Atleta olímpico brasileiro, Adhemar Ferreira da Silva descobriu o salto triplo aos 18 anos. Sob o comando de Dietrich Gerner, tornou-se bicampeão olímpico em Helsinque 1952 e Melbourne 1956. Foi tricampeão pan-americano e dez vezes campeão brasileiro. Adhemar igualou e superou o recorde mundial, o que estabeleceu novos padrões para o esporte. Fora das pistas, atuou em "Orfeu Negro" e como adido cultural. Sua história reflete superação, talento e pioneirismo no atletismo e na cultura nacional.
Notícias
PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO PALMARES PARTICIPA DE EVENTO NO BANCO MUNDIAL
O presidente da Fundação Cultural Palmares participou na manhã desta terça-feira, 30 de maio de 2023, do processo de consultas públicas para elaboração da nova Estratégia de Parceria com o Brasil (Brazil Country Partnership Framework - CPF), promovido pelo Grupo Banco Mundial, cujo objetivo é estabelecer as diretrizes e as áreas prioritárias para a atuação do Grupo Banco Mundial no país durante o quadriênio 2024-2028.
Essas consultas têm o objetivo de colher impressões e considerações que permitam o alinhamento da CPF com as prioridades dos diversos segmentos da sociedade brasileira, abrangendo o setor público, privado e sociedade civil.
A proposta em construção da nova estratégia apresenta como tema central "Oportunidades Para Todos" e busca promover o desenvolvimento de forma sustentável endereçando as necessidades de crescimento, inclusão e ação climática dentro de um quadro macroeconômico confiável e de políticas fiscais eficientes.
Por Fundação Cultural Palmares.
MEMORIAL ZUMBI DOS PALMARES COMPLETA 33 ANOS
O memorial recebeu o nome em homenagem à Zumbi dos Palmares, último líder do Quilombo dos Palmares, respeitado e admirado por seu povo e pelas suas habilidades como guerreiras, sendo reconhecido por sua coragem e liderança.
O espaço é destinado a resgatar os valores da cultura afro-brasileira, possuindo um anfiteatro e sala de exposições, sendo usado para diversos eventos e atividades. Em 1992, o Memorial Zumbi dos Palmares foi tombado como patrimônio material do município.
Por Fundação Cultural Palmares.
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES RECEBE INTEGRANTES DO MINISTÉRIO DA CULTURA
A Fundação Cultural Palmares recebeu na manhã desta quinta-feira, 01 de junho, o Diretor do Sistema Nacional de Cultura, Lindivaldo Oliveira Leite Júnior; a Coordenadora de Institucionalidade do Sistema Nacional de Cultura, Leila Calaça e a Coordenadora de Apoio aos Colegiados, Lia Maria dos Santos. O objetivo da reunião foi o início do diálogo entre o Ministério da Cultura e a Fundação Cultural Palmares sobre os colegiados setoriais, ou seja, instancias da sociedade civil sobre a Cultura Afro-Brasileira.
Do encontro também participaram o chefe de Gabinete Nelson Mendes e a Diretora do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira Edna Thomaz Rodrigues.
PALMARES PARTICIPARÁ DA 4° CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA
A FCP participará da 4° Conferência Nacional de Cultura (CNC), que terá sua última etapa em Brasília, entre os dias 4 e 8 de dezembro com o tema ‘Democracia e Direito à Cultura. ’
As conferências se constituem em um dos componentes centrais do Sistema Nacional de Cultura (SNC), estruturadas federativamente, possibilitam a mais ampla participação social na formulação das políticas públicas no campo da cultura.
Conforme mostra o site Rondônia ao vivo, A 4° CNC também terá a missão de revisão do Plano Nacional de Cultura (PNC), propor orientações para criação de um novo PNC e definir diretrizes prioritárias para garantir a transversalidade nas políticas públicas.
Por Fundação Cultural Palmares.
FUNDAÇÃO PALMARES PARTICIPA DE LANÇAMENTO DE CARTILHA QUE ESTABELECE DIREITOS DOS POVOS DE TERREIRO
O presidente da Fundação Cultural Palmares Joao Jorge Rodrigues participa na manhã desta segunda-feira, 05 de junho de 2023, do lançamento da ‘Cartilha de Direitos dos Povos Tradicionais de Matriz Africana’ na Ordem dos Advogados Brasil no Rio de Janeiro (OABRJ).
Os Direitos dos Povos Tradicionais de Matriz Africana são protegidos pela Constituição Federal de 1988, que reconhece a diversidade cultural do país e garante o direito à liberdade de religião. Além disso, existem leis específicas, como a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas; Lei 2.846/1940 que trata-se de Intolerância Religiosa, dentre outros.
É importante ressaltar que a proteção e o reconhecimento dos direitos dos povos tradicionais de matriz africana são temas em constante evolução e novas leis e políticas podem ser integradas para fortalecer esses direitos. Por isso, a Cartilha de Direitos dos Povos Tradicionais de Matriz Africana torna-se um marco na história e uma vitória a ser comemorada pelos povos tradicionais.
De acordo com Mãe Márcia D’Oxum, idealizadora do projeto, esse trabalho é dedicado aos Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, para que a fé na justiça e nas leis ganhem ainda mais razão de existir e que a existência dos povos de terreiro não seja apenas de fato, mas que ampare-se no Direito.
“Que possamos ter a certeza que nesse Universo existe uma força muito maior que conduz-nos, faz-nos evoluir no caminho do bem, onde juntos podemos, inclusive, conhecer melhor sobre nossos direitos e obrigações para transformar nossa realidade”, destaca Márcia em carta aberta, disponível na própria cartilha.
Na Cartilha, o cidadão poderá ter acesso às leis que garantem os direitos e deveres constitucionais e busca auxiliá-los na construção do conhecimento dos seus direitos. Também é possível informar-se acerca do cadastro único de grupos populacionais tradicionais e específicos, informações acerca de como baixar o aplicativo IGBA em aparelhos eletrônicos, e para mais, a cartilha contém uma lista de endereços e telefones para casos de emergência.
Para saber mais, baixe a Cartilha de Direitos dos Povos Tradicionais de Matriz Africana.
Por Fundação Cultural Palmares.
O polêmico gol de Caça-Rato
Flávio Augusto do Nascimento, conhecido como Flávio Caça-Rato, não está entre os jogadores mais visados do futebol brasileiro. No entanto, o apelido e um controverso gol no campeonato mineiro o colocam como uma das figuras folclóricas do esporte.
O futebolista nasceu no Recife (PE), no dia 29 de junho de 1986. O inusitado apelido veio no começo da adolescência. Na época, tinha como passatempo matar ratos com estilingue. “Eu não tinha nada para fazer e ficava na beira do canal mirando”, contou em uma entrevista ao canal Fox Sports. Segundo o atleta, nesse mesmo programa da Fox, o hobby de aniquilar roedores contribuiu muito para desenvolver sua agilidade nos gramados. “Assim como eu tinha que ser rápido na hora de acertar o rato, do mesmo jeito eu preciso agir quando surge uma oportunidade de fazer gol”, informou.
Foi justamente por não perder um gol que Caça-Rato causou polêmica no Campeonato Mineiro. Em 2017, vestindo a camisa do Tupi, numa partida contra o América Mineiro, Flávio “roubou” um gol de Jajá, seu colega de equipe. Jajá passou pelo goleiro e parou com a bola de frente para a trave. Enquanto ajeitava a redondinha para marcar, Caça-Rato foi na frente e chutou, colocando no fundo da rede do adversário. Depois, Flávio se justificou dizendo que não marcou o gol para prejudicar o companheiro, mas porque achava que se demorasse um pouco mais Jajá seria desarmado pelos oponentes. A partida terminou empatada em 1X1.
De origem humilde, Flávio Caça-Rato diz que sua família passou por muitas dificuldades e felizmente superou os problemas. Também enfrentou outros dramas pessoais. Aos oito anos, foi estrangulado pelo pai, que estava alcoolizado, no entanto um tio o salvou da morte.
Em outra circunstância, cruzou novamente a linha tênue entre a vida e o além durante uma festa, em Campina do Barreto (PE), após partida com o Timbaúba, clube que defendia. Após se envolver em uma discussão com dois homens, um deles sacou uma arma e atirou nas costas e na perna direita do jogador. Depois de um período de internação, Caça-Rato retornou aos estádios.
Atualmente, Flávio Caça-Rato joga no CSE, de Alagoas. Ao longo de sua carreira, já passou por times como o Sport, de Recife, o América de Natal, o Remo, de Belém, e até pelo NK Omis, da Croácia. Porém, a atuação que ainda chama mais a atenção em sua trajetória é aquele inusitado gol do Campeonato Mineiro.
Senegal é primeira seleção africana a vencer na Copa da Rússia
Com o placar de 2X1 contra a Polônia, o Senegal foi a primeira seleção da África a vencer um jogo na Copa da Rússia de 2018 nesta terça-feira (19). Até então, os outros quatro times do continente que participam do mundial – Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia – haviam perdido.
Os Leões de Teranga enfrentaram os poloneses no Estádio do Spartak, em Moscou. A disputa teve início ao meio-dia no horário de Brasília (18h no fuso local). Com isso, os africanos dividem a liderança do Grupo H com os japoneses, que bateram a Colômbia na manhã desta terça. Os nipônicos ganharam dos sul-americanos por 2X1. Cada um dos times tem três pontos.
Dos gols do Senegal, um foi contra, marcado pelo brasileiro naturalizado polonês Thiago Cionek. O outro foi feito por Niang. O gol do africano gerou polêmica. O polonês Krychowiak recuou a bola para que Niang recebesse atendimento médico fora do campo. Porém, autorizado pelo árbitro, o senegalês correu em direção à bola, chutando para dentro da rede, sem que o goleiro Szczesny tivesse chance de defender. O gol dos poloneses veio como vingança no chute de Krychowiak.
Em suas participações na Copa do Mundo, o Senegal venceu metade dos seis jogos que disputou. As três vitórias ocorreram contra países europeus: França, Suécia e Polônia. Das seleções africanas é a que apresenta o melhor desempenho no mundial de futebol. Os senegaleses entram em campo novamente no próximo domingo (24), às 12h, contra o Japão, na cidade de Ecaterimburgo.
Começa a Copa!
Depois de a Rússia vencer a Arábia Saudita por 5X0, já está rolando a Copa do Mundo 2018. No próximo domingo (17), a Seleção Brasileira faz sua estreia no torneio, em uma partida contra a Suíça, na Arena Rostov, em Rostov, às 15h.
Sabendo da importância cultural do futebol para o Brasil e para todo o planeta, a Fundação Cultural Palmares (FCP) deseja que a equipe de Tite obtenha sucesso e retorne para casa trazendo o tão sonhado título de hexacampeão. Que a Copa da Rússia transcorra em clima de paz e fraternidade entre os povos. Afinal, competições esportivas como esta tem a finalidade maior de promover a união das nações, independentemente de crença ou raça.
Que a bola role em campo!
Quilombola da Cidade Ocidental (GO) apitou mais de 300 jogos do Brasileirão
Morador de Mesquita, comunidade remanescente de quilombo no município de Cidade Ocidental, em Goiás, Jamir Carlos Garcez desde cedo se interessou pelos esportes. Gostava de bater uma bola, paixão que o levaria a uma carreira de atleta profissional e, depois, de juiz de futebol.
Jamir nasceu no dia 4 de dezembro de 1961, em Mesquita. Situado a cerca de 50 km de Brasília, este território tem quase 300 anos de história. Filho de Ana Teixeira Magalhães e Diogo Garcez, recebeu, junto com os irmãos, incentivo dos pais para estudar e buscar uma vida melhor. “Enfrentamos muitas dificuldades para nos mantermos na escola e ainda sofríamos com o racismo. Mesmo assim, tirávamos boas notas e nos destacávamos na sala de aula”, recorda Jamir.
Também foi exigida muita garra de Garcez para seguir nos esportes. Aliás, conseguiu conciliar a carreira acadêmica com a atividade atlética. Formou-se em Educação Física pela Faculdade Dom Bosco, em Brasília. Lembra que em uma matéria chegou a ser colega de sala de Joaquim Barbosa, futuro ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como competidor, Jamir enveredou pelo atletismo. Representou o Brasil em competições internacionais como corredor. Também trabalhou na Secretaria de Educação do Distrito Federal como coordenador do programa Esporte à Meia-Noite, para tirar jovens das drogas por meio de atividades como basquete e futebol.
Em 1997, concretizou o sonho de entrar no mundo no futebol, não como jogador, mas como árbitro. Antes, participou de um curso de dois anos para aprender as regras do jogo. A preparação deu certo e o quilombola conseguiu ser aprovado no concurso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “A concorrência era grande, mas não esmoreci”, revela Garcez.
Como juiz, Garcez apitou jogos em todos os 27 estados e no Distrito Federal, nas séries A, B e C do Brasileirão. Ele relembra as emoções de mediar clássicos do campeonato imersos em enorme rivalidade, como Flamengo X Fluminense . “Meu time é o Flu, mas nunca o favoreci em uma arbitragem. Sempre desempenhei meu trabalho corretamente. A responsabilidade era imensa quando rolava um Fla Flu devido à grande rivalidade entre esses dois clubes”, diz Jamir.
Racismo em campo
Em 2006, aos 45 anos, Garcez teve de abandonar os campos por conta da idade limite para exercer o ofício de juiz. Deixou para trás um saldo de mais de 300 jogos apitados no Brasileirão. Lamenta, no entanto, não ter tido oportunidade de entrar no gramado para arbitrar um jogo da Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Este caminho é complicado para profissionais negros. Até onde sei, nunca um juiz negro brasileiro apitou um jogo da Copa. Espero que um dia se rompa esta barreira, que credito ao racismo institucional”, opina Jamir.
Embora saiba da constância de manifestações racistas nos estádios de futebol, Jamir afirma que nunca sofreu preconceito por ser negro ou mesmo foi vítima de agressão física durante o trabalho como árbitro. “Sempre me impus e, ao mesmo tempo, passava por um preparo psicológico intenso para lidar com momentos difíceis durante as partidas”, explica Jamir, referindo-se às ocasionais situações de violência provocadas pelo destempero de jogadores ou da torcida.
Atualmente, Jamir Carlos Garcez preside a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) e ainda mantém uma vida dedicada ao esporte, principalmente em atividades para livrar jovens em situação de risco da criminalidade e das drogas. Ao ser perguntado sobre quais os principais rivais que o Brasil pode enfrentar no mundial da Rússia, arrisca: “Diria que Alemanha e Inglaterra. Estou na torcida para que nossa seleção traga o hexa para casa”.
Defesa dos quilombolas
A Fundação Cultural Palmares (FCP) atua em todo o Brasil pela defesa das tradições, combate ao racismo e à intolerância religiosa e promoção da mobilidade social das comunidades quilombolas e dos demais afro-brasileiros. É a Fundação Palmares que concede a certificação que reconhece um território como remanescente de quilombo.
O documento abre as portas para que sua população tenha acesso a políticas públicas do governo federal. Entre esses programas estão a Bolsa Permanência, do Ministério da Educação (MEC), que disponibiliza recursos para que o quilombola consiga se manter no ensino superior; a distribuição de cestas básicas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e a regularização fundiária, a cargo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Diamante Negro marcou história com a bicicleta
Conhecido como Diamante Negro ou Homem Borracha, Leônidas da Silva (1913-2004) é considerado um dos atacantes brasileiros mais importantes da primeira metade do século 20. O jogador possui o crédito de ter inventado ou pelo menos popularizado a famosa jogada de bicicleta.
Leônidas nasceu no bairro de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro. Ali, bem cedo, começou a jogar bola. Como profissional, começou no Bonsucesso e depois passou por clubes cariocas como Vasco da Gama, Botafogo e Flamengo. Conquistou o título de campeão estadual pelos três times. Jogou ainda pelo São Paulo e sagrou-se cinco vezes campeão paulista.
O Diamante Negro também vestiu a camisa da Seleção Brasileira nas Copas de 1934, na Itália, e de 1938, na França. Marcou nove gols no Mundial. Pela seleção canarinho fez 37 gols nas 37 partidas em que jogou.
Depois de deixar o gramado, em 1950, Leônidas trabalhou como técnico e depois como comentarista esportivo. A carreira de radialista durou até 1974, sendo interrompida pelo Mal de Alzheimer. O Diamante Negro viveu três décadas em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo, até sua morte, no dia 24 de janeiro de 2004, aos 90 anos de idade.
Junto com nomes como Pelé e Garrincha, o Diamante Negro é uma das lendas do nosso futebol. Esta notoriedade tem parte a ver com a criação da bicicleta, quando o atleta se joga de cabeça para baixo chutando a bola como se pedalasse o veículo de duas rodas. Ele executou o lance publicamente pela primeira vez no dia 24 de abril de 1932, em uma partida entre Bonsucesso e Carioca. A jogada se repetiu algumas vezes, como em 1939, durante uma disputa entre Flamengo e o Independiente da Argentina. Leônidas, então, vestia a camisa do rubro-negro. Outro momento em que realizou a bicicleta aconteceu na Copa do Mundo de 1938, porém o juiz anulou o gol por desconhecer a técnica.
Garrincha: a vida escreve certo por pernas tortas
Junto com Pelé, Garrincha é o maior astro do futebol brasileiro de todos os tempos. Sagrado um gênio nos campos, sua trajetória pessoal se fez de altos e baixos até sua morte melancólica, em 1983.
Manoel Francisco dos Santos nasceu no dia 28 de outubro, em Pau Grande, distrito de Magé, no Rio de Janeiro. Crescido numa família humilde, com 15 irmãos, ganhou o apelido de Garrincha de uma irmã, em referência ao pássaro homônimo encontrado na reunião.
Mané Garrincha começou a jogar com 14 anos, como amador, no Esporte Clube Pau Grande. O talento precoce o levou a um teste e à contratação no Botafogo. No primeiro treino, Mané já driblou Nilton Santos, então um jogador renomado.
Garrincha jogou 95% de suas partidas pelo Fogão, entre 1953 e 1965. Também vestiu a camisa da Seleção Brasileira 60 vezes, atuando nas Copas de 1958, na Suécia; de 1962, no Chile; e de 1966, na Inglaterra, sendo campeão mundial em seus dois primeiros torneios. Com ele em campo, a Seleção Canarinho perdeu apenas um jogo.
O Anjo de Pernas Tortas
Mané se notabilizou pelos dribles fascinantes, apesar do fato de possuir as pernas tortas. É considerado o maior ponta-direita da história do futebol brasileiro. Chamado de O Anjo de Pernas Tortas, teve atuação decisiva na conquista das Copas de 58 e 62. A ele se credita a hoje famosa expressão “combinar com os russos”. No mundial de 58, antes do jogo contra a extinta União Soviética, em que o Brasil venceu o time adversário por 2 X 0, teria ocorrido um diálogo sui generis entre Garrincha e o técnico Vicente Feola. Conta-se que Vicente disse ao atleta para pegar a bola, driblar o primeiro beque, driblar o segundo, ir até a linha de fundo e cruzar forte para trás para Vavá marcar. Garrincha, então, respondeu: “Tudo bem, mas o senhor já combinou com os russos?”.
Garrincha ainda atuou em times como o Corinthians. No final, seu corpo já sofria com os excessos praticados fora dos campos. Seu último gol aconteceu no dia 23 de março de 1972, em uma partida do Olaria, pelo qual jogava, contra o Comercial, no estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto (SP). Pouco depois, sua carreira profissional chegou ao fim.
Mané Garrincha morreu no dia 20 de janeiro de 1983, na cidade do Rio, vítima de cirrose hepática, após uma longa batalha contra o alcoolismo. No seu túmulo, está escrito: “Aqui jaz aquele que foi a Alegria do Povo – Mané Garrincha”. Em 2010, torcedores do Botafogo fizeram uma vaquinha no valor de R$ 56 mil para a construção de uma estátua em homenagem ao jogador, criada pelo artista plástico Edgar Duvivier. A obra fica em frente ao Estádio Olímpico Nilton Santos, do Botafogo. Em Brasilia, seu nome está no Estádio Nacional Mané Garrincha.
Em campo pelo futebol e contra o racismo!
A poucos dias do começo da Copa do Mundo da Rússia, a Fundação Cultural Palmares (FCP) entra no clima da competição e publica textos dedicados a uma das paixões nacionais: o futebol. Ninguém melhor que o Atleta do Século e maior jogador deste esporte de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, para iniciar a série. A abertura do torneio acontece no dia 14 de junho, quinta-feira, às 12h, diretamente de Moscou, com o jogo Rússia X Arábia Saudita. O Brasil faz sua estreia no Mundial no dia 17, domingo, às 15h, em uma partida contra a Suíça, na cidade de Rostov.
O Rei do Futebol nasceu na cidade mineira de Três Corações, no dia 23 de outubro de 1940, e, desde criança, manifestou a vontade de ser jogador de futebol. Começou a carreira profissional muito cedo. Com 16 anos, já estava na Seleção Brasileira. Foi campeão mundial nas Copas de 1958, 1962 e 1970.
Junto com a carreira na Seleção, Pelé fez parte do time do Santos. Jogou no Peixe por quase 20 anos, deixando o time em 1974. Sua despedida deveria ter sido em uma partida contra a Ponte Preta, porém, no ano seguinte, acabou voltando aos gramados com uma proposta milionária do time nova-iorquino Cosmos. Abandonou definitivamente a carreira no dia 1º de outubro de 1977, em jogo entre o Santos e o Cosmos, em que atuou um tempo em cada time.
Com as chuteiras penduradas, Pelé tornou-se um empresário bem sucedido, sendo um dos pioneiros na veiculação do marketing à imagem pessoal no futebol. Também enveredou pela carreira de cantor e de ator. Atuou no filme Fuga para a Vitória ao lado de Sylvester Stallone, Michael Caine e Max Von Sydow.
No dia 15 de maio de 1981, o jornal francês L`equipe concedeu a Pelé o título de Atleta do Século numa pesquisa feita junto aos vinte mais importantes jornais do mundo. Ele obteve 178 votos contra 169 do segundo colocado, o corredor norte-americano Jesse Owens, medalha de ouro nas Olimpíadas de 1936, em Berlim.
Contra o racismo nos campos
Vários jogadores negros se destacam no futebol no mundo inteiro, mas esse caminho pode ser doloroso, pois o racismo sempre esteve em campo. Nem mesmo Pelé escapou da descriminação. Assim que chegou ao Santos, Edson Arantes do Nascimento passou a ser chamado de “Gasolina” pelos outros jogadores do time. O apelido se referia à cor da substância que dá origem a esse combustível, o petróleo, negro como a sua pele. Ao longo da carreira, continuava a ser chamado por outras palavras como “crioulo’ e comparado à figura folclórica do Saci Pererê. São os termos que mais aparecem nos jornais dos anos 60 em referência a ele. Porém, Edson nunca se deixou abater. “O que eu ouvia me chateava tanto que eu ia lá e arrebentava o time adversário”, relatava Pelé.
Casos de discriminação racial fazem parte da história do futebol desde que o esporte chegou ao Brasil. No início, o esporte adotado pela elite excluiu os negros. No Brasil, em alguns clubes eles foram proibidos de jogar até a década de 1950, como no caso do Grêmio. O Vasco da Gama foi o primeiro clube a aceitar oficialmente esportistas negros.
O preconceito presente nos estádios no Brasil e no exterior reflete o existente nas sociedades. Mais do que nunca, estes episódios vergonhosos precisam acabar. O esporte existe para unir as pessoas e as nações e não para separá-los pela cor da pele ou por qualquer outro motivo.
Sempre em campo contra o racismo, a Fundação Palmares deseja uma Copa do Mundo pacífica e cheia de emoções. E que a Seleção Brasileira possa trazer para casa a taça do tão sonhado hexacampeonato. Sucesso ao técnico Tite, à sua equipe e aos nossos jogadores!
Futebol africano marca presença na Copa da Rússia
A poucos dias do começo da Copa do Mundo da Rússia, a Fundação Cultural Palmares (FCP) entra no clima da competição e publica textos dedicados a uma das paixões nacionais: o futebol. Nada melhor que o futebol africano para retratar um pouco da historia desse mundial que acontece nas próximas semanas.
A abertura do torneio será no dia 14 de junho, quinta-feira, às 12h, diretamente de Moscou, com o jogo Rússia X Arábia Saudita. O Brasil faz sua estreia no Mundial no dia 17, domingo, às 15h, em uma partida contra a Suíça, na cidade de Rostov.
Ao todo, 32 seleções vão disputar a taça da FIFA entre os dias 14 de junho á 15 julho. Neste ano, se classificaram 14 países da Europa, cinco da América do Sul, cinco da Ásia, cinco da África e três da América Central e do Norte. Esta classificação acontece pelo processo de eliminatórias da Copa, no qual as seleções nacionais disputam uma série de partidas. O método é utilizado para poder escolher 32 times entre os cerca de 200 países.
A participação do continente africano em campeonatos mundiais teve inicio na segunda edição do torneio, em 1934, na Itália, com o Egito, que foi o maior vencedor entre todas as seleções africanas. Depois desta edição, as Copas deixaram de receber seleções da África por algum tempo, pois elas não demonstravam interesse em participar. Em 1970, no México, essa ausência acabou com a entrada no torneio do Marrocos.
Já em 2010, a Copa Mundial foi realizada na África do Sul, um fato histórico para o país e para o Continente Negro. Foi o primeiro país africano a sediar esse impactante evento esportivo. Os sul-africanos tiveram a oportunidade de mostrar para o mundo que conseguiram superar o duro período da segregação racial do regime racista do Apartheid vivenciado por sua população.
Em 2018, Nigéria, Tunísia, Egito, Senegal e Marrocos representam a África na Copa da Rússia. Deixa a bola rolar.
Texto: Wallison Braga.
“Obina é melhor que Eto’o”
No clima da Copa do Mundo da Rússia, a Fundação Cultural Palmares (FCP) destaca histórias interessantes e curiosas do mundo da bola. O jogador baiano Felipe Almeida, mais conhecido como Obina, não chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Mesmo assim, virou ídolo no Flamengo e se tornou uma figura folclórica no futebol nacional.
Obina nasceu no município de Vera Cruz, no dia 31 de janeiro de 1983. Cresceu jogando peladas em Baiacu, distrito de sua cidade, até que um olheiro do Vitória o viu e o levou para um teste no time, em Salvador. Reserva, teve algumas oportunidades de jogar quando o técnico do clube era Joel Santana, em 2002.
Para ganhar experiência, foi emprestado para o CRB e o Fluminense de Feira de Santana. Com o Feira, se destacou na Copa do Brasil de 2003, marcando o gol de empate contra o Fluminense do Rio. Voltou ao Vitória no ano seguinte, vendo seu trabalho repercutir como grande goleador, ainda mais em um time no qual havia veteranos da Seleção como Vampeta e Edilson. Foi vendido para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, no entanto, logo regressou ao Brasil, contratado pelo Flamengo.
De início, Obina não foi muito bem recebido pela torcida do rubro-negro carioca, porém, ao fazer o gol da vitória contra o Paraná e evitar que o Fla caísse no Brasileirão, ganhou respeito. A empatia era tamanha que o público entoava o canto “Obina é melhor que Eto’o”, em uma referência ao atacante camaronês Samuel Eto’o, do Barcelona.
Em 2006, sua atuação exerceu papel fundamental na conquista da Copa do Brasil pelo Mengo. Sempre balançando as redes das traves, o baiano jogou no Flamengo até 2009, sendo emprestado ao Palmeiras. Voltou à Gávea no dia 5 de janeiro de 2010 e 15 dias depois disputou a última partida pelo Flamengo, contra o Volta Redonda, no Campeonato Carioca.
Em seguida, Obina passou pelo Shandong Luneng, da China, e pelo América Mineiro, com empréstimos ao Palmeiras e Bahia. Depois, foi para o Matsumoto Yamaga, da segunda divisão do campeonato japonês, pelo qual encerrou a carreira, em 2017.
Mestres da capoeira ensinam sua arte em Ribeirão Preto (SP)
A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, recebe na sexta-feira (18) e no sábado (19), das 8h às 22h, a primeira etapa do projeto História, Tradição e Ginga – no Caminho da Salvaguarda – Formação com Grandes Mestres de Capoeira. O evento acontece na Casa de Cultura e é realizado pela Fundação Cultural Palmares (FCP) em parceria com a prefeitura municipal.
Durante o encontro, haverá palestras e rodas de capoeira. Os professores atuam no Brasil e no exterior. São eles Bigo, Brasiçia, Cobra mansa, Janja e Boca Rica.
Entre os capoeiristas que participam do evento o mais velho é o baiano Mestre Boca Rica, que tem 82 anos. Fez parte da academia do lendário Mestre Pastinha, em Salvador, e recebeu o apelido de Boca Rica por usar dentes de outro na parte superior da boca. Com vários discos gravados, em que canta e toca berimbau, já rodou o mundo divulgando a arte da capoeira.
Saiba mais sobre o projeto no e-mail grandesmestresdecapoeira@gmail.com.
Mestre Pastinha deu à capoeira status de arte
Nesta quinta-feira (5), comemoram-se os 129 anos do nascimento de Vicente Ferreira Pastinha, conhecido como Mestre Pastinha, um dos nomes mais importantes da história da capoeira. Nascido em Salvador, ele dizia ter se tornado capoeirista não em escola, mas pelo aprendizado com um velho africano que o via constantemente apanhar de um outro menino na rua.
Pastinha se destacou como professor de capoeira, com uma doutrina que equilibrava o físico e o mental, dando ao jogo status de arte. Seus conceitos influenciaram capoeiristas no Brasil inteiro. O baiano foi o maior divulgador da Capoeira Angola, uma das modalidades do esporte que alia o espírito lúdico à busca pela ancestralidade, com movimentos mais lentos.
Em 1941, fundou a segunda escola dedicada à expressão legalizada pelo governo da Bahia: o Centro Esportivo de Capoeira Angola (Ceca), no Largo do Pelourinho. Mestre Pastinha morreu no dia 13 de novembro de 1981. Naquele momento, já era considerado uma lenda da capoeira.
Maior rivalidade do boxe brasileiro vira documentário
Não tem nem para Rocky Balboa, personagem fictício encarnado pelo ator americano Sylvester Stallone no cinema, nem para Mike Tyson. Quem contagia o ringue são o baiano Reginaldo da Silva de Andrade, mais conhecido como Reginaldo Holyfield, e o pernambucano Luciano Horácio Torres, o Luciano Todo Duro. Na década de 90, eles protagonizaram a maior rivalidade do boxe brasileiro e, já cinquentões, voltam a se enfrentar. A história está registrada no documentário A Luta do Século, dirigido por Sérgio Machado, de Cidade Baixa.
A Luta do Século estreia em 15 de março. Trata-se de uma produção da Lata Filmes, Mar Filmes, Mar Grande Produções, Muiraquitã Filmes e Ondina Filmes, com co-produção do Canal Brasil e distribuição da Vitrine Filmes.
A película resgata momentos tensos da trajetória dos dois pugilistas. Alguns deles culminaram em pancadaria fora dos ringues, inclusive em um programa de televisão. Já nos tempos recentes, em situação de pobreza e longe dos holofotes, Holyfield e Todo Duro resolvem acertar as contas pela última vez. A preparação para o próximo conflito e a própria batalha para superar as dificuldades da vida ganham registro sensível sob direção de Sérgio Machado.
Único piloto negro na história da F1, Hamilton conquista tetracampeonato
Único piloto negro a competir oficialmente na Fórmula 1, categoria mais importante do automobilismo mundial, o inglês Lewis Hamilton sagrou-se tetracampeão no domingo, 29 de outubro, no Grande Prêmio do México. Lewis compete pela equipe Mercedes.
Hamilton já é considerado lenda da F1 e supera com a marca do tetra grandes corredores como o escocês Jackie Stewart, o brasileiro Ayrton Senna, seu ídolo, e Nelson Piquet. Além disso, se iguala ao francês Alain Prost e ao alemão Sebastian Vettel, ficando atrás apenas do argentino Juan Manuel Fangio (pentacampeão) e do alemão Michael Schumacher (heptacampeão).
Nascido em Stevenage, em 1985, Lewis Hamilton triunfa em um território dominado por pilotos brancos desde o surgimento da modalidade, em 1950. Simbolicamente, conquistou seu título de estreia em 2008, mesmo ano em que foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama.
Pelé, o Rei do Futebol, completa 77 anos
Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, é considerado o Atleta do Século XX e o Rei do Futebol, dada a sua genialidade nos campos. Nesta segunda-feira, 23 de outubro, ele completa 77 anos.
Pelé nasceu na cidade mineira de Três Corações, no ano de 1940, filho de Celeste e de João Ramos do Nascimento. Desde criança, manifestou a vontade de ser jogador de futebol. Começou a carreira profissional muito cedo e com 16 anos já estava na Seleção Brasileira. Foi campeão mundial nas Copas de 1958, 1962 (quando uma contusão o tirou do torneio) e em 1970. No Santos, time do coração, deixou sua marca por quase duas décadas.
Pelé se aposentou como jogador em 1977 e, em seguida, trabalhou nos Estados Unidos como treinador do New York Cosmos. Fora dos campos, é um empresário bem sucedido. Também seguiu a carreira artística. No cinema, atuou ao lado de Renato Aragão e companhia em Os Trapalhões e o Rei do Futebol e em Fuga Para Vitória, com nomes como Sylvester Stallone, Michael Caine e Max Von Sydow. Pelé ainda enveredou pela música gravando com artistas como Gilberto Gil e Rappin’ Hood.
Dia do Capoeirista celebra uma das maiores expressões culturais brasileiras
Uma das manifestações mais fortes da cultura popular é lembrada nesta quinta-feira, dia 3 de agosto, quando se comemora o Dia do Capoeirista. Embora a data ainda não seja nacionalizada, há projetos de lei no Congresso Nacional propondo este reconhecimento. Alguns municípios instituíram a data, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre.
A capoeira tem suas origens no século 17, quando ocorreram os primeiros movimentos de fuga e rebeldia dos negros escravizados. No século 19, estão os primeiros dados e registros confiáveis e com descrições detalhadas sobre a prática. Existia até a hipótese de que a capoeira havia surgido na África, porém hoje acredita-se que tenha nascido mesmo no Brasil.
Estudiosos crêem que a origem da palavra capoeira venha do tupi-guarani caá-puêra, que significa “mato que já foi”. Já na linguagem caipira, o termo viria de capuêra, que significa mato que nasceu no lugar de outro derrubado ou queimado. Este tipo de terreno seria a arena das primeiras rodas de capoeira.
Afinal, o que é a capoeira? É uma dança? É uma luta? É jogo? Ou é tudo isso? Sua prática representa a junção de diferentes manifestações como a dança, a música, a dramatização, a brincadeira, o jogo e a espiritualidade. Esta característica torna a expressão complexa, apaixonante, surpreendente e rica.
Além de dança, a capoeira também era utilizada para defesa física. Ela tem uma história acidentada, pontilhada de episódios vexatórios e truculentos. Perseguida desde o começo, ganhou fama de má prática, “coisa de malandros e vadios”. A perseguição e proibição da prática durou até a década de 1930, quando Mestre Bimba e seus discípulos atuaram para que fosse aceita. A partir daí, teve início uma fase efetiva de sistematização do ensino da capoeira e de seu reconhecimento social.
Mais de oito décadas depois, a capoeira venceu preconceitos e conquista adeptos em todas as classes sociais. Por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), a capoeira foi reconhecida, em julho de 2008, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Em novembro de 2014, a Roda de Capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A capoeira ganhou o mundo e passou a ter destaque, importância e reconhecimento na agenda política, social e cultural no Brasil e em mais de 150 países. Assim, os ensinamentos deste patrimônio cultural e imaterial afro-brasileiro podem ser transmitidos de geração a geração.