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IV COPENE: Interação entre Academia e Militância é defendida por pesquisadores
Salvador, 15/9/06 – Decorado cuidadosamente no estilo africano o auditório Caetano Veloso, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), ficou pequeno para receber mais de 1.500 pessoas na solenidade de abertura do IV COPENE, realizada na noite desta quarta-feira (13/9). A mesa de abertura foi formada pelo reitor da UNEB, Florisvaldo Valentim da Silva, reitor da Unifacs, Manoel de Barros Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Nilma Lino, presidente do IV COPENE e pró-reitor de Ensino da UNEB, Wilson Mattos, representante da SEPPIR, Maria Palmira da Silva, sub-secretário da Secretaria Municipal da Reparação de Salvador (Semur), Elias Sampaio, sub-secretário Municipal da Educação, Wesley Moreira, Coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde da População Negra, Denize Ribeiro, Ialorixá Conceição, do Terreiro Sultão das Matas e a representante do Ministério da Educação, Eliane Cavalleiro.
A professora e doutora Nilma Lino Gomes, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), fez questão de ressaltar que a entidade que congrega estudiosos negros não é uma instituição fechada a outros pesquisadores não negros. A declaração foi feita durante, a abertura do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), no auditório Caetano Veloso da Universidade do Estado da Bahia Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Cabula), na noite da última quarta-feira (13/9). Segundo ela “a ABPN surgiu para acabar com os exclusivismos e os grupos fechados de pesquisadores, que muitas vezes não aceitam o acolhimento de outros estudiosos. Nós integrantes da ABPN, antes da fundação da associação, sabíamos que haviam vários pesquisadores negros nas suas regiões de origem produzindo conhecimento com viés negro isoladamente, e nossa entidade surgiu para congregar esses estudiosos e trocarmos experiência e nos fortalecer enquanto cientistas e militantes”, destacou Nilma Lino.
Nilma: Integrar para conhecer
A presidente da ABPN falou que os intelectuais negros e a população negra brasileira devem se unir para superarem as desigualdades raciais. Sobretudo, nesse momento histórico onde o governo começa a implementar políticas de ações afirmativas e reparatórias para a comunidade negra: “Nós, enquanto brasileiros e estudiosos devemos combater setores da mídia e de intelectuais de todo o país que são contra as cotas, ação que visa reparar a enorme dívida social que o Brasil tem com a população negra”, afirmou.