Diretor da ANPD debate incidentes de segurança no setor público em evento latino-americano

O Diretor da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Iagê Miola, participou remotamente, nesta quinta-feira (6), da Sessão “Vazamento de Dados: como nossos dados são expostos e explorados na internet”, no âmbito do Fórum Latino-Americano e do Caribe de Governança da Internet (LACIGF), realizado em Córdoba, Argentina. A atividade reuniu especialistas, organizações da sociedade civil e representantes de autoridades de proteção de dados da região para discutir desafios e caminhos para enfrentar a circulação e o uso indevido de dados pessoais na América Latina. 

A sessão foi moderada por Lucía León Hiperderecho, do Peru; com co-moderação de Ximena Cuzcano Chavez, representando a Derechos Digitales, do Chile; e relatoria de Heidy Balanta, representando a Escuela de Privacidad, da Colômbia. Além do Diretor da ANPD, participaram como painelistas Olga María Escudero Vílchez, da Autoridade de Proteção de Dados Pessoais do Peru; Marcela Pallero, da Universidad Tecnológica Nacional da Argentina; e Paloma Lara Castro, de Derechos Digitales. 

Em sua fala, Miola destacou que a crescente integração de dados e a ampliação de serviços digitais na região têm ampliado o acesso a políticas públicas e possibilitado maior inclusão. No entanto, ressaltou que esses avanços também trazem novos desafios de segurança, governança e proteção contra usos abusivos e mercados ilegais de dados pessoais. 

Para o Diretor, enfrentar esse cenário exige fortalecer estruturas institucionais, promover cultura de proteção de dados em todos os níveis da administração pública e fomentar mecanismos de cooperação transfronteiriça entre autoridades de fiscalização e investigação. Ele enfatizou ainda o papel central da atuação multissetorial no enfrentamento a práticas de coleta, comercialização e uso indevido de dados. 

O LACIGF é um espaço regional multissetorial consolidado para o debate sobre governança da internet e direitos digitais, reunindo representantes de governos, academia, setor privado e organizações da sociedade civil. A edição de 2025 reforça a importância de respostas coordenadas diante de riscos que impactam diretamente a privacidade, a segurança da informação e a confiança no ambiente digital. 

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