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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 09/12/2025 17h19

Estudantes de Richmond, nos EUA, visitam Fundação Palmares

Publicado em 30/05/2018 15h00 Atualizado em 05/10/2023 15h58

Estudantes do Earlham College, da cidade americana de Richmond, visitaram nesta quarta-feira (30) a sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília. Eles foram recebidos pelo presidente da instituição, Erivaldo Oliveira.

O grupo reúne sete alunos do Ensino Superior de nacionalidades americana, holandesa, brasileira e portuguesa. Eles são acompanhados por Cassio Muniz, professor assistente visitante do Departamento de Ciências Políticas do Earlham College. Os jovens cursam Ciências Políticas, Relações Internacionais, Biologia e Estudos Afro-Americanos.

A presença deles no Brasil resulta de um curso de seis meses chamado Avanços para as Comunidades Afro-Brasileiras. Eles estão no país para analisar as principais conquistas sociais para as comunidades negras, com foco na violência urbana, na realidade dos quilombolas e na política de cotas. O grupo ficará 22 dias em território nacional e irá a Brasília, Salvador e Rio de Janeiro, com direito a passagens por um terreiro e comunidades remanescentes de quilombos.

Em sua fala aos alunos, Erivaldo Oliveira explicou o trabalho desenvolvido pela Fundação Palmares para proteção do patrimônio afro-brasileiro. Ele destacou avanços como a tipificação do crime de racismo a partir da Constituição de 1988, e a política de cotas para vestibulares e concursos públicos, porém assinalou que ainda há muito a se conquistar. “Somos 54% da população brasileira, porém não ocupamos as instâncias de poder”, comentou.

Erivaldo destacou que a luta contra o racismo no Brasil precisa envolver toda a sociedade e não apenas os negros. Lembrou que fenômeno semelhante ocorreu nos Estados Unidos na década de 60 no combate à segregação racial. “O pastor Martin Luther King não teria feito a revolução se não contasse com o apoio de brancos que se posicionavam contra o preconceito”, frisou.

Oliveira também tratou da questão da intolerância religiosa, ainda forte no país. Contou aos jovens sobre o Mapeamento dos Terreiros, iniciativa realizada no Distrito Federal e que se estenderá a outras unidades da Federação. “A partir deste estudo, sabemos onde estão os terreiros e o estado pode promover políticas públicas como as de segurança. Ninguém pode se sentir envergonhado ou intimidado por freqüentar seu espaço de religiosidade”, afirmou.

Visão sobre o Brasil

O professor Cássio Muniz considerou a conversa bastante proveitosa. “Tivemos um panorama amplo sobre as políticas públicas brasileiras voltadas à população afrodescendente e dos desafios que ainda existem, como a titulação das terras quilombolas”, destacou Muniz.

A norte-americana Louisa Perry disse que aprendeu muito sobre a realidade do negro no Brasil. “Achei interessante que no país haja 11 ministérios com atuação voltada à questão racial”, observou.

A também americana Paloma Collazo Vargas se disse impressionada com as disparidades raciais no Brasil a partir da conversa com Erivaldo Oliveira. “Existe um grande abismo entre os direitos de brancos e negros aqui. Embora os afro-brasileiros constituam mais da metade da população, não possuem a mesma representatividade nos postos de decisão”, disse Paloma.

O português Ro Vieira contou que graças ao que ouviu do presidente da Palmares consolidou uma visão que já tinha sobre o racismo em países como o Brasil e sua terra natal. “A realidade das comunidades quilombolas é um reflexo desta situação. O povo negro precisa de políticas para superar estes problemas históricos”, falou Ro.

Única brasileira do grupo, a paulistana Isabela Bicalho assinalou que a reunião com Erivaldo Oliveira lhe chamou a atenção sobre aspectos velados do racismo no Brasil. “Por minha mãe ser ativista política, eu já percebia fatos como a omissão da história dos negros nas escolas. Fiquei muito empolgada com os terreiros e quero visitar e saber mais sobre eles”, afirmou.

Busto de Zumbi dos Palmares sofre vandalismo em Brasília

Publicado em 30/05/2018 14h00 Atualizado em 05/10/2023 16h02

Reinaugurada recentemente, a Praça Zumbi dos Palmares, na região central de Brasília, já sofre com atos de vandalismo. O busto em homenagem ao herói negro Zumbi dos Palmares, que dá nome ao espaço, está pichada com uma mancha vermelha de tinta spray. Além disso, peças de roupas velhas, como uma gravata e uma calça, foram colocadas no busto e ao redor dele.

A Fundação Cultural Palmares (FCP) repudia qualquer ato de vandalismo, ainda mais em se tratando de um monumento que reverencia um nome tão importante para as históricas lutas de liberdade da população afro-brasileira. A instituição lamenta que a destruição e a intolerância sejam as únicas formas de expressão de algumas pessoas.

Espaço Zumbi dos Palmares, em Volta Redonda (RJ), completa 28 anos

Publicado em 29/05/2018 09h00 Atualizado em 05/10/2023 16h04

Um dos espaços culturais mais importantes da cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, o Memorial Zumbi dos Palmares comemora seus 28 anos de atividades. Para marcar a data, a Prefeitura realiza a primeira edição do Prêmio Dandara e Zumbi dos Palmares no dia 19 de junho.

A iniciativa pretende valorizar personalidades negras de Volta Redonda nas categorias de Música, Dança, Artes Cênicas, Artes Visuais, Educação, Literatura, Empreendedorismo Criativo e Humanidade e Cidadania. Os homenageados foram escolhidos por meio de votação no Facebook.

Público movimenta estande da Fundação Palmares na Conapir

Publicado em 29/05/2018 11h00 Atualizado em 05/10/2023 16h05

O público que participa da Quarta Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) tem comparecido em peso ao estande da Fundação Cultural Palmares (FCP). O evento segue até esta quarta-feira (30), no Centro Internacional de Convenções Brasil (CICB), em Brasília, realizado pela Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e com apoio da FCP.

A coordenadora de Estudos e Pesquisas do Centro Nacional de Informações e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares, Carolina Petitinga, informa que das 5 mil publicações da instituição disponíveis gratuitamente ao público, 4 mil já foram distribuídas. “Quando não acontecem palestras ou reuniões, notamos que a movimentação aqui fica intensa”, constata Carolina.

Segundo a coordenadora, muitos técnicos de secretarias estaduais e municipais de educação procuram o estande da FCP para saber como implantar em suas escolas o projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Parceria da Palmares com Ministério da Educação (MEC) e prefeituras, o Conhecendo Nossa História promove debates sobre questões de interesse da população afro na rede de ensino. “A divulgação na Conapir está sendo muito boa. Acreditamos que o projeto irá avançar bastante”, avalia Carolina.

Conapir acontece até quarta-feira (30) em Brasília

Publicado em 28/05/2018 09h00 Atualizado em 05/10/2023 16h07

Até quarta-feira (30), Brasília recebe a Quarta Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir). O evento é realizado pela Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e tem apoio de instituições como a Fundação Cultural Palmares (FCP). A abertura aconteceu na manhã desta segunda-feira (28), no Centro Internacional de Convenções Brasil (CICB).

Participaram da cerimônia o secretário nacional de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, o presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, além de outros representantes do governo federal, embaixadas, movimento negro, quilombolas, povos de terreiros, indígenas, ciganos, palestinos, judeus e outras comunidades tradicionais.

No discurso de abertura, Juvenal Araújo destacou a realização do evento como uma conquista do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), colegiado parceiro da Seppir na organização da conferência. Juvenal lembrou da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março e que teve suas imagem projetada em um telão com hastag Marielle Presente. “A Conapir é um encontro da democracia participativa. Queria agradecer muito à Fundação Palmares, por meio do Erivaldo Oliveira, que contribuiu para tornar tudo isto real”, elogiou o secretário.

Na terça-feira (29), a Conapir terá discussões de grupos de trabalho (GTs) com os mais diversos temas, como acesso à justiça, saúde e combate ao racismo e à discriminação. Na quarta-feira à tarde, a programação encerra com a Plenária Final.

Quem visitar a Conapir pode ainda conhecer o estande da Fundação Palmares. Para lá foram levados mais de 5 mil exemplares de publicações da instituição. Durante toda a manhã, os servidores da FCP entregaram o material e receberam sugestões de representantes municipais interessados em levar às suas cidades o projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. A iniciativa divulga a cultura afro-brasileira nas escolas. Outro destaque fica com uma feira de empreendedores em que estão à venda produtos artesanais confeccionados por quilombolas e indígenas.

Dia da África exalta liberdade e cultura do continente

Publicado em 25/05/2018 09h00 Atualizado em 05/10/2023 16h09

Nesta sexta-feira, 25 de maio, se comemora o Dia da África ou Dia de Libertação da África. A data recorda o quando 32 chefes de estado do continente se reuniram em Addis Abeba, na Etiópica, em 25 de maio de 1963, há 55 anos.

Na ocasião, os líderes discutiram a importância de se libertarem do colonialismo imposto por nações ricas da Europa e criaram a Organização da Unidade Africana (OUA) para promover a integração de seus povos. De acordo com a Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, os europeus dividiram a África para explorar seus tesouros naturais e o trabalho da população. A maioria dos países africanos só conseguiram se libertar dos colonizadores na segunda metade do século 20, alguns inclusive em episódios sangrentos.

Em 1972, reconhecendo a relevância do encontro realizado nove anos antes, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia da África. A celebração expressa o desejo de liberdade e de união dos povos africanos. No Brasil, eventos em todo o país comemoram o acontecimento para valorizar a influência das tradições de origem afro em nossa cultura.

Conhecendo Nossa História tem lançamento em Caucaia, no Ceará

Publicado em 25/05/2018 15h00 Atualizado em 05/10/2023 16h11

Gestores, professores, autoridades, quilombolas e alunos compareceram nesta sexta-feira (25) ao lançamento do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil, em Caucaia, no Ceará. A iniciativa é fruto de parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com a prefeitura e o Ministério da Educação (MEC) para promover a discussão sobre a história dos afro-brasileiros.

A FCP foi representada por Vanderlei Lourenço, coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC). O prefeito da cidade, Naumi Amorim, também participou do encontro. Na ocasião, ocorreu a assinatura da resolução municipal para promover a Educação Escolar Quilombola. O evento ainda teve debates e apresentações culturais.

Conapir começa nesta segunda (28)

Publicado em 25/05/2018 11h00 Atualizado em 05/10/2023 16h12

Um dos eventos mais importantes para discussão de políticas públicas voltadas aos afro-brasileiros acontece desta segunda-feira (28) a quarta-feira (30), em Brasília, no Centro Internacional de Convenções Brasil (CICB). Trata-se da Quarta Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), com realização da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e apoio da Fundação Cultural Palmares (FCP). Já no domingo (27), os participantes começam a chegar a Brasília e serão recebidos pela organização da Conferência.

A abertura oficial começa às 9h e terá presença do secretário nacional de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, e do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira. Em seguida, às 10h, haverá a palestra magna com o título de Década Internacional dos Afrodescendentes, seguida de um painel sobre o tema. Além de estar presente em mesas e grupos de trabalho, a Fundação Palmares terá um estande no local em que o público poderá conhecer as publicações da instituição e assistir a vídeos sobre o trabalho desenvolvido.

Na terça-feira (29), a Conapir será dedicada a grupos de trabalhos (GT) sobre os mais diversos assuntos. Entre os tópicos dos GT estão Direito à igualdade de oportunidade e à não discriminação; Participação e Inclusão; Acesso à Justiça; Educação e Cultura; Saúde, Assistência e Previdência Social; e Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros-LGBT. Na quarta-feira, das 14h às 18h, ocorre a Plenária Final.

Durante três dias, o encontro reunirá representantes das sociedade civil e do governo para discutir questões como o combate ao racismo e a inclusão social. Realizada a cada quatro anos, a Conapir tem entre seus objetivos promover o respeito, a proteção e a concretização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais da população afrodescendente e de povos tradicionais, além de valorizar sua cultura.

Nesta edição, a Conferência tem como tema O Brasil na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos humanos. A Conapir vai abordar os principais eixos da Década Internacional de Afrodescendentes, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período 2015-2024.

Saiba mais sobre a Conapir neste link: GUIADOAPARTICIPANTEIVCONAPIR.pdf

Prefeitura de São Paulo celebra 35 anos da Fundação Cultural Palmares

Publicado em 06/10/2023 07h54

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia a sua participação nas celebrações dos 35 anos da Fundação Cultural Palmares. A festividade com programação especial acontece no dia 8 de outubro, na Praça das Artes, e conta com Edi Rock, Paula Lima, Luciana Mello, Orquestra de Paraisópolis, Mestre Dinho Nascimento e Dona Bernadete entre as atrações convidadas.

Fundada em 22 de agosto de 1988, a Fundação Cultural Palmares (FCP), entidade do Governo Federal, promove, preserva e valoriza os valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. No último dia 22 de agosto, a FCP iniciou as celebrações com uma série de ações e articulações simbólicas homenageando a memória de Zumbi dos Palmares e Dandara, no alto da Serra da Barriga.

Dando continuidade nas festividades de 35 anos, a Secretaria Municipal de Cultura leva à Praça das Artes uma programação especial, que enfatiza a cultura e a valorização dos artistas negros. A música da celebração fica por conta de Bukassa Kabengele, Paula Lima, Luciana Mello, Torya, Trajano, Edi Rock, Leidy Murilho. O som por Vj Mole, DJ MF e as manifestações culturais pelo Mestre Dinho Nascimento, Mestre Madrugada e da Dona Bernadete.

A comemoração dos 35 anos da Fundação Cultural Palmares acontece no domingo, 8 de outubro, a partir das 14h. Confira a programação a seguir.


Programação:

15h - Cerimônia de Abertura com apresentação de Capoeira e Hino Nacional no Berimbau

16h - Vj Mole

17h - Musical de 35 anos de Fundação Zumbi dos Palmares (apresentação dos artistas convidados)

19h - Encerramento

Por Prefeitura da cidade de São Paulo

Comunidades quilombolas e mineradora fecham acordo para atividade extrativista em territórios no Pará

Publicado em 25/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h14

Um acordo entre oito comunidades quilombolas do município de Oriximiná, no Pará, e uma mineradora vão permitir o desenvolvimento de programas sociais nestes territórios aliados à atividade extrativista. O termo de compromisso foi assinado nesta sexta-feira (25), na sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília, com a presença de representantes dos quilombolas, da companhia e da FCP.

A Mineração Rio do Norte (MRN) atua há 38 anos na região. Desta vez, graças ao diálogo entre as partes e à atuação da Fundação Palmares, conseguiu-se o licenciamento ambiental para que a MRN, que atua na exploração de bauxita, possa abrir novas minas na área.

Em troca da operação nas comunidades remanescentes de quilombos, a empresa se compromete em realizar programas de educação, saúde e geração de renda para a população local. Cerca de 400 famílias habitam nestas terras. Incra, FCP e ICMBio atuarão no monitoramento do acordo.

As lideranças da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombo Juquirizinho, Curuca Mirim, Jamari, Juquiri Grande, Palhal, Último Quilombo Erepecu e Nova Esperança (ACRQAT) comemoraram a assinatura do termo de compromisso. “Este é um momento inesquecível, resultado de diálogo entre a comunidade, a Fundação Palmares e a MRN. Temos direito à terra e ao meio ambiente, mas não podemos parar o desenvolvimento”, afirmou Manuel Siqueira, um dos membros da entidade. O diretor presidente da MRN, Guido Germani, também celebrou a parceria. “Conseguimos evoluir no diálogo. Este acordo é fruto de muito trabalho e negociação”, disse o executivo.

O presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, elogiou o entendimento entre quilombolas e empresa. “Não existe nação sem território. O mesmo vale para os quilombolas. Em sua terra, desenvolvem sua cultura, seus saberes e seus fazeres. A MRN, sabendo disso, demonstra responsabilidade social, algo cada vez mais valorizado nos negócios no mundo inteiro”, destacou Oliveira.

Também participaram da reunião pela Fundação Palmares a diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Carolina Nascimento, e o coordenador de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Tiago Cantalice, que trabalhou em todo o processo de negociação envolvendo as comunidades paraenses e a mineradora.

Livro reconstitui trajetória da líder religiosa Mãe Baiana

Publicado em 24/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h16

Uma trajetória de luta pela cultura afro-brasileira, em defesa da liberdade religiosa e de combate à intolerância. Assim pode-se resumir a vida de Adna Santos, mais conhecida como Mãe Baiana. Uma das lideranças mais populares das religiões de matriz afro, ela lança sua autobiografia na próxima quarta-feira (30), às 12h30, durante a Quarta Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.

O livro se chama Chão e Paz e reconstitui a trajetória desta personalidade que nasceu no interior da Bahia, no município de Serra de Mundo Novo. Adna foi criada pela avó, que era filha de uma escrava que chegou ao Brasil em um navio negreiro vindo de Portugal. Ao conversar, Mãe Baiana compartilha um pouco da riqueza que obteve com a avó, que viveu até os 119 anos. Ao falar do livro, Mãe Baiana comenta: “Ali está toda a minha vida, toda a minha luta, tudo em que eu acredito”.

Adna morou em várias partes do Brasil e vive em Brasília há 40 anos. Ela é a responsável pelo terreiro de candomblé Ilê Axé Oyá Bagan, localizado na região administrativa do Lago Norte, no Distrito Federal. Em seus anos de luta contra a intolerância religiosa e o preconceito, chegou a ser vítima de dois episódios que lhe marcaram. Em 2009, seu terreiro foi derrubado pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis). Depois, em 2015, o terreiro sofreu um ataque, sendo incendiado. Embora os criminosos nunca tenham sido identificados, o incidente motivou a criação de uma delegacia para combate a crimes de intolerância no Distrito Federal.

Além da atividade religiosa, Adna Santos trabalha na Fundação Cultural Palmares (FCP) como chefe da Divisão de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro. Entre as ações por ela coordenadas, está o Mapeamento dos Terreiros do DF, realizado pela Palmares em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). O projeto identificou a localização de mais de 300 terreiros e vai servir como referência para promoção de políticas públicas que beneficiem estes espaços e garantam sua segurança.

Erivaldo Oliveira recebe secretário de Políticas para Povos Afrodescendentes do Amapá

Publicado em 23/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h17

O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, recebeu nesta quarta-feira (23), na sede da instituição, em Brasília, o secretário extraordinário de Políticas para Povos Afrodescendentes do Amapá (Seafro), Aluizo de Carvalho.

O objetivo principal do encontro foi ampliar os laços entre a Fundação Palmares  e a secretaria na definição de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da população negra no estado. O Amapá recebe no mês de junho a Virada Cultural Afro, evento que integra atividades que envolvem cultura, arte, capacitação, qualificação profissional e fortalecimento social dos afro-brasileiros.

Projeto Conhecendo Nossa História chega a Caucaia (CE)

Publicado em 23/05/2018 15h00 Atualizado em 06/10/2023 08h19

Na próxima sexta-feira (25), o município de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza (CE), passa a contar com o projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com o Ministério da Educação (MEC) e a prefeitura da cidade, a ação promove o ensino da cultura e da história afro-brasileiras nas escolas junto com a discussão de temas considerados relevantes, como racismo, exclusão social, violência e intolerância religiosa.

O lançamento vai acontecer no Campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia. A cerimônia terá a presença do coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares, Vanderlei Lourenço; do prefeito Naumi Amorim; da secretária de Educação, Lindomar Soares; e do secretário de Turismo e Cultura, Paulo Guerra. Haverá ainda presença de membros de comunidades quilombolas e de professores e gestores municipais.

Durante o evento, acontecerão mesas redondas para debater com os multiplicadores do projeto o funcionamento e a forma de implementação. As conversas terão a participação do historiador e ativista Zezito Araújo e de Eliane Boa Morte, doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Na ocasião, acontece ainda o lançamento do livro Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade, com artigos de professores de Caucaia e apresentação cultural de mulheres quilombolas.

Uberaba realiza intensa programação cultural para lembrar 130 Anos da Abolição

Publicado em 23/05/2018 13h00 Atualizado em 06/10/2023 08h21

Uma intensa programação cultural com música, dança, empreendedorismo e outras atividades em Uberaba (MG) lembrou os 130 anos da Abolição, dos dias 13 a 20 de maio. O coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Cultural Palmares (FCP), Vanderlei Lourenço, participou do encerramento da programação, no último domingo.

Durante o evento, Vanderlei se encontrou com o presidente da Câmara Brasil África, Sinfrônio Júnior. As duas instituições discutem um conjunto de parcerias para o fortalecimento da cultura afro na região do Triângulo Mineiro. Na ocasião, representantes de terreiros fizeram contato com a FCP e pediram que a instituição realize um mapeamento no estado, a exemplo do estudo que ocorreu em caráter piloto no Distrito Federal.

Erivaldo Oliveira é um dos convidados do programa Diálogo Brasil

Publicado em 23/05/2018 11h00 Atualizado em 06/10/2023 08h23

O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, participou nesta quarta-feira (23) da gravação do programa Diálogo Brasil, da TV Brasil. A entrevista teve entre os temas os 130 Anos da Abolição da Escravidão e a realização de 28 a 30 de maio da Quarta Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), em Brasília. O Diálogo Brasil vai ao ar na próxima segunda-feira (28), às 22h15.

Além de Erivaldo Oliveira, o programa contou com a presença do economista e consultor do Senado Mário Theodoro. O apresentador Maranhão Viegas conversou com os convidados sobre a grave situação de desigualdade racial que permanece no Brasil 13 décadas após a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel.

Na entrevista, Erivaldo Oliveira observou aspectos como a baixa representatividade dos afro-brasileiros nas posições de decisão da sociedade, embora representem 54% do contingente populacional do país. O presidente da Palmares destacou a importância de políticas de estado para tirar os negros da condição de desigualdade, como as cotas nas universidades e concursos públicos e a regularização fundiária dos territórios quilombolas.

Professores de Caucaia (CE) são capacitados para disseminar história e cultura afro

Publicado em 22/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h26

Cem professores da rede de ensino fundamental da cidade de Caucaia, no Ceará, e lideranças quilombolas participam nesta semana da capacitação do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Desenvolvida pela Fundação Cultural Palmares (FCP) em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a prefeitura municipal, a iniciativa promove a educação da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas.

O projeto será lançado em Caucaia na próxima sexta-feira (25), no Campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia. A cerimônia contará com a presença do coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares, Vanderlei Lourenço; do prefeito Naumi Amorim; da secretária de Educação, Lindomar Soares; e do secretário de Turismo e Cultura, Paulo Guerra. Haverá ainda presença de membros de comunidades quilombolas e de professores e gestores municipais.

A capacitação acontece no Centro Municipal de Formação está sendo ministrada por Zezito Araújo, historiador e ativista do movimento negro, e por Eliane Boa Morte, doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Caucaia conta com quatro multiplicadores, que são profissionais da área de educação encarregados de disseminar o Conhecendo Nossa História.

Na ocasião, acontece ainda o lançamento do livro Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade, com artigos de professores de Caucaia e apresentação cultural de mulheres quilombolas.

Aparecida de Goiânia já conta com o Conhecendo Nossa História

Publicado em 22/05/2018 14h00 Atualizado em 06/10/2023 08h28

A cidade de Aparecida de Goiânia (GO) já conta com o projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil em sua rede de ensino. O lançamento aconteceu na segunda-feira (21) e teve a presença do presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira.

A iniciativa é fruto de parceria entre a FCP, o Ministério da Educação (MEC) e a prefeitura municipal. O evento foi realizado no Céu das Artes Orlando Alves Carneiro. A programação começou com apresentações culturais locais. Também houve distribuição do material didático do Conhecendo Nossa História e dos livros do Prêmio Oliveira Silveira, da Fundação Palmares, que publicou cinco títulos voltados a temáticas afro.

Também participaram da cerimônia o prefeito Gustavo Mendanha e os secretários de Articulação, Ricardo Roberto; de Educação e Cultura, Avelino Marinho; e do coordenador de Igualdade Racial, João Batista Ribeiro. No período da tarde, houve duas mesas redondas. A primeira mostrou como funciona o projeto Conhecendo Nossa História e contou com o coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares, Vanderlei Lourenço, e de Zezito de Araújo, professor de história e militante do movimento negro.

A segunda mesa de debates tratou da implementação do projeto. Participaram Eliane Boa Morte, doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Com ela estiveram os profissionais multiplicadores do Conhecendo Nossa História em Aparecida de Goiânia.

Por meio da capacitação de profissionais de educação e da distribuição de material didático, ação da Fundação Palmares dissemina o ensino da cultura afro-brasileira e discute em sala de aula temas de interesse da população negra como racismo, exclusão social e intolerância religiosa.

Fundação Palmares participa de oficinas sobre Proteção Ambiental na Amazônia

Publicado em 17/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h30

Aconteceu na quarta-feira (16), no Auditório da escola da Advocacia Geral da União (AGU) em Belém (PA) o Ciclo de Oficinas Temáticas sobre a Proteção Ambiental na Amazônia. O evento teve como tema a regularização de territórios quilombolas, o papel do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Cultural Palmares (FCP) nesse processo.

A Oficina foi ministrada por Jonas Rodrigues da Silva Júnior, procurador-geral da Fundação Palmares. Ele falou sobre o processo de reconhecimento e certificação das comunidades quilombolas, responsabilidade da instituição, que é vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). Já o Incra se encarrega do processo de regularização fundiária dos territórios ocupados por remanescentes de quilombos. Sabe-se que as comunidades quilombolas vivem, geralmente, em grandes áreas de preservação ambiental e utilizam os recursos naturais de forma sustentável.

Assista a vídeo sobre Mapeamento dos Terreiros do DF

Publicado em 17/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h31

Assista em nossa página vídeo sobre a cerimônia de lançamento do Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal, produzido pela Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura (MEC), com direção e edição de Guto Martins e reportagem de Ana Moura. O evento aconteceu no dia 3 de maio, no Museu da República, em Brasília. Resultado de parceria entre a Fundação Cultural Palmares (FCP) e a Universidade de Brasília (UnB), o Mapeamento identifica a localização destes espaços e contribuirá para promoção de políticas de combate à intolerância religiosa e de acesso a serviços públicos. A iniciativa piloto será expandida a outros estados ainda em 2018.

   

Fundação Cultural Palmares recebe ilustre visita de viúva e filho do cantor e compositor Luiz Melodia

Publicado em 06/10/2023 08h35

A Fundação Cultural Palmares (FCP), teve a honra de receber na manhã desta terça-feira (3), Jane Reis, compositora, produtora e viúva do grande músico Luiz Melodia e Mahal Reis, rapper, modelo e filho do artista, para um bate-papo sobre produção musical e produção artística. Os convidados foram recepcionados por colaboradores e servidores da FCP.

Vale lembrar que o ilustre Luiz Melodia é o patrono-homenageado no Prêmio de canções afro-brasileiras, organizado pelo Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC). Jane e Mahal fazem parte do corpo de jurados da premiação.

Quando elaborado, o concurso teve por objetivo valorizar aspectos da cultura Afro-Brasileira, em qualquer estilo musical, protagonizando assim a cultura negra que é tão diversa no Brasil.

O edital buscou incentivar a participação plena e efetiva da população negra, homenageando o legado de Melodia. O músico foi também um importante ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba.

Melodia compõe a galeria de personalidades homenageadas pela Fundação Cultural Palmares, devido à sua grande relevância no cenário artístico do país.

Roda de conversa


Durante o bate- papo, Jane e Mahal relembraram os sucessos de Melodia, bem como do legado deixado pelo compositor, que morreu aos 66 anos, vítima de um câncer na medula no dia 04 de agosto de 2017.

Mahal falou sobre suas inspirações para compor músicas, revelando assim, como é o processo. “Eu como artista e como pessoa, para alguém se inspirar em mim, ela tem que ser muito sensível e emotiva. Eu sempre estou chorando, isso me ajuda a ter lucidez com as coisas. Eu uso a sensibilidade, ou seja, é importante mover o coração e manter os sons fluindo sempre. É necessário acreditar em si e principalmente no que está sentindo,” discorreu o artista.

Edi Freitas, uma das servidoras mais experientes da Fundação Palmares lembrou que mesmo estando num tempo distinto devido às idades, o trabalho de artistas como Mahal são apreciados através dos filhos, o que acaba perpassando de geração em geração. “Quando vejo jovens consumindo músicas que eu não sou acostumada a ouvir, eu fico feliz. A música nos ajuda a construir nossa personalidade, nossa formação, a música ajuda a construir o nosso pensar. E ter essa troca com os mais jovens é essencial. Vejo isso ao observar meus filhos,” disse a servidora.

Mahal aproveitou para falar sobre o ingresso excessivo de elementos na produção musical, o que acaba se tornando para ele, um exagero. O músico acredita que o uso constante das tecnologias no meio artístico, retira a essência de todo o processo de criação. “Isso como vetor fundamental de uma arte, eu não acho legal. Não curto muito auto-tune e nem a inteligência artificial. Precisamos enxergar o que vem de dentro.” Relatou.

Segundo o artista, uma das formas de o estado ajudar aos jovens e crianças a imergirem no universo da música, da arte e da literatura é por meio da educação e da cultura.

“Um lugar que não tem cultura será sempre um palco de violência. Os futuros MC’s precisam ter coisas substanciais. Tem que agregar algo, tem que ser lúdico e trazer um bom jogo de palavras. Introduzir bons elementos, palavras novas, dá uma estética boa no rap, quebra o tabu de as pessoas acharem que só quem canta rap são artistas ignorantes. Muitas pessoas que não conhecem a história do rap, pensam isso,” finalizou o cantor.

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