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Fundação Cultural Palmares reforça diálogo com o movimento negro em São Paulo e amplia articulação nacional
Fundação Cultural Palmares realiza reunião com o movimento negro de São Paulo e amplia diálogo institucional
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
A Fundação Cultural Palmares realizou, no dia 8 de outubro, uma reunião com representantes do movimento negro de São Paulo. O encontro, conduzido pelo presidente João Jorge Rodrigues e organizado pelo representante da Fundação no estado, Ubiratan MIranda, teve o objetivo de fortalecer o diálogo com lideranças locais e construir uma agenda comum de trabalho voltada à cultura afro-brasileira e à valorização da memória negra.
A equipe da Presidência acompanhou a atividade. Participaram Ângela Inácio, chefe de gabinete; Cida Santos, coordenadora de Projetos do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro (DPA); Carlos Eduardo, coordenador da Coordenação de Gestão Interna (CGI); e Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação.
Em sua fala, João Jorge ressaltou que a Fundação Cultural Palmares tem como propósito consolidar políticas públicas de reconhecimento e fortalecimento da cultura afro-brasileira em todo o país. “A Fundação Cultural Palmares é casa e causa do povo negro. É a voz que vem das periferias, dos terreiros, das escolas de samba e das universidades. Nosso papel é unir, inspirar e transformar”, afirmou o presidente, destacando a importância da escuta e da articulação com os movimentos sociais.
Estiveram presentes Julião Vieira, Haroldo Oliveira, Ivan Carvalho, Felipe Brito, Deborah Nunes, Nega Loira, Rafael, José Adão de Oliveira, Juliano Souza, Maria Izabel Fernandes, professor Ailton Santos, Gilson Negão, Alinne Motta, DephPaul Zulu Nation, Eufrásio, Jader Nicolau Júnior e Ubiratan Toledo, que apresentaram propostas voltadas à consolidação de políticas culturais e à ampliação da presença da Palmares nos territórios.
Durante a reunião, o presidente defendeu o planejamento antecipado das ações da Fundação e a articulação de parcerias institucionais com ministérios, universidades e coletivos culturais. “Não adianta pedir em outubro o que precisamos construir em abril. A Palmares está se reorganizando para planejar suas ações com antecedência, buscar emendas parlamentares, parcerias e financiamento sustentável para a cultura afro-brasileira”, observou.
Foram apresentados exemplos de ações em curso, como o Programa AfroDigital, a requalificação da Serra da Barriga e as parcerias com universidades públicas e instituições culturais. Segundo João Jorge, essas iniciativas representam uma etapa de reestruturação institucional e de aproximação com os fazedores de cultura, quilombolas e povos de terreiro.
O presidente também destacou o papel de São Paulo na história do movimento negro e na formação das políticas culturais brasileiras. O estado, que concentra o maior número de pessoas negras do país, foi apontado como espaço estratégico para o fortalecimento da atuação da Fundação. “A Palmares precisa estar onde o povo negro está. Em São Paulo, nos quilombos, nas comunidades, nas universidades e nas ruas. O diálogo com o movimento negro é o caminho para uma política cultural viva, que olhe para a ancestralidade sem deixar de construir o futuro”, afirmou.
A reunião em São Paulo faz parte de um conjunto de encontros regionais que João Jorge Rodrigues realizará nos próximos meses, com o objetivo de identificar demandas, ampliar o diálogo com lideranças locais e consolidar a presença e as ações da Fundação Cultural Palmares em todas as regiões do país.