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Hoje é Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Hoje, quarta-feira, 25 de julho, comemora-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Em homenagem à data, a Fundação Cultural Palmares (FCP) publica uma série de postagens em seu site e nas suas redes sociais sobre essas guerreiras, que encaram a luta do dia a dia no trabalho, na família e em todos os ambientes, muitas vezes em condição de desigualdade, enfrentando o duplo preconceito de gênero e de raça, sendo vítimas do racismo, do machismo, do sexismo, da misoginia e da intolerância religiosa. Parabéns, mulheres negras brasileiras, latino-americanas e do mundo!
Esta importante data surgiu em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana. Na ocasião, criou-se a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas e estabeleceu-se o 25 de julho como Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha.
Em 2014, a Lei nº 12.987/2014 também tornou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola no século 18, do Vale do Guaporé, em Mato Grosso. Com a morte de seu companheiro, ela assumiu a luta da comunidade negra e indígena contra os opressores portugueses até a destruição do quilombo. Há controvérsias se Tereza de Benguela pereceu na guerra ou se terminou prisioneira, mas seu exemplo de resistência permanece no presente.
Estatuto da Igualdade Racial completa oito anos
Nesta sexta-feira, 20 de julho, o Estatuto da Igualdade Racial completa oito anos. O texto foi instituído pela Lei 12.888, de 2010 para garantir a efetivação de oportunidades e direitos a todos e para combater o racismo e o preconceito.
O Estatuto da Igualdade Racial traz um conjunto de regras e princípios jurídicos para coibir a discriminação racial. A legislação se concentra em aspectos como o direito à saúde, à educação, à cultura, ao lazer, ao trabalho e à moradia.
Por meio do Estatuto foi criado o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). Este instrumento tem a função de articular políticas do poder público das diversas esferas para superar as desigualdades étnico-raciais no Brasil.
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, vê avanços a partir da implementação do Estatuto da Igualdade Racial, como a previsão de reserva para afro-brasileiros em trabalhos artísticos, como filmes, peças e novelas. No entanto, Erivaldo acredita que ainda existam grandes desafios para combater o racismo, o preconceito e a intolerância religiosa no Brasil. “Sempre digo que somos 54% da população brasileira, mas que não possuímos a mesma representatividade na ocupação de postos estratégicos no setor público e privado”, constata.
Erivaldo Oliveira também lembra que os negros ainda são as maiores vítimas da violência no país e têm pouco acesso à saúde, educação e moradia dignas. “No Brasil, a taxa de analfabetismo ainda é o dobro entre os afrodescendentes do que nos brancos. Se não revertermos esses danos históricos que não terminaram com a Abolição da Escravidão, há 130 anos, não estaremos de fato promovendo a igualdade racial. Temos que focar em políticas públicas neste sentido”, destaca o presidente da FCP.
Jovens aprendizes prestigiam Cine Palmares
O filme Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil foi exibido nesta sexta-feira (20) no Cine Palmares. A programação acontece sempre na sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília, às 13h, e destaca produções relacionadas à cultura negra.
A demanda do público motivou a realização de duas sessões. Na plateia, estavam jovens aprendizes da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi).
Dirigido por Belisário Franca, o documentário conta a história de um grupo de 50 meninos que foram escravizados em uma fazenda em São Paulo na década de 50 por fascistas brasileiros.
STF inicia julgamento sobre sacrifício de animais em rituais religiosos
No dia 9 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza em Brasília o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 494601. Datado de 29 de setembro de 2006 e com relatoria do ministro Marco Aurélio Mello, o RE foi apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul contra a decisão do Tribunal de Justiça do estado (TJ-RS), que validou por meio de uma lei o sacrifício de animais em rituais religiosos.
No ano passado, representantes da Comissão dos Terreiros Tombados da Bahia e outras lideranças religiosas e da sociedade civil se reuniram com a presidente do STF, Carmem Lúcia. Na ocasião, eles entregaram à ministra um parecer e um memorial com informações históricas, legais e culturais no mundo inteiro relacionados ao sacrifício de animais.
Representantes de religiões de matriz afro criticam a proibição e alegam que se trata de preconceito e racismo contra um segmento. Na visão deles, o abate para fins de culto não fere a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Além disso, esses líderes alegam que outras religiões praticam o procedimento, porém não são alvo de perseguições legais.
A Fundação Cultural Palmares (FCP) se solidariza com os povos de terreiro em sua luta pelo reconhecimento legal de seus ritos sagrados. Os povos de terreiro apresentam um forte envolvimento com a natureza e com a preservação do meio ambiente. A proibição do sacrifício tem sim sido mais usada como manifestação de intolerância religiosa e racismo, perseguindo-se as crenças de matriz africana, do que como uma preocupação real com os animais.
Reunião da SBPC terá programação voltada a questões afro
Do próximo domingo (22) a sábado (28), os municípios de Maceió, Arapiraca e Delmiro Gouveia recebem pela primeira vez um dos eventos mais importantes do país. A 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) será realizada na Universidade Federal de Alagoas e vai mobilizar instituições de ensino superior, escolas e toda a sociedade alagoana. A Fundação Cultural Palmares (FCP) participa da programação no ciclo SBPC Afro e Indígena. Confira a programação aqui:
A Fundação Palmares participa na segunda-feira (23) da mesa redonda com o tema Dossiê de Candidatura da Serra da Barriga, Parte mais Alcantilada – Quilombo dos Palmares – a Patrimônio Cultural do Mercosul e as Ações do Comitê Gestor. O debate acontece de 15h30 às 18h, no Centro de Interesse Comunitário (CIC).
A diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP, Carolina Nascimento, falará na mesa da produção do Dossiê e como esta documentação ajudará no desenvolvimento de um plano para promoção do turismo sustentável na Serra da Barriga. O local abrigou no passado o Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência do povo negro contra a escravidão.
O Comitê Gestor reúne órgãos federais, estaduais, do município de União dos Palmares e da sociedade. Além da diretora da Fundação Palmares, participam representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).
O tema geral da SBPC em 2018 é Ciência, Responsabilidade Social e Soberania. A reunião tem como objetivo discutir a democracia e as estratégias para enfrentar os desafios na educação e na ciência. Entre as atividades agendadas estão conferências, mesas redondas, cursos e apresentações de trabalhos de professores, estudantes e pesquisadores.
Neste sábado, são lembrados os 188 anos do nascimento de Luís Gama
Um dos maiores heróis do movimento abolicionista brasileiro tem os 188 anos de seu nascimento comemorados neste sábado, 21 de julho. Nesse mesmo dia, em 1830, nasceu Luiz Gonzaga Pinto da Gama, mais conhecido como Luís Gama. Escritor, advogado e jornalista, fez da batalha pelo fim da escravidão a principal bandeira de sua vida.
Sua mãe, Luiza Mahin, era uma negra livre e atuou como uma das principais líderes da célebre Revolta dos Malês, na capital baiana. Luiza acabou exilada. Para aumentar ainda mais a tragédia na vida de Luís Gama, aos dez anos de idade, seu próprio pai o vendeu como escravizado, para pagar dívidas com jogo.
Levado para o Rio de Janeiro, foi comprado pelo alferes Antônio Pereira Cardoso, dono de uma fazenda em Lorena, no interior de São Paulo. Por conta da amizade com o estudante Antonio Rodrigues do Prado Júnior, aos 17 anos teve acesso ao estudo, aprendendo a ler e a escrever. Com 18, fugiu para a capital São Paulo, onde se alistou na Força Pública da Província e se graduou como cabo. Tempos depois, foi expulso da corporação, acusado de insubordinação. Segundo Gama, ele apenas respondeu ao insulto de um oficial.
Em São Paulo, trabalhou na imprensa como poeta e jornalista. Autodidata, exerceu a profissão de advogado. Atuou combativamente contra a escravidão e conseguiu libertar mais de 500 pessoas. Influenciou o movimento abolicionista brasileiro, ainda que não tenha sobrevivido para ver o fim da escravatura. Luís Gama morreu no dia 24 de agosto de 1882. Seu sepultamento no Cemitério da Consolação atraiu aproximadamente 3 mil pessoas, o que na época equivalia a quase 10% da população paulistana.
Amigo de Luís Gama, o escritor Raul Pompéia, autor de O Ateneu, escreveu sobre o herói negro abolicionista: “Luís Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de lucro…”.
Luto: Antonio Maria da Silva
Com imensa tristeza, a Fundação Cultural Palmares (FCP) comunica o falecimento na manhã desta sexta-feira (20) de Antonio Maria da Silva, da comunidade quilombola de Arturos, de Contagem (MG). Antonio tinha 83 anos e atuava como mestre e capitão regente do Reinado da Comunidade.
Antonio teve seu trabalho reconhecido como Mestre de Culturas Populares pelo Ministério da Cultura (MinC). O velório está previsto para ser iniciado às 17h na capela da Comunidade dos Arturos, na rua Capelinha, 50, bairro Jardim Vera Cruz, em Contagem.
Neste momento de pesar, nos solidarizamos com familiares e amigos de Antonio Maria e com toda a comunidade de Arturos. Que o tempo conforte seus corações.
Empreendedora difunde maquiagem para pele negra e promove auto estima das afro-brasileiras
Daniele da Mata está à frente da DaMata Makeup, primeira escola de maquiagem para pele negra. Ela é uma das personagens da série que a Fundação Cultural Palmares (FCP) dedica ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, que será comemorado na próxima quarta-feira, 25 de juho. Além de difundir esta técnica, promove a auto estima e a aceitação das afro-brasileiras.
De 23 a 25 de julho, ela irá ministrar oficinas gratuitas ao seu público no Rio de Janeiro e em São Paulo, a convite da marca NYX Professional Makeup.
A programação acontece no dia 23 de julho, às 17h, no Shopping Paulista, em São Paulo. Em seguida, a oficina segue para a capital fluminense, no Shopping Rio Sul, no dia 24, às 17h e no dia 25, às 16h. Nas aulas, DaMata une a formação técnica a debates sobre auto estima.
Empreendedora e maquiadora, Daniele começou a trabalhar no segmento de cosméticos com apenas 16 anos. Formou-se pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Em 2013, abriu sua escola especializada em maquiagem para pessoas negras. Daniele DaMata ainda atua como consultora de empresas da área de beleza no desenvolvimento de produtos.
A empreendedora também criou Negras do Brasil, projeto social que já percorreu por várias cidades brasileiras. A iniciativa leva capacitação em maquiagem e contribui para aceitação das mulheres negras.
Diplomata caribenho visita terreiro no DF e discute parcerias com Fundação Palmares
O embaixador de Trididad e Tobago, Amery Browne, foi na terça-feira (17) ao terreiro Ylê Axé Oyá Bagan, localizado na região administrativa do Lago Norte, em Brasília (DF). O diplomata do país caribenho se encontrou com o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, e
com a diretoria da instituição.
Na visita, na qual foram recepcionados pela responsável pelo terreiro, Adna Santos, a Mãe Baiana, Amery Browne e Erivaldo Oliveira conversaram sobre temas como intolerância com as religiões de matriz afro, problema que ocorre nos dois países. Amery observou as semelhanças entre as crenças dos negros brasileiros e dos cidadãos de seus países.
O embaixador também demonstrou interesse em estreitar parcerias com o Brasil na área da cultura afro, de visitar comunidades remanescentes de quilombos e de participar de agendas da Fundação Palmares como o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. “Nossas nações possuem muitos laços, como o fato de terem vivenciado o terrível regime da escravidão e de receberem imigrantes”, assinalou Amery.
Palmares e MinC discutem projetos estratégicos para cultura negra
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, e a diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da instituição, Carolina Nascimento, se reuniram na manhã desta terça-feira (17) com a secretária executiva do Ministério da Cultura (MinC), Claudia Pedrozo. O objetivo do encontro foi tratar de projetos estratégicos para a cultura negra.
Entre as pautas discutidas esteve o sítio arqueológico do Cais Valongo, localizado na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro. Em 2017, a área ganhou reconhecimento de Patrimônio Histórico da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A Fundação Palmares vai assumir a gestão do espaço onde funcionará o Centro de Memória.
Além deste tema, discutiu-se o projeto Sou Palmares, Sou Serra da Barriga, sobre as comemorações do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, e o tombamento das religiões de matriz afro.
Desenhista brasileiro é indicado ao “Oscar” dos quadrinhos americanos
Com uma arte voltada à temática racial, o desenhista paulistano Marcelo D’Salete foi indicado ao Prêmio Eisner, considerado o Oscar da indústria americana de quadrinhos. O artista concorre com Cumbe, graphic novel lançada em 2014 no Brasil e publicada nos Estados Unidos em 2017 com título de Run for It. O resultado será divulgado durante a San Diego Comic Con, evento que acontece a partir desta quarta-feira (18) na cidade californiana.
Cumbe traz quatro histórias que falam sobre a luta contra a escravidão. Além dos Estados Unidos e Brasil, a obra já foi lançada na França, Portugal, Áustria e Itália.
Com 39 anos de idade, Marcelo D’Salete também é autor, entre outros títulos de Angola Janga. O álbum narra a trajetória do Quilombo de Palmares, palco da resistência do herói Zumbi e de seus guerreiros contra o regime escravocrata do período colonial. A HQ dá um olhar diferente a fatos marcantes que se tornaram conhecidos pela ótica da história branca. O trabalho resultou de uma década de pesquisas realizadas por D’Salete.
Cine Palmares exibe filme que reflete sobre trabalho escravo de adolescentes
Espaço dedicado a exibir filmes que tragam reflexões sobre as principais questões do povo negro, o projeto Cine Palmares 2018 apresenta na próxima sexta-feira (20), às 13h, o filme Menino 23, de Belisário Franca. Com entrada franca, a sessão acontece na sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), no auditório, no edifício Toufic, no Setor Comercial Sul, em Brasilia.
Construído a partir das investigações do professor de história Sidney Aguilar, o documentário Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil começa com a descoberta surpreendente de tijolos com a suástica nazista em uma fazenda no interior de São Paulo. Como e por que são perguntas básicas que levam à inevitável investigação sobre seus donos e antepassados.
Dessa investigação, surgiram relatos da vida de 50 meninos negros ‘‘órfãos ou abandonados’’, sob a guarda do Juizado de Menores do Distrito Federal, que foram”adotados” em um orfanato no Rio de Janeiro por um fazendeiro branco. Os meninos foram levados para a tal fazenda dos tijolos. Por uma década, foram submetidos a longas jornadas de trabalho agrícola e pecuário sem remuneração. Também passaram pelo cárcere, castigos físicos e constrangimentos morais. A fazenda pertencia a membros da cúpula da Ação Integralista Brasileira, formada por simpatizantes do nazismo.
Menino 23 denuncia práticas silenciosas da sociedade brasileira, que repercutem até os dias atuais pela falta de oportunidades e o desinteresse na integração racial e econômica dos menos favorecidos. Sabe-se que condições análogas ao trabalho escravo ainda proliferam pelo país, com graves desrespeitos à cidadania e aos direitos humanos.
Encontro em MS une atividades culturais a debates sobre políticas públicas
Representantes de vários municípios de Mato Grosso do Sul se reúnem de 3 a 5 de agosto no 8° Escambo Cultural – Formatura 2018. O evento acontece na Secretaria de Turismo, na capital Campo Grande e terá a participação do presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira.
A programação terá seminários, plenárias, oficinas, atividades culturais, além da Roda de Capoeira de Mestres e Mestras de Mato Grosso do Sul. O encontro tem objetivo de valorizar a cultura negra e discutir políticas públicas voltadas aos direitos desta população nas esferas municipal, estadual e federal.
Artistas soltaram voz contra Apartheid
Texto: Vinícius de Lima
Arte: Walisson Braga
Fotos: Divulgação
Na luta pelo fim do regime do Apartheid na África do Sul, as estratégias utilizadas foram muito distintas. Alguns grupos organizados optaram pela resistência violenta, outros pela pacífica, e outros ainda, pelo uso da arte e da cultura como armas. Especialmente nas décadas de 70 e 80, filmes, músicas, livros e peças de teatro foram lançados tanto na África do Sul quanto internacionalmente pregando o fim das perseguições e políticas discriminatórias.
A homenagem musical mais conhecida, sem sombra de dúvidas é a canção Mandela Day, da banda escocesa Simple Minds, de 1988. Ela foi tocada ao vivo pela primeira vez em um show em Londres, transmitido para mais de 600 milhões de espectadores em 67 países. Outros artistas dedicaram músicas ao combate ao Apartheid, caso de Biko, de Peter Gabriel; Free Nelson Mandela, da banda britânica The Specials; e Sun City, de Bruce Springsteen.
Em 1985, o guitarrista Steven Van Zandt, da banda de Bruce Springsteen, produziu o disco Sun City. O álbum reuniu vários artistas de prestígio cantando músicas contra o Apartheid. Entre eles estavam ex-beatle Ringo Starr, Peter Gabriel, Miles Davis, Herbie Hancock, Bono Vox e Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones.
Exilada de seu país, a cantora sul-africana Miriam Makeba usou sua visibilidade internacional para propagar a luta contra o regime. Até mesmo os músicos do Olodum prestaram sua contribuição à luta, com o lançamento da canção Protesto do Olodum, no final dos anos 80. Outro brasileiro a registrar seu protesto contra o regime racista foi Gilberto Gil, que em 1985 gravou Oração pela Paz na África do Sul.
Nos cinemas, filmes e documentários denunciaram a injustiça e a violência do regime do Apartheid. O documentário Shall Never Lose Hope foi lançado em 1984, com entrevistas de familiares de Nelson Mandela (na época ainda preso) e denúncias a perseguição contra os que lutavam pelo fim da segregação. Em 1987, foi lançado Um grito de liberdade, que retratou a amizade de um jornalista liberal com o ativista Steve Biko. Em 1989, o filme Assassinato sob custódia contou a história de um professor que, com o tempo, se envolveu na luta anti Apartheid.
Nos palcos, o ator, diretor, e roteirista sul-africano John Kani também denunciou a situação de opressão vivida pelo seu povo. A peça Sizwe Banzi is Dead lhe rendeu um Tony Award (importante prêmio do Teatro) pela produção. Apesar do êxito, Kani passou por um episódio de violência. A caminho da casa do pai, foi quase morto por espancamento por policiais.
Continuam abertas inscrições para Bolsa Permanência
Continuam abertas as inscrições para o Programa Bolsa Permanência, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) e que conta com parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP). O processo teve início no dia 18 de junho e segue até 31 de agosto pelo site http://sisbp.mec.gov.br/primeiro-acesso
Esse beneficio paga mensalmente R$ 900 a indígenas e quilombolas a fim de garantir a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica nos cursos de graduação das instituições federais de ensino. Como normalmente vivem em locais distantes dos grandes centros e municípios maiores, onde se localizam as universidades, indígenas e quilombolas precisam deixar seus territórios de origem para estudar. A Bolsa os ajuda a cobrir gastos como transporte, alimentação e moradia.
Para obter o benefício, o estudante precisa ter renda familiar per capita de no máximo um salário mínimo e meio, não ultrapassar dois semestres do tempo regulamentar de duração do curso de graduação e ter o cadastro aprovado e mensalmente homologado pela instituição federal de ensino superior. É preciso ainda apresentar documentação que comprove que o aluno pertence a comunidades indígenas ou quilombolas.
Winnie Mandela lutou de forma aguerrida contra Apartheid
Esposa do líder sul-africano Nelson Mandela, cujo centenário se comemora nesta quarta-feira, 18 de julho, Winnie Mandela também lutou boa parte de sua vida para acabar com o Apartheid. Este regime se baseava na segregação racial e na opressão da maioria da população, os negros, em benefício da minoria branca.
Seu nome original era Nomzano, que significa na língua africana xossa “aquela que tenta”. Nasceu em uma vila chamada Mbongueni, no dia 26 de setembro de 1936. Com apenas oito anos, perdeu a mãe.
Em 1953, se mudou para Joanesburgo, indo estudar na Jan Hofmeyr School of Social Work. Dois anos depois, se formou e recusou uma bolsa para continuar os estudos nos Estados Unidos. Ao invés disso, preferiu trabalhar em um hospital para negros da capital sul-africana. A partir desta atividade, realizou uma pesquisa sobre mortalidade infantil no subúrbio de Alexandra, fato que a incentivou a ingressar na política.
Envolvida com a organização Congresso Nacional Africano (CNA), em 1957, Winnie conheceu Nelson Mandela, com quem se casou e teve duas filhas. A incessante atividade política terminou por levá-lo à prisão, em 1963. Nelson permaneceu 27 anos preso. Nessa fase, Winnie podia visitá-lo, mas sem a possibilidade de manter muito contato.
Perseguição
Winnie foi perseguida ferozmente pelo regime racista. Por conta de ordens judiciais, não podia trabalhar e nem defender causas sociais. Ficava confinada ao distrito de Orlando, em Soweto. Optou por trabalhar clandestinamente para o CNA e em mandar as filhas para viver em outro país, na Suazilândia, a fim de protegê-las.
Em 1969, o governo ordenou sua detenção com base na Lei Anti-Terrorismo. Winnie ficou 17 meses presa e, a partir de 1970, passou para o regime de prisão domiciliar, o que não a impediu de sofrer vários outros processos judiciais. Em 1976, período das Revoltas Juvenis, a ativista criou a Federação das Mulheres Negras e a Associação dos Pais Negros. Ambas as entidades eram filiadas ao Movimento da Consciência Negra, que rejeitava os valores brancos e pregava o papel da cultura negra. Por conta dessa militância, Winnie voltou à cadeia, em 1977, sendo depois banida para a província de Orange.
Retorno à luta
Winnie Mandela retomou a luta pública contra o regime em 1986, quando criou uma milícia particular sob o manto de uma equipe esportiva chamada Mandela United Football Club. Nesse período, foi acusada de envolvimento com a execução de adversários políticos pelo método do colar bárbaro, quando se colocava um pneu no pescoço da vítima e se ateava fogo.
Winnie estava ao lado de Nelson Mandela no dia 11 de fevereiro de 1990, quando ele finalmente deixou a prisão. Era indiscutível seu engajamento na luta para derrubar o Apartheid e libertar o marido. Porém, a partir de 1991, começou a enfrentar diversas polêmicas. Terminou banida do CNA e de outras entidades, acusada da morte de um jovem militante suspeito de ser informante da polícia. Condenada, teve a prisão transformada em multa.
Apesar da condenação, conseguiu ser novamente eleita ao cargo de presidente do CNA, no qual esteve até 2003. No governo de Mandela, Winnie ocupou a pasta de ministra das Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia, mas foi demitida pelo esposo sob alegação de mau uso dos recursos financeiros em 1995.
Divórcio e críticas
Os escândalos causaram desgaste ao relacionamento e ajudaram a pôr fim à união de 38 anos. Em 20 de maio de 1996, Winnie e Nelson se divorciaram. Nelson morreu aos 95 anos, no dia 5 de dezembro de 2013. Anos antes, a ex-esposa o criticou duramente. “Ele foi para a prisão como um jovem revolucionário e olha como saiu”, comentou Winnie. Ela afirmou que o líder havia decepcionado profundamente os negros sul-africanos ao não realizar uma distribuição de renda.
Em 2001, foi considerada culpada por 43 acusações de fraude e 25 de roubo. A justiça a condenou a três anos e meio de prisão. Em 2003, renunciou à presidência da Liga das Mulheres e foi eleita para o Comitê Executivo Nacional do CNA em 2009.
Winnie Mandela morreu no dia 2 de abril de 2018, aos 81 anos, em um hospital de Joanesburgo. Segundo um porta-voz da família, ela sofria há muito tempo de uma doença que a obrigou a passar por várias internações. Apesar das controvérsias envolvendo sua trajetória, indiscutivelmente Winnie foi uma das guerreiras que lutou para pôr fim a um regime cruel, baseado no racismo, na violência e na exploração do povo.
Antonieta Barros foi a primeira mulher negra eleita deputada estadual
Texto e arte: Walisson Braga
Imagens: Arquivo
Antonieta de Barros teve um papel fundamental na história brasileira. Ela foi a primeira mulher negra a fazer parte da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ocupando um espaço inusitado, em um período em que a Abolição da Escravidão ainda era recente. Jornalista, educadora e ativista, nasceu há exatamente 117 anos, no dia 11 de julho de 1901.
Antonieta de Barros começou a trabalhar como jornalista na década de 1920, criando e dirigindo em Florianópolis, onde nasceu, o jornal A Semana, mantido até 1927. Na mesma década, dirigiu o periódico Vida Ilhoa, também na capital catarinense. Como educadora, fundou o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a morte, além de ter lecionado em outros três colégios.
Antonieta manteve intenso intercâmbio com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e, na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e receberem votos, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, que a elegeu deputada estadual, em 1934. Tornou-se, desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil, trabalhando em defesa dos direitos das catarinenses e da educação. Uma das suas bandeiras foi a concessão de bolsas de estudo nas universidades para alunos carentes.
A célebre personagem participou como constituinte do estado em 1935, relatando os capítulos sobre educação, cultura e funcionalismo da Carta. A parlamentar atuou na Assembleia Legislativa até 1937, ano em que começou a ditadura de Getúlio Vargas no Estado Novo. Com o fim do regime, se candidatou novamente a deputada estadual pelo Partido Social Democrático, sendo eleita em 1947. Antonieta de Barros morreu no dia 18 de março de 1952, aos 50 anos de idade.
Quilombolas de Mesquita promovem festa cultural e gastronômica
O Quilombo Mesquita realiza nos dias 14 e 15 de julho a Festa do N´golo, um movimento de resgate de sua raiz ancestral angolana. Em sua primeira edição, os quilombolas irão apresentar uma bebida ancestral, conhecida localmente como vinho de quiabo-de-angola.
Pensando em superar esta lacuna e para diferenciar da bebida produzida da uva, encontrou-se a palavra n’golo (ungolo) para batizar a bebida. Trata-se do título de uma dança antiga do povo Macupe, do sul de Angola, um dos antecedentes da capoeira. Apesar de ser nome de dança, remete também ao país, permitindo a valorização de diferentes aspectos dessa referência.
O batizado do N´golo será realizado às 16h do sábado (14) e contará com as presenças das lideranças comunitárias do Quilombo Mesquita, dos patriarcas e mestres de saberes e do príncipe angolano Aércio Van-dunem. Apesar da mesa oficial, o dia será todo de festa, iniciando às 10h, seguindo até as 22h e se repetindo no domingo (15) – confira a programação.
O evento será marcado pela degustação do N´golo e pela venda do produto. Outros atrativos como comidas típicas à base do quiabo-de-angola, prato típico angolano, e artesanatos serão vendidos a preços acessíveis com valores entre R$ 5 e R$ 20. Também haverá música, danças e fogueira dedicada à ancestralidade de Mesquita.
Quiabo-de-angola, da família botânica Malvaceae, é originário dos continentes africano e asiático. Atualmente, encontra-se adaptado em muitas áreas das Américas. Esta planta apresenta boa adaptação às condições brasileiras, sendo encontrada em jardins, quintais e plantios em várias regiões. O quiabo-de-angola tem muita versatilidade no mundo da culinária, a exemplo do suco feito a partir dos frutos, das saladas nas quais se utilizam as folhas, de cozidos com folhas, frutos e talos, chás, geléias, e cremes.
PROGRAMAÇÃO FESTA DO N´GOLO
DIA 14/07
10h – Início das atividades
11h – Transmissão da disputa de 3º lugar da Copa do Mundo 2018
14h – Apresentação Capoeira de Angola
16h – Abertura Oficial – Batizado do N´golo
17h – Oficina de dança “Cacuriá”
18h – Apresentação do Grupo Som de Kilombo
– Dança do N’golo
– Acendimento da fogueira
22h – Encerramento
Dia 15/07
11h – Início das Atividades
12h – Transmissão da final da Copa do Mundo 2018
16h – Apresentação da dança da Raposa
21h – Encerramento
Obs: Nos dias 14 e 15 haverá TV no local transmitindo os jogos finais da Copa do Mundo 2018.
Endereço: Associação Renovadora do Kilombo Mesquita, Viveiro, GO-521 Km 08, Cidade Ocidental/GO
Realização Som de Kilombo
Mostra de Teatro Afrocena movimenta Chapada dos Veadeiros
Companhias do Distrito Federal e de Goiás, além do consagrado Bando de Teatro do Olodum, formam as atrações da Mostra de Teatro Afrocena. O evento começa nesta quinta-feira (12) e prossegue até domingo (15) no município de Cavalcante (GO), na região da Chapada dos Veadeiros. O presidente da Fundação Cultural Palmares, apoiadora do evento, participa da abertura.
A Mostra compõe-se de vários palcos públicos, onde acontecerão rodas de prosa, oficinas, exposições e espetáculos de artes cênicas. Um dos destaques fica com o grupo Arte Kalunga Matec, da comunidade Engenho 2, de Cavalcante. A trupe apresenta a peça Vida de escravo, a luta de nossos em busca de liberdade. A performance abordas temas como a exploração dos africanos e dos indígenas.
Já os baianos do Bando de Teatro do Olodum trazem à Chapada dos Veadeiros o espetáculo Ó Pai Ó. Com quase três décadas de encenação, o espetáculo foca no cotidiano de quem mora ou frequenta o Pelourinho, área do Centro Histórico de Salvador com intensa movimentação turística.
Serviço
Mostra de Teatro Afro Cena
Data: de 12 a 15 de julho
Local: Cavalcante – GO
Assessoria de Imprensa
Thaís Antonio: (61) 98404-3253
Raquel Monteath: (61) 98114-3608
Centenário de Mandela reforça a memória de um dos maiores líderes da história
Nesta quarta-feira, 18 de julho, se estivesse vivo o líder sul-africano Nelson Mandela completaria 100 anos de nascimento. Ele foi uma das figuras mais importantes da história da humanidade, pela luta que dedicou contra o regime de segregação racial do Apartheid, que privilegiava a minoria branca e oprimia violentamente a maioria negra. Em homenagem ao centenário de Mandela, a Fundação Cultural Palmares (FCP) publica uma série de textos em homenagem ao célebre ativista, que passou boa parte de sua vida na prisão para que seu povo conquistasse a liberdade.
Mandela nasceu no vilarejo de Mvezo, localizado no sudeste da África do Sul. Nelson Rolihlahla Mandela (1918-2013) viveu um dos mais conturbados períodos da história de seu país. Membro de uma família importante na comunidade onde nasceu, se envolveu com situações muito diversas, a ponto de ter sido prisioneiro político durante 27 anos num momento e em outro ter ocupado a primeira presidência sul africana em eleições amplamente representativas.
Na juventude, Mandela viveu transitando entre a tradicionalidade de sua comunidade de origem e as transformações ocidentalizadoras que ocorriam em ritmo acelerado na sociedade. Apesar dos pais analfabetos, desde criança sempre dedicou atenção especial aos estudos. Formou-se em escolas metodistas e, apesar de haver ingressado num curso superior na Universidade de Fort Hare, logo em seguida, em 1940, não pôde concluí-lo num primeiro momento. Foi expulso por participar de um protesto contra a qualidade da comida do refeitório. Após a expulsão, se negando a voltar para sua comunidade de origem onde o tio havia lhe escolhido uma esposa para que se casasse, fugiu para Joanesburgo em 1941, na companhia de um primo.
Em Joanesburgo, vivendo nas “Townships” (bairros periféricos dos grandes centros urbanos sulafricanos, reservados para moradia de cidadãos negros) e trabalhando em empregos mal remunerados, Mandela começou a ter contato com membros do Congresso Nacional Africano (CNA) e do Partido Comunista Sul Africano. A partir daí, deu continuidade aos seus estudos em Direito. Ainda durante os estudos, se juntou ao CNA e participou da fundação da seção de Juventude da entidade, ascendendo com o passar dos anos a cargos de maior importância na organização, que ganhou mais relevância e capilaridade na política nacional.
As eleições nacionais de 1948, de participação exclusiva da minoria branca, levaram ao poder o Partido Nacional, agremiação política assumidamente segregacionista que deu início ao estabelecimento de uma série de medidas restritivas da cidadania, chamadas de leis do Apartheid. Com o avanço dessas medidas, o CNA (com Mandela entre suas lideranças) impulsionou e organizou uma séries de greves, boicotes, e protestos contra o regime, pautados na desobediência civil e em atos pacíficos. Tais atos foram usados como pretexto pelo regime do Partido Nacional para perseguir e prender as lideranças rebeldes que agitavam o país por traição, entre elas, Nelson Mandela. em 1962.
Nacionalmente a resistência continuou, e internacionalmente ganhou força a campanha “Free Mandela!”, entretanto, o contexto global da Guerra Fria e o adjacente medo dos rebeldes nacionais anti-apartheid tomarem o poder e aliarem-se ao bloco soviético, serviu como impeditivo de um maior apoio da comunidade internacional à causa dos rebeldes.
Mesmo com as prisões, as mobilizações contra o Apartheid não se encerraram, e, ficaram cada vez mais violentas no decorrer da década de 80, revelando a perigosa bomba relógio que se armava na sociedade sul africana. Conforme aumentava a tensão nas ruas, o governo negociava a libertação de Nelson Mandela, para evitar uma revolta racial generalizada no país.
Em fevereiro de 1990, após 27 anos, Mandela foi libertado da prisão. Dias depois, proferiu um discurso num estádio lotado com mais de 100 mil pessoas no qual defendeu um novo caminho de reconstrução nacional da África do Sul pautado na conciliação pacífica entre as raças e no reconhecimento da nação como multiétnica. Apesar das críticas enfrentadas, tanto por parte de aliados da CNA (e ex-membros) por sua postura conciliatória, quanto por parte de seus opositores brancos por sua rebeldia, Mandela logra disseminar seu discurso conciliatório entre seus apoiadores, e, assim, alcança em 1994 a vitória com mais de 60% dos votos nas primeiras eleições presidenciais sul africanas com ampla participação da população.
A partir daí, como presidente Mandela instituiu sua plataforma política como plataforma de estado, e, com o apoio de um gabinete de ministros conciliatório que abarcava diversos atores políticos do período (inclusive o Partido Nacional), deu início a uma profunda reconstrução da África do Sul, com base num liberalismo que respeitava o caráter multiétnico, a igualdade de direitos e a plena liberdade independentemente da raça. O fim desse processo de refundação ocorreu com a promulgação de uma nova Constituição em 1996.
Dada sua extensa e louvável trajetória dedicada à luta por igualdade, liberdade, e respeito em seu país, Mandela foi homenageado com mais de 250 prêmios e títulos em reconhecimento ao seu legado, figurando entre estes o Prêmio Nobel da Paz de 1993.
Nelson Mandela em decorrência de uma infecção respiratória aos 95 anos de idade, em 5 de Dezembro de 2013, em Joanesburgo, na companhia seus familiares. Em sua memória, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu por consenso a comemoração do Dia Internacional Nelson Mandela, celebrado anualmente no dia de seu nascimento, 18 de Julho.