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Biblioteca Oliveira Silveira estreia versão digital no aniversário da Fundação Palmares
Biblioteca Oliveira Silveira
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
A Fundação Cultural Palmares celebra 37 anos de criação e, como parte das comemorações, apresenta a versão digital da Biblioteca Oliveira Silveira. A iniciativa projeta no espaço virtual um acervo dedicado à cultura afro-brasileira, ampliando as possibilidades de consulta e reforçando a luta contra o apagamento de vozes e trajetórias negras na história do país.
O lançamento integra a programação do Agosto da Igualdade, mês em que a Palmares intensifica ações voltadas ao fortalecimento da memória e da luta negra. A biblioteca digital também está alinhada ao Afro Digital, eixo programático da Fundação desenvolvido em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério das Comunicações (MCom), que busca democratizar o acesso à cultura por meio de tecnologias digitais.
Acesso e memória
O projeto é conduzido pelo Centro de Informação e Acervo da Memória e da Cultura Afro-Brasileira (CIAM), setor responsável pela gestão da biblioteca. Ao disponibilizar o acervo em formato digital, a Fundação rompe barreiras geográficas e sociais que por décadas limitaram o acesso a esses conteúdos. Estudantes, pesquisadores, artistas e toda a sociedade passam a contar com uma ferramenta que democratiza o conhecimento e fortalece a memória coletiva.
Para a bibliotecária Marcela Costa, a plataforma digital funciona como elo entre passado e presente. “É um espaço que aproxima pessoas da cultura afro-brasileira, recupera narrativas silenciadas e reafirma a força de quem constrói história.”
Identidade e resistência
A assistente de biblioteca Anne Chrystine Moraes destaca o papel estratégico da iniciativa. “Essa ferramenta preserva documentos históricos e culturais, fortalece identidades e combate o racismo ao ampliar a visibilidade das expressões afro-brasileiras em larga escala.”
O acervo digital se coloca, assim, como instrumento de preservação e, ao mesmo tempo, de resistência, garantindo que a produção intelectual negra alcance novos públicos e continue a ocupar o espaço que lhe foi negado por séculos.
Homenagem e legado
O nome da biblioteca presta homenagem a Oliveira Silveira (1941–2009), poeta e professor gaúcho que propôs a inclusão do 20 de novembro como Dia da Consciência Negra no calendário nacional. Ao carregar sua assinatura, a biblioteca reafirma a dimensão política do acervo e transforma memória em ação.
Uma nova etapa
Segundo o coordenador-geral do CIAM, Guilherme Bruno, o lançamento inaugura um novo ciclo na política de preservação da Fundação. “A biblioteca digital representa um passo decisivo para que a memória negra esteja disponível a todos, em qualquer lugar, e confirma que o reconhecimento também depende do direito à informação.”
Futuro e permanência
A Biblioteca Oliveira Silveira digital reforça o papel da Fundação Cultural Palmares como guardiã da cultura afro-brasileira. Ao completar 37 anos, a instituição entrega à sociedade um instrumento que preserva, projeta para o futuro e reafirma a permanência da memória negra no Brasil.
Interessados em submeter obras ou publicações ao acervo digital devem entrar em contato pelo e-mail ciam@palmares.gov.br.
Acesse o site da Biblioteca Oliveira Silveira Clique aqui ou faça a leitura do QR Code abaixo.
