Transparência e Controle Social no Processo de Reparação de Mariana e de outros 41 Municípios da região - 1ª oficina de cocriação
DADOS GERAIS
Transparência e Controle Social no Processo de Reparação de Mariana e outros 41 Municípios da região - Tema priorizado pelo Governo
Descrição: Promover ações de transparência e controle social no processo de recuperação de Mariana e outros 40 municípios da região em decorrência do rompimento de barragens
PRIMEIRA OFICINA DE COCRIAÇÃO
Na primeira etapa das oficinas de cocriação, os especialistas do governo e da sociedade civil escolhem em conjunto três desafios a serem enfrentados. Após essa definição, foi aberta consulta para priorização do desafio considerado mais relevante pela sociedade, entre os dias 08/06 e 23/06.
Desafio priorizado pela sociedade: Promover a transparência, o controle social e acesso à informação junto aos envolvidos no processo de reparação.
Confira como foi a primeira etapa da oficina de cocriação sobre Transparência e Controle Social no Processo de Reparação de Mariana e de outros 41 Municípios da região.
Data: 07/06/2018
Participantes:
- Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU): Adenísio Álvaro Oliveira de Souza, Raquel Aparecida Pereira e Valdênia Souza
- Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): Letícia Soares Peixoto Aleixo
- Secretaria de Governo da Presidência da República (SEGOV/PR): Maria Thereza Ferreira Teixeira e Jumaida Pressi Moreira
- IBAMA: Marcelo Belisário
- Ministério da Integração Nacional: Rafael Pereira Machado
- Fundação Renova: Eduardo Dinelli e Christiana Freitas
- Conectas: Joana Tavares Nabuco
- UFMG (Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais - LAGESA): Prof. Raoni Rajão
No primeiro momento, os convidados fizeram uma análise do cenário atual relacionado ao tema. A partir daí foi construído o cenário desejado. Posteriormente foi feita a identificação dos bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado. Por fim, foram selecionados três desafios, dos quais a sociedade poderá priorizar um que será enfrentado por meio de um compromisso que será definido na segunda oficina de cocriação.
Veja o resultado:
| CENÁRIO ATUAL |
|---|
| Falta de transparência na negociação dos TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) |
| Não existe comunicação eficiente sobre o que está sendo feito |
| Falta de capacitação dos atingidos para atuar na defesa de sus interesses |
| Falta de informação sobre o procedimento das indenizações |
| Informações divergentes/ desencontradas sobre o processo de reparação |
| Atingidos cadastrados não têm informações sobre o status do cadastro |
| Falhas na comunicação dos critérios aplicáveis às comunidades reconhecidas |
| Ausência do poder público na vida cotidiana dos atingidos |
| Ausência de credibilidade da população quanto às informações sobre o processo de reparação |
| Falta de participação e controle social no processo de reparação |
| Ausência de representatividade dos atingidos processos decisórios |
| As esferas de decisão estão distantes dos territórios |
| Ausência de conhecimento dos programas de integridade para a Lei nº 12.846/2013 |
| Comunicação por parte da Renova mais voltada à publicidade do que informativas para participação social no processo de reparação |
| A Fundação Renova tem pouca credibilidade junto à população |
| Falta de capacitação dos atingidos para exercer o controle social |
| Insegurança da população em relação à capacidade de resposta das organizações públicas e privadas envolvidas na renovação |
| Aumento de autoreconhecimento da população da sua identidade como atingido |
| Maior confiança na Samarco do que na Fundação Renova (população local) |
| Falta de indicadores objetivos, claros, autoexplicativos que indiquem o andamento dos programas e ações |
| População já reconhece a Fundação Renova como “canal” de demandas para busca de soluções |
| Foco no monitoramento do processo está muito mais na Fundação Renova do que na efetiva reparação dos danos |
| Falta de transparência dos dados ambientais |
| Necessidade de uma linguagem acessível para garantir participação social dos diferentes públicos/atores |
| Baixo comprometimento das gestões municipais e estaduais com o processo de reparação |
| Falta de critérios para a identificação das pessoas atingidas |
| Ausência de controle pela sociedade civil dos recursos disponibilizados ao Poder Público |
| Precária articulação dos atores no processo de reparação |
| Falta de capacitação de servidores e gestores locais para melhoria da gestão dos recursos |
| A população transferiu para a Renova sua expectativa de execução de políticas públicas não implementadas pelo Estado |
| Resistência da Renova em cumprir determinações e diretrizes emitidas pelo Comitê Interfederativo |
| Ausência da participação social nos programas da Renova |
| Falta de transparência sobre a execução financeira da Fundação Renova |
| CENÁRIO DESEJADO |
|---|
| Municípios atingidos com Portais de Transparência implementados |
| Implementação de esferas locais e arranjos alternativos de tomada de decisão respeitadas as especificidades das comunidades |
| Atingidos cadastrados e indenizados, com conhecimento sobre todas as etapas desse processo |
| Atingidos capacitados para exercer controle social e defender seus direitos |
| Monitoramento socioambiental implementado e efetivamente publicizado |
| Programas de integridade pública implementados em municípios |
| Representatividade dos atingidos nos processos decisórios |
| Relatórios de avaliação dos programas de reparação publicizados |
| Programas de integridade pública implementados nos órgãos que compõem o CIF (Comitê Interfederativo) |
| Status de implementação dos programas e ações monitorados pelas pessoas atingidas |
| Execução financeira e orçamentária da Fundação Renova disponibilizados |
| Participação dos atingidos e da sociedade civil na negociação dos TACs |
| Programas de integridade implementados nas empresas locais |
| Linguagem acessível aos diferentes públicos/atores interessados no processo de reparação |
| Atores envolvidos no processo de rep\ração devidamente articulados |
| Atuação efetiva dos órgãos públicos nas 3 esferas de governo no processo de reparação (observando suas competências) |
| Informação de organizações públicas e organizações privadas transparentes e disponíveis para consulta |
| Processos decisórios territorializados |
| Participação social efetiva nos programas implementados pela Renova |
| Protagonismo efetivo dos atingidos nos processos decisórios |
| Soluções implementadas respeitando as especificidades locais |
| Instrumentos de transparência e controle efetivos à disposição dos atingidos e sociedade civil |
| Servidores públicos capacitados em integridade |
| Relação de confiança estabelecida entre atingidos, Renova e Poder Público como resultado da efetividade do processo de reparação |
| Implementação efetiva das assessorias técnicas ao longo da Bacia |
| Uniformidade das informações entre os colaboradores da Renovas e os atingidos |
| Meios de comunicação que transmitam informações claras, objetivas, acessíveis e registradas aos atingidos |
| Atividades produtivas locais restabelecidas |
| BLOQUEIOS |
|---|
| Fragilidade na gestão da comunicação entre os atores envolvidos no processo de reparação |
| Insuficiência de instrumentos de transparência, controle social e programas de integridade efetivos |
| Não cumprimento do cronograma de entregas pactuadas |
| Instâncias participativas existentes na estrutura de governança atua não atendem às demandas de participação social efetiva |
| Falta de diagnóstico prévio e consequente desconhecimento da totalidade dos impactos e das medidas necessárias para reparação |
| Fragilidade das instituições públicas em termos de recursos financeiros, humanos e tecnológicos, que compromete a sua capacidade de monitoramento e controle |
| DESAFIOS |
|---|
| Promover a transparência, o controle social e acesso à informação junto aos envolvidos no processo de reparação |
| Construir uma cultura de integridade para o processo de reparação |
| Garantir a participação efetiva, representativa e esclarecida dos atingidos, incorporando suas demandas no replanejamento e implementação eficiente dos programas de reparação |
| RESULTADO DA PRIORIZAÇÃO DOS DESAFIOS | VOTOS |
|---|---|
| Promover a transparência, o controle social e acesso à informação junto aos envolvidos no processo de reparação | 31 |
| Construir uma cultura de integridade para o processo de reparação | 1 |
| Garantir a participação efetiva, representativa e esclarecida dos atingidos, incorporando suas demandas no replanejamento e implementação eficiente dos programas de reparação | 17 |
Veja as fotos dos painéis:




Veja as fotos da oficina:



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