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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 17/12/2025 13h25

Zumbi dos Palmares. Um homem ou uma ideia?

Conheça um pouco a trajetória do lendário chefe do Quilombo dos Palmares
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Publicado em 08/11/2024 15h24 Atualizado em 24/11/2024 08h50

Afinal, quem é o personagem que catalisa a luta de todo um povo por liberdade, dignidade, direitos, humanidade? São muitas as histórias que gravitam em torno do último líder do Quilombo dos Palmares, a partir mesmo de seu nome.

Oriunda do termo quimbundo “nzumbi”, a palavra zumbi tem várias acepções, entre as quais, “alma”, “fantasma”, “duende", “deus”. Remete menos, pois, ao plano físico e mais ao espiritual; menos a um indivíduo e mais a uma coletividade; menos a um homem e mais a uma ideia.

E ideias não se pode prender, ou matar.

TRAJETÓRIA. O chefe do maior quilombo da América Latina foi assassinado, mas seu ideal permanece circulando até os dias de hoje. Na verdade, ele próprio já era a representação desse ideal de liberdade, antes conduzido por Ganga Zumba, e antes dele, por Aqualtune...

Sim, uma mulher, que, como outras, desempenhou papel de liderança em Palmares. Mas essa é outra história, que você pode conferir em “Aqualtune, uma das lideranças pioneiras de Palmares!”. Aqui, vamos revelar um pouco a trajetória do homem por detrás da lenda – a mais pacificada, ao menos.

Consta que Zumbi nasceu em 1655, já no Quilombo dos Palmares. Acredita-se que foi capturado quando criança, por volta dos sete anos de idade, e entregue como escravo a religiosos, que se sucederam na criação do garoto, até chegar ao padre Antônio Melo.

Como era praxe dos dominadores, o garoto palmarino foi batizado com nome cristão – Francisco – e, ainda criança, aprendeu a falar e a escrever na língua portuguesa e em latim. Mas essa identidade mudaria em curto tempo.

FUGA. Ainda na adolescência, Francisco fugiu e retornou ao quilombo onde nascera, passando a ter contato direto com a realidade do escravismo – o que o deixa indignado e o leva à luta em defesa de seus iguais.

De volta ao então Mocambo Palmares, Zumbi se aperfeiçoou na luta da capoeira e no uso de arcos, flechas, lanças e artimanhas com fogo, táticas que o habilitaram a comandar o efetivo militar dos palmarinos.

MORTE. Ganga Zumba, seu tio, trabalhava como general do exército, e Zumbi era um de seus militares. Após uma tentativa malsucedida de tratado de paz, Ganga Zumba morre – uns acreditam que envenenado; outros, que tenha se suicidado (leia aqui as histórias sobre Ganga Zumba).

Zumbi, então, assume a liderança de Palmares, que reunia cerca de 16 quilombos, nas regiões localizadas entre o norte de Alagoas e o sul de Pernambuco. Um ano após a destruição de Palmares, em 1694, Zumbi é morto por decapitação, no dia 20 de novembro, na Serra da Barriga.

Mas, como o povo com letramento racial sabe, se o umzimba (corpo físico) de Zumbi dos Palmares se foi, seu isithunzi (legado, força, espírito ancestral) permanece no mundo, orientando e conduzindo os atos dos seus.

Leia também narrativas sobre:

  • Mês da Consciência Negra mobiliza o país!
  • Quilombo dos Palmares
  • Zumbi
  • Aqualtune
  • Ganga Zumba
  • Acotirene e Dandara
  • Serra da Barriga: a força da natureza!
  • A cultura afro-brasileira sobre a Serra da Barriga!
  • Todos os caminhos levam ao Parque dos Palmares, neste 20 de novembro!
  • Certificações quilombolas avançam!
  • Milhares de pessoas subiram o monte sagrado de União dos Palmares!
  • Palmares reinsere nomes e amplia lista de negros notáveis!
  • Seminário propõe reconstrução da história dos negros
  • Resistência e tecnologia em Serra da Barriga
  • Ministra da Cultura encerra celebrações pelo 20 de novembro em Alagoas
Cultura, Artes, História e Esportes

Ganga Zumba, um “grande senhor” em Palmares

Leia, aqui, as histórias que rondam o líder que unificou o Quilombo dos Palmares
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Publicado em 08/11/2024 15h24 Atualizado em 24/11/2024 08h50

Antes de Zumbi, o Quilombo dos Palmares foi liderado por outro nobre: Ganga Zumba. O nome vem de “ganazumba”, que, no idioma quimbundo, significa “grande senhor”, como era conhecido pelos colonizadores portugueses.

Assim como a trajetória de Zumbi, a história de Ganga Zumba é incerta. A mais disseminada dá conta de que nasceu no Reino do Congo, na África, sendo filho da princesa Aqualtune, da dinastia Nlanza, e que, assim como ela, foi vendido como escravo para o Brasil.

FUGA. Ganga Zumba não demorou muito no cativeiro. Fugiu da fazenda onde fora aprisionado e, com alguns companheiros, passou a circular pelos mocambos, os acampamentos que reuniam negros escravizados, fugidos da opressão.

Trabalhando como general nos exércitos formados pelos aquilombados, o estrategista militar foi unificando os mocambos que resultaram no Quilombo dos Palmares, governando, entre 1670 e 1678, a confederação formada.

REI. Sua base era a maior das vilas, o Cerro dos Macacos, de onde presidia o conselho de chefes dos mocambos. Os outros nove assentamentos eram comandados supostamente por seus irmãos, filhos e/ou sobrinhos.  

Embora o quilombo fosse um reinado, as decisões importantes eram tomadas por um colegiado de líderes. E foi desse modo que Ganga Zumba enfrentou os vários ataques dos portugueses, derrotando-os com táticas de guerrilha e sempre pela retaguarda.  

CILADA. Mas caiu numa armadilha. Em 1678, o governador Pedro de Almeida libertou alguns escravizados, levando Ganga Zumba a acreditar numa proposta de paz, pela qual o quilombo mudaria para um vale seguro, chamado Cacaú, e os negros passariam a ser livres. 

O pacto dividiu líderes, principalmente, segundo uma versão da história, porque a liberdade anunciada não contemplava os novos escravizados fugidos, apenas os já aquilombados. Mas segundo outros historiadores, o acordo era uma emboscada...

De acordo com essa narrativa, as terras oferecidas eram muito ruins para o cultivo, e os moradores do quilombo, na verdade, permaneceriam na condição de escravizados, pois que vigiados diuturnamente pela corte imperial.

MORTE. Fato é que após o ocorrido, Ganga Zumba foi encontrado morto, e a causa, até os dias atuais, não esclarecida: alguns estudiosos afirmam que ele teria cometido suicídio; outros, que teria sido envenenado.

Após sua morte, Zumbi, um de seus sobrinhos, assumiu a liderança do Quilombo dos Palmares.

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Cultura, Artes, História e Esportes

Sai resultado preliminar de seleção!

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Publicado em 08/11/2024 11h57

A Fundação Cultural Palmares tem o prazer de anunciar, nesta data (08/11/2024), o resultado preliminar de seleção do Edital Nº05/2024 da I Edição do Prêmio Sabores e Saberes: Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro.

Resultado preliminar de seleção.

Clique aqui para acessar o Edital Completo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Aqualtune, uma das lideranças pioneiras de Palmares!

Antes de Ganga Zumba e Zumbi, uma mulher exerceu liderança no Quilombo de Palmares
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Publicado em 08/11/2024 15h41 Atualizado em 24/11/2024 08h50

Zumbi é referência quando se fala em resistência negra no Brasil, pelo comando do maior refúgio de negros escravizados da América Latina. Ganga Zumba, seu antecessor, também. Mas poucos conhecem as guerreiras que exerceram liderança no Quilombo dos Palmares.

A lacuna não é obra do acaso, mas da estrutura da hierarquia social, espelhada em diferentes esferas da vida humana, e que pode ser resumida pela linha de exercício de poder e acesso a direitos: homem branco, mulher branca, homem negro, mulher negra.

GÊNERO E RAÇA. Em síntese, a história, ao longo de eras, foi contada a partir da perspectiva dos vencedores e/ou dos que detém o poder de construir narrativas – o que o campo de luta da atualidade vem revertendo, ao separar as camadas das lutas étnico-culturais e de gênero.

É o que a Fundação Cultural Palmares vem fazendo, com o esforço para retirar o protagonismo das mulheres negras da invisibilidade. Mulheres como Aqualtune, Acotirene e Dandara, que exerceram papel ativo na defesa e administração do maior quilombo da América Latina.

Não é tarefa fácil. Reconstituir uma trajetória apagada é montar um grande quebra-cabeças, ou tecer uma nova e delicada teia, a partir de fragmentos que fogem à lógica da narrativa predominante. Vamos a alguns desses “rastros”.

REINADO. A história ressalta o papel de Ganga Zumba como unificador dos mocambos que formaram a confederação – com o que muitos historiadores concordam. Mas trechos de relatos apontam para uma mulher como sua antecessora em posto de comando em Palmares: Aqualtune.

É uma perspectiva que condiz com a forma de governo vigente no quilombo: um reinado, cujo poder é transmitido de geração em geração, dentro da mesma família, por hereditariedade. E Ganga Zumba era filho de Aqualtune.

Mas vamos à trajetória.

Consta que Aqualtune nasceu no reino do Congo, e que teria liderado guerreiros na Batalha de Mbwuila (ou Ambuíla), travada entre as forças de Portugal e do Congo, em 1665, o que teria resultado em seu sequestro e envio, como escravizada, para o Brasil.

VIOLÊNCIA SEXUAL. Bela, jovem, saudável, assim que chegou ao porto de Recife (PE) Aqualtune foi vendida, com a seguinte indicação: “Boa para gerar muitos filhos”. Seu destino: uma fazenda em Porto Calvo, onde hoje fica o estado de Alagoas. Ali, viveu violências terríveis.

Em Porto Calvo, ouviu falar de uma terra de africanos livres: Angola Janga (“Pequena Angola”), como Palmares era também conhecido, pelo grande número de angolanos que se refugiavam no quilombo. Não demorou na fazenda.

FUGA. Mesmo grávida, Aqualtune fugiu, comandando cerca de 200 pessoas. Ao chegar a Palmares, foi acolhida como a princesa que era, assumindo, imediatamente, papel de liderança nos acampamentos que formariam o quilombo.

Detentora de amplos conhecimentos políticos e organizacionais, além de ser uma grande estrategista de guerra, a nobre congolesa fundou um dos principais mocambos do "pequeno Estado africano", que levou o seu nome, Aqualtune.

MORTE INCERTA. Além de Ganga Zumba, a guerreira gerou também Ganga Zona e Sabina – essa, a mãe de Zumbi dos Palmares.  A data e as circunstâncias da morte da líder de um dos maiores e mais duradouros quilombos da América Latina são incertas.

Mas reza a lenda que a princesa se tornou imortal, e que seu espírito passou a acompanhar seu povo. Dito de outra forma, seu umzimba (corpo físico) se foi, mas seu isithunzi (legado, força, espírito ancestral) permaneceu, orientando e conduzindo os quilombolas de Palmares – como Ganga Zumba e Zumbi.

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Acotirene e Dandara: presenças marcantes em Palmares

Além de Aqualtune, mais duas mulheres se destacaram na liderança do quilombo
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Publicado em 11/11/2024 09h38 Atualizado em 24/11/2024 08h50

Como Zumbi e Ganga Zumba, Aqualtune foi uma importante líder da confederação quilombola de Palmares. Mas não foi a única mulher a exercer papel de destaque no maior, mais poderoso e mais duradouro foco territorial de resistência à escravização da América Latina.

Apesar da “memória seletiva” de grande parte dos historiadores, aqui e ali trechos de narrativas sobre um dos episódios mais nefastos da trajetória humana revelam o protagonismo das mulheres no Quilombo dos Palmares. Entre elas, Acotirene e Dandara.

Como muitas outras, Acotirene (ou Arotirene) e Dandara exerceram funções equivalentes às dos homens, transportando pólvora e armamentos, combatendo, traçando estratégias de defesa, aconselhando, liderando as muitas batalhas contra os opressores.

Vamos a um breve perfil dessas guerreiras.

ACOTIRENE. Acotirene foi uma das primeiras mulheres a habitar Palmares. Antes mesmo de Ganga Zumba assumir o comando do quilombo, ocupou um importante mocambo, instalado no litoral dos Estados de Pernambuco e Alagoas.

No povoado, que levava seu nome, destacou-se como influente conselheira e líder militar, orientando e guiando o povo negro na luta contra a escravização. Sua coragem e habilidade de estrategista foram fundamentais na defesa do conglomerado contra as forças coloniais.

Considerada a matriarca do Quilombo dos Palmares, Acotirene promoveu a união entre negros (pretos e “pardos”) e indígenas, sendo consultada para diferentes assuntos – de problemas familiares a questões político-militares.

É considerada símbolo de resistência feminina na luta pela liberdade. 

DANDARA. Dandara foi esposa de Zumbi, mas não se resumiu a exercer o papel destinado às mulheres no período colonial. Muito à frente do seu tempo, foi uma importante líder em Palmares, atuando na defesa e manutenção do quilombo.

Assim como muitas outras mulheres negras que estiveram ao lado de grandes lideranças masculinas, Dandara tem história é incerta, plena de lacunas que dificultam uma reconstituição mais precisa e detalhada.

Consta em esparsas narrativas que nasceu em 1690, sendo, portanto, bem mais jovem que Zumbi, que teria nascido em 1655. Sua bravura e habilidades militares foram determinantes para a sobrevivência do reinado palmarino, por tanto tempo.

Como seu nome prenuncia, Dandara foi uma princesa guerreira que inspirou e continua a inspirar gerações, simbolizando a força das mulheres negras na história.

____________

P.S.: a origem do nome Dandara varia bastante. Alguns consideram que vem do tupi-guarani, significando “princesa”, ou “guerreira”; outros, que tem origem africana, significando “princesa negra”, ou “princesa guerreira”. Mas, como registrado no Portal do Geledés, o nome pode variar, mas é sempre associado a características como "poderosa", "guerreira", "aquela que luta". 

Leia também narrativas sobre:

  • Mês da Consciência Negra mobiliza o país!
  • Quilombo dos Palmares
  • Zumbi
  • Aqualtune
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Cultura, Artes, História e Esportes

Quarto episódio revela histórias sobre comunidades cariocas

O entrevistado da vez é o jornalista, escritor e apresentador Edu Carvalho
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Publicado em 11/11/2024 10h04 Atualizado em 11/11/2024 13h06

O quarto episódio do podcast Memória Ancestral recebeu Edu Carvalho, jornalista, escritor e apresentador, que se destaca pelo trabalho de dar voz às populações da chamada periferia do Rio de janeiro. 

Vencedor do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, Edu compartilhou a experiência retratando a vida na Rocinha, onde cresceu, e cujas histórias ele busca tirar da invisibilidade.

No livro "Na Curva do S: Histórias da Rocinha", ele revela as transformações causadas pela pandemia na comunidade, abordando os momentos de dificuldade, mas revelando também a resiliência e a solidariedade dos seus habitantes.

Com Dandara Pantoja, Michael Ironham e Naiara Avelino, a conversa explora os desafios do jornalismo no Brasil, a importância da memória coletiva e o papel de quem vive e narra a realidade das comunidades.

O PROJETO. O Memória Ancestral é um espaço reservado à celebração das vozes e dos saberes que atravessam gerações, conectando o passado ao presente e projetando um futuro de orgulho e esperança.

Cada episódio traz conversas inspiradoras com artistas, líderes comunitários e pensadores, mergulhando nas raízes da ancestralidade e nos ecos da herança africana que moldam a identidade nacional.

Junte-se a nós nesta jornada de valorização e resistência, e descubra como a cultura negra brasileira continua a florescer e inspirar!

O podcast é uma produção do Centro de Informação e Acervo da Memória (CIAM/FCP), com apoio da Assessoria de Comunicação (ASCOM/FCP).

Cultura, Artes, História e Esportes

Pontão da Cultura lança campanha contra o racismo!

O evento acontece na sede da Fundação Cultural Palmares
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Publicado em 11/11/2024 10h53

A Fundação Palmares sedia, nesta terça (12), o lançamento da campanha Tradições de Matriz Africana Contra o Racismo. A iniciativa é do Pontão de Cultura Ancestralidade Africana no Brasil, em parceria com instituições e movimentos sociais. 

A iniciativa, que conta com o apoio da Palmares, visa promover e valorizar as tradições africanas, denunciar práticas racistas e violências, fortalecer lideranças e engajar a sociedade civil na defesa das tradições de matriz africana. 

Junte-se a nós!  

O Pontão de Cultura disponibilizará um calendário de postagens para você participar ativamente. Compartilhe nas suas redes sociais! E se quiser saber detalhes da campanha pessoalmente, está convidado!

O lançamento acontece às 15hs do dia 12, na sede da Palmares, que fica no setor de Autarquias Sul.

Cultura, Artes, História e Esportes

A cultura afro-brasileira sobe a Serra da Barriga!

Ritos sagrados e manifestações artístico-culturais celebram o Mês da Consciência Negra!
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Publicado em 12/11/2024 10h50 Atualizado em 24/11/2024 08h51

Num contexto colonial, de supremacia da cultura branca, o campo da espiritualidade não escapou à negação, à perseguição, às tentativas de aniquilamento das manifestações religiosas de matriz africana – prática racista que, infelizmente, persiste.

Mas, oriundos de diferentes culturas, os rituais sagrados resistem. E sobem a Serra da Barriga, para marcar sua força e reiterar a fé de seus praticantes. Em novembro, principalmente, quando se comemora o Mês da Consciência Negra.

Um parêntesis: este ano, a expectativa em relação à multiplicidade de manifestações é grande, porque, pela primeira vez, o 20 de Novembro será comemorado como feriado nacional, por força da Lei 14.759, sancionada em 2023 pelo presidente Lula.

Voltando aos ritos, são múltiplas, as procedências das religiões de matriz africana, mas, de acordo com alguns estudiosos, podem ser agrupadas em três: as brasileiras, como a umbanda; as afro-brasileiras, como o candomblé de caboclo; e as afrodescendentes, como o ketu e o jêje.

DIVINDADES. Essa diversidade de crenças (re)criadas em solo brasileiro por povos originários de diferentes nações do continente africano foi determinante não só para a construção da identidade nacional, como para a preservação do meio ambiente no País.

Isso porque, em sua maioria, os cultos estabelecem relação entre os mundos material e imaterial; físico e espiritual, a partir mesmo de suas divindades, baseadas na natureza, com a qual propõem relação de respeito e cuidado (Oxúm, por exemplo, representa as águas doces; Ossain, as plantas etc.).

CANDOMBLÉ. O termo vem da junção das palavras quimbundo “candombe” (dança com atabaques) e “iorubá ilê” (casa), significando casa de dança com atabaques. Baseado no animismo, parte do princípio de que os animais e plantas possuem alma.

É uma das religiões africanas mais praticadas no mundo, mas é no Brasil que se concentra o maior número de adeptos. Os rituais são realizados em terreiros, nos quais se estabelecem relações com forças da natureza e com ancestrais. Duas das principais variações:

  • Jeje. O Jeje é o candomblé da nação de mesmo nome. Uma das expressões mais ricas da cultura afro-brasileira, tem com raízes profundas nas tradições do povo Ewe-Fon, do antigo Reino do Daomé (atual Benim).

A prática é caracterizada pela reverência aos voduns, espíritos sagrados que representam a natureza e as forças ancestrais que regem o universo. Os terreiros Jeje mantêm viva a espiritualidade africana, celebrando a memória de antepassados e fortalecendo a identidade negra no país. 

  • Ketu. É o candomblé da nação Nagô (ou Ketu), uma das mais emblemáticas manifestações da herança africana no Brasil. Originado das tradições iorubás da região de Ketu, atual Nigéria e Benim, cultua os orixás — divindades que representam a natureza e conectam o ser humano ao sagrado.

Nos terreiros Ketu, a tradição é passada de geração em geração, com cânticos, danças e oferendas que mantêm viva a ligação com os ancestrais. Cada orixá traz uma energia e um ensinamento únicos, guiando os praticantes no caminho de equilíbrio e respeito à natureza.

JUREMA. Tanto quanto os negros, os indígenas foram vítimas da opressão dos colonizadores, e se apoiaram mutuamente, refugiando-se ora em aldeias, ora em quilombos. E as trocas culturais foram inevitáveis – incluindo os ritos religiosos, como a Jurema Sagrada.

A Jurema Sagrada é uma prática espiritual de raízes afro-ameríndias. que une o sagrado dos povos indígenas do Nordeste brasileiro com tradições afrodescendentes.  Celebrada em rituais que envolvem o uso de ervas e a conexão com o mundo espiritual, é um caminho de cura, força e proteção.

XAMBÁ. O Xambá é mais que uma religião afro-brasileira. É uma comunidade viva que honra suas raízes angolanas em solo pernambucano. Com celebrações cheias de energia, conecta os praticantes aos ancestrais, celebrando a força espiritual que atravessou gerações.  

Conhecida pela música vibrante e pelos rituais que evocam a presença de orixás e encantados, a tradição Xambá é símbolo de resistência, uma herança que, mesmo com tantos desafios, segue viva e pulsando.

Mas não são apenas os rituais sagrados que recriam a atmosfera da cultura afro-brasileira no Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Outras manifestações, como a capoeira, as danças e músicas afro também sobem a serra no Novembro Negro.

Veja, abaixo, algumas das manifestações artístico-culturais que também sobem a serra, em novembro!

CAPOEIRA. A capoeira, uma das mais simbólicas representações da resistência à escravização, é uma das celebrações que marcarão o 20 de novembro. No platô da serra, ocorrerão rodas de diferentes vertentes dessa dança-luta.

A mescla de movimentos e sons foi desenvolvida pelos negros, no período colonial, como forma de defesa contra as violências sofridas, camuflando a arte marcial com passos de dança, para burlar a vigilância dos opressores.

Reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), essa modalidade de arte e luta pode ser subdividida em três principais “troncos”, a saber: capoeira angola, capoeira regional e capoeira contemporânea.

  • Angola. A capoeira angola é o estilo mais antigo, caracterizado por golpes mais próximos ao solo, ritmo musical mais lento e ausência de palmas durante a roda. Ao som do berimbau e dos cânticos, repassa valores como respeito, disciplina e ancestralidade.
  • Regional. A capoeira regional foi criada pelo lendário Mestre Bimba, na década de 1930, revolucionando a arte, ao desenvolver um estilo mais ágil e assertivo. Com movimentos rápidos e precisos, une técnica e força, adaptando a tradição às exigências de uma nova geração de capoeiristas.
  • Contemporânea. Prática mais recente, surgiu na década de 70, combinando características das capoeiras angola e regional. O foco são movimentos mais rápidos e vigorosos.

SAMBA. Entre as atividades artístico-culturais que farão parte das celebrações do 20 de novembro, está o samba – igualmente tombado como patrimônio imaterial brasileiro. Segundo alguns estudiosos, a palavra vem de “semba”, dança e gênero musical tradicionais de Angola.

Ainda de acordo com essa perspectiva, tem origem nas danças da massemba e da rebita, significando umbigada, na língua kimbundu, com uma razão: os característicos toques de uma barriga em outra, dados pelos participantes da roda.

Mas essa é apenas uma pequena amostra da diversidade da cultura afro-brasileira, que em novembro dá uma demonstração de força, subindo a serra da Barriga e marchando sobre o preconceito, a intolerância, o racismo, a ignorância.

Leia também narrativas sobre:

  • Mês da Consciência Negra mobiliza o país!
  • Quilombo dos Palmares
  • Zumbi
  • Aqualtune
  • Ganga Zumba
  • Acotirene e Dandara
  • Serra da Barriga: a força da natureza!
  • A cultura afro-brasileira sobre a Serra da Barriga!
  • Todos os caminhos levam ao Parque dos Palmares, neste 20 de novembro!
  • Certificações quilombolas avançam!
  • Milhares de pessoas subiram o monte sagrado de União dos Palmares!
  • Palmares reinsere nomes e amplia lista de negros notáveis!
  • Seminário propõe reconstrução da história dos negros
  • Resistência e tecnologia em Serra da Barriga
  • Ministra da Cultura encerra celebrações pelo 20 de novembro em Alagoas
Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Cultural Palmares repudia atentado a quilombo em Minas

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Publicado em 12/11/2024 11h42

A Fundação Cultural Palmares expressa seu mais profundo e veemente repúdio ao atentado contra o Quilombo de Baús (MG), ocorrido na noite desta segunda-feira (11). Atos de violência como esse ameaçam não apenas a vida e a segurança dos quilombolas, mas também o patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro, ao desrespeitar territórios que representam a resistência e a identidade negra no Brasil.

Recebemos com consternação a notícia dos disparos de arma de fogo efetuados na comunidade, um ataque que fere nossa democracia e compromete o direito fundamental à segurança e à dignidade dessas populações. O Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação está acompanhando de perto a situação e já acionou as autoridades responsáveis, para que as providências cabíveis sejam tomadas com a máxima urgência.

Em resposta imediata, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) foi notificado, e, na manhã desta terça (12), iniciaram-se os procedimentos de investigação necessários para assegurar a responsabilização dos envolvidos e a proteção do Quilombo de Baús. A Polícia Militar do estado foi acionada e está no local, para a proteção da comunidade. A Fundação também foi informada, pelo Governo, de que, apesar do abalo e do temor, os moradores se encontram fisicamente bem.

A Fundação Cultural Palmares reafirma seu compromisso inegociável com a defesa das comunidades quilombolas e do patrimônio afro-brasileiro, entendendo que qualquer ameaça a esses territórios é uma afronta direta aos direitos da população negra e ao valor histórico-cultural do país. Não toleraremos qualquer forma de intimidação, violência ou ameaça à integridade desses espaços de resistência, que simbolizam a luta contra séculos de opressão.

Seguiremos monitorando o caso com rigor e total transparência, exigindo justiça e a preservação da paz no Quilombo de Baús e em todas as comunidades quilombolas do Brasil, para que o respeito aos direitos humanos e à dignidade das populações negras prevaleça.

Cultura, Artes, História e Esportes

Lançada campanha de combate ao racismo!

“Tradições de Matriz Africana Contra o Racismo” foi lançada hoje (12), na Fundação Palmares
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Publicado em 12/11/2024 19h05
A casa da cultura afro-brasileira sediou o lançamento da campanha
A casa da cultura afro-brasileira sediou o lançamento da campanha

Com cânticos, danças e falas inspiradoras, foi lançada, nesta terça (12), a campanha Tradições de Matriz Africana Contra o Racismo, impulsionada pelo Pontão de Cultura Ancestralidade Africana no Brasil, de Ribeirão Preto (SP).

Durante o ato, realizado na sede da Fundação Cultural Palmares, foi lido um manifesto em que as lideranças da campanha denunciam os constantes ataques aos territórios tradicionais de matriz africana, que “representam o contínuo civilizatório africano”.

FORÇA. Mas como sinalizam, apesar das violências praticadas em decorrência do escravismo e do racismo, “os princípios civilizatórios e a cosmovisão de matriz africana” os quais constituem a cultura brasileira, “continuam a ser difundidos”.

“Nós somos os povos tradicionais de matriz africana na luta pelo desenvolvimento de políticas públicas de Estado, pela garantia dos nossos direitos, dos nossos territórios e da nossa vida”, anunciam.

MULHERES. Na fala de abertura, o babalawo Ivanir dos Santos ressaltou a importância das mulheres para a cultura afro-brasileira. “Nosso útero, nossas grandes mães, são a nossa ancestralidade feminina”, reverenciou.

Com dupla missão, na solenidade, o presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, além de falar em nome da instituição que preside, representou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltando também o papel de lideranças femininas.

CASA DE LUZ. “Estamos em um momento especial do calendário, há poucos dias do principal feriado do Brasil, um dia dedicado a figuras como Aqualtune, Dandara, Zumbi e outros grandes símbolos da nossa história”, reiterou.

Ele lembrou que o dia 20 de novembro é “um tributo àqueles que, mesmo diante de um século de luta, não se renderam”, e que o quilombo dos Palmares não foi apenas um refúgio, foi um espaço de resistência, um território político e espiritual que inspirou gerações”.

Emocionado, falou sobre a casa da cultura afro-brasileira, “uma casa da luz, que se ergue para honrar as raízes de um povo que sempre resistiu e que continuará a resistir, trazendo a luz da nossa cultura e espiritualidade para todo o Brasil”.

LUTA. Foram muitas, as falas. Fortes, significativas. Silvany Euclênio, do Pontão de Cultura Ancestralidade Africana, ressaltou a importância da campanha colaborativa num contexto de “luta árdua contra o racismo”.

Coordenador geral do Pontão, Baba Paulo Ifatide folou sobre o racismo religioso, que “não é apenas religioso. Embora afete profundamente a nossa espiritualidade, ele é uma construção sistêmica de poder que busca apagar todas as nossas formas de existir e resistir”

– No entanto, aqui estamos, com nossas cabeças erguidas, vestindo nossos trajes, cantando em nossos idiomas ancestrais, repletos de uma força que não se rende.

Foi uma tarde memorável, em que vozes, cânticos, dança, tambores conclamaram, com emoção e razão, “a sociedade em geral, os movimentos sociais e as instituições públicas e privadas” a se engajarem nessa campanha em defesa da vida.

Porque vidas negras importam!


OBJETIVOS DA CAMPANHA _________________________

A campanha “Tradições de Matriz Africana Contra o Racismo” possui quatro objetivos claros:

                1. Valorizar as tradições de matriz africana como ferramentas de combate ao racismo. Nos nossos territórios, preservamos não só os valores civilizatórios, mas também as formas de ser e de viver que resistiram e sobreviveram a cinco séculos de tentativa de destruição. É essencial que a sociedade reconheça e proteja essas tradições.

                2. Denunciar o racismo e a violência direcionados às tradições e aos praticantes de matriz africana. Enfrentamos ataques constantes aos nossos territórios e agressões que vão desde o preconceito verbal até a violência física. Precisamos que a sociedade e as instituições assumam o papel de defesa ativa contra essas injustiças.

                3. Promover o engajamento da sociedade na defesa das tradições de matriz africana, cultivando uma participação que não se limite ao imediato, mas que se fortaleça ao longo do tempo, como uma corrente viva de apoio e resistência.

                4. Fortalecer as lideranças tradicionais, instrumentalizando-as para que compreendam melhor o Estado, as políticas públicas e a natureza do racismo estrutural, para que possam defender suas comunidades e territórios com mais poder e conhecimento.

ÍNTEGRA DO MANIFESTO ____________________________

Tradições de matriz africana contra o racismo

Somos Bantu: Angola, Congo, Congo-angola, Angola Paquetan, Kikonko, Kibundu, Ubuntu, Tchokwe, Kambinda, Muxicongo.

Somos Yorubá: Ketu, Nagô, Efan, Efon, Ijexa, Batuque, Ifá, Egungun.

Somos Fon: Jeje, Jeje-fon, Jeje-mahi, Jeje-savalu, Jeje-dahome, Jeje-mina, Jeje-mussurumin.

Somos os povos tradicionais de matriz africana

Saudamos aqueles que vieram antes de nós, saudamos nossos mestres e mestras, saudamos nossas autoridades e lideranças tradicionais, por abrirem os caminhos que trilhamos. E enaltecemos os mais novos, a garantia da continuidade, que ainda hão de abrir novos caminhos.

Sequestrados do continente africano para o Brasil, na condição de escravizados, nossos ancestrais trouxeram nas mentes e corpos sua ancestralidade, conhecimentos, tecnologias e valores civilizatórios próprios, os quais, preservados e recriados em território nacional, deram origem aos territórios tradicionais de matriz africana: Ilê, abassá, terreiro, egbe, nzo, roça, entre outros.

Sob constantes ataques, os territórios tradicionais de matriz africana abrigam nossos povos, em suas diversas variações e denominações. Em cada parte do país, representam o contínuo civilizatório africano.

Nossas casas e comunidades são espaços culturais de preservação e disseminação da nossa ancestralidade. 

Apesar do escravismo e do racismo, os princípios civilizatórios e a cosmovisão de matriz africana são difundidos e constituem a cultura brasileira. 

Nossos territórios são berços de uma cultura de acolhimento, de trocas, e nossas hierarquias ensinam a disciplina necessária para um convívio coletivo, colaborativo e respeitoso.

Nós somos os povos tradicionais de matriz africana na luta pelo desenvolvimento de políticas públicas de Estado, pela garantia dos nossos direitos, dos nossos territórios e da nossa vida.

Conclamamos a sociedade em geral, os movimentos sociais e as instituições públicas e privadas a se engajarem na campanha Tradições de Matriz Africana Contra o Racismo!

 Brasília, 12 de novembro de 2024.

Cultura, Artes, História e Esportes

Sai resultado final do Bolsa Mobilidade

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Publicado em 13/11/2024 17h49

A Fundação Cultural Palmares, publica nesta quarta-feira, 13 de novembro de 2024, o Resultado Final do Edital nº 03/2024 – II Edição Bolsa de Mobilidade Cultural Afro-brasileira, referente ao processo seletivo destinado a concessão de bolsas culturais para propostas que pretendem promover no território nacional ações culturais de estudos e pesquisas, voltadas à temática da cultura afro-brasileira, por meio do apoio financeiro para o custeio de despesas exclusivas de hospedagem, alimentação e transporte (aéreo ou terrestre) de agentes culturais.

Consulte o Resultado Final (aqui).

Entende-se como Proposta Classificada à Concessão da Bolsa, aquela que cumpriu todas as exigências previstas no edital e melhor classificada entre as quantidades de bolsas disponibilizadas. Foram 29 (vinte e nove) propostas contempladas à bolsa.

A celebração do fomento será realizado entre a Fundação Cultural Palmares e os (as) proponentes contemplados (as), mediante assinatura física ou eletrônica do Termo de Bolsa Cultural (Anexo VI). Os (as) proponentes serão convocados (as) via plataforma Prosas para apresentação do Termo.

Os(as) proponentes contemplados(as) comprometem-se a cumprir integralmente o projeto aprovado no prazo previsto no cronograma, a contar da data prevista de depósito dos recursos em sua conta bancária e incluir, em todo material de divulgação impresso ou digital, se houver, o apoio da FCP e do Ministério da Cultura, obedecendo aos critérios de veiculação das marcas institucionais, conforme orientações disponibilizadas na página eletrônica da FCP. Deverão incluir também a expressão: “Este projeto foi fomentado pela BOLSA DE MOBILIDADE CULTURAL AFRO-BRASILEIRA 2024”.

Para mais informações, entre em contato com a Comissão Organizadora pelo e-mail: bolsamobilidadeFCP2024@gmail.com

Clique aqui para acessar o Edital Completo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Serra da Barriga: a força da natureza!

A história de resistência dos negros é também uma história de preservação da natureza
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Publicado em 16/11/2024 10h14 Atualizado em 24/11/2024 08h51
Os recursos hídricos são uma das riquezas do local, compondo um cenário espetacular
Os recursos hídricos são uma das riquezas do local, compondo um cenário espetacular

Serra da Barriga é um espaço que respira história, guardando uma das memórias mais profundas do Brasil. Mas é também uma área que atesta o papel da cultura negra na preservação do meio ambiente.

Quem tem letramento racial sabe da relação de respeito que os quilombolas sempre tiveram com a natureza. E o local que abrigou o maior e mais duradouro quilombo da América Latina é prova disso:

Seu rico ecossistema foi preservado, em função de tradições ancestrais. Ecossistema representativo da Mata Atlântica, o bioma brasileiro com o maior número de espécies ameaçadas de extinção, tanto quando se fala de flora quanto de fauna.

O cenário é de uma diversidade e de uma beleza espetaculares. As copas altas dos jequitibás e dos pau-brasis formam um abrigo para uma fauna rica e silenciosa, que contribui para manter o ecossistema do local.

Aqui e ali, saguis, com olhos atentos, acompanham o movimento dos visitantes, como sentinelas ancestrais. Os tatus, em suas escavações, parecem reencontrar os passos de um passado que a terra jamais esqueceu.

Aves de plumagens vibrantes sobrevoam as trilhas, espalhando sementes que renovam a floresta. Assim, em cada canto, cada voo de pássaro e cada árvore que floresce, o testemunho de um ciclo de vida que resiste – e persiste, como os quilombolas.

Insetos quase invisíveis completam a sinfonia desta réstia de Mata atlântica, compondo os detalhes que promovem o equilíbrio da floresta. Entre eles, as abelhas nativas, produtoras de mel sem ferrão, e que, desde os tempos do Quilombo dos Palmares, renovam a flora.

A água que brota das nascentes percorre as rochas e dá vida ao solo – um fluxo contínuo que pulsa na Serra, ajudando a compor o microclima criado pela vegetação densa e guardando um equilíbrio que sustenta a floresta.

Enfim, cada fonte, cada gota alimenta o solo, as comunidades e as plantas que ali crescem, e que não são apenas vegetação, mas guardiãs de práticas ancestrais. Carqueja, boldo, jurubeba – cada uma carrega saberes de cura e proteção.

Preservados por gerações, os conhecimentos sobre os poderes da mata vêm das mulheres e dos homens negros que fizeram da Serra um espaço sagrado, cultivando, com respeito e responsabilidade, os segredos da cura que brota da terra.

Anualmente, no mês de novembro, o Mês da Consciência Negra, a Serra da Barriga transforma-se em um espaço de celebração e reencontro, com a realização de caminhadas guiadas, oficinas e o plantio de mudas nativas que conectam visitantes à comunidade e ao espírito do local.

É um momento de renovação do compromisso de proteger a terra para as futuras gerações.

E a Fundação Cultural Palmares é a guardiã desse santuário. Ao proteger a Serra da Barriga, a instituição não apenas preserva a natureza, mas cultiva as raízes de uma memória que resiste e floresce.

A reserva é representativa da Mata Atlântica, o bioma brasileiro com o maior número de espécies ameaçadas de extinção
A reserva é representativa da Mata Atlântica, o bioma brasileiro com o maior número de espécies ameaçadas de extinção
As copas altas dos jequitibás e dos pau-brasis formam um abrigo para uma fauna diversa e silenciosa
As copas altas dos jequitibás e dos pau-brasis formam um abrigo para uma fauna diversa e silenciosa

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Cultura, Artes, História e Esportes

A importância do “Grupo dos Vinte” para o Brasil e para a cultura negra

A participação da Palmares no evento evidencia a relevância da cultura negra no mundo.
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Publicado em 17/11/2024 18h34

Dias 18 e 19 próximos, o Rio de Janeiro se torna o centro das atenções globais, ao sediar a cúpula do G20, ou “Grupo dos Vinte”, o principal fórum de cooperação econômica internacional.

É a primeira vez que o Brasil organiza o evento, trazendo líderes das maiores economias do mundo para debater soluções para os desafios globais. Mas o que exatamente é o G20 e por que ele é tão importante para o Brasil e para a cultura negra?

COMPOSIÇÃO. O G20 reúne 19 países e duas organizações regionais: a União Europeia e, pela primeira vez, a União Africana. Juntos, esses membros representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio global e dois terços da população do planeta.

O fórum surgiu nos anos 1990, após a crise financeira asiática, e se consolidou como um encontro anual de líderes durante a crise econômica de 2008. Desde então, tornou-se um espaço estratégico para discutir temas como economia, mudanças climáticas e desigualdades sociais.

Como país anfitrião em 2024, o Brasil definiu os temas prioritários e organizou o evento. O Rio de Janeiro foi escolhido pela infraestrutura e projeção internacional. O encontro principal ocorre no Museu de Arte Moderna (MAM), que passou por uma reforma de R$ 40 milhões para receber delegações de 55 países e 15 organismos internacionais.

TEMAS. Sob a presidência brasileira, o G20 prioriza três grandes temas:

  • Combate à fome, à pobreza e às desigualdades, incluindo o lançamento da Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa que busca soluções inovadoras para garantir a segurança alimentar.
  • Mudanças climáticas e sustentabilidade, com foco em uma transição energética justa e inclusão das populações mais vulneráveis, incluindo as periféricas.
  • Reforma da governança global, com a ampliação da representatividade de países emergentes em organismos internacionais como a ONU.

CULTURA NEGRA. A presença da Fundação Cultural Palmares no evento reforça a relevância da cultura negra no Brasil e no mundo. Trabalhando em parceria com o Ministério da Cultura, a Fundação promove a valorização das tradições afro-brasileiras como pilares de identidade e diversidade cultural.

Essa atuação conjunta busca ampliar o alcance das manifestações culturais negras em âmbito global, destacando seu papel essencial na economia criativa e na construção de pontes entre o Brasil e outras nações. No G20, a cultura é posicionada como uma força transformadora e um instrumento de inclusão social.

O G20 é uma oportunidade para destacar problemáticas sociais que atingem os povos pretos, como o racismo ambiental, tema debatido durante os eventos paralelos, que mostra como as comunidades negras e periféricas são desproporcionalmente afetadas pela crise climática.

Ainda como parte das narrativas negras, destacam-se a inclusão da justiça social como elemento central nas soluções globais, e a cultura afro-brasileira como motor de desenvolvimento, com foco na economia criativa, que representa 2,61% do PIB brasileiro.

IMPORTÂNCIA. O G20 firma compromissos importantes, que influenciam políticas públicas e acordos internacionais. A inclusão da União Africana neste ano é simbólica, reconhecendo a importância do continente africano nas discussões globais – um reflexo direto da luta por representatividade das comunidades negras em todo o mundo.

A Fundação Cultural Palmares acredita que eventos como o G20 são oportunidades para fortalecer políticas de inclusão e justiça social, amplificando vozes negras em espaços globais. O G20 é um palco onde o Brasil pode mostrar ao mundo a força de sua diversidade cultural e o papel transformador da cultura negra.

Acompanhe nossas redes sociais para atualizações sobre a Cúpula e os eventos culturais que acontecem no Rio de Janeiro nos próximos dias. Juntos, seguimos promovendo a valorização da cultura afro-brasileira!

Cultura, Artes, História e Esportes

Todos os caminhos levam ao Parque dos Palmares, neste 20 de novembro!

Este ano, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o parque presencial ou virtualmente
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Publicado em 18/11/2024 08h04 Atualizado em 24/11/2024 08h51

Se você ainda não foi ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, e não vai poder ir esse ano, tem a chance de vislumbrar, do sofá de casa, os espaços desse lugar mágico, que simboliza a luta dos negros contra a violência da escravização e do racismo.

Por meio de uma parceria entre a Fundação Cultural Palmares, o Centro de Cultura e Estudos Étnicos e o TikTok, foi desenvolvido um aplicativo que permite ao usuário realizar uma visita virtual a esse marco da história e da cultura afro-brasileiras.

MAPA. O app tem múltiplos recursos, a começar por um mapa estilizado, que situa os visitantes em relação aos espaços que irão percorrer – o que vale tanto para os virtuais quanto para os presenciais. Mas para os presenciais, há outra possibilidade

Apontando a câmera do celular para um QR Code instalado numa placa à entrada do parque, o visitante tem acesso a detalhes sobre esses espaços, que representam aspectos importantes da história do maior e mais duradouro quilombo da América Latina. Ao todo, são 17, a saber:

  • Oxilé das Ervas
  • Onjó Cruzambê
  • Espaço Acotirene
  • Muxima de Palmares
  • Espaço Quilombo
  • Atalaia de Acaiene
  • Ganga Zumba
  • Lagoa Encantada
  • Espaço Aqualtune
  • Oxas indígenas
  • Espaço Caá-Puêra
  • Batucajé
  • Atalaia de Acaiuba
  • Onjò de farinha
  • Espaço Zumbi
  • Atalaia de Toculo
  • Restaurante Kúuku-Wáana. 

SERRA DA BARRIGA. O aplicativo tem também uma exposição virtual, com peças arqueológicas que contam a história dos diferentes povos que habitaram a Serra da Barriga, como cachimbos, panelas de barro, ferramentas de pedra lascada e polida e outros artefatos.

Vídeos, áudios e fotos registram aspectos e depoimentos sobre Serra da Barriga. Localizada no município de União dos Palmares, em Alagoas, a região abrigou, durante quase 100 anos, a confederação quilombola que formou o Quilombo dos Palmares.

TOMBAMENTO. A extensa área é uma réstia de Mata Atlântica. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1985) e pelo Mercosul (2017), é rica em recursos naturais, incluindo o hídrico, composto por nascentes que alimentam um açude e uma lagoa.

Enfim, são várias, as facilidades do aplicativo. E para o público presencial, um plus: a possibilidade de tirar uma “selfie” com uma das personalidades que fizeram a história do Quilombo Palmares: Aqualtune, Zumbi, Ganga Zumba, Acotirene ou Dandara (suas representações).

Implantado num platô, no alto da serra, em 2007, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares é uma espécie de maquete, que guarda a memória dos guerreiros que enfrentaram o sistema escravista, servindo de inspiração para a ainda necessária luta contra seus efeitos perversos.

FLUXO. Por seu simbolismo, sua importância para a história, o parque é visitado durante todo o ano por turistas brasileiros e internacionais, principalmente em novembro, e, especificamente, no dia 20, quando se comemora o mês e o dia nacional da consciência negra.

Para se ter uma ideia do interesse que desperta, somente no primeiro semestre deste ano mais de 11 mil pessoas percorreram o local. E a expectativa é de que, no 20 de novembro, quando se comemora, pela primeira vez, a data como feriado nacional, 10 mil pessoas subam a serra.

Veja, abaixo, outros atrativos que o parque reserva:

Monumento. Logo à entrada, os visitantes são impactados pela imponente estátua de Zumbi dos Palmares, o último líder do quilombo, Com mais de 6 metros de altura, a é um símbolo de resistência, força e dignidade da população negra. 

Trilhas. O parque oferece trilhas ecológicas que conduzem os visitantes por áreas de mata atlântica e fornecem uma conexão com o meio ambiente, relembrando como o Quilombo dos Palmares conseguiu viver em harmonia com a natureza. 

Eventos. No parque são realizados eventos culturais, como festas tradicionais, oficinas de arte, apresentações musicais e de dança, sempre com ênfase na valorização da cultura afro-brasileira. O maior, sem dúvida, é o do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. 

Aldeia Afro-Indígena. O local possui um espaço representativo do encontro das culturas afro-brasileira e indígena – ambas de suma importância na formação da identidade brasileira. A aldeia promove intercâmbios e oferta dados sobre os saberes tradicionais. 

Acesse, aqui, o app: https://www.serradabarriga.app.br/

Leia também narrativas sobre:

  • Mês da Consciência Negra mobiliza o país!
  • Quilombo dos Palmares
  • Zumbi
  • Aqualtune
  • Ganga Zumba
  • Acotirene e Dandara
  • Serra da Barriga: a força da natureza!
  • A cultura afro-brasileira sobre a Serra da Barriga!
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  • Ministra da Cultura encerra celebrações pelo 20 de novembro em Alagoas

 

Cultura, Artes, História e Esportes

Sai resultado final do recurso de seleção e propostas selecionadas por região do edital Sabores e Saberes!

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Publicado em 18/11/2024 08h58 Atualizado em 18/11/2024 13h05

A Fundação Cultural Palmares tem o prazer de anunciar o resultado final do recurso de seleção e das propostas selecionadas por região do 1º edital Sabores e Saberes: Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro.

O importante edital é fruto do Termo de Execução Descentralizada (TED) número 16, firmado em 2024 entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Fundação Palmares, que tem como missão valorizar e promover a cultura afro-brasileira.

E o objeto do edital é precisamente promover, proteger e preservar o patrimônio cultural, material e imaterial, os costumes e as tradições dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiros.

A Fundação Cultural Palmares e o Ministério da Igualdade Racial parabenizam os selecionados, e se colocam à disposição para quais quer esclarecimentos.

Confira o Cronograma! 

Abaixo, segue a lista dos selecionados:

  • Anexo II - Cronograma - Aviso de Retificação
  • Resultado Final do Recurso da Fase de Seleção
  • Resultado Final de Seleção - NORTE
  • Resultado Final de Seleção - NORDESTE
  • Resultado Final de Seleção - CENTO OESTE
  • Resultado Final de Seleção - SUL
  • Resultado Final de Seleção - SULDESTE

Clique aqui para acessar o Edital Completo.

Cultura, Artes, História e Esportes

No mês da consciência negra, certificações quilombolas avançam!

As titulações colocam os quilombolas no mapa social e político do Brasil
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Publicado em 19/11/2024 07h49 Atualizado em 24/11/2024 08h51

Sábado próximo (23) acontece uma das mais significativas atividades de celebração do Mês da Consciência Negra, no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em Serra da Barriga: a entrega de certificações a comunidades quilombolas, pela Fundação Cultural Palmares.

Isso porque a certificação não é um mero documento, ou um título formal, mas um passaporte cidadão para um dos grupamentos que mais sofrem os efeitos do racismo: os quilombolas – rurais ou urbanos. E ao oficializar o domínio de seus territórios, o Estado abre o acesso dessas comunidades a inúmeros direitos.

Desde o início de sua missão, a Palmares beneficiou mais de 3.900 comunidades com a certificação de autodefinição quilombola e, em 2024, o processo foi intensificado, com a meta de benefíciar 173 novas comunidades até o fim do mês – um passo significativo para a garantia de permanência em seus territórios e a preservação de seus hábitos culturais, entre outros.

VIOLÊNCIAS. Os quilombos, antes refúgios para negros que escapavam da escravização, tornaram-se redutos da cultura afro-brasileira, onde são cultivados saberes e práticas ancestrais. E diante de ameaças e violências motivadas pela especulação imobiliária, a titulação surge como um escudo de proteção.

Para a Fundação Palmares, certificar um quilombo é cumprir o compromisso com uma memória coletiva que foi silenciada por séculos. É também abrir portas para que entrem nas comunidades políticas públicas essenciais para o bem-estar, como saúde, educação, crédito rural e segurança territorial.

RESGATE. O próprio processo de certificação é em si um resgate, uma vez que cada quilombo é convidado a registrar e compartilhar sua trajetória, ou suas memórias – memórias de formação do quilombo, de luta e de tradição. A diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Palmares, Flávia Costa sintetiza:

– É o resgate de um direito inegociável de cidadania e de reconhecimento cultural.

Essas narrativas revelam que cada quilombo é um guardião da identidade afro-brasileira, esboçando um retrato da história negra no Brasil, que, infelizmente, ainda tem dificuldade de reconhecer o papel quilombola na construção de sua diversidade cultural e social.

AVANÇO. Por todos esses motivos, a intensificação das titulações, feitas pelo INCRA, é comemorada por João Jorge Rodrigues, presidente da Fundação Palmares, para quem “foi um passo histórico”, que uniu a sociedade civil, o governo e os quilombolas, num processo enriquecedor e produtivo.

– Ver os quilombolas em diálogo com o governo, reafirmando que essas comunidades são protetoras do meio ambiente e da cultura, foi inspirador.

João Jorge vê essa conquista como uma “nova abolição”, uma abertura para o acesso a direitos que a lei de 1888 não proporcionou. Com cada certificação, uma comunidade quilombola torna-se visível e ocupa seu espaço legítimo no mapa social e político do Brasil.

DIGNIDADE. A titulação tem de fato mudado a vida das comunidades. Ao oferecer segurança territorial, por exemplo, ela abre portas para o turismo comunitário e a agricultura sustentável, permitindo que os quilombos fortaleçam práticas tradicionais e criem novas fontes de renda, como pontua Flávia Costa.

– A população quilombola quer comida, educação, saúde, direito de ir e vir com segurança e dignidade.

O processo corrige a invisibilidade histórica dos quilombolas, colocando as comunidades no lugar que merecem no espaço público e nas políticas sociais. Como opina Alan Matos, coordenador de projetos, “é um reconhecimento da história e da cultura de comunidades que, por muito tempo, foram esquecidas.”

PRIORIDADE. No Mês da Consciência Negra, a Fundação Palmares coloca a certificação como prioridade nacional, porque para que o Brasil avance na construção de uma sociedade mais comprometida com o outro, é necessário garantir a seus povos tradicionais o direito à cidadania.

Cada nova comunidade certificada é uma página de uma história que há muito esperava ser contada. Os quilombos mantêm viva a memória de um povo que persiste e exige ser ouvido. Para João Jorge, essa luta pelo reconhecimento é também uma defesa da brasilidade:

– Os quilombos oferecem ao país a proteção ambiental e uma cultura intacta. E é cultura afro, é cultura brasileira, é cultura popular.

Esse processo demonstra que o Brasil começa a enxergar e honrar suas origens, mas a violência contra essas comunidades ainda é uma realidade alarmante. Em quatro anos, 32 quilombolas foram mortos, como revela estudo realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras, Rurais e Quilombolas e Terra de Direitos.

MÃE BERNADETE. São dados que escancaram um cenário cruel e injusto. O caso mais recente, o assassinato de Mãe Bernadete, líder quilombola, deixou o País em luto. Conhecida por denunciar a invasão de terras e a violência que sua comunidade enfrentava, a ialorixá baiana foi executada com vários tiros.

Comparando os dados com o levantamento anterior, que cobria de 2008 a 2017, a média anual de assassinatos praticamente dobrou, passando de 3,8 para 6,4 por ano. A maioria das mortes ocorre em estados como Maranhão, Pará, Bahia e Pernambuco, onde a disputa por terra e a violência de gênero são causas recorrentes.

COMPROMISSO. De acordo com o estudo, 70% dos casos têm raízes em conflitos fundiários ou no feminicídio, e mais: 69% dos assassinatos ocorrem em territórios sem título, demonstrando a urgência da certificação das terras quilombolas como um caminho de proteção.

Enfim, a Fundação Cultural Palmares reafirma seu compromisso de proteger a vida e os direitos dessas comunidades. Não apenas por meio da emissão de certificações, mas da luta para que, com elas, e para além delas, a cidadania plena seja assegurada em cada quilombo do País.

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  • Mês da Consciência Negra mobiliza o país!
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  • Aqualtune
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  • A cultura afro-brasileira sobre a Serra da Barriga!
  • Todos os caminhos levam ao Parque dos Palmares, neste 20 de novembro!
  • Certificações quilombolas avançam!
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  • Palmares reinsere nomes e amplia lista de negros notáveis!
  • Seminário propõe reconstrução da história dos negros
  • Resistência e tecnologia em Serra da Barriga
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Cultura, Artes, História e Esportes

Sai o resultado preliminar de seleção do Prêmio Palmares de Arte!

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Publicado em 19/11/2024 15h24

A Fundação Cultural Palmares tem o prazer de anunciar, nesta data (19/11/2024), o Resultado Preliminar de Seleção da IV Edição do Edital Prêmio Palmares de Arte!

Importante destacar que a Fundação Cultural Palmares assegurará aos candidatos a interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar, conforme disposto no item 12.13 do edital e obedecendo ao prazo contido no Anexo I - Cronograma retificado.

O prazo se inicia em 21/11 e vai até o dia 25/11/2024. Os recursos serão apresentados somente por meio da plataforma eletrônica Prosas, na aba "Comunicados", conforme mensagem de notificação a ser encaminhada ao e-mail cadastrado.

Lembramos que somente serão aceitos pedidos de reconsideração com a devida justificativa.

Abaixo, segue a lista dos selecionados:

- Resultado Preliminar de Seleção - Categoria Artesanato

- Resultado Preliminar de Seleção - Categoria Artes Cênicas

- Resultado Preliminar de Seleção - Categoria Fotografia

- Resultado Preliminar de Seleção Categoria Gastronomia Quilombola

- Resultado Preliminar de Seleção - Categoria Literatura

- Resultado Preliminar de Seleção - Categoria Música

Clique aqui para acessar o Edital Completo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Consciência negra é a consciência de que a história preta do Brasil é a própria história do Brasil

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Publicado em 20/11/2024 06h32 Atualizado em 20/11/2024 06h33

João Jorge Rodrigues*

(republicação do Correio Braziliense)

Hoje, 20 de novembro, é o Dia da Consciência Negra, celebrado, pela primeira vez, como feriado nacional, por força da Lei 14.759/23, sancionada pelo presidente Lula – e da luta histórica do Movimento Negro brasileiro contra a perversidade do racismo e do escravismo. 

É dia de refletir sobre o amplo significado desse conceito, e sobre a importância de incorporá-lo a todos os grupamentos e esferas da vida social, para que os desafios que ainda se apresentam na superação dos efeitos nefastos da escravidão sejam superados pelos avanços – inegáveis, mas insuficientes. 

É preciso que essa consciência alcance todas as mentes e todos os corações negros, para que se convençam de que sua identidade não é inferior a qualquer outra; para que saibam que sua estética é bela; sua cultura, rica; sua capacidade intelectual, sem limites; sua contribuição para o desenvolvimento humano, imensurável.

Essa consciência passa também pelo conhecimento da história e pelo cultivo da memória, porque é preciso lembrar, para que não se repita, a iniquidade do processo de escravização; a mentira das raças; a hierarquização dos grupamentos humanos que violenta, suprime direitos, mata.

Dito de outra forma, é necessário revisar o passado para compreender o presente e construir o futuro – e isso vale para todos, não apenas para os afrodescendentes, porque é preciso que todos compreendam a importância dos mecanismos de reparação, como as ações afirmativas, por exemplo.

Ao contrário do que o neoliberalismo faz supor, nem todos têm chances iguais na corrida para alcançar a realização profissional, porque nem todos partiram do mesmo ponto, portanto, não dispõem das mesmas condições de acesso a direitos, à sobrevivência digna, à realização de sonhos.

Ter consciência negra é, pois, valorizar o passado de luta de nossos ancestrais, como Zumbi dos Palmares, Dandara, Acotirene e Aqualtune, mas, acima de tudo, é ter consciência de que a história preta do Brasil é a própria história do Brasil. 

E é essa história, presente, que nos faz questionar, de forma direta e incontornável: onde estão as mulheres e os homens pretos nos cargos mais altos deste país? Onde estão as mulheres de terreiro, as lideranças negras, o povo que resiste e persiste defendendo sua cultura? 

Os espaços de poder, as esferas de decisão, ainda são limitados para nós. São portas que precisam ser abertas, para dar passagem a nossa voz, a nossa visão de mundo, a nossa forma de governar, de decidir, de transformar, sem que precisemos, continuamente, nos afirmar. 

Nossa luta é cultural – portanto, política. A Fundação Cultural Palmares é o coração que pulsa no ritmo das periferias, das favelas, dos quilombos e dos movimentos negros. É a força da mãe preta, da mulher que se levanta cedo, que enfrenta o transporte cheio, que trabalha, cria, ensina, cuida. 

É o espírito de luta da mulher negra que, entre jornadas múltiplas, mantém viva a cultura, ao moldar histórias, bordar memórias, tecer esperanças e transformar espaços. Essas mulheres são a base invisível e incansável da nossa sociedade, e enquanto o país não reconhecer essa força, nossa luta estará apenas começando.

Pensar por esse ângulo é fazer valer a consciência negra. 

Nos terreiros, a mulher negra ocupa um lugar sagrado, uma posição de liderança, sabedoria e força. É ela quem cuida, quem acolhe, quem sustenta a comunidade com firmeza e ternura. Essas mulheres guardam e transmitem conhecimentos ancestrais, mas o que vemos nos espaços de poder é uma ausência que revela a realidade de um país que ainda não reconhece o valor de suas raízes pretas. 

Como presidente da Fundação Palmares, meu compromisso é com o fortalecimento e o reconhecimento da identidade, da cultura preta, em cada gesto, cada ação. E para nós, a cultura negra não se dissocia da política. Somos herdeiros de uma tradição que não pede licença para existir.

É uma tradição que se expressa em cada esquina, que resiste ao apagamento, que reverbera em cada tambor, que se afirma com orgulho. Nossos antepassados lutaram para que estivéssemos aqui. E estar aqui, neste lugar de fala, é honrar cada um deles, é dar continuidade a uma história de bravura. 

______________________

* João Jorge Rodrigues é presidente da Fundação Cultural Palmares, vinculada do Ministério da Cultura do Brasil.

Cultura, Artes, História e Esportes

Milhares de pessoas subiram o monte sagrado de União dos Palmares!

A Serra da Barriga e o Parque Quilombo dos Palmares fervilharam, no dia da Consciência Negra
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Publicado em 20/11/2024 20h58 Atualizado em 02/12/2024 16h22
Representando a presidência da Palmares, o diretor Nelson Mendes saudou os visitantes da Serra da Barriga
Representando a presidência da Palmares, o diretor Nelson Mendes saudou os visitantes da Serra da Barriga

Dia de muita emoção, no Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Milhares de pessoas subiram a Serra da Barriga para festejar o 20 de novembro, pela primeira vez, como feriado nacional. Foi como se um grito de liberdade ecoasse em forma de dança, música, ritos sagrados, sorrisos, lágrimas, palavras, atos. E o som dos berimbaus anunciasse: 

– Renderam não / renderam não / renderam / renderam / se renderam não... 

Logo ao alvorecer, líderes de diferentes religiões de matriz africana realizaram um culto, demonstrando a força da espiritualidade ancestral, que não se deixou aniquilar pelo racismo. Os caminhos estavam devidamente abertos para as celebrações, que continuaram no mesmo tom, com a outorga do título de Doutor Honoris Causa a quatro líderes espirituais que simbolizam a luta contra a intolerância religiosa. 

Em cerimônia conduzida pelo reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, receberam a honraria o babalorixá Celio Omintologi, a Yalorixa Neide Oyá D'Oxum (Mãe Neide), o babalawô Oloyé Ayinde Oriwo e makota Celinha. Foram ovacionados pelo auditório improvisado no Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

EMOÇÃO. Finalizada a cerimônia, o foco mudou para o palco armado pela Fundação Cultural Palmares, onde mais uma liderança religiosa foi homenageada: a Iyalorixá Mãe Mirian, que recebeu uma placa de prata da instituição, em reconhecimento por seu trabalho em defesa das religiões afro-brasileiras. 

No discurso de agradecimento e de reafirmação dos valores espirituais do povo negro, fez menção especial ao presidente Lula, que “nos agraciou com esse feriado nacional”. Ato que, como bem classificou Nelson Mendes, diretor da Fundação Cultural Palmares, significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da contribuição do povo negro para a cultura nacional. 

Dois momentos singulares: a colocação de flores na estátua de Zumbi dos Palmares – marco da resistência contra a escravização – e a execução do hino nacional. Na interpretação invulgar do líder espiritual Igbonan Rocha, versos como “não teme quem te adora a própria morte” revestiram-se de eloquente e emocionante coerência. 

FALARES. No palco, autoridades dos três níveis de governo, ativistas e agentes culturais alternaram-se em falas curtas e complementares, umas cobrando a presença política “fora das eleições” (capoeirista Mestre Girafa); outras exaltando os políticos, como o presidente Lula, que “voltou a ser presidente para valorizar Serra da Barriga” (Junior Menezes, vice-prefeito de União dos Palmares).

Todas as falas, porém, com um único foco: a valorização e a exaltação da cultura afro-brasileira, com vivas à consciência negra (Melina Freitas, secretária estadual de Cultura e Economia Criativa) e votos de que “a negritude alegre o mundo” (Márcia Rollemberg, secretária da Diversidade e Cidadania do Ministério da Cultura, representando a ministra Margareth Menezes). 

“O Brasil que queremos é um Brasil no qual pessoas negras tenham acesso a todos os direitos", proclamou Roberta Eugênio, secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, enquanto Vitor Pereira, representante do Governo do Estado de Alagoas, prometia: “não economizaremos esforços para que todos e todas sejam inseridos no orçamento do estado”. 

Pontilhando o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, a diversificada cultura afro, numa significativa manifestação de resistência e fé: rodas de capoeira de variadas vertentes; performances de dança e muita música – do samba de roda à orquestra de tambores, passando pelo coco e pelos afoxés.  

 Dia memorável!

Quatro religiosos de matriz africana receberam o honroso título de Doutor Honoris Causa, outorgado pela Uneal
Quatro religiosos de matriz africana receberam o honroso título de Doutor Honoris Causa, outorgado pela Uneal
Num auditório improvisado no platô da serra, a audiência ovacionou os homenageados pela Uneal
Num auditório improvisado no platô da serra, a audiência ovacionou os homenageados pela Uneal
Rodas de capoeira de diferentes vertentes ocuparam vários espaços do parque
Rodas de capoeira de diferentes vertentes ocuparam vários espaços do parque
As performances foram algumas das muitas atrações do 20 novembro no Parque Memorial
As performances foram algumas das muitas atrações do 20 novembro no Parque Memorial
A música afro-brasileira  o alto da serra
A música afro-brasileira o alto da serra

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Cultura, Artes, História e Esportes

Palmares reinsere nomes e amplia lista de negros notáveis!

O processo de revisão e ampliação foi consolidado hoje, em Alagoas!
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Publicado em 21/11/2024 21h05 Atualizado em 24/11/2024 08h52
À mesa de instalação da reunião sentaram-se o presidente da Palmares, João Jorge; o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo; e Pedro Verdino, coordenador do escritório regional do MinC
À mesa de instalação da reunião sentaram-se o presidente da Palmares, João Jorge; o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo; e Pedro Verdino, coordenador do escritório regional do MinC

Esta quinta (21) ficará gravada na história da Fundação Cultural Palmares como o dia de resgate – simbólico – da memória afro-brasileira, com a reinserção dos nomes das personalidades que foram riscados pelo governo passado de sua lista de notáveis, e ampliação da relação.

Foi o dia da 2ª Reunião Ordinária da Comissão de Análise de Personalidades Negras, para escuta ativa, consolidação de indicações, triagem e votação em plenária, no auditório da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

NOMES. Nomes excluídos, como o de Gilberto Gil, e novas personalidades, como Bruno Mars, Aretha Franklin e Bob Marley, foram (re)inseridos e indicados para compor a relação de negros notáveis da instituição, consolidando a revisão cuidadosa de critérios.

Num processo democrático, a plenária, composta por delegados de todas as regiões do País, aprovou previamente 30 novos nomes indicados (ver relação abaixo), que serão avaliados pela comissão, para consolidação e inserção na lista.

A solenidade de instalação dos trabalhos foi aberta pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, e os trabalhos da comissão, conduzidos pelo diretor Nelson Mendes, do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira.

MESA DOS TRABALHOS. Representando a comissão, pela Fundação Cultural Palmares, compuseram a mesa da reunião ordinária os servidores Valéria Monteiro, Marcela Costa, Guilherme Bruno e José Nelson Manoel Bernardo Junior.

Complementando o rol, Geová Alves da Silva (Conselho Nacional de Políticas Culturais), Victor Hugo Narciso (Conselho Nacional de Políticas Culturais) e Francisca Cristina Santos Miranda (Conselho Nacional de Igualdade Racial).

Numa fala inspiradora, João Jorge evocou a memória das personalidades negras que resistiram à perversidade do racismo, e que por isso foram violentadas, mortas, riscadas da história – um apagamento análogo ao da exclusão dos nomes do panteão da Palmares, pelo governo passado.

– Um ato que precisava ser revogado, que é o que vamos fazer aqui hoje.

TERRA PARA POUCOS. Discorrendo sobre os direitos da população negra, idealizou um Brasil em que “não precisemos mais das necessárias cotas para acesso à universidade”, com a oferta de uma escola pública de qualidade para a população negra, entre outros.

Uma “terra prometida” que, segundo ele, ainda “tem sido para poucos”, que ainda é devida às populações indígenas, às populações negras, aos povos bantos, aos povos latinos, às mulheres. “Essa nação deve isso a nós”.

Franqueada a palavra, a plenária passou a indicar os nomes para compor a lista. E não só. Como em todo processo democrático, teve lugar para protestos, sugestões, reivindicações, polêmicas... Com uma unanimidade: o veto de nomes de pessoas brancas no panteão.

A controvérsia foi em relação às autoindicações (houve duas, que serão analisadas pela comissão). Entre as reivindicações, a de instituição de uma política pública que viabilize a circulação de mulheres negras que trabalham anonimamente em seus territórios em espaços de debate como o da reunião da comissão.

O diretor Nelson Mendes fechou os trabalhos com um discurso breve, mas consistente, em que ressaltou o dever da Palmares, “de reverter o golpe que sofremos, quando tentaram apagar a nossa memória”.

Estamos vivos para isso!

No palco, a performance forte do grupo Obará. Um pequeno trecho, a título de ilustração:

“Eu sou filha da preta que deixa os filhos em casa, sozinhos. Mas não é porque ela gosta. Não é porque ela quer. É porque ela precisa. E, muitas vezes, precisa pra poder ir lá cuidar do filho do barão. Eu sou filha da preta com balaio na cabeça. Que vai pra cachoeira, que lava roupa, deixa tudo limpo, tudo quarado. Eu sou filha da preta que é tocada. Que é abusada. Que é violentada. Importunada. E estuprada todos os dias, em todos os lugares. E que carrega na veia miscigenação. Mas aqui não. Aqui não”.

-> Entenda todo o processo! <-

A relação de notáveis foi criada em 1994, pela Fundação Palmares, como forma de registrar a contribuição de personalidades negras à causa afrodescendente, em diferentes campos de conhecimento e ação.

Ao longo dos séculos, trajetórias individuais e coletivas moldaram, enriqueceram e registraram a história dos negros, com narrativas de luta e superação que desafiaram as estruturas de opressão e exclusão.

ATO POLÍTICO. Mais que um documento, trata-se de um ato político, um locus de afirmação e resistência. Cada nome ali registrado ecoa vozes que jamais se calaram, histórias que desafiaram o racismo, o silenciamento, o esquecimento.

Para além da (necessária) preservação da memória, o rol é ferramenta de empoderamento para jovens negros e negras que, ao se depararem com nomes como os de Barack Obama e Madame Satã, por exemplo, encontram exemplos concretos de superação e força.

CRITÉRIOS. Membro da Comissão de Personalidades Notáveis ​​Negras e coordenador do Centro de Informação e Acervo da Memória e da Cultura Afro-brasileira (CIAM) da Palmares, Guilherme Bruno explica os critérios de inclusão na lista.

Em síntese, a inclusão se dá pelo reconhecimento de pessoas negras que, em diversas áreas, transcendem barreiras e se tornam referência para a sociedade. “É preciso destacar quem abriu caminhos”, ele diz, e destaca:

– Vinícius Júnior é um exemplo recente. Sua luta contra o racismo no futebol internacional representa resistência!

DESAFIOS. A seleção sofreu percalços, como o da portaria 189/2020, que, sob justificativas controversas, retirou nomes como o de Madame Satã do conjunto de notáveis – o que foi devidamente revogado pela portaria n.º 73, de 2023.

A revogação deu-se mediante revisão dos critérios de inclusão, num esforço para garantir que o registro não seja guiado por valores morais e sim pelo reconhecimento do impacto dessas figuras na construção de identidades.

Sobre os critérios de exclusão e inclusão, José Nelson Júnior, vice-presidente da comissão e chefe de projetos II do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira, destaca a capilaridade e o caráter democrático do processo.

– É uma construção coletiva. Buscamos o diálogo com comunidades e movimentos negros.

E reitera: “garantir que nomes de pessoas que contribuíram com a história dos negros sejam lembrados não é um ato isolado, mas parte de uma estratégia contínua para ampliar as vozes de quem foi silenciado pela história oficial”.

NOVOS NOMES. Com a inclusão planejada de nomes como os de Bruno Mars, Aretha Franklin e Bob Marley, acima citados, a Fundação Cultural Palmares inicia o processo de ampliação do alcance e da diversidade dessa galeria.

O compromisso da gestão atual, expresso por diversos membros da comissão, é claro: transformar a lista em um instrumento dinâmico, em constante atualização, capaz de impactar tanto o presente quanto o futuro dos brasileiros.

Hoje, além da reinserção de nomes, a listagem foi ampliada, mas, como pontuou o diretor Nelson Mendes, o processo não se encerra nesse momento. Por meio de um formulário online, qualquer pessoa pode indicar nomes.

O fortalecimento desse instrumento é de fundamental importância para a nossa história, porque cada personalidade homenageada simboliza um legado que transcende gerações, celebrando a multiplicidade de talentos e saberes dos povos negros no Brasil e no mundo.

A lista completa dos indicados de hoje:

  1. Pastora Mercedes de Moraes
  2. Diaconisa Emília Costa
  3. Mãe Netinha
  4. Maria do Carmo
  5. Tia Marcelina
  6. Valério Nicolau
  7. Maria Regina Ribeiro
  8. Lizanel da Silva (Mestre Jacaré)                                                                                                             
  9. Jeruse Romão
  10. Márcio Pereira de Souza
  11. Veroníldes Rodrigues da Silva (Mãe Vera de Oyá)
  12. Emanoel Cabral da Silva (Mestre Nel do Reggae)
  13. Professor Dílson Moreira da Costa
  14. Mestre Bule Bule
  15. Ebomi Cici de Oxalá
  16. Profa. Cida Bento
  17. Mestre Kalunga de Angola
  18. Mãe Miriam Araújo Souza Melo
  19. Mestre Moa Katendê
  20. Mãe Sebastiana de Oxossi
  21. Maria Avelino Marques da Silva (Vovó Tutu)
  22. Maria Isabel de Assis
  23. Damasceno Gregório dos Santos (Mestre Damasceno)
  24. Professora Maria Carrascoza
  25. Mestre Zumba
  26. Iyá Márcia d´Ôgún
  27. Toni Edson Costa Santos
  28. Armando Veríssimo Ribeiro (Moleque namorador)
  29. Sabrina Piloto de Jesus (autoindicação)
  30. Andressah Catty (autoindicação)

Para acesso ao formulário de indicação de nomes, clique aqui:

https://forms.gle/SxU2N2XF3WxPbKuV6

Para acesso à listagem de personalidades negras, clique aqui:

https://www.gov.br/palmares/pt-br/departamentos/fomento-a-cultura/personalidades-notaveis-negras-1

O diretor Nelson Mendes (C) coordenou os trabalhos da comissão
O diretor Nelson Mendes (C) coordenou os trabalhos da comissão

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