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Anadyr de Mendonça
Auditório da Controladoria-Geral da União recebe nome de Anadyr de Mendonça
Ministro Vinícius Marques de Carvalho inaugura auditório do prédio da CGU, em Brasília.
Em cerimônia realizada nesta terça-feira (8), o ministro Vinícius Marques de Carvalho inaugurou o auditório do prédio da CGU, em Brasília, que recebeu o nome de Anadyr de Mendonça. O evento contou com as presenças do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, do Ex-ministro da CGU, Jorge Hage, de Carolina Augusta de Mendonça Rodrigues, da filha de Anadyr de Mendonça, além de netos, afilhados e amigos da primeira ministra da Corregedoria-Geral da União, atual CGU. Anadyr de Mendonça Rodrigues foi a primeira ministra da então Corregedoria-Geral da União, criada em abril de 2001, atuando no comando da Pasta até 1º de janeiro de 2003.
Para o Ministro Vinícius de Carvalho, o legado de Anadyr é fundamental na caminhada da Controladoria-Geral da União como instituição. "O processo de fazer as áreas de controle, de transparência, de ouvidoria, de corregedoria, de integridade dialogarem e construírem um todo que seja maior que a soma de cada uma dessas partes é um desafio cotidiano e tenho certeza que esse desafio foi um desafio que a Dra Anadyr entendeu no começo e, por isso, nós estamos aqui hoje; não estaríamos aqui, diante de um órgão tão respeitado, que defende tecnicamente seus pontos de vista, contribui para o aperfeiçoamento das políticas públicas, enfrenta de maneira responsável e adequada a corrupção no Brasil e tem uma agenda de integridade que se espalha no Brasil e na Esplanada. Anadyr foi uma mulher bastante representativa de um profissional do serviço público brasileiro dedicado à construção de uma instituição como a CGU."
O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, amigo e colega de trabalho de Anadyr durante toda a vida, relembrou a trajetória de parceria com Anadyr. "Anadyr fez, como todos podem reconhecer, um excelente trabalho na construção do órgão fundador da Controladoria-Geral da União, instituição essa que hoje nos orgulha. Essa iniciativa homenageia muito justamente alguém que dedicou a vida, a força e o ânimo ao serviço público e à causa do bem servir ao Brasil".
A secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, destacou o pioneirismo de Anadyr. "A trajetória de Anadyr de Mendonça se entrelaça com a história da construção institucional e democrática do nosso país. Anadyr carregou desde cedo a inquietação pelo justo, pelo amor, pelo saber e pela coragem de trilhar caminhos, até então, inexplorados".
O ex-ministro da CGU, Jorge Hage, também destacou a coragem de Anadyr de Mendonça. "Essa é uma homenagem à verdadeira fundadora, digamos, dessa instituição que foi a ministra Anadyr. Na sua época, sem nenhum dos essenciais instrumentos que hoje a CGU dispõe, ela desempenhou um brilhante trabalho".
Carolina Augusta, filha de Anadyr de Mendonça, agradeceu a homenagem e ressaltou o trabalho da mãe nos primeiros passos da CGU. "Uma das mais importantes instituições do estado brasileiro começou pelas mãos de uma servidora pública de carreira que enfrentou tantos desafios nessa condição de servidora e, principalmente de mulher, para construir uma estrutura, até então incipiente, de controle, defesa do patrimônio público, de transparência e combate à corrupção".
Trajetória na Controladoria-Geral da União
A Corregedoria-Geral da União foi criada em abril de 2001. Vinculado à Presidência da República. O órgão tinha a função de assistir direta e imediatamente o chefe do Executivo Federal nos assuntos e providências relativos à defesa do patrimônio público, com finalidade principal de investigar denúncias de corrupção e dar celeridade aos processos de apuração de irregularidades.
Em março de 2002, o Decreto nº 4.177 reestruturou o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, de forma a ampliá-lo. Foram transferidas para a Corregedoria-Geral da União toda a estrutura da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), responsável pelas auditorias e fiscalizações contábil e operacional, antes vinculada à Casa Civil; a Comissão de Coordenação de Controle Interno (CCCI), assim como as atribuições da Ouvidoria-Geral da União (OGU), então vinculada ao Ministério da Justiça.
Com isso, o órgão dirigido pela ministra Anadyr de Mendonça passou a ter a atribuição de executar todas as funções referentes ao controle interno do Poder Executivo Federal, exercendo, no mesmo âmbito, as atividades de auditoria pública, correição e ouvidoria. Esse modelo foi o embrião da Controladoria-Geral da União (CGU), que viria a ser legalmente institucionalizada em maio de 2003.
Biografia
Anadyr formou-se em direito, no ano de 1958, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Antes de ingressar no Ministério Público Federal (MPF), atuou como advogada e como assessora do Governo do Distrito Federal e do Senado.
No MPF desde 1972, passou no primeiro concurso para o cargo de procurador da República. Foi o primeiro membro do MPF a ter assento perante a turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 1989, e – três meses depois – foi a primeira mulher a ter assento no plenário daquela corte. Durante mais de dez anos, a sua principal tarefa foi emitir pareceres ao STF sobre questões ligadas à Constituição, particularmente às áreas tributária e administrativa.
Deixou o MPF para ingressar na Advocacia-Geral da União (AGU), onde foi a primeira mulher a assumir, ainda que interinamente, em janeiro de 2001, a AGU, durante viagem, ao exterio,r do então titular Gilmar Ferreira Mendes. Nesse período, Anadyr foi responsável por apresentar ao STF o pedido de extinção de duas ações diretas de inconstitucionalidade contra o governo, questionando a edição da chamada “medida provisória dos procuradores”, que procurava limitar o poder de ação do MP.
Após a saída da então Corregedoria-Geral da União, foi nomeada, ainda em 2003, como corregedora-geral do Distrito Federal.
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