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Salvador, berço da cultura afro-brasileira: expansão das parcerias culturais
Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e coordenador do projeto Salvador Capital Afro, Walter Pinto Jr
No dia 13 de fevereiro, a Fundação Cultural Palmares recebeu a visita do Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e coordenador do projeto Salvador Capital Afro, Walter Pinto Jr. O encontro teve como objetivo discutir novas parcerias para ampliar as iniciativas culturais na capital baiana, reconhecida como a capital afro das Américas.

- Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e coordenador do projeto Salvador Capital Afro, Walter Pinto Jr
Walter Pinto Jr. destacou a importância da cultura afro-brasileira para a identidade de Salvador, ressaltando que a cidade é um território de resistência e representatividade. Ele enfatizou o compromisso de consolidar parcerias que valorizem essa herança e assegurem sua continuidade para as futuras gerações.
Um momento simbólico da reunião foi quando Walter Pinto Jr. se deparou com uma fotografia de sua tia, Makota Valdina Pinto, exposta na sala da presidência da FCP. Makota Valdina foi uma das maiores lideranças na luta contra o racismo e a intolerância religiosa no Brasil, deixando um legado de militância e preservação da cultura afro-brasileira.

- Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e coordenador do projeto Salvador Capital Afro, Walter Pinto Jr
Quem foi Makota Valdina?
Educadora, ativista e guardiã do saber afro-brasileiro, Valdina de Oliveira Pinto, conhecida como Makota Valdina, dedicou sua vida à defesa das culturas de matriz africana. Conselheira espiritual do Terreiro Tanuri Junsara, foi uma voz ativa na valorização das religiões afro-brasileiras e no combate à intolerância religiosa.
Professora da rede municipal de Salvador, também integrou o Conselho Estadual de Cultura da Bahia e recebeu diversas homenagens por sua atuação, como o Prêmio Clementina de Jesus, da União de Negros pela Igualdade, o Troféu Ujaama, concedido pelo grupo cultural Olodum, e o título de Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.
Makota Valdina faleceu em 2019, aos 65 anos, deixando um legado de resistência e compromisso com a cultura afro-brasileira. Sua trajetória continua inspirando aqueles que defendem a diversidade e a preservação das tradições afrodescendentes no Brasil.