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Comitê Gestor da Serra da Barriga assume hoje (terça)
Nesta terça-feira (27), o Comitê Gestor da Serra da Barriga toma posse em Maceió (AL). O órgão terá como finalidade a promoção do turismo sustentável como indutor do desenvolvimento na região. Na ocasião, também acontecerá o lançamento do Dossiê Da Serra da Barriga, documento que irá nortear as ações do Comitê. A cerimônia começa às 17h30, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas (Rua Sá e Albuquerque, 157, Jaraguá).
Depois do reconhecimento da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul, em 2017, a posse do Comitê Gestor é o próximo passo para que se realizem um conjunto de ações para fomentar as atividades culturais e turísticas no Parque Memorial Quilombo dos Palmares. No passado, o local foi palco da luta pela liberdade de centenas de pessoas que não aceitavam a escravidão, sob a liderança de Zumbi dos Palmares.
A gestão da Serra da Barriga é responsabilidade da Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura. Além dela, o Comitê Gestor será composto pelo Governo de Alagoas, Iphan, Prefeitura de União dos Palmares, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).
Já o Dossiê tem edição bilíngue, em português e espanhol. A publicação reúne fotos, gráficos, mapas, informações históricas, dados geográficos, questões legais, aspectos culturais religiosos e diretrizes de gestão.
No dia 28, a partir das 9h, também na sede do Iphan/AL, se realizará a 1ª Reunião do Comitê Gestor da Serra da Barriga. Ao longo do dia, haverá discussões sobre questões como plano de trabalho, diretrizes de gestão e projetos a serem desenvolvidos. Ao fim da reunião, os membros estabelecerão uma agenda de trabalho até o fim de 2018.
Plenária Quilombola discute propostas para Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
Nesta quinta-feira (22) e sexta-feira (23), em Brasília, acontece a Plenária Nacional das Comunidades Quilombolas. Realizado pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do Ministério dos Direitos Humanos, e pelo Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), o evento é preparatório para a IV Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que acontece de 27 a 30 de maio, também na capital do país.
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, participou da abertura da Plenária. Também estiveram presentes o secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo Junior e representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério da Educação (MEC), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ministério da Saúde.
A Plenária Nacional das Comunidades Quilombolas reúne 75 representantes de comunidades quilombolas do Brasil inteiro. O encontro tem como objetivo refletir e elaborar proposições para a Conapir. Ao fim da Plenária, serão eleitos 27 delegados das comunidades quilombolas que representarão o segmento na Conferência.
Em seu discurso, Erivaldo Oliveira falou sobre a importância da defesa dos direitos dos quilombolas. “Queremos alimento, paz, respeito à nossa religião e terra. Sem terra não temos acesso às políticas públicas. Instituições como o Incra, a Seppir e a Palmares, que lutam pelos direitos dos afro-brasileiros, devem ser vistos não apenas como órgãos de governo, mas como causas”, defendeu o presidente da FCP.
Hoje é Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial
Nesta quarta-feira, 21 de março, é um momento para se refletir. Nesta data, celebra-se o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Mais do que nunca, com tantos casos de racismo, intolerância, discriminação e preconceito que persistem no Brasil, deve-se enfrentar estes problemas e punir os que ainda insistem em propagar o ódio.
A celebração deste dia tem origem no 21 de março de 1960, em Johanesburgo, na África do Sul. Na época, o país ainda enfrentava os terríveis anos do regime do Apartheid. A minoria branca oprimia a maioria negra da população com uma política de segregação racial.
Na ocasião, cerca de 20 mil negros saíram às ruas da capital sul-africana para protestar contra uma lei que os obrigava a usar cartões de identificação que determinavam as áreas por onde podiam circular. Mesmo com o teor pacifista da manifestação, o exército, covardemente, atirou contra a multidão. Sessenta e nove pessoas morreram e 186 ficaram feridas no Massacre de Shaperville, numa referência ao bairro onde ocorreu a tragédia.
Para homenagear as vítimas e intensificar a luta contra o preconceito, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 21 de março como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Vale lembrar que o Artigo I da Declaração das ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial define este problema como “qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública”.
No Brasil, o combate à discriminação racial ganhou força após a Constituição de 1988, que estabeleceu o racismo como crime inafiançável e imprescritível. A iniciativa veio do deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira, jornalista, advogado e militante do Movimento Negro. Ele também foi autor da Lei 7.437, de 1985, conhecida como Lei Caó, que tornou o preconceito de raça, cor, sexo e estado contravenção penal.
Apesar dos avanços para punir os responsáveis por atos preconceituosos, o racismo ainda persiste com força no Brasil, de forma velada ou explícita. Prova disso são as constantes denúncias de atos racistas nas redes sociais ou no ambiente físico, que não escolhem entre as vítimas celebridades ou populares.
Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira, a Justiça precisa ser rigorosa na punição dos crimes que envolvem discriminação racial e outras formas de preconceito. “Um país que se diz democrático e que busca o desenvolvimento social não pode tolerar essa brutalidade, que agride não apenas suas vítimas, mas toda a civilização”, afirma Erivaldo. “No entanto, é necessário também educar as pessoas para que elas não tenham preconceito. Conhecimento contribui para eliminar preconceitos. Neste sentido, temos investido no projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil, que leva a história e a cultura afro às nossas escolas, além de discutir com os estudantes temas como racismo e intolerância religiosa”, conta o presidente da FCP.
Exposição de Fotos do Mês da Mulher retorna na quarta-feira (21)
Excepcionalmente, nesta terça-feira (20), em virtude das atividades que serão desenvolvidas na entrada da sede da Fundação Cultural Palmares (FCP) (Setor Comercial Sul, quadra 2, edifício Toufic), em Brasília, nas comemorações do Mês da Mulher, a exposição de fotos será temporariamente retirada. Também com a temática de homenagem às mulheres, a mostra fotográfica volta a poder ser visitada pelo público a partir de quarta-feira (21), das 8h às 18h, e permanece em cartaz até o fim de março, sempre de segunda-feira a sexta feira. A entrada é franca.
Adolescente quilombola da Paraíba vence concurso nacional de fotografia
A adolescente Alana Ferreira, do Quilombo do Talhado, em Santa Luzia, na Paraíba, tem muito do que se orgulhar. Uma foto dela do pôr do sol no Sertão venceu o concurso nacional Beleza do Semiárido, realizado pelo Programa Semear Internacional. A iniciativa se destina a beneficiários e familiares de projetos apoiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
Alana recebeu o prêmio em Brasília, em uma cerimônia na última quinta-feira (15), no Instituto de Cooperação para a Agricultura. Ela ganhou um smartphone e terá sua imagem na capa de uma publicação do Semear Internacional. A jovem revelou que estava sentada às margens do açude na sua cidade quando resolveu registrar o pôr do sol. Depois de mostrar a foto a uma técnica do Projeto Desenvolvimento Sustentável do Cariri e Curimataú (Procase), do governo estadual, foi incentivada a se inscrever no concurso.
Alana é filha da líder quilombola Maria do Céu, que foi assassinada em 2013, vítima de violência doméstica. Na entrega do prêmio, a jovem quilombola recebeu não só reconhecimento pelo talento artístico que desponta mas também pela superação pessoal.
Fundação Palmares comemora Mês da Mulher com diversas atividades
A Fundação Cultural Palmares (FCP) realizou em sua sede, em Brasília, uma programação diversificada para homenagear o Mês da Mulher nesta terça-feira (20). O evento foi aberto pelo presidente da instituição, Erivaldo Oliveira.
Em sua fala, Erivaldo destacou a importância feminina nos diversos espaços da sociedade, como na família, no mercado profissional, nos esportes e na cultura. “As mulheres conquistaram vitórias importantes nas últimas décadas. Porém, precisamos batalhar para enfrentar questões graves que ainda atingem as atingem, como o feminicídio, a violência sexual, as desigualdades no trabalho e o racismo. Esta é uma luta de toda a sociedade”, destacou.
Em seguida, houve palestra com a gerontóloga Shirley Pontes. Ela falou do papel da mulher na família. Também deu dicas de hábitos saudáveis para se adquirir melhor qualidade de vida.
Das 11h às 16h, houve um salão de beleza na entrada e no subsolo da Fundação Palmares ofereceu serviços como massagem relaxante, massagem com aparelho, higienização de pele, ginástica dançante e consultoria em lentes de óculos de grau.
Goiás realiza encontro de mulheres indígenas e quilombolas
O governo de Goiás promove nesta segunda-feira (19), em Goiânia, o Encontro das Mulheres Indígenas, Quilombolas e de Religião de Matriz Afro e Afro-Brasileira. O evento acontece a partir das 8h30, no Centro de Referência de Goiânia (Avenida Goiás, número 1496, Setor Central). A Fundação Cultural Palmares (FCP) terá como representante a diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Carolina Nascimento.
Dentro da programação, haverá uma roda de conversa. O encontro tem como finalidade promover a troca de saberes entre as participantes e fortalecer a atuação da Rede Nacional de Comunidades Saudáveis. As Comunidades Saudáveis são aquelas em que seus moradores buscam melhorar seu ambiente físico e sua vida social, cultural e econômica. Têm como característica o cuidado entre as pessoas, a solidariedade, o enfrentamento coletivo de problemas e a busca por melhor qualidade de vida para todos.
Atividades socioculturais marcam programação da Feirarte, em Goiânia
Atividades socioculturais compõem a programação da Sétima Feira de Economia Criativa e Solidária (Feirarte), que acontece em Goiânia na próxima segunda-feira (19), das 8h às 20h, na Câmara Municipal de Vereadores. A entrada é franca. A diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares (FCP), Carolina Nascimento, participará do evento.
A Feirarte é promovida pelo Centro de Referência da Juventude de Goiás (CRJ) e pelo Fórum de Entidades Frente Afro. Na ocasião, haverá atividades socioculturais como orientação jurídica, troca e venda de produtos, atendimento psicossocial, rodada de negócios, emissão de documento de identidade e carteira de trabalho, corte de cabelo e apresentações de bandas, hip hop e capoeira.
No evento, ainda ocorrerá o lançamento do Cartão Afrocard pela Associação de Empresários e Empreendedores (Ascenda). Com bandeira Visa, o Afrocard tem como objetivo fortalecer o afro-empreendedorismo comunitário. Em homenagem ao Mês da Mulher, cem mulheres de comunidades negras e povos tradicionais receberão homenagem. Outro ponto alto será um debate com várias entidades para tratar de temas como a implementação em Goiás do Observatório de Direitos Humanos para a Comunidade Negra e Povos Tradicionais e da criação de uma delegacia especial para combate ao racismo e intolerância religiosa.
Planejamento Estratégico da Fundação Palmares para o biênio entra em vigor
O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta sexta-feira (16) a Portaria nº 56, assinada pelo presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira. O documento aprova o Planejamento Estratégico da instituição para o período de 2018 a 2019, que será realizado por meio do Mapa Estratégico.
O Planejamento Estratégico da FCP deve necessariamente adotar como referência para suas diretrizes, além do Mapa Estratégico, a missão, a visão, os valores, as perspectivas, os objetivos estratégicos, os indicadores e os projetos estratégicos. A Fundação Palmares tem como missão transformar a cultura afro-brasileira em um caminho para promover o desenvolvimento sócio-econômico da população negra. Como visão, a FCP pretende se consolidar como instituição de referência para articulação, formulação e execução de políticas para a cultura negra até 2020. Entre seus valores, se destacam o combate ao racismo, o respeito à diversidade e o exercício da plena cidadania. O Mapa Estratégico comunica as principais linhas de atuação da entidade.
Já nos projetos estratégicos, a Fundação Palmares irá desenvolver neste biênio iniciativas como a Virada Afro-Cultural, o Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil e a Palmares Itinerante. A Virada Afro abrange uma programação de natureza social, educativa, empreendedora e artística. O Conhecendo Nossa História leva o ensino da cultura afro e a discussão de temas importantes às escolas. A Palmares Itinerante estabelece nos municípios o diálogo entre seus representantes, do poder público em geral e da sociedade civil, ouvindo reivindicações e atendendo a demandas.
De acordo com a Portaria 56, o Planejamento Estratégico da Palmares prevê instrumentos para avaliação do desempenho, como implementação de indicadores para aferir resultados e reuniões de análise estratégica.
Milhares de pessoas vão às ruas no Brasil e no exterior em memória de Marielle Franco
Milhares de pessoas saíram às ruas no Brasil e no exterior em protesto contra o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, na quinta-feira (15). Os crimes ocorreram no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (14). No bairro do Estácio, o veículo que transportava a parlamentar, motorista e uma assessora foi alvo de disparos originados de outro carro. A assessora sobreviveu, apenas ferida por estilhaços, mas Marielle e Anderson morreram na hora.
Um misto de tristeza e revolta marcou as manifestações. Faixas e gritos da multidão exaltaram a vereadora com a frase ¨Marielle Presente”. No Rio, milhares de pessoas foram em passeata pelo centro da cidade. O cantor e compositor Chico Buarque compareceu ao protesto e homenageou a ativista. Em São Paulo, outras milhares de pessoas se dirigiram à Avenida Paulista para prestar solidariedade a Marielle e Anderson.
Pacificamente, por todo o país, houve manifestações em memória às vítimas do atentado. Entre as cidades com esses eventos estiveram Brasília, Teresina, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Belém, Manaus, Maceió e Porto Alegre. No exterior, ocorreram atos em cidades como Nova York e Lisboa.
Membros do Parlamento Europeu e a Organização das Nações Unidas (ONU) também expressaram condolências aos mortos. O caso alcançou repercussão internacional, com reportagens em veículos como BBC, Reuters e The New York Times. Pelas redes sociais, populares e celebridades lembraram da militância de Marielle Franco em defesa dos direitos humanos e se solidarizaram com amigos e familiares. Também ocorreram homenagens no Congresso Nacional, em Brasília. O presidente Michel Temer pediu um minuto de silêncio em uma solenidade e ainda gravou um vídeo para as redes sociais classificando os crimes como “ataques ao estado de direito”. No Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros também se solidarizaram com as vítimas.
Os homicídios da parlamentar e do motorista estão sendo investigados pela Polícia Civil do Rio. O trabalho tem apoio de órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Embora não haja muitas informações divulgadas, para não atrapalhar as investigações, a tese da execução é certa. Sabe-se que Marielle Franco tinha postura firme de denúncia tanto de abusos cometidos por policiais quanto do domínio opressivo de milicianos em determinadas regiões cariocas.
Site da Fundação Palmares registra quase 900 mil acessos em 2017
Levantamento realizado pelo Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) da Fundação Cultural Palmares (FCP) mostra que em 2017 o site da instituição (www.palmares.gov.br) alcançou quase 900 mil acessos. O número é mais do que o dobro do registrado em 2016.
Acreditamos que esta repercussão extremamente positiva junto à sociedade tenha a ver com nossa prioridade em informar o cidadão sobre as nossas políticas voltadas para promoção da mobilidade social da população afro-brasileira. Além disso, destacamos em nosso site o caráter de levar conteúdos diversificados sobre a cultura e as tradições do povo negro.
Agradecemos a todos que nos prestigiam e depositam sua confiança em nosso trabalho.
Erivaldo Oliveira participa de agendas no Rio e em São Paulo
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, participa de uma agenda intensa de eventos. Na terça-feira (13), ele esteve no Rio de janeiro para discutir com empresas a possibilidade de implementação de projetos de sustentabilidade na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL). A reunião também teve presença da chefe do Gabinete do ministro, do Ministério da Cultura (MinC), Claudia Pedrozo. –
Nesta quarta-feira (14), Erivaldo Oliveira participa, em São Paulo, da segunda edição do Encontro Matriz Cultural. O objetivo do evento, que acontece na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, é promover o diálogo entre grandes empresas e produtores culturais.
Nota de pesar: Auristela Sá
A Fundação Cultural Palmares (FCP) lamenta o falecimento da atriz baiana Auristela Sá, que integrava o Bando de Teatro Olodum. Ela morreu na madrugada desta terça-feira (12), em Salvador, em consequência de um câncer de pulmão. O corpo está sendo velado no Lar Franciscano e será enterrado no Cemitério da Saudade, no município de Alagoinhas, terra natal da artista.
Auristela ingressou no Bando de Teatro Olodum no espetáculo Bai, Bai, Pelô, o terceiro da trupe. Desde então, participou de praticamente todas as peças da companhia soteropolitana. Neste momento de tristeza para as artes cênicas da Bahia e do Brasil, nos solidarizamos com os familiares, amigos, colegas de trabalho e fãs do carisma e talento de Auristela.
Comitê Gestor da Serra da Barriga toma posse no dia 27 de março
Após o reconhecimento da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul, em 2017, o próximo passo a ser dado é a implantação do seu Comitê Gestor, que toma posse no próximo dia 27, em Maceió. Na ocasião, haverá ainda o lançamento do Dossiê que embasou a Candidatura da Serra ao título de Patrimônio Cultural do Mercosul. A cerimônia acontecerá às 17h30, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas (Rua Sá e Albuquerque, 157, Jaraguá).
O Comitê Gestor será composto por representantes das três esferas de poder público e da sociedade civil. Terá como função desenvolver diretrizes para promover o turismo sustentável no Parque Memorial Quilombo dos Palmares e no seu entorno, no município de União dos Palmares (AL). A Fundação Cultural Palmares (FCP), responsável pela gestão da Serra, propriedade da União, é uma das instituições que participam do Comitê. Além dela, fazem parte a prefeitura de União dos Palmares, o Governo de Alagoas, o Iphan, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).
Já o Dossiê tem edição bilíngue, em português e espanhol. A publicação reúne fotos, gráficos, mapas, informações históricas, dados geográficos, questões legais, aspectos culturais religiosos e diretrizes de gestão.
No dia 28, a partir das 9h, também na sede do Iphan/AL, será realizada a 1ª Reunião do Comitê Gestor da Serra da Barriga. Ao longo do dia, haverá discussões sobre questões como plano de trabalho, diretrizes de gestão e projetos a serem desenvolvidos. Ao fim da reunião, os membros estabelecerão uma agenda de trabalho para 2018.
Menores aprendizes conhecem sede da Fundação Palmares
Setenta menores aprendizes da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) visitaram a sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília, nesta sexta-feira (9). Os rapazes tiveram oportunidade de conhecer as exposições em homenagem ao Mês da Mulher.
Além de prestigiarem as mostras, receberam como presente publicações do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Fruto de parceria da Palmares com o Ministério da Educação (MEC), a iniciativa dissemina o estudo da cultura afro nas escolas do país. Já os professores que acompanhavam os menores ganharam kits do Prêmio Oliveira Silveira. Resultado de edital da Fundação Palmares, o pacote reúne cinco livros com temáticas afro.
Viva as mulheres!
Hoje, 8 de março, comemora-se uma data para lá de especial. Celebramos o Dia Internacional da Mulher. Dia da mulher trabalhadora, mãe, artista, intelectual, guerreira, aquela que marca presença nos momentos mais importantes das nossas vidas e do nosso país o ano inteiro.
Porém, queremos mais para as mulheres. Que elas ocupem cada vez mais os principais espaços de decisão no Brasil, seja nas diversas esferas do poder público, seja na iniciativa privada.
Precisamos de cada vez mais mulheres tomando decisões que influenciem nosso futuro e nossos rumos. Para isso, devemos enfrentar o preconceito, a discriminação e o racismo, dando condições de igualdade a todas.
Que esta data nos inspire sempre a lutar por uma nação mais justa. Parabéns a todas as mulheres do Brasil e do mundo. É o que deseja de coração a Fundação Cultural Palmares.
Fundação Palmares lamenta morte de Davi Lannes, do AfroReggae
A Fundação Cultural Palmares (FCP) lamenta a morte do baixista Davi Lannes, integrante do bloco carioca AfroReggae, na madrugada da última terça-feira (6).
Davi e a namorada, Carla Oliveira, voltavam de um show na Lapa, na região central do Rio de Janeiro. Após encostar em um poste, na Central do Brasil, o músico sofreu uma descarga elétrica fatal. Não bastasse a tragédia, após presenciarem a morte do instrumentistas, bandidos roubaram pertences dele e da namorada.
Neste momento de dor, a Fundação Palmares se solidariza com a família, amigos, admiradores do seu trabalho e os companheiros de Davi no AfroReggae. A FCP também lamenta que num instante terrível como o da morte de um ser humano, ao invés de prestarem solidariedade, pessoas se aproveitem da fatalidade para cometer um crime. Pedimos a apuração tanto dos culpados pelo roubo quanto da responsabilidade pela manutenção do equipamento que causou a tragédia.
Nossos sentimentos!
Fundação Palmares homenageia mulheres em alto estilo
A comemoração da Fundação Cultural Palmares (FCP) em homenagem ao Mês da Mulher, nesta quarta-feira (7), em Brasília, foi um verdadeiro sucesso. O auditório da instituição lotou, com a presença de cerca de 250 mulheres, de várias faixas etárias, que compareceram para prestigiar as rodas de diálogo, apresentações culturais, exposição de fotografias e lançamento de livros.
O evento teve presença do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, e do secretário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do governo federal, Juvenal Araújo. A FCP e a Seppir realizaram a programação em parceria, com apoio do Ministério da Cultura (MinC). Outra convidada foi a atriz, escritora, roteirista, youtuber e defensora das Mulheres Negras na Organização das Nações Unidas (ONU), a carioca Kenia Maria. A sambista baiana-fluminense Dhi Ribeiro, campeã da última edição do programa The Voice Brasil, encerrou o evento com uma interpretação à capela de Canto das Três Raças, sucesso de Clara Nunes nos anos 70.
O encontro teve início com uma fala da chefe de Divisão de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP, Adna Santos, também conhecida como Mãe Baiana. A líder religiosa agradeceu à presença do público e leu um texto sobre Iansã, divindade das religiões de matriz afro. Mãe Baiana comparou as características de guerreira de Iansã com o caráter batalhador da mulher negra brasileira. Em seguida, outras lideranças religiosas femininas saudaram a plateia e entoaram cânticos.
Tá Bom pra Você?
Kenia Maria destacou em seu discurso a importância do combate permanente ao racismo e da inclusão da população negra nos principais espaços do país. Ela contou que há cinco anos criou com a filha, a atriz Gabriela Dias, o canal Tá Bom pra Você?, no YouTube, justamente para questionar, por meio de uma novela, a ausência dos negros na mídia e nas campanhas de marketing. A palestrante criticou duramente o meio artístico, acusando-o de racista. “A arte no Brasil poderia mostra uma visão diferente do negro, mas prefere perpetuar os estereótipos”, comentou.
Kenia se emocionou ao lembrar da agressão que ela a filha sofreram há exatamente uma semana, em um shopping no Rio de Janeiro. Elas foram assediadas e ofendidas por um turista polonês. As duas registraram queixa na delegacia do bairro de Botafogo, onde o episódio ocorreu. “O pior de tudo é que ele pagou pouco mais de R$ 900 e saiu livre para curtir o final do verão carioca. Na audiência de conciliação, ele, em tom de deboche, veio me pedir perdão e eu falei que não o perdoava”, contou Kenia Maria. Ela encerrou seu discurso em tom de valorização das mulheres. “Somos todas rainhas!”, exclamou.
Mulheres na mídia e no mercado de trabalho
As rodas de diálogos tiveram dois temas. A primeira, Mulheres e Mídia, contou com Marília Marques, jornalista do portal de notícias G1; Cristiane Sobral, escritora; Edileuza Penha, documentarista; e a trans Rosa Luz, artista multimídia criadora do canal Barraco da Rosa. Marília abordou sua trajetória de estudante e profissional de imprensa, revelando que procura inserir um olhar diferenciado em coberturas como a do recente julgamento da titulação de terras quilombolas no Supremo Tribunal Federal (STF), ouvindo o lado da população e não apenas as questões políticas. Rosa Luz falou do preconceito sofrido por ser negra, trans e da periferia, mas destacou que a trajetória artística lhe ajudou a conquistar espaço na sociedade. Já Cristiane Sobral rememorou sua trajetória pessoal no curso de artes cênicas e a criação em Brasília de uma companhia de teatro só com atores negros, vencendo obstáculos em um meio com enorme exclusão racial.
A segunda roda de diálogo teve como tema A Mulher no Campo da Gestão Pública e Privada. Participaram a autônoma Adeni Santana, a empresária Adriana Ribeiro, a procuradora da Advocacia Geral da União (AGU) Kizzy Collares Antunes, a quilombola e gestora de Goiás Lucilene Santos e a ialorixá Francesly de Oyá. Esta mesa foi extremamente marcada por relatos do dia a dia profissional e da vivência destas mulheres entre a necessidade da sobrevivência e a luta constante por um espaço, enfrentando a discriminação e o preconceito.
Empoderamento
Na opinião do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, eventos desse tipo contribuem para promover a reflexão sobre o papel feminino e da mulher negra na sociedade brasileira. “A mulher negra precisa ocupar os principais postos estratégicos do nosso país, tanto no setor público quanto no privado, tomando decisões que influenciem no nosso destino”, ressaltou Erivaldo.
Para Juvenal Araújo, a parceria entre a Seppir e a FCP nesse tipo de evento só contribui para o empoderamento da mulher negra no Brasil. “Infelizmente as afro-brasileiras ainda ganham salários menores, têm menos oportunidades de emprego e são as maiores vítimas da violência sexual e do feminicídio. Temos que discutir com a Justiça e o Ministério Público como tornar mais céleres os processos que vitimam as mulheres negras e desenvolver políticas que transformem a realidade delas”, destacou Juvenal Araújo.
Menores aprendizes
Parte da plateia foi composta por cem meninas menores aprendizes da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi). “Estamos participando de uma programação voltada à Semana da Mulher e este evento da Palmares veio de encontro aos temas que estamos discutindo com essas jovens, como o empoderamento feminino e a luta contra o preconceito”, observou a instrutora da rede Ana Clara Pereira.
Ana Paula Miranda, de 16 anos, subiu ao palco para dar um depoimento sobre a condição de mulher negra. Ela afirmou ter ficado maravilhada com o que ouviu. “Já sofri com o racismo. É muito triste, mas esse tipo de incidente nos dá força para aprendermos e seguirmos com mais força. Hoje eu incorporei cada uma das histórias que escutei aqui”, disse.
Gabriela de Sousa, de 16 anos, também se empolgou com a programação. “Achei fantástico. Realmente as mulheres negras precisam ocupar os principais espaços da nossa sociedade. Temos que lutar por isso”, frisou.
O cerimonialista Edirley Martins, que articulou a vinda das adolescentes ao evento, fez um balanço positivo da tarde. “Foi incrível. Grande participação do público e um enorme aprendizado vindo das mesas”, sintetizou Edirley.
No encerramento, Renata Nogueira lançou o livro Irmandades Negras: Reconhecimento e Cidadania. A publicação traz a dissertação de mestrado no curso de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB) que venceu o II Concurso Nacional de Pesquisa sobre Cultura Afro-Brasileira, realizado pela Fundação Palmares.
Coordenadora do projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha visita Palmares
A jornalista, pesquisadora, escritora e coordenadora do projeto Quilombos do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, Evanize Sydow, visitou a Fundação Cultural Palmares (FCP) nesta terça-feira (6). Ela se reuniu com o presidente da instituição, Erivaldo Oliveira.
O projeto coordenado por Evanize registrou manifestações culturais e a história das comunidades quilombolas do Jequitinhonha. Na conversa, ela apresentou os resultados da iniciativa a Erivaldo Oliveira e pediu apoio da FCP para montar uma exposição. A pesquisadora também mostrou ao presidente as biografias que escreveu sobre os religiosos Frei Betto e Dom Paulo Evaristo Arns.
Comunidades do Sertão Cabugi (RN) realizam quarto encontro
No dia 17 de março já está marcado o 4º Encontro de Comunidades Quilombolas do Sertão Cabugi. O evento será realizado na Comunidade Quilombola de Livramento, em Angicos, no Rio Grande do Norte, das 9h às 15h.
Participam lideranças quilombolas e membros das comunidades da própria Livramento e de Aroeira, do município de Pedro Avelino; e de Curralinho e de Cabeço dos Mendes, de Afonso Bezerra. A programação é aberta à sociedade.
O encontro faz parte de uma série que tem por objetivo mobilizar as comunidades, com a definição de estratégias pela luta da autoafirmação. A iniciativa também tem a finalidade de discutir e avançar sobre o projeto de certificação das comunidades junto à Fundação Cultural Palmares (FCP) e, consequentemente, no processo de titulação das terras, a cargo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Até o momento já foram certificadas três comunidades: Aroeira, Curralinho e Cabeço dos Mendes. A previsão é de que Livramento seja a próxima.