Governo Federal assina acordos para ampliar assistência humanitária aos refugiados e imigrantes venezuelanos

O Governo Federal assinou, nesta quarta-feira (02), acordos para tornar ainda mais efetiva a ajuda humanitária prestada aos imigrantes e refugiados venezuelanos. O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e de vários ministros, entre eles, o Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.

Um dos documentos assinados é o Acordo de Cooperação Técnica para a criação de um fundo privado para o recebimento de doações ao programa Operação Acolhida. Esse acordo foi assinado entre o governo federal e a Fundação Banco do Brasil.

O outro documento é um Protocolo de Intenções que incentiva municípios brasileiros a acolherem imigrantes e refugiados venezuelanos. Esse acordo foi firmado por meio da Casa Civil, da Secretaria de Governo e dos ministérios da Cidadania; da Justiça; da Mulher, Família e Direitos Humanos; da Defesa; da Educação, da Saúde; e do Desenvolvimento Regional com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e o Alto Comissariados das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Durante a cerimônia de assinatura, o coordenador presidente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Niky Fabiancic, explicou que está ocorrendo o maior deslocamento de pessoas de um país da América Latina a países vizinhos. “Até agora, 4,3 milhões de venezuelanos e venezuelanas deixaram seu país em busca de segurança, liberdade e melhores condições de vida. O Brasil, assim como outros países da região, está acolhendo refugiados e imigrantes venezuelanos com extraordinária generosidade, respeito e solidariedade”, disse.

Fabiancic disse, ainda, que o governo e a sociedade brasileira demonstraram enorme compromisso com a recepção, assistência e proteção a refugiados e imigrantes venezuelanos. “Apesar dos grandes desafios desse intenso fluxo migratório, o trabalho do governo brasileiro se revelou um dos melhores exemplos de resposta humanitária à chegada de venezuelanos na região”, frisou.

Yuli Teran, cidadã venezuelana beneficiada pela Operação Acolhida, participou do evento e fez um relato emocionado sobre a situação enfrentada por seu país. Ela contou que chegou a Boa Vista (RR) em 2017, fez deu cadastro na Polícia Federal, foi acolhida e veio a Brasília com apoio da Força Aérea Brasileira.

“Independente do país e do idioma, somos humanos e pertencemos ao mundo. Por isso, olhar para a nação Venezuela como o Brasil está fazendo é uma atitude que vem do coração. Vocês me deram a oportunidade de crescer profissionalmente. Isso me permitiu construir uma nova vida e sonhar com um futuro nesse país que me acolhe”, disse Yuli, que, esta semana, conseguiu renovar seu pedido de permanência no país. “Esta foi mais uma grande conquista pra mim”, comemorou.