Brasil não vai substituir o Real pelo Yuan como moeda

Não é verdade que o Real será substituído pelo Yuan (moeda chinesa). Diferente do que tem circulado em redes sociais, esta discussão sequer esteve em pauta nas agendas do Presidente Lula e do presidente chinês Xi Jinping durante visita oficial à China na última semana (12/04). Entre os temas tratados estão os acordos firmados em áreas como do comércio e indústria, comunicação, inovação, pesquisa e tecnologia, economia e combate à fome. 

Com diversificação de investimentos e cooperação na relação bilateral entre Brasil e China, a parceria estratégica entre os dois países é de longa data. As relações comerciais sino-brasileiras tiveram início em 1973. Desde 2009, o país se consolidou como principal parceira comercial do Brasil. Foram 15 os acordos firmados, que podem ser conferidos aqui.

O Banco Central do Brasil (BCB), em nota à Secretária de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM/PR), reafirmou que a moeda nacional não será substituída. “O Real foi definido como padrão monetário nacional pelo art. 1º da Lei 9.069, de 29 de junho de 1995 e não há previsão de alteração desse preceito legal”, destacou a autarquia.

“O recente Memorando de Entendimentos assinado pelo Banco Central do Brasil com o Banco Central da China (PBoC) é um instrumento que permite às entidades privadas brasileiras realizar transações em Renminbi (RMB) e obter sua conversão em Reais de forma mais rápida e menos custosa. Para o Brasil, os principais benefícios de operações envolvendo o uso de RMB são: maior disponibilidade de RMB para investimentos e transações comerciais e financeiras; manutenção de reservas cambiais em moeda forte no País; redução de intermediários nos pagamentos internacionais; e aproximação do sistema de pagamentos local ao chinês, com aumento da eficiência operacional em termos de redução de custo e tempo”, reforçou o BCB. 

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