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Mano Brown
Mano Brown, Pedro Paulo Soares Pereira, nasceu em 1970 no Capão Redondo (SP) e fundou os Racionais MC’s em 1988. Com clássicos como "Raio X do Brasil" e "Sobrevivendo no Inferno", levou o rap das periferias ao debate nacional. Versátil, cruzou hip hop, funk e samba, denunciou racismo e desigualdade e lançou o solo "Boogie Naipe" em 2016. Produziu documentários e projetos sociais e tornou-se referência maior do hip hop brasileiro, citado entre os 100 maiores músicos pela Rolling Stone.
Maria Bethânia
Maria Bethânia, nascida em Santo Amaro (BA), em 1946, é uma das maiores intérpretes da música brasileira. Irmã de Caetano Veloso, estreou nos palcos em 1963 e despontou em 1965 com "Carcará". Protagonista do movimento tropicalista, lançou dezenas de álbuns, misturando música, poesia e religiosidade. Seu canto visceral e sua presença cênica fizeram dela símbolo da força feminina, nordestina e artística do país.
Maria de Lourdes Siqueira
Maria de Lourdes Siqueira, conhecida como professora Lourdinha, nasceu em 1937 no quilombo Matões dos Moreira (MA) e tornou-se referência na antropologia afro-brasileira. Estudiosa dos orixás e do candomblé, atuou na Fundação Cultural Palmares e formou gerações de intelectuais. Publicou obras essenciais sobre identidade, ancestralidade e luta quilombola. Combateu o racismo com rigor acadêmico e sabedoria ancestral, marcando a história intelectual do Brasil negro.
Maria Laurinda Adão
Maria Laurinda Adão, nascida em 1943 no quilombo Monte Alegre (ES), é parteira, líder espiritual e mestra do caxambu. Com mais de cem partos realizados e atuação como coveira voluntária, preserva a cultura afro-capixaba há décadas. Lidera o grupo Caxambu Santa Cruz, reconhecido pelo IPHAN como Patrimônio Cultural. Recebeu títulos como Patrimônio Vivo de Cachoeiro e inspirou o documentário "Todas as Faces de Maria". Aos 81 anos, ainda acende a fogueira sempre que a comunidade chama.
Maria Neném
Maria Genoveva do Bonfim nasceu no Rio Grande do Sul em 20 de janeiro de 1865 e desembarcou em Salvador ainda criança. Foi iniciada por Roberto Barros Reis e recebeu o título de Mam’etu Tuenda dia Nzambi, cargo que transformou em centro de poder espiritual. Fundou o Terreiro Tombenci, que deu origem a Tumba Junçara, Bate Folha, Tanuri Junçara e Awziidi Junçara, núcleo de resistência congo-angola. Consolidou a linhagem do inquice Caviungo, preservando toques, cânticos e ritos que desafiaram proibições coloniais. Liderou a expansão dessa nação com D. Mariquinha de Lembá, unindo comunidades rurais e urbanas. Introduziu práticas de cura coletiva e acolhimento a ex-escravizados. Estabeleceu redes de comércio de ervas sagradas que atravessaram quilombos. Em 1935 inaugurou a primeira escola de iniciação para mulheres no terreiro. Faleceu em 1945, deixando o legado reconhecido como alicerce da religiosidade afro-baiana.
Marielle Franco
Vereadora do PSOL eleita em 2016 com 46 502 votos, Marielle era socióloga formada pela PUC‑Rio e mestre em Administração Pública pela UFF. Militante dos direitos humanos, presidiu a Comissão da Mulher na Câmara Municipal do Rio, denunciou abusos policiais em favelas e defendeu mulheres negras, LGBTQIA+ e moradores de periferia. Seu assassinato em 14 de março de 2018 provocou comoção global e deu origem ao Instituto Marielle Franco, que mantém seu legado de combate à violência e à desigualdade.
Martha Rosa Figueira Queiroz (Alafin Oyó)
Historiadora e doutora em História pela UnB, Martha Rosa Figueira Queiroz tem vasta experiência em cultura, política e questões étnico-raciais. Ela atuou como chefe de gabinete da Fundação Cultural Palmares, onde contribuiu para a consolidação da instituição como órgão formulador de políticas afirmativas. Martha Rosa também participou ativamente do movimento negro pernambucano e produziu estudos sobre interculturalidade e imprensa negra. Sua atuação reflete um compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira e a luta por um Brasil mais justo e igualitário.
MC Carol
Carol Soares de Oliveira, nascida em Madureira (RJ), é voz potente do funk carioca. Estourou com “Marginal” e “Banda da Morte”, unindo batidas intensas a críticas sociais da favela. Autêntica e engajada, transformou seu microfone em megafone dos direitos das mulheres e comunidades periféricas. Além dos hits, apresenta o podcast Carol Explica sobre racismo, sexismo e políticas públicas. Fez parcerias com Emicida e Di Ferrero e, em 2024, lançou o EP Voz de Favela, reafirmando-se como porta‑voz da periferia.
MC Marcinho
Márcio André Nepomuceno Garcia, o “Príncipe do Funk”, tornou-se ícone do funk melody após o sucesso precoce de “Rap do Solitário”. Hits como “Glamurosa” e “Princesa” mesclaram batidas dançantes a letras românticas, inspirando uma geração de MCs nos anos 1990 e 2000. Mesmo enfrentando desafios pessoais, seu estilo suave e carisma deixaram legado duradouro na cena do funk brasileiro.
Michael Jackson
Cantor, dançarino e compositor norte‑americano conhecido como “Rei do Pop”, Michael Jackson alcançou estrelato ainda jovem nos Jackson 5 e redefiniu a música pop com Thriller (1982), o álbum mais vendido da história. Inovador no videoclipe e criador do icônico “moonwalk”, suas performances e melodias de “Billie Jean” a “Beat It” influenciaram gerações. Além de seu impacto artístico, seu trabalho filantrópico e humanitário solidificou um legado global incomparável.
Michelle Obama
Advogada formada em Sociologia pela Princeton e em Direito por Harvard, foi a primeira‑dama dos EUA de 2009 a 2017. Como advogada em Chicago, conheceu Barack Obama e, já na Casa Branca, liderou programas de saúde, educação e apoio a militares, além de discursar em três Convenções Democratas, consolidando‑se como referência global de liderança feminina. Após 2016, lançou o best‑seller Becoming, tornou‑se produtora executiva na Netflix e fundou a rede Girls Opportunity Alliance, dedicada à educação de meninas ao redor do mundo. Sua atuação contínua em causas de equidade racial e empoderamento feminino faz dela uma voz influente no debate público internacional.
Milton Gonçalves
Com mais de seis décadas de carreira, foi ator, diretor e dramaturgo formado no Teatro de Arena. Protagonizou novelas da Globo, foi o primeiro ator negro premiado no Emmy Internacional e, em 1994, candidato ao governo do Rio. Além de seu trabalho artístico, foi vice‑presidente da União Brasileira de Artistas e engajou‑se em campanhas de políticas culturais que ampliaram o acesso às artes para periferias. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural em 2017, deixando um legado de portas abertas para novas gerações de talentos negros.
MV Bill
Rapper e ativista criado na Cidade de Deus‑RJ, ganhou destaque em 2005 com o álbum Cidadão do Mundo, trazendo nas letras denúncias de desigualdade e violência. Autor de Cabeça de Porco e Falcão – Meninos do Tráfico, fundou projetos sociais em favelas e, em 2019, lançou o documentário Cidade de Deus – 20 Anos Depois, reafirmando seu compromisso com a memória e o futuro da comunidade. Em 2008, cofundou o Instituto Nós por Nós, promovendo oficinas de música e empreendedorismo para jovens em áreas de vulnerabilidade. Hoje também produz conteúdo audiovisual e atua como consultor de políticas públicas voltadas à cultura urbana.
Naná Vasconcelos
Percussionista pernambucano que levou o berimbau e a percussão afro‑brasileira ao jazz mundial, tocando com Don Cherry, Egberto Gismonti e Pat Metheny. Criou a abertura do Carnaval de Recife e Olinda, venceu oito Grammys de World Music e recebeu a Ordem do Mérito Cultural. Atuou como compositor de trilhas sonoras para cinema e arte‑educador em projetos de ressocialização pelo ritmo. Sua pesquisa sobre ritmos afro‑nordestinos inspirou gerações de músicos e consolidou o berimbau como instrumento de palco internacional.
Nefertari
Grande esposa real de Ramsés II, Nefertari foi uma das rainhas mais influentes do Egito Antigo. Educada, diplomata e culta, ela participou de negociações e foi homenageada com um templo em Abu Simbel. Seu túmulo é um dos mais luxuosos, o que a torna símbolo de poder feminino, beleza e inteligência. Ela é um exemplo da força e da influência das mulheres no poder, e deixou um legado duradouro na história egípcia. Nefertari foi uma parceira essencial no reinado de Ramsés II, e reflete o ideal de uma consorte real sábia e ativa.
Nefertite
Rainha do Egito e esposa principal do faraó Aquenáton, Nefertite foi cofundadora do culto monoteísta a Aton. Seu nome significa “a bela chegou” e seu busto é um dos ícones mais famosos da arte egípcia. Ela é lembrada por sua beleza, influência política e papel central na revolução religiosa de Amarna. Sua figura enigmática e seu papel na corte de Amarna continuam a fascinar historiadores e entusiastas do Egito Antigo. A beleza de Nefertite, aliada à sua inteligência, a tornou uma das figuras femininas mais icônicas da antiguidade.
Nego Bispo
Filósofo quilombola que fundou o Quilombo Saco do Curtume no Piauí e articulou comunidades em defesa da terra e da ancestralidade afro‑pindorâmica. Criou conceitos como contracolonialismo e cosmofobia para questionar a hegemonia do saber ocidental. Foi autor de obras fundamentais que circulam em cursos de decolonialidade e inspiração para lideranças negras. Participou de conferências nacionais e internacionais, defendendo autonomia quilombola e justiça territorial. Seu legado de escrita oral e política inspira novas gerações de ativistas e pesquisadores.
Negro Cosme
Líder da Balaiada (1838–1841) que ergueu o maior quilombo maranhense na fazenda Tocanguira, organizando escola, lavouras e um exército de três mil homens. Autodenominado “Dom Cosme, Imperador da Liberdade”, enfrentou opressão imperial até sua captura em 1841. Sua estratégia de autogoverno comunitário tornou‑se referência em resistência escrava. Inspira hoje projetos de história pública e reconstituições culturais no Maranhão. É celebrado em documentários e festivais como símbolo de luta por liberdade.
Neguinho da Beija-Flor
Maior puxador de samba‑enredo da Beija‑Flor, eternizou o bordão “Olha a Beija‑Flor aí, gente!” e conduziu a escola em desfiles históricos de 1976 a 2025, sempre de graça por gratidão. Venceu seis vezes o Tamborim de Ouro e o Estandarte de Ouro, e participou de gravações e shows pelo Brasil. Reconhecido por voz potente e carisma, influenciou toda a geração de intérpretes de Carnaval. Seu arquivo pessoal está sendo digitalizado pelo Museu do Samba. Permanece ícone vivo da cultura carioca.
Neguinho do Samba
Criador do samba‑reggae ao revolucionar a percussão do Olodum em 1984, mesclou samba de roda e reggae jamaicano em “Faraó” e levou o ritmo ao mundo, atraindo Michael Jackson para gravações no Pelourinho. Fundou a Escola Didá, formando gerações de percussionistas e fortalecendo a autoestima negra. Colaborou com Paul Simon e Jimmy Cliff, projetando a música baiana globalmente. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural em 2004. Seu legado mantém o samba‑reggae pulsando em carnavais e palcos internacionais.