, que enfatizou a especial atenção dada pelo ministro Bento Albuquerque ao setor, e que tem tornado possível alguns importantes avanços.
“Não podemos deixar de reconhecer que o modelo de desenvolvimento econômico atual deve ser aprimorado para que se coadune com os princípios da sociedade contemporânea. Isso requer de nós, atores do setor mineral, atuarmos como catalisadores desse importante processo de transição global para uma economia de baixo impacto”, alertou o secretário.
Em sua fala, Vidigal enfatizou o protagonismo do Brasil em relação às fontes energéticas renováveis, que permite ao País entregar ao mundo produtos com elevado grau de uso de energia limpa em toda a cadeia produtiva, em praticamente todas as fases do processamento industrial, a exemplo das baterias para eletromobilidade.
O diretor do Departamento de Geologia e Produção Mineral do MME, Frederico Bedran, também participou do webinar. Em sua fala, ele ressaltou que a transição energética necessária para atingir as metas de redução de Co2 é um movimento único que une os setores de mineração e energia. “De um lado o aumento da demanda mundial de fontes renováveis de energia demandará um aumento significativo na demanda de recursos minerais. Por outro lado, a indústria da mineração, que consome grande quantidade de energia, está migrando sua matriz de consumo de energia para fontes renováveis”, destacou Bedran.
PMD
O Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD) 2020-2023, lançado pelo MME no ano passado, foi outro ponto de destaque. Instrumento de metas e ações para o setor mineral brasileiro, o PMD conta com um plano específico de compromisso socioambiental na mineração com os projetos “Crescer com Responsabilidade” e “Mineração do Presente para o Futuro”, com foco em sustentabilidade, tecnologias de baixo impacto e minerais estratégicos.
Vidigal, por fim, abordou o tema transição energética e enalteceu o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, lançado pelo MME, em dezembro do ano passado, 13 anos após a edição anterior. O Plano, conforme ressaltou o secretário, é pautado pelas oportunidades e desafios da transição energética para uma economia de baixo carbono, buscando segurança energética para sustentar o crescimento consistente da economia nacional, atrelado à demanda por eletricidade.
“Não há dúvidas dos desafios nesse processo de transição, mas estamos certos dos avanços em curso e dos benefícios que advirão de parcerias como essas, que aqui se concretizam”, afirmou Vidigal. “Com os bens minerais é que teremos a oportunidade de produzir bens, equipamentos, aparelhos, máquinas, instrumentos e dispositivos de alta tecnologia para atender às demandas atuais da profunda transformação que a sociedade precisa”, encerrou o secretário.
O segundo webinar está previsto para acontecer no próximo dia 23 de junho.
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