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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 17/12/2025 13h25

Edital Prêmio Palmares de Arte prorroga inscrições

Os interessados têm até o dia 4 de outubro próximo para apresentar suas propostas
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Publicado em 20/09/2024 10h33 Atualizado em 04/11/2024 14h47

A Fundação Cultural Palmares decidiu prorrogar o prazo de inscrições da IV Edição do Prêmio Palmares de Arte. Com a prorrogação, os demais prazos constantes do edital Nº 04/2024 também foram alterados. Veja, abaixo, o texto completo da retificação e aproveite a oportunidade!

A FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES torna pública a RETIFICAÇÃO do Edital nº 04/2024 – IV Edição Prêmio Palmares de Arte, publicado em 22 de agosto de 2024, Edição nº 162, Seção 3, página 12.

Art. 1º. O Anexo I – Cronograma fica alterado na seguinte forma:

Publicação do edital: 22/08/2024 (extrato DOU)

Início do período de inscrições: às 09h00 do dia 22/08/2024

Fim do período de inscrições: às 18h00 do dia 04/10/2024

Fase de análise das iniciativas culturais pela Comissão de Seleção: 09/10/2024 a 07/11/2024

Divulgação do resultado preliminar de seleção: 12/11/2024

Fase de recursos ao resultado preliminar de seleção: 14/11/2024 a 19/11/2024

Prazo de contrarrazões: 21/11/2024 a 22/11/2024

Fase de análise dos recursos ao resultado preliminar de seleção: 25/11/2024 a 27/11/2024

Divulgação do resultado final de seleção: 29/11/2024

Fase de habilitação: 02/12/2024 a 09/12/2024

Divulgação do resultado preliminar de habilitação: 11/12/2024

Fase de recursos ao resultado preliminar de habilitação: 12/12/2024 a 16/12/2024

Fase de análise dos recursos ao resultado preliminar de habilitação: 17/12/2024 a 19/12/2024

Publicação do resultado final: 26/12/2024

Fase prevista de início do pagamento: 27/12/2024

Art. 2º Permanecem inalteradas as demais condições estabelecidas no edital, divulgadas no https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/sai-a-iv-edicao-do-premio-palmares-de-arte portal eletrônico da entidade e na plataforma eletrônica www.prosas.com.br.

Clique aqui para acessar o Edital Completo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares e UnB “conversam” sobre intercâmbio

Docente da UnB visita biblioteca da Palmares para integração entre as instituições
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Publicado em 23/09/2024 16h11

A coordenadora da Biblioteca Oliveira Silveira da Fundação Cultural Palmares, Marcela Costa, recebeu, quarta-feira última (17), a visita da professora Marijara Souza Quiroz, coordenadora do curso de Museologia da Universidade de Brasília (UnB).  

O encontro abriu portas para colaborações, com vistas a fortalecer as iniciativas da Fundação, especialmente no que tange à integração entre a biblioteca e o curso de Museologia, ampliando as possibilidades de preservação e difusão da cultura afro-brasileira. 

Durante a visita, a professora da UnB falou sobre a importância de identificar e tratar as coleções museológicas, que foram negligenciadas na gestão anterior e representam a arte, a cultura quilombola e a memória ancestral. 

A docente alertou para o fato de que a perda de informações compromete o referenciamento geográfico dos quilombos, a identidade dos detentores de saberes e o significado dos objetos, fragmentos de uma memória cultural invisibilizada, contribuindo para o silenciamento de grupos sociais. 

Por fim, ressaltou a importância de a população negra e afrodescendente se apropriar do espaço multicultural da Fundação Palmares e de outros locais com temáticas similares, reforçando a formação afrocentrada e o reconhecimento identitário. 

Marcela Costa, por sua vez, expressou o orgulho por liderar a gestão de setor tão significativo. "Estar à frente deste projeto é motivo de grande satisfação. Cada página, cada peça do acervo, é uma janela para a história e a resistência do povo africano e afro-brasileiro", comentou. 

Com um acervo que inclui livros, folhetos, periódicos, cartazes e materiais museológicos, como arte quilombola, palharia, cerâmica, telas e conteúdo audiovisual, a biblioteca se consolida como um dos principais centros de pesquisa sobre a cultura afro-brasileira. 

A iniciativa está em consonância com a missão da Palmares, pois valoriza a conexão com o meio acadêmico para preservar e disseminar a memória cultural afro-brasileira, promovendo o reconhecimento da herança africana como combustível para uma sociedade justa e inclusiva. 

Saiba mais: 

A biblioteca leva o nome do poeta e militante Oliveira Silveira, figura central no Movimento Negro brasileiro. Silveira foi o idealizador do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, ao lado do Grupo Palmares de Porto Alegre, nos anos 1970.  

O legado de Oliveira Silveira é marcado por obras literárias que exaltam a cultura negra, a exemplo do poema Germinou (1962) e outros importantes títulos, como Banzo, Saudade Negra (1970), Décima do Negro Peão (1974) e Roteiro dos Tantãs (1981). 

Serviço:  

Está disponível para consulta pública online no site a listagem completa do acervo bibliográfico sobre cultura negra e a história da Diáspora Africana: https://www.gov.br/palmares/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/lista-de-livros-atualizada-8-8-2024-1.pdf

Para consultas presenciais, o atendimento ao público ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. 

Cultura, Artes, História e Esportes

Alcântara é um exemplo claro de que é possível construir um Brasil mais justo

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Publicado em 23/09/2024 17h16
O presidente Lula, em conversa com os quilombolas de Alcântara
O presidente Lula, em conversa com os quilombolas de Alcântara. Crédito: Foto: Ricardo Stuckert

João Jorge Rodrigues* 

Foi um dia de grande emoção, o da visita à comunidade quilombola de Alcântara, no Maranhão. As comunidades quilombolas de lá lutam há mais de 40 anos para garantir seus direitos em relação à base aérea espacial instalada naquela região. Essas comunidades, historicamente ali presentes, enfrentaram uma profunda transformação no território com a chegada da base, o que lhes impediu de pescar, plantar e, em muitos casos, os forçou a deixar suas casas. Essa resistência durou quatro décadas. 

No ano passado, o Ministério da Advocacia-Geral da União (AGU) compareceu a um encontro internacional em que o Brasil foi responsabilizado por essa ocupação desordenada. Em resposta, o ministro da AGU afirmou que não se colocaria contra os quilombolas e propôs um acordo envolvendo o Ministério da Defesa e as empresas ligadas à base, com o objetivo de garantir que as comunidades quilombolas permanecessem no local e tivessem acesso a direitos básicos, como saúde, educação, cultura, entre outros. A construção desse acordo começou no ano passado, com a participação de vários ministérios, incluindo o Ministério da Cultura (MinC), a Fundação Cultural Palmares e o Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro (DPA), liderado por Flávia Costa. 

Recentemente, esse esforço culminou em um acordo geral, liderado pelo ministro Jorge Messias, que anteriormente havia feito um acordo conosco no âmbito do AGU-Pró-Cultura, relacionado à renegociação de financiamentos. Ele, pessoalmente, convenceu o presidente da República a dialogar com diversos setores, incluindo o governador do Maranhão, Carlos Brandão, as comunidades quilombolas e o Ministério da Defesa. O resultado foi a assinatura desse acordo, um momento profundamente emocionante para todos os envolvidos. 

A visita ao território de Alcântara, com a presença de pessoas que dedicaram suas vidas à luta por direitos, foi um marco histórico. Senhoras e senhores que passaram décadas batalhando pelo direito de permanecer em suas terras, de plantar, de construir suas casas e de acessar serviços básicos como internet, finalmente puderam vislumbrar a realização desses direitos. O território é impressionante, com vastas áreas de terra e floresta, e sempre foi incompreensível que essas comunidades fossem impedidas de viver plenamente nesse local.  

Visitamos a base aérea de Alcântara e sobrevoamos as comunidades quilombolas. A partir do alto, foi possível observar a grandiosidade e as possibilidades de vida naquele território, contrastando com a longa história de restrições e privações. Encontrar as pessoas mais simples da comunidade, que mantiveram essa luta viva por tantos anos, foi uma experiência tocante. Muitos de nós, que viemos da militância no movimento negro e participamos dessa luta ao longo dos anos, nos emocionamos ao lembrar dos nossos antepassados, que sempre acreditaram na justiça dessa causa. 

Uma canção emblemática do Maranhão, chamada "Gaiola", do compositor Screte, ecoou na memória de muitos. Nos anos 80, essa música era um hino nas nossas marchas e lutas por direitos. A letra, que dizia "Gaiola não é prisão para negro", simbolizava a nossa resistência e o desejo de liberdade. Ao entoá-la em lugares como a Serra da Barriga, São Paulo, Rio, Bahia, essa música representava um grito de guerra, um chamado à ação. Ontem, na praça lotada de Alcântara, enquanto palmas eram dadas ao presidente e ao governo, ainda havia um receio de que essa conquista pudesse não se consolidar. Afinal, apesar da assinatura do acordo, o trabalho de garantir a implementação real dos direitos ainda está por ser feito. 

A partir de agora, o desafio é levar adiante as promessas feitas: garantir a chegada de programas como o Minha Casa Minha Vida, melhorar as estradas, levar internet 4G para a região, entre outros compromissos. A Fundação Cultural Palmares, fortemente ligada à questão quilombola desde sua criação, tem um papel fundamental nesse processo. Será necessário um esforço coordenado entre diversos ministérios para assegurar que as comunidades de Alcântara, a segunda maior comunidade quilombola do Brasil, comecem a ter acesso a direitos básicos, como educação, saúde e transporte. 

O 19 de setembro foi um dia que celebrou a cultura da libertação e da resistência. O Brasil, finalmente, começa a cumprir seus compromissos com essas comunidades que foram historicamente marginalizadas. Durante 40 anos, o Estado esteve ausente na vida desses brasileiros. Uma geração inteira cresceu sem a presença do Estado em suas vidas. A visita do presidente da República a esse território simbólico, uma área rural e quilombola, distante dos grandes centros, mostrou que o Estado pode e deve estar presente onde os brasileiros mais precisam, e não apenas nas capitais e nas grandes cidades. 

O presidente Lula se emocionou profundamente, assim como todos os presentes, ao testemunhar esse momento histórico. E, mais do que nunca, ficou claro que é possível construir um Brasil melhor e mais justo. A Fundação Palmares tem orgulho de estar presente nesses momentos de reconstrução do Brasil, desde o Cais do Valongo, a Serra da Barriga, até o Maranhão. Estamos em um novo ciclo, com muito trabalho pela frente. 

_______________________________

* João Jorge Rodrigues é presidente da Fundação Cultural Palmares 

Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares abriga lançamento de obras sobre vida(s) negra(s)

Os três lançamentos abrem projeto multicultural na casa da cultura afro-brasileira
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Publicado em 25/09/2024 19h02

Nesta sexta (27), acontece o lançamento, na Fundação Cultural Palmares, de três livros sobre cultura (ou vida) afro-brasileira: “Sitiado em Lagos: autodefesa de um negro acossado pelo racismo”, de Abdias Nascimento (1914-2011); “O Paradoxo africano: entre riquezas e miséria”, de Boaz Mavoungou; e “Mãe da liberdade: a trajetória da Ialorixá Hilda Jitolu”, de Valéria Lima.

A tarde literária será complementada pela “Roda de conversa Abdias Nascimento”, com depoimento dos autores, debate com o público e sessão de autógrafos – além da exibição de um vídeo sobre o autor de “Sitiado[...]”, um mais respeitados intelectuais e ativistas do movimento negro brasileiro.

O evento acontece nas novas instalações da Fundação Palmares, em Brasília, como parte da programação daquela que está sendo considerada a casa da cultura afro-brasileira, e marca a abertura do projeto “Palmares canta, conta e dança”, coordenado pelo diretor e presidente substituto Nelson Mendes.

OS LIVROS

“Sitiado em Lagos: autodefesa de um negro acossado pelo racismo”, lançado quatro décadas atrás, ganhou 2ª edição, revisada e ampliada, com apresentação de Elisa Larkin Nascimento, viúva do ex-senador, artista plástico, dramaturgo, ator, diretor, escritor e estudioso da questão negra e do pan-africanismo, entre outras atribuições e competências.

A obra é uma corajosa denúncia à perseguição política impingida pelo Itamaraty e pela ditadura militar a Abdias Nascimento. Não por acaso, a capa reproduz a máscara da rainha-mãe do reino do Benin, símbolo do II Festival Mundial de Artes e Cultura Negra e Africana, realizado em 1977, em Lagos (Portugal) cuja participação a ditadura tentou vetar a Abdias.

O outro destaque é “O paradoxo africano: entre riquezas e miséria”, de Boaz Mavoungou, que reflete sobre o contraste entre a riqueza natural da África e a pobreza que ainda aflige muitas de suas populações, questionando o legado nefasto do colonialismo e os desafios contemporâneos do continente.

Fechando a trilogia literária, “Mãe da liberdade: a trajetória da Yalorixá Hilda Jitolu”, da escritora Valéria Lima. Nele, a neta de Mãe Hilda Jitolu resgata a história de uma das mais importantes líderes espirituais do candomblé e sua contribuição para a preservação das tradições afro-brasileiras.

ENTREVISTAS

A Fundação Cultural Palmares entrevistou Elisa Larkin Nascimento, Valéria Lima e Boaz Mavoungou, respectivamente, guardiã do legado de Abdias Nascimento e autores dos livros “Mãe da liberdade: a trajetória da Ialorixá Hilda Jitolu” e “O Paradoxo africano: entre riquezas e miséria”, que estarão sendo lançados nesta sexta (27), na casa da instituição em Brasília.

São vozes repletas de reflexões sobre resistência, identidade e a força transformadora da cultura negra. Cada palavra dos entrevistados carrega vivências profundas e visões que nos instigam a pensar e, acima de tudo, agir. Se esses relatos mexerem com você (e vão...), imagine o impacto de estar com eles ao vivo, no dia 27!

Fica o convite para mergulhar nas histórias e trajetórias que desafiam o tempo e as narrativas impostas. Na Roda de Conversa Abdias Nascimento, parte do projeto Palmares Canta, Conta e Dança, você terá a oportunidade única de dialogar com os três intelectuais que rompem barreiras, constroem novos caminhos e iluminam a cultura afro-brasileira.

Nas entrevistas, você perceberá que elas têm o poder de despertar algo profundo — não só em você, mas também em todos ao seu redor. Compartilhar essas histórias com amigos e colegas será o primeiro passo para ampliar essa rede de reflexões e fortalecer o compromisso com a valorização da cultura negra. Inspire-se, convide quem você sabe que deve estar presente, e prepare-se para um diálogo que continuará muito além desse momento.

As entrevistas estão no site. Role até “Notícias Palmares” e... Boa leitura!

O PROJETO

O projeto “Palmares canta, conta e dança” visa ressignificar os espaços da Fundação Palmares, por meio de iniciativas multiculturais, com a promoção de shows musicais, rodas de conversa, solos de dança, performances teatrais, exposições de artes visuais e exibição de vídeos e filmes sobre diversas temáticas negras, em diferentes formatos, em datas a serem divulgadas.

Venha celebrar conosco mais essa iniciativa de valorização da história, da cultura, da gente brasileira

SERVIÇO:

Data: 27 de setembro de 2024

Horário: 14h00 às 18h00

Local: Casa da Cultura Afro-brasileira – Setor de Autarquias Sul, Quadra 2, Asa Sul, Brasília/DF

Entrada: Gratuita


PROGRAMAÇÃO:

14h00 – Recepção do público

14h30 – Abertura, com Nelson Mendes, presidente substituto da Fundação Cultural Palmares

14h50 – Exibição de vídeo sobre Abdias Nascimento

15h00 – Coffee break

15h30 – Fala dos autores dos livros lançados

16h15 – Diálogo com o público

17h00 – Sessão de autógrafos

18h00 – Encerramento

Junte-se à Palmares! Compartilhe fotos, mensagens e vídeos sobre esse momento marcante para a cultura negra brasileira nas plataformas digitais, redes sociais e internet usando as hashtags #FundaçãoCulturalPalmares #PalmaresCantaContaEDança #CulturaAfroBrasileira #ResistênciaNegra #AfroBrasileiros.

Além disto, marque as seguintes contas nas mídias sociais:
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Cultura, Artes, História e Esportes

“O papel da cultura é fundamental na luta antirracista”

Em entrevista à Palmares, Larkin fala sobre a cultura negra como pilar de resistência
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Publicado em 25/09/2024 18h45

Pesquisadora e guardiã do legado de Abdias Nascimento, Elisa Larkin Nascimento oferece uma análise profunda sobre a interseção entre cultura e resistência antirracista. Suas reflexões sobre o Festac 77, o maior festival de cultura negra da história, revelam o poder da cultura como uma arma fundamental da luta pela autonomia e contra as tentativas de silenciamento.

O esforço de calar Abdias durante o festival, segundo Elisa, demonstra o quanto a cultura negra, quando organizada, é vista como ameaça. A cultura não apenas resiste — ela desafia, subverte e cria espaços nos quais as narrativas impostas perdem força. Ao traçar paralelos com os movimentos negros contemporâneos, destaca que, assim como nos anos 70, o racismo se reinventa para deslegitimar as demandas por igualdade, agora sob o pretexto do "identitarismo."

Essas reflexões evidenciam o papel central da cultura como ferramenta de transformação e poder se revela de maneira incontestável. As palavras de Elisa reforçam que lembrar é resistir, e que a memória de lutas passadas se conecta às batalhas de hoje, criando um ciclo contínuo de fortalecimento da identidade negra. Leia o pingue-pongue com Elisa Larkin.

P – Sua experiência à frente da reedição de “Sitiado em Lagos” traz uma perspectiva sobre o cerco político e diplomático que Abdias enfrentou. Como essas pressões reforçam a necessidade de se reconhecer o papel da cultura na luta antirracista?

R – O fato de o regime se empenhar tanto em calar a voz do Abdias no festival de cultura já aponta para o quanto ela é importante para a luta antirracista. A cultura já é alvo de todo um aparelho repressivo que a direita empunha. Mas, especificamente quanto à cultura negra, existe uma virilidade, vamos dizer, um peso dessa repressão muito maior, pela carga de racismo. Então, o papel da cultura e da memória é fundamental na luta antirracista, porque, enquanto o povo não tiver a consciência e o domínio das suas próprias narrativas, da sua própria história, vai continuar sendo subjugado pelas narrativas impostas. Isso é uma coisa que o Abdias sempre apontou, sempre sublinhou.

P – Você acredita que há paralelos entre os desafios enfrentados por Abdias na década de 70 e os enfrentados pelos movimentos culturais negros atuais, tanto no Brasil quanto nos demais países da diáspora africana?

R – Sim, há paralelos muito nítidos entre os desafios enfrentados pelos movimentos da década de 70 e os enfrentados pelos movimentos negros atuais. Eu não separo movimentos culturais de movimentos políticos, pois, nesse caso, política e cultura são praticamente uma só coisa. Em grande parte, os desafios enfrentados estão diretamente relacionados a essa questão. A memória, o patrimônio e o legado cultural negro ainda são questões políticas pouco reconhecidas como frentes legítimas de atuação política, inclusive por alguns setores da esquerda.

Hoje, enfrentamos a acusação de “identitarismo”, que se tornou a nova forma, a linguagem atualizada, de minimizar a necessidade de buscar soluções para as desigualdades sociais. E essas desigualdades, tanto sociais quanto econômicas, precisam de soluções que considerem a personalidade, a humanidade, a expressão e a dignidade desses sujeitos, que devem ser o foco das políticas socioeconômicas capazes de combater objetivamente tais desigualdades.

A dificuldade, ou até mesmo o impedimento, de muitos setores políticos em reconhecer essa especificidade na luta por melhores condições de vida para as populações discriminadas é o mesmo desafio que os movimentos negros enfrentavam na década de 70.

P – Como a Fundação Cultural Palmares, junto a outras instituições, pode colaborar na difusão dessas histórias, especialmente em um momento de crescente consciência sobre as heranças coloniais e as lutas por justiça racial?

R – A Fundação Palmares, dentro de suas possibilidades, pode colaborar para a difusão dessas histórias junto a outras instituições, tanto governamentais quanto não-governamentais, principalmente na visibilização dessas memórias e desse patrimônio como uma questão de reparação. É fundamental que o conceito de reparação seja ressaltado nas iniciativas de divulgação e publicização desses desafios.

Ao organizar iniciativas como a Roda de Conversa Abdias Nascimento, a Fundação também desempenha um papel importante no fortalecimento das instituições do movimento negro, em uma perspectiva de aquilombamento. O aquilombamento envolve, essencialmente, a ênfase na ancestralidade, que sempre foi uma característica marcante dos quilombos ao longo da história.

Ao promover essas discussões e trazer essas memórias tanto para as instituições quanto, na medida do possível, para a sociedade, a Palmares contribui significativamente para uma maior conscientização.

P – De que modo a cultura negra, desde o teatro até a música, tem funcionado como meio para desmascarar essas ficções e resgatar a identidade afro-brasileira, funcionando pilar da resistência política e cultural?

R – A cultura negra tem um alcance muito amplo, especialmente a cultura popular, como o carnaval, o samba e a capoeira. Esse alcance vai além da própria população negra e permeia a consciência geral no Brasil. É aquela clássica situação em que, ao encontrar um brasileiro no exterior, a primeira coisa que fazem é batucar em uma caixa de fósforos ou na mesa. Ou seja, o que define a cultura brasileira quase sempre são referências da cultura africana, de origem africana, da cultura negra.

Com esse grande alcance, a cultura negra consegue desmascarar ficções e trazer uma identidade afro-brasileira mais digna para audiências maiores. No entanto, isso só acontece plenamente quando essa cultura caminha lado a lado com uma consciência formada pela resistência intelectual, ou seja, com informações, estudo e conhecimento da história. Sem esse conhecimento, por exemplo, temos casos como o filme recente sobre a Revolta dos Malês, algo que poucas pessoas conheciam. Essas referências, como Zumbi dos Palmares, precisam ser aprofundadas por meio do estudo para que, ao serem difundidas para um público mais amplo, possam exercer um papel significativo na resistência política e cultural.

É muito importante evitar cair nas armadilhas que fazem com que, em vez de criarmos marcos na história, acabemos criando marcas para venda. A cultura pode ser explorada de uma maneira que não conduza à resistência política, nem ao resgate de uma identidade verdadeiramente dignificada. Ela precisa se direcionar para linguagens e impactos diferenciados, evitando a superficialidade da bolha mercadológica.

Cultura, Artes, História e Esportes

“O combate ao racismo é uma responsabilidade coletiva”

Valéria Lima fala sobre a força empoderadora das lideranças religiosas de matriz africana
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Publicado em 25/09/2024 18h50

Valéria Lima mergulha na trajetória de sua avó, Mãe Hilda Jitolu, em uma narrativa que transcende a biografia tradicional e destaca a força das mulheres negras no candomblé e na luta contra o racismo. Autora de “Mãe da liberdade: a trajetória da yalorixá Hilda Jitolu”, Valéria revela uma história profundamente enraizada em ancestralidade e resistência, unindo memória familiar e rigor acadêmico.

Ela nos lembra que, desde o período da escravidão, as lideranças religiosas de matriz africana, como Mãe Hilda, desempenharam papéis essenciais na preservação das tradições e na criação de espaços de poder para as mulheres negras. O candomblé, sempre um bastião de resistência, proporciona às mulheres negras um lugar de protagonismo e força, algo que Mãe Hilda incorporou em sua liderança no Ilê Aiyê.

Neste diálogo, o trabalho de Valéria emerge como uma contribuição indispensável para a preservação de histórias que, muitas vezes marginalizadas, formam a base da identidade afro-brasileira. Ao documentar a vida de Mãe Hilda, Valéria constrói uma ponte entre passado e presente, fortalecendo a memória oral e garantindo que essas narrativas continuem a inspirar gerações futuras. Leia, abaixo, as perguntas e respostas.

P – Ao resgatar a trajetória de Mãe Hilda Jitolu, uma figura central no candomblé e no Ilê Aiyê, como você enxerga o papel das mulheres negras na preservação das tradições de matriz africana no Brasil? De que maneira essa responsabilidade de liderança religiosa se entrelaça com a luta contra o racismo e a opressão de gênero?

R – As mulheres negras desempenham um papel central tanto no combate ao racismo quanto na preservação das religiões de matriz africana. Desde o período da escravidão, com as irmandades, essa visão coletiva que as mulheres negras desenvolveram foi determinante para a compreensão da história que temos hoje.

As irmandades foram centrais nesse processo, e as lideranças religiosas de matriz africana passaram a ocupar esses espaços, não apenas preservando as religiões, mantendo as tradições e as práticas religiosas, mas também criando estratégias e reinventando caminhos para combater o racismo e garantir direitos para todos nós.

Mãe Hilda é uma figura fundamental nesse contexto, tanto na preservação das religiões de matriz africana na Bahia e no Brasil quanto em sua atuação no primeiro bloco afro do Brasil. Embora ela não tenha idealizado o Ilê Aiyê, foi Mãe Hilda quem o acolheu e tornou possível sua existência. Sua participação foi determinante para que o bloco se concretizasse.

Resgatar essa história é, na verdade, o melhor que podemos fazer. Manter essas narrativas vivas e garantir que as próximas gerações as conheçam é fundamental para nós, que fazemos parte do movimento negro e acreditamos nessa proposta e nessa configuração. Meu trabalho segue essa direção, reconhecendo a importância dessas lideranças, não apenas para minha comunidade, mas para todo o Brasil.

P – Seu livro reflete uma densa pesquisa histórica, mas também uma profunda ligação afetiva com a biografada, sua avó. Como foi o processo de conciliar a perspectiva acadêmica com a pessoal na construção dessa narrativa, e de que forma você acredita que esse equilíbrio enriqueceu o entendimento sobre a resistência cultural das comunidades afro-brasileiras?

R – Ao longo da pesquisa, busquei manter um certo distanciamento, apesar de fazer parte da família. Tentei, na medida do possível, garantir esse afastamento, para preservar uma neutralidade científica, um respeito acadêmico, por assim dizer. Embora eu não acredite na total imparcialidade científica ou acadêmica, acredito que quem somos reflete muito nas nossas pesquisas. No entanto, fiz o esforço de manter essa distância justamente para valorizar ainda mais essa história.

Tive a oportunidade, pela primeira vez, de ver a saída do Ilê Aiyê de frente, e isso mudou minha percepção. Quando se nasce em um ambiente como esse, quando você é criada nesse contexto e tem como referências familiares pessoas como Mãinha e vovô – figuras que são grandes referências políticas e culturais para quem vê de fora –, é natural que seja difícil enxergar tudo isso quando se está por dentro. Porém, ao me permitir enxergar, compreendi que, de fato, exerço um certo privilégio em comparação com outras pessoas negras deste país, por ter nascido nesse ambiente familiar, por ter acesso a essas histórias e por ter essas pessoas como minhas principais referências de vida.

Ao longo da pesquisa, mantive isso muito presente. De certa forma, tentei deixar claro na pesquisa o quanto essas pessoas são importantes para mim, mas, ao mesmo tempo, elas são minha família. Respeitei todos os ritos da pesquisa e todos os critérios acadêmicos, para garantir que o trabalho fosse verdadeiramente qualificado, atendendo às exigências da academia, sem perder de vista meu lugar como membro da família e minha relação tanto com a biografada quanto com os informantes, que são meus familiares.

No livro, abordo esse aspecto. Explico que, apesar de minhas fontes serem familiares, elas me revelaram coisas que não eram tão familiares assim. Não é porque nasci nessa família que eu sabia de todos os detalhes da vida da minha avó. Foi a pesquisa que me proporcionou a oportunidade de costurar essa "colcha de retalhos" e, assim, construir essa história, que hoje, dez anos após sua escrita, está se tornando pública.

P – O candomblé, frequentemente alvo de racismo religioso, é um espaço onde muitas mulheres negras encontram força e poder para resistir. Como você analisa o impacto do racismo na manutenção e na disseminação dessas tradições no Brasil contemporâneo, e qual foi o papel de Mãe Hilda na construção de espaços de resistência e liberdade?

R – O racismo faz parte da estrutura da sociedade brasileira. Infelizmente, em nenhum lugar deste país, em nenhuma cidade, vivemos em uma sociedade sem racismo. Ele se manifesta de várias formas. Nos últimos anos, o racismo religioso tem sido mais evidenciado. O que posso afirmar é que mulheres como Mãe Hilda, Mãe Estela, Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá, e Mãe Menininha do Gantois, todas essas lideranças lutaram, cada uma à sua maneira, para combater o racismo religioso, para mostrar às pessoas que o candomblé é uma religião e que vivemos em um país laico. No entanto, apesar de termos tantas mulheres como elas, e muitas outras pessoas, lutando por igualdade em todos os aspectos, pela liberdade de culto e pela liberdade religiosa, ainda não é suficiente.

Acredito que é missão de todos nós, de todas as pessoas negras, combater o racismo. Cada um encontrará seu caminho, assim como essas lideranças, que são referências para nós justamente por se posicionarem em suas épocas. Essa missão, porém, deveria ser ampliada. É uma responsabilidade que precisa ser coletiva. Se todos nós não nos posicionarmos contra o racismo e não o combatermos — esse racismo brasileiro, que se reinventa todos os dias — não avançaremos.

P – Durante a elaboração de "Mãe da Liberdade", você se deparou com lacunas e desafios na documentação histórica da vida de Mãe Hilda e da sua comunidade. Quais foram os maiores desafios enfrentados nessa pesquisa e como você lidou com a ausência de registros formais em uma história que, como muitas outras, foi mantida viva principalmente pela oralidade?

R – Acredito que o maior desafio foi justamente construir uma pesquisa profunda e extensa, abordando a vida de uma líder em sua totalidade, desde o nascimento até sua morte, e fazê-lo através da oralidade. O que foi necessário, de fato, foi entrelaçar as diferentes narrativas que ouvi para transcrever a história e apresentá-la da melhor forma possível. Quando você ouve várias pessoas contando a mesma história, é possível identificar quais pontos realmente fazem sentido e descartar o que não faz, o que é resultado das falhas naturais da memória.

Tive muita dificuldade em acessar documentos da família. Não consegui alcançar gerações anteriores, como era o plano inicial, pois existe um descuido, um desrespeito com a história das pessoas negras neste país. Isso tornou a construção dessa pesquisa extremamente desafiadora. Por isso, costumo dizer que foi como costurar uma colcha de retalhos, com cada pedaço sendo diferente do outro, ou montar um quebra-cabeça muito difícil, daqueles com peças bem pequenas, porque, de fato, a história vai se perdendo com o tempo.

Acredito que o nosso maior desafio hoje é preservar a história das pessoas negras, já que enfrentamos um apagamento que é muito consciente. Existe um plano estratégico, por parte da branquitude, para que nossas histórias não sejam conhecidas, porque, se não temos referências, torna-se muito mais difícil seguir em frente, muito mais difícil acreditar em um futuro melhor do que o que vivemos hoje.

Cultura, Artes, História e Esportes

“O Ocidente obscurece a riqueza cultural, histórica e econômica da África”

Os mecanismos que perpetuam a pobreza no continente africano são tema dessa conversa
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Publicado em 25/09/2024 18h57

Mario Shazzard, que assina suas obras sob o pseudônimo Boaz Mavoungou, nos convida a uma reflexão sobre o continente africano, um espaço onde riquezas e desigualdades coexistem em uma complexa dança. Seus escritos, caracterizados por uma crítica afiada, desvendam as contradições de um continente que, apesar de ser um dos mais ricos em recursos naturais, ainda carrega as marcas da exploração colonial.

Em “O paradoxo africano: entre riquezas e miséria”, Mavoungou destrincha as relações desiguais que perpetuam a pobreza, desnudando as estruturas coloniais e a xenocracia que mantêm milhões à margem. Sua análise vai além da superfície, celebrando a resiliência de um povo que nunca se curvou, transformando opressão em força criativa. A cultura africana, para ele, é uma ferramenta viva de subversão, que molda futuros ao romper com narrativas coloniais.

A conversa com Mavoungou não apenas revela o poder de suas reflexões, como também reforça a importância de intelectuais que, como ele, reinterpretam o passado para reescrever o presente. As culturas africanas continuam a desafiar as estruturas hegemônicas, criando histórias que celebram a pluralidade e a resistência de um povo em movimento. Leia trechos da conversa:

P – No livro “O paradoxo africano”, você faz uma crítica incisiva à xenocracia ocidental. De que maneira acredita que a narrativa dominante do Ocidente ainda influencia a forma como o mundo enxerga a África e como os africanos se veem? 

R – A narrativa dominante do Ocidente continua a influenciar profundamente a percepção global sobre a África, assim como a maneira pela qual os próprios africanos se veem. O Ocidente tradicionalmente perpetuou uma visão da África centrada na pobreza, em conflitos, no subdesenvolvimento e na dependência. Essas imagens predominam na maioria dos meios de comunicação, na literatura e no entretenimento ocidental, obscurecendo a complexidade e a riqueza cultural, histórica e econômica do continente. 

A história africana, em grande parte contada por estudiosos ocidentais, frequentemente marginaliza ou distorce a contribuição do continente para a civilização global. A consequência do monopólio midiático dessa monocultura globalista é um distúrbio de identidade em várias camadas etárias da população africana, apesar do esforço interno e diaspórico de resgatar a identidade originária cultural e civilizacional da África.

Hoje em dia, essas narrativas dominantes vêm sendo cada vez mais desafiadas por intelectuais, artistas e líderes africanos, que estão reformulando a visão de seu continente. Eles buscam recontar a história africana sob uma perspectiva autêntica e ressaltar as conquistas e potencialidades que o discurso dominante ocidental frequentemente minimiza.

P – Ao explorar o contraste entre as vastas riquezas naturais da África e a persistente pobreza, como você enxerga o papel da cooperação internacional e dos países africanos na construção de um futuro mais justo para o continente? Quais iniciativas recentes você destacaria como exemplos de transformação?

R – A cooperação internacional deveria ser baseada em parcerias igualitárias e benefícios mútuos. Para potencializar a eficiência dessa cooperação, a transferência de tecnologia, investimentos em infraestruturas sustentáveis e a criação de condições favoráveis ao comércio justo e à industrialização local são vitais. A cooperação Sul-Sul, ou seja, entre países africanos e outras nações em desenvolvimento, também tem mostrado potencial, ao não repetir os erros das dinâmicas coloniais de dependência e exploração.  

Mas, é preciso entender que o sistema que tornou o continente o maior provedor de matérias-primas, que alimenta a indústria ocidental, condenando os africanos a consumir importações onerosas, para sustentar a polarização económica globalista, talvez não esteja preparado para aceitar tranquilamente essa emancipação histórica.

P – Sua obra celebra a resiliência das comunidades africanas, mas também apresenta as dificuldades que elas enfrentam. Como você, pessoalmente, encontra equilíbrio entre a crítica às injustiças e a esperança de um futuro melhor? Em sua opinião, como a arte e a cultura na África e no Brasil podem ser agentes de transformação social e resistência?

R – Alcançar o equilíbrio entre a crítica às injustiças e a esperança de um futuro melhor é um exercício constante de reflexão e compromisso. Pessoalmente, acredito que reconhecer as dificuldades e desigualdades que as comunidades africanas e afrodiaspóricas enfrentam é fundamental para gerar consciência e mobilização. 

O processo de crítica é necessário para expor os erros, denunciar as estruturas de opressão e, mais importante, para provocar mudanças, pois o primeiro passo para encontrar uma solução é mensurar o problema. 

Enquanto isso, há uma grande esperança, alimentada pela celebração das histórias de superação, das tradições preservadas, das inovações culturais e da união das comunidades em torno de sua identidade e suas lutas. A esperança também se encontra nos movimentos que vêm surgindo em todo o continente africano e nas comunidades afro-brasileiras, desafiando narrativas opressivas e construindo novas realidades.

A arte e a cultura, são meio de expressão cuja eficácia não precisa mais ser comprovada em termos de transformação das perspectivas gerais de uma sociedade. Essas duas forças são excelentes para o resgate da identidade e da memória de um povo. Elas servem também como instrumentos de protesto e resistência. Vemos isso em manifestações culturais como o rap e o samba no Brasil, que frequentemente abordam temas de injustiça social, e nas várias expressões artísticas que emergem das lutas africanas por independência e autodeterminação.

São excelentes veículos de educação e conscientização, pois através da arte e da cultura, é possível educar as novas gerações sobre as lutas passadas e presentes, ao mesmo tempo em que se promove uma consciência crítica sobre o papel que a história colonial e suas repercussões ainda desempenham nas realidades atuais. Não iremos esquecer que elas erguem pontes e solidariedade, ajudando a fortalecer laços entre África e sua diáspora, promovendo um intercâmbio cultural que enriquece ambos os lados, enquanto expõe a luta comum por justiça e igualdade.

Meu objetivo é celebrar a força e grandeza civilizacional das nossas raízes, enquanto critico o que ainda precisa mudar. Juntando as energias positivas, seremos capazes de mover sociedades inteiras em direção a um mundo mais equitativo, um mundo cujo inimigo é a desigualdade.

P – Como autor que transita entre diferentes culturas e realidades, tanto africanas quanto brasileiras, de que maneira as lutas e conquistas dos países da diáspora africana pelo mundo podem contribuir para a emancipação e o fortalecimento das nações africanas? E como você vê esse processo em comparação com as lutas históricas e contemporânea no Brasil?

R – A diáspora africana tem desempenhado um papel vital na promoção e defesa da identidade africana, tanto no nível local quanto internacional. Há século que afrodescendentes têm resistido às tentativas de apagamento cultural e têm reafirmado sua herança africana, por meio de movimentos de orgulho racial, como o pan-africanismo e o movimento da negritude. Essa conscientização global é crucial para desafiar as narrativas negativas sobre a África e expor as injustiças históricas e contemporâneas que continuam a impactar o continente. 

A diáspora pode contribuir para essa emancipação amplificando as vozes africanas nos fóruns internacionais, e promovendo debates sobre desenvolvimento sustentável, justiça social e reparações históricas. Se adicionarmos a estas lutas a troca de conhecimento e recursos, empoderamento político e soberania econômica, e se compartilharmos nossas lutas históricas e contemporâneas, podemos criar um círculo virtuoso de colaboração, empoderamento e emancipação, tanto cultural quanto econômico.

A diáspora africana, incluindo a população afrodescendente no Brasil, é uma ponte vital entre o passado e o futuro. As conquistas e lutas da diáspora podem inspirar transformações no continente africano, trazendo novas perspectivas sobre autodeterminação, solidariedade e resiliência.  Com essa troca de conhecimento, cultura e ativismo, os países da diáspora africana têm a capacidade de acelerar o processo de emancipação do continente, transformando não só as nações africanas, mas também as sociedades nas quais elas estão inseridas, como o Brasil.

Cultura, Artes, História e Esportes

Edital sobre culinária de matriz africana está provisoriamente suspenso!

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Publicado em 26/09/2024 18h39 Atualizado em 27/09/2024 14h26

A Fundação Cultural Palmares informa que, por problemas de ordem técnica, o “I Edital Sabores e Saberes: Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro” foi suspensa, até que as questões sejam resolvidas, o que deverá ocorrer até a próxima segunda-feira (30).

Os inscritos até então devem tornar a preencher os formulários, tão logo a plataforma de inscrições volte a funcionar.

Pedimos sinceras desculpas pelo contratempo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Festa literária movimenta a casa da cultura afro-brasileira!

A tarde de falares e autógrafos foi encerrada com um delicioso caruru
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Publicado em 27/09/2024 18h30 Atualizado em 28/09/2024 12h23
Alunos do CEAN (Centro de Ensino Médio da Asa Norte) participaram do evento.
Alunos do CEAN (Centro de Ensino Médio da Asa Norte) participaram do evento.

Ouvidos atentos, o público que lotou as dependências da Fundação Cultural Palmares, nesta sexta-feira (27), teve o privilégio de mergulhar num mar de histórias negras. Histórias que estruturaram – e continuam estruturando – a identidade brasileira. Histórias de dominação. Resistência também.

Foi uma tarde de muitos falares, em que os participantes da “Roda de Conversa Abdias Nascimento” instigaram os presentes à reflexão, destituindo mentiras e revelando verdades sobre a trajetória dos povos da África e da Diáspora, tendo como fio condutor três grandes obras literárias.

Valéria Lima, autora de “Mãe da liberdade: a trajetória da yalorixá Hilda Jitolu”, foi a primeira a falar, sublinhando a importância do resgate e da preservação da memória, especialmente das mulheres negras, “para que as próximas gerações conheçam nossa história e façam diferente do que a sociedade brasileira tem feito, pois há um apagamento em curso”.

E se depender da Fundação Palmares, essas histórias se multiplicarão. “Queremos, mais e mais, edições de livros, aqui. Queremos também pessoas dançando, cantando, expressando suas energias positivas, para nos guiar para bons lugares”, resumiu Nelson Mendes, diretor e presidente substituto da instituição.

"É um imenso orgulho voltar a lidar com a literatura e com a cultura dentro da casa da Palmares. Vocês talvez não imaginem o significado disso, depois de tudo que a Palmares passou, em anos difíceis, anos sombrios. Agora, é festa, é alegria, é o conhecimento que estará entre nós", prometeu o presidente (em férias, mas atuante) João Jorge Rodrigues.

Guardiã do legado literário de Abdias Nascimento, Elisa Larkin Nascimento não esteve presente, mas encaminhou vídeo, saudando os presentes e lembrando que "a linha do tempo dos povos africanos mostra como eles têm construído conhecimento e cultura por milênios, um tempo muito maior do que o período em que foram escravizados."

Representando Elisa, a artista plástica Dayse Gomes compôs a roda de conversas que leva o nome de um dos mais importantes ativistas e intelectuais da contemporaneidade, Abdias Nascimento, que, como definiu Guilherme Bruno, “foi fundamental para compreendermos a negritude e o quilombismo, como entendemos hoje".

Autor de “O paradoxo africano: entre riquezas e miséria”, Boaz Mavoungou sintetizou o objetivo do projeto “Palmares canta, conta e dança”: "Estamos aqui para despertar mentes e raízes, porque é fácil quando a gente não sabe. Mas, quando descobrimos a verdade, é aí que a mentira começa a ter medo".

Mas a tarde foi também de muitos sabores. Sabores africanos – ou afro-brasileiros. No dia dos “ibejis” (filhos gêmeos de Iansã e Xangô), a Palmares serviu aos presentes um delicioso caruru, feito pelo Grupo Obará, no estilo ajeum, que, no candomblé, significa a reunião de uma comunidade em torno de um alimento comum.

Após os saberes da tarde, os sabores: o delicioso caruru do Grupo Obará
Após os saberes da tarde, os sabores: o delicioso caruru do Grupo Obará
A linha de frente do projeto Palmares canta, conta e dança.
A linha de frente do projeto Palmares canta, conta e dança.
Cultura, Artes, História e Esportes

Abertas inscrições do edital “Sabores e Saberes”

Iniciativa premiará 55 projetos sobre comida de terreiro nas cinco regiões brasileiras
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Publicado em 30/09/2024 10h10 Atualizado em 23/12/2024 11h05

A partir desta segunda (30), estão abertas as inscrições para o 1º Edital Sabores e Saberes:  Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro, com o objetivo de fomentar a economia local e contribuir para a preservação do patrimônio gastronômico dessas comunidades.

Fruto de parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Fundação Cultural Palmares, a iniciativa visa fortalecer, valorizar e divulgar a culinária ancestral desses povos tradicionais, reconhecendo as práticas culturais e saberes transmitidos por gerações.

O edital vai selecionar 55 iniciativas do Brasil que tenham como foco o resgate das tradições culinárias de matriz africana. Os participantes devem registrar em vídeo suas práticas e receitas, destacando a importância histórica e o significado cultural dos alimentos preparados em seus territórios.  

Além disso, o prêmio busca identificar as potencialidades de empreendimentos culturais e gastronômicos dentro das comunidades, promovendo a valorização cultural e incentivando a geração de emprego e renda, por meio da comida de terreiro e das demais comunidades tradicionais de matriz africana. 

DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO. A premiação será dividida entre as cinco regiões do Brasil, com o objetivo de contemplar iniciativas de diferentes territórios, respeitando a riqueza e a diversidade das tradições gastronômicas locais.  Cada região receberá 11 prêmios, totalizando 55 vencedores, a saber: 

Norte: 11 premiados; 

Nordeste: 11 premiados; 

Sudeste: 11 premiados; 

Centro-Oeste: 11 premiados; 

Sul: 11 premiados. 

PREMIAÇÃO. Cada iniciativa selecionada receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais), além de um kit de cozinha, composto por equipamentos pensados para aprimorar o processamento de alimentos, fortalecendo a infraestrutura local e promovendo a sustentabilidade econômica das comunidades. Os equipamentos:

  • freezer vertical; 
  • fogão semi-industrial; 
  • bancada de inox; 
  • liquidificador industrial; 
  • processador industrial; 
  • exaustor; 
  • batedeira; 
  • panela de pressão industrial; 
  • forno micro-ondas.

Quem pode participar: Organizações privadas sem fins lucrativos ou com finalidade não econômica (organizações da sociedade civil), com existência comprovada há pelo menos 1 (um) ano, localizadas em Territórios de Povos e Comunidade Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiros.

As inscrições estarão abertas pelo prazo de 15 (quinze) dias corridos, e devem ser realizadas online, no portal da Fundação Cultural Palmares/FCP.  Assim, se você ou sua comunidade desenvolvem atividades culinárias tradicionais e querem compartilhar esse saber, inscreva-se até o dia 14 de outubro de 2024 e ajude a preservar a riqueza gastronômica afro-brasileira. 

Não deixe essa oportunidade passar! 

Obs.: Importante observar que o edital n° 4/2024, publicado em 20/09/2024, edição n° 183, seção 3, sobre o mesmo tema, foi tornado sem efeito, por incorreções técnicas, valendo esse, de número 05/2024, publicado em 27/09/2024, no DOU.

Abaixo, o edital completo, com os anexos:

- Resultado Preliminar de Habilitação - Região Norte
- Resultado Preliminar de Habilitação - Região Nordeste
- Resultado Preliminar de Habilitação - Região Centro Oeste
- Resultado Preliminar de Habilitação - Região Sudeste
- Resultado Preliminar de Habilitação - Região Sul


- Retificação do resultado final de seleção - NORTE
-
Retificação do resultado final de seleção - NORDESTE

-
Retificação do resultado final de seleção - CENTRO OESTE

-
Retificação do resultado final de seleção - SUL

- Retificação do resultado final de seleção - SUDESTE

- Aviso de Retificação

- Anexo II - Cronograma - Aviso de Retificação

- Resultado Final do Recurso da Fase de Seleção


- Resultado Final de Seleção - NORTE


- Resultado Final de Seleção - NORDESTE


- Resultado Final de Seleção - CENTO OESTE


- Resultado Final de Seleção - SUL


- Resultado Final de Seleção - SULDESTE

- Resultado preliminar de seleção;

- Retificação;

- Edital n.º 005/2024;

- Formulário de Inscrição;

- Formulário Cronograma;

- Formulário Recurso Seleção;

- Formulário Recurso Habilitação;

- Formulário Cessão e Licença de Direitos;

- Formulário Autorização de Imagem;

- Formulário Declaração Membro Religião Matriz Africana;

- Formulário Impugnação;

- Formulário Informações Complementares;

- Formulário Como Gravar Vídeo;

- Formulário Termo de Premiação.


ATENÇÃO!

O edital teve as inscrições prorrogadas até o dia 29 de outubro de 2024. Veja os novos prazos no seguinte link: https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/ampliado-prazo-de-inscricoes-no-edital-sabores-e-saberes
 

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Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares e CVV promovem conscientização sobre suicídio

Voluntário do Centro de Valorização da Vida falou sobre a importância da prevenção
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Publicado em 30/09/2024 19h45 Atualizado em 01/10/2024 07h46

Nesta segunda-feira (30), a casa da cultura afro-brasileira foi inundada por palavras de estímulo à proteção e valorização do bem maior do ser humano: a vida. Uma roda de conversa sobre o suicídio com os servidores e colaboradores da Palmares marcou as atividades de prevenção do “Setembro Amarelo”.

Voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), Gilson Moura falou sobre a importância de abordar o tema de modo acolhedor e fundamentado, reforçando a necessidade de iniciativas que promovam a saúde mental – inclusive no ambiente de trabalho –, derrubando tabus, como o do silêncio.

Ele destacou a dificuldade de se falar amplamente sobre o assunto, até 2003, o que começou a ser superado a partir da campanha “Setembro Amarelo”, criada no citado ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e veiculada no Brasil a partir de 2015. “Não se deve falar sobre o suicida, mas sobre o suicídio, sim”, esclareceu, reiterando:

– Falar sobre o assunto é essencial para salvar vidas!

A iniciativa da roda de conversa foi da Coordenação de Gestão Interna (CGI) da Fundação Palmares, cujo titular, Carlos Eduardo, abriu as falas do dia, relatando uma experiência dolorosa vivenciada anos atrás, o que o motivou a se engajar em campanhas de conscientização, como a do “Setembro Amarelo”.

A presença de João Jorge Rodrigues e Nelson Mendes, respectivamente, presidente em férias e presidente substituto, sinalizou para o apoio da Fundação Cultural Palmares à campanha de prevenção na instituição, reafirmando o compromisso com o bem-estar emocional de seus servidores e colaboradores.

O “Setembro Amarelo” começou nos Estados Unidos da América, em função do suicídio de um jovem de 17 anos, notabilizado pela restauração de um Mustang de cor amarela. No Brasil, a cor da campanha tem significado mais amplo: “Amarelo porque é vida, é Sol. Setembro porque é primavera!”, resumiu Gilson Moura.

O evento contou com a participação ativa dos funcionários, que tiveram a oportunidade de aprender mais sobre o importante trabalho do CVV, que oferece apoio emocional gratuito a pessoas em situação de vulnerabilidade, por telefone (número 188) ou pela internet (https://cvv.org.br/), 24 horas por dia.

Então, se precisar, peça ajuda!

Saiba mais sobre a campanha em www.setembroamarelo.com

Cultura, Artes, História e Esportes

Palmares recebe exposição sobre prevenção à Aids

O conjunto itinerante fica de hoje (1º) a 3 de novembro na sede da Fundação
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Publicado em 01/10/2024 16h22 Atualizado em 01/10/2024 18h45

A Fundação Palmares recebe nesta terça (01/10) a mostra cinematográfica itinerante "Caminhos do norte: trilha para a promoção da saúde e prevenção combinada do HIV/Aids”, como parte da programação da Casa da Cultura Afro-brasileira.

A mostra é composta por um banner, cinco totens e um webdocumentário. Dirigido por Matteo Teruya, o curta é fruto do projeto Ação de Mulheres pela Equidade (AME), e retrata o cotidiano da comunidade quilombola de Boca da Mata, na Ilha do Marajó, estado do Pará.

A inovadora iniciativa visa empoderar os quilombolas em relação aos cuidados com a saúde e à prevenção combinada do HIV/Aids, abordando questões de saúde pública com uma perspectiva integrada de raça, gênero e especificidades culturais da comunidade.

Exibido pela primeira no auditório da Representação da União Europeia no Brasil, em agosto último, o documentário registra as ações comunitárias impulsionadas pela AME desde 2016, com apoio da UNAIDS Brasil e do Ministério da Saúde.

Não perca a oportunidade de se engajar em discussões essenciais sobre saúde pública e direitos humanos, e entrar em contato com as realidades e desafios enfrentados pelas comunidades quilombolas!

O documentário pode ser acessado pelo link https://youtu.be/iH8ggQMa9Uk.

Ficha Técnica

O quê: Mostra cinematográfica itinerante.

Onde: Espaço Mário Gusmão da Casa da Cultura Afro-brasileira da Fundação Cultural Palmares

Quando: 1º de outubro a 03 de novembro de 2024

Horário: de segunda a sexta, de 9 a 17hs

Endereço: Setor de Autarquias Sul - Quadra 2 - Asa Sul - Brasilia/DF

Cultura, Artes, História e Esportes

Serra da Barriga em ritmo de preparativos para novembro!

Para o mês da consciência negra, os cuidados no parque estão sendo redobrados
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Publicado em 03/10/2024 14h25
Corpo de Bombeiros vistoriou o parque e ministrou cursos de capacitação
Corpo de Bombeiros vistoriou o parque e ministrou cursos de capacitação

Com a proximidade do mês da consciência negra, os guardiões do Parque Memorial Quilombo dos Palmares ultimam preparativos e cuidados com a segurança do local, visando a proteção do patrimônio e dos residentes e visitantes.

Entre as melhorias, toda a paliçada está sendo revitalizada, com troca de bambus; as árvores dos caminhos até a serra sendo podadas; as calçadas do parque sendo capinadas; e o acesso dos visitantes à internet, ampliado.

SEGURANÇA. Esta semana, foi a vez do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas vistoriar e testar os equipamentos de combate a incêndios e de enfrentamento de situações de emergência instalados no parque-símbolo da resistência negra brasileira.

Os prepostos atestaram a “correta instalação, manutenção e funcionamento das medidas de segurança”, e que a área “atende a legislação estadual de segurança contra incêndio e emergência vigente”.

EXÉRCITO. Além da vistoria, os bombeiros realizaram exercícios, com simulação de sinistro, e ministraram oficina de capacitação para os quilombolas, formando um "exército salva-vidas", para agir em casos de emergência.

“Estamos preparados para enfrentar situações adversas, de forma a evitar danos ao nosso patrimônio ou ao nosso povo”, garante Balbino Praxedes, chefe da representação regional da Palmares em Alagoas.

REFORÇO. Os cuidados foram reforçados nos locais de visitação, como o Onjô Cruzambê (casa do campo santo), a Muxima de Palmares (considerada o coração do quilombo), as ocas indígenas e o Onjó de farinha (casa de farinha), entre outros.

Esses espaços e equipamentos, fundamentais para a preservação da cultura e memória do povo negro e indígena, atraem muitos visitantes no mês de novembro, e, principalmente, no dia 20.

E em 2024, pela primeira vez, o Dia Nacional da Consciência Negra será feriado nacional, o que aumenta a expectativa de público subindo a serra, estimado, anualmente, em cerca de 8 mil pessoas.

HISTÓRIA. Localizado na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, em Alagoas, o hoje parque abrigou, durante quase 100 anos, o Quilombo dos Palmares, o maior da América Latina.

A área, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1985) e pelo Mercosul (2017), é rica em recursos naturais, principalmente o hídrico, composto por nascentes que alimentam um açude e uma lagoa.

MOBILIZAÇÃO. Já o parque o Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi implantado em 2007, no platô (área plana) do alto da Serra da Barriga, após intensa mobilização de ativistas e pesquisadores.

Se você ainda não conhece o único parque temático sobre cultura negra do País, Planeje-se! Vale muito a pena – pela beleza da região e pelo significado histórico do equipamento.

Oficina de primeiros socorros fez parte das medidas de segurança
Oficina de primeiros socorros fez parte das medidas de segurança
Prevenção contra incêndio foi um dos focos do treinamento
Prevenção contra incêndio foi um dos focos do treinamento
Cultura, Artes, História e Esportes

Sai resultado preliminar do Edital Bolsa Mobilidade Cultural!

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Publicado em 03/10/2024 16h55 Atualizado em 03/10/2024 17h00

A Fundação Cultural Palmares (FCP) tem o prazer de anunciar, nesta data (03/10/2024), o resultado preliminar do processo seletivo da II Edição do Edital Bolsa Mobilidade Cultural Afro-brasileira. Das 268 propostas inscritas, a comissão encarregada selecionou 34.

Para os não-selecionados nessa fase, porém, ainda há a chance de interposição de recurso, conforme disposto no item 8.1.4 do edital e obedecendo ao prazo contido no Anexo I - Cronograma.

O prazo para a apresentação dos pedidos de reconsideração, devidamente justificados, vai de amanhã (04/10/24) até 08/10/2024. Caso deseje apresentar um recurso, siga as orientações da plataforma Prosas, no seu perfil de proponente, e conforme abaixo discriminado:

1. Apresentação do recurso: justifique seu pedido de reconsideração de forma clara e objetiva. Esta etapa é obrigatória e essencial para a análise do pedido.

2. Arquivos pertinentes: faça o upload de documentos ou arquivos que possam corroborar sua justificativa.

Os proponentes podem acessar a lista de selecionados para a fase de habilitação e desclassificados, com suas respectivas notas, por meio do link abaixo. O resultado está disponível também na plataforma Prosas.

Após a fase recursal, os selecionados serão convocados para a habilitação. Portanto, reúnam a documentação necessária e fiquem atentos aos prazos!

Importante! Só serão analisados os recursos encaminhados através da plataforma Prosas!

Acesse aqui o documento com o resultado da seleção.

Cultura, Artes, História e Esportes

Prorrogadas inscrições do Edital Manifestações Político-Culturais 20 de Novembro

Agora, os interessados podem se candidatar até o próximo 04 de outubro
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Publicado em 03/10/2024 17h04 Atualizado em 03/10/2024 17h53

A Fundação Cultural Palmares (FCP) decidiu estender o prazo de envio de propostas para os interessados no Edital Manifestações Político-Culturais 20 de Novembro - Zumbi e Dandara dos Palmares.

Previstas para serem finalizadas em 02/10/2024, as inscrições, pelas Organizações da Sociedade Civil (OSC), poderão ser realizadas até o dia 04/10/2024, pela plataforma TransfereGov, o que permitirá uma participação maior do chamamento público.

Além da prorrogação do calendário contido no item 7, houve retificação dos itens 2 e 9 do edital, relativos ao calendário da fase de seleção; do regulamento e do prazo de vigência do termo de fomento, bem como e alteração do prazo de execução das ações.

Confiram as modificações no link abaixo e... boa sorte!

RETIFICAÇÃO DO EDITAL Nº 1/2024

Cultura, Artes, História e Esportes

Estreia o podcast "Memória Ancestral", da Fundação Cultural Palmares

O programa é semanal, e estará no youtube da instituição a partir desta segunda (7)
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Publicado em 07/10/2024 16h38 Atualizado em 15/10/2024 11h17

Apresentado por Dandara Pantoja, Michael Ironham e Naiara Avelino, o programa celebra as histórias, as vozes e os saberes que atravessam gerações, conectando o passado ao presente e projetando um futuro de orgulho e esperança.

Cada episódio traz conversas inspiradoras com artistas, líderes comunitários e pensadores, mergulhando nas raízes da nossa ancestralidade e nos ecos da herança africana que moldam a identidade nacional.

Nesta segunda (7), o diálogo é com Mariana Luiza, uma jovem cineasta negra que aborda questões de identidade e pertencimento em sua obra (https://www.instagram.com/mariluiza/profilecard/?igsh=eGhybXJwMWt0b2k5).

No episódio, Mariana fala sobre o projeto Linha de Cor, um mergulho na história da legislação brasileira e sua ação sobre os negros (https://www.instagram.com/_linhadecor/profilecard/?igsh=djV3ZmNnenh4eXpq).

De tradições orais a movimentos culturais contemporâneos, o "Memória Ancestral" será um espaço para resgatar memórias, romper silêncios e recontar a história do nosso povo, sob o olhar atento de uma juventude negra curiosa e engajada.

Junte-se a nós nesta jornada de valorização e conhecimento, e descubra como a cultura negra brasileira continua a florescer, resistir e inspirar!

O podcast é uma produção do Centro de Informação e Acervo da Memória (CIAM/FCP), com apoio da Assessoria de Comunicação (ASCOM /FCP).

O primeiro episódio está disponível no canal do Youtube da Fundação Cultural Palmares.

Assista, compartilhe e ajude a manter viva a nossa memória ancestral!

Cultura, Artes, História e Esportes

Deputada Benedita da Silva movimenta Fundação Palmares

A parlamentar elogiou a nova casa e prometeu ajuda para a instituição
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Publicado em 09/10/2024 16h51 Atualizado em 09/10/2024 17h36
A deputada foi recepcionada pelo presidente João Jorge
A deputada foi recepcionada pelo presidente João Jorge

Bonito de se ver, o encontro entre a deputada federal Benedita da Silva (RJ) e o presidente da Palmares, João Jorge Rodrigues. O local foi a nova casa da Fundação, que a parlamentar conheceu – e aprovou –, nesta quarta (09).

Mas o significado transcendeu a visita ao prédio da instituição.

Servidores, dirigentes e colaboradores deram uma pausa nos afazeres para recepcionar a deputada – símbolo vivo da luta contra a opressão do povo negro. Exemplo de resiliência, de força, de sucesso para muitos dos que ocupam a casa da cultura afro-brasileira.

Guiada pelo comandante da instituição, a deputada percorreu as novas instalações da Palmares, desacelerando os passos ante paredes, portas e janelas que contam histórias por meio de fotografias, grafismos, ilustrações, cartazes...

– Isso aqui está belíssimo, está digno! E o trabalho está fluindo!

Palavras-síntese de uma mulher que, como lembrou o presidente João Jorge, ajudou a construir o sonho que muitos diziam impossível – o de erguer um espaço-referência para o resgate, a preservação e o fortalecimento da memória e da cultura afro-brasileiras.

Mulher-inspiração, como conceituou o presidente da entidade, lembrando o papel central desempenhado pela ativista nos movimentos negro e de mulheres, entre outras – muitas – batalhas que enfrentou e enfrenta, em prol da população negra.

Trajetória Ex-moradora dos chamados espaços periféricos das favelas, que teve a infância roubada, vendendo limões e amendoins pelas ruas da cidade para sobreviver, tornou-se senadora (a primeira negra do Brasil), governadora (do Rio), ministra (da Assistência e Promoção Social) ...

Trajetória que inspira e que enfurece os que querem manter os afrodescendentes nos mais baixos patamares da sociedade brasileira, e para isso tentam desqualificar, ironizar, desdenhar de uma das mais dignificantes representações da identidade negra.

– Nós lhe adoramos, Benedita!

Na frase singela, a manifestação de apoio do presidente da instituição, que, sob os olhares e ouvidos atentos de sua equipe, conduziu o bate-papo, permeando austeridades com descontrações para tratar, com leveza, de coisa séria.

Trato. Benedita da Silva sublinhou a importância de um espaço institucional como o da Fundação para a preservação da memória dos negros. “Todo esse acervo que a Palmares tem aqui não caberia em nenhuma instituição no País”, avaliou, sob aquiescência de João Jorge.

Enaltecendo o trabalho que vem sendo realizado, creditou o sucesso “à dignidade do presidente Lula, de deixar a Palmares nas mãos daqueles que conhecem a história dos negros e negras desse País, que conhecem o acervo que havia sido praticamente jogado no lixo”.

O líder da Fundação corroborou as falas da deputada, aproveitando para solicitar sua ajuda, no Parlamento, para a canalização de recursos para a Palmares, na perspectiva de recuperar o patrimônio afro-brasileiro, como o Cais do Valongo (RJ), por exemplo.

– Não podemos fazer a Palmares sem Benedita. Precisamos do apoio de Benedita.

– Estamos aqui para cooperar com a Fundação, o primeiro instrumento institucional da cultura afro-brasileira.

Trato selado.

Visita finalizada.

A parlamentar ouviu as histórias que as paredes da Palmares contam
A parlamentar ouviu as histórias que as paredes da Palmares contam
Na galeria dos ex-presidentes da instituição
Na galeria dos ex-presidentes da instituição
Troca de saberes
Troca de saberes
Literatura negra fez parte da pauta
Literatura negra fez parte da pauta
A visita teve direito a autógrafo do livro “Fala, Negão!”
A visita teve direito a autógrafo do livro “Fala, Negão!”
Na Biblioteca Oliveira Silveira
Na Biblioteca Oliveira Silveira
Foto clássica com a equipe da Palmares
Foto clássica com a equipe da Palmares
Cultura, Artes, História e Esportes

“Malês”, o filme, chega às telonas!

Dirigido por Antonio Pitanga, o longa tem pré-estreia nesta quinta (10), no Rio
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Publicado em 10/10/2024 12h41

O aguardado “Malês”, de Antonio Pitanga, tem pré-estreia nesta quinta (10), no Rio de Janeiro – uma das praças onde foi gravada a história do maior levante organizado por pessoas escravizadas no Brasil.

O outro local da gravação foi Salvador (BA), onde ocorreu a rebelião, em 1835, liderada por Pacífico Licutan, Manuel Calafate e Luis Sanim, vividos, respectivamente, por Antônio Pitanga, Bukassa Kabengele e Thiago Justino.

Malê vem do iorubá "imalê", que significa "muçulmano" – daí o nome da revolta, protagonizada por 600 escravizados muçulmanos e sufocada menos de 48 horas depois, com o assassinato dos líderes e a prisão e/ou deportação dos envolvidos.

A pré-estreia do longa-metragem integra a programação da 26ª edição do Festival do Rio, com exibição hors-concours na mostra Première A estreia nos cinemas está marcada para 14 de novembro.

O enredo enfatiza a importância da união entre diferentes povos, tribos e religiões para o êxito da revolta e o fim da escravidão, destacando o papel de lideranças negras, como Ahuna, Manuel Calafate, Vitório Sule e Luís Sanim.

PITANGA. Ator e cineasta brasileiro, Antonio Pitanga é uma das figuras emblemáticas do Cinema Novo (décadas de 60 e 70). Nascido no Pelourinho (BA), de família humilde, exerceu profissões simples, como sapateiro, alfaiate, marceneiro e telegrafista.

Entrou para a Escola de Teatro da Bahia, onde começou a exercer a profissão de ator, tornando-se um dos mais respeitados intérpretes de sua geração. Em Malês, ele contracena com os filhos, Camila Pitanga e Rocco Pitanga.

Ficha técnica:

Direção: Antonio Pitanga

Elenco: Antônio Pitanga, Rocco Pitanga, Camila Pitanga, Wilson Rabelo, Bukassa Kabengele, Samira Carvalho, Rodrigo de Odé, Heraldo de Deus, Thiago Justino e Patrícia Pillar.

Roteiro: Manuela Dias

Direção de fotografia: Pedro Farkas

Produção: Flávio Ramos Tambellini (Tambellini Filmes)

Produção associada: Cacá Diegues e Lázaro Ramos

Coprodução: Globo Filmes, Obá Cacauê Produções, Ganzazumba Produções e RioFilme

Distribuição: Imovision. 

Patrocínio: Petrobras


Serviço:

O quê: Pré-estreia do filme “Malês”

Quando: 10/10

Horário: 19h30

Onde: Cine Odeon (Rio de Janeiro)

Cultura, Artes, História e Esportes

Tem hip-hop na casa da cultura afro-brasileira!

DJ Jean e Negra Jaque são destaques na tarde dedicada a essa vertente artístico-cultural
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Publicado em 11/10/2024 13h05

O hip-hop toma as dependências da Fundação Palmares dia 18 próximo, em mais uma rodada do projeto “Palmares Canta, Conta e Dança”. No centro da manifestação cultural da vez, o conhecido DJ brasiliense Jean.

Jean é um agente representativo dessa vertente da cultura negra. Agente porque não é apenas um (grande) artista, mas um sujeito político que usa a arte como forma de emancipação da população afro-brasileira.

Nada mais preciso.

O hip-hop nasceu como um movimento político. Em resposta à violência e à miséria crescentes no bairro do Bronx, em Nova Iorque, jovens negros organizavam festas em que dançavam, cantavam, recitavam, grafitavam.

O movimento acabou se tornando um estilo de vida, um modo de afirmação social. Cultural, portanto, porque cultura é isso: modo de vida, que engloba tradições, costumes, valores, crenças... e manifestações artísticas.

A cultura hip-hop tinha – tem –, portanto, um elemento de ligação entre os diferentes limites territoriais do mundo: a força da cultura negra, que o processo centenário de escravização não conseguiu sufocar.

Daí que o movimento ganhou a diáspora africana.

No Brasil, o hip-hop ganhou maior força em São Paulo, que o reconheceu como Patrimônio Cultural Imaterial do estado, por força da Lei 498/2021, aprovada pela Assembleia Legislativa, em março último.

É a essência dessa manifestação cultural que Jean, da Kdu Produções, mantém viva, atuando, ensinando e difundindo seu animus político e as bases de sua vertente artística, caracterizada por quatro principais elementos:

  • Rap (poesia ritmada)
  • DJing (arte de discotecar)
  • Breakdance ou breaking (dança improvisada)
  • Grafite (intervenção em espaços públicos) 


Essas e muitas outras histórias Jean estará contando, no “Palmares em Cena” – um dos eixos do projeto “Palmares Canta...”. Ele e outros convidados da roda de conversa sobre essa importante manifestação da cultura negra.

Negra Jaque participa de roda de conversa!

Ela é uma das precursoras do hip-hop no Sul do País. Conhecida pelas letras que destacam os desafios das mulheres negras – especialmente na cena rap –, é uma das mais destacadas rappers do movimento brasileiro.

Sua carreira inclui vitórias na Batalha do Mercado, uma competição de rimas entre MCs, que acontece no último sábado de cada mês em Porto Alegre. Recentemente, lançou a música “Falam D+”, que vem ganhando a cena pop do País.

Não perca a oportunidade de estar, frente a frente, com Negra Jaque!

SERVIÇO:

O quê: Palmares em Cena

Sobre o quê: Cultura hip-hop

Com quem: DJ Jean, Negra Jaque e outros

Quando: dia 18/10

Horário: 16 a 19hs

Onde: Fundação Cultural Palmares

Endereço: SAUS - Setor de Autarquia Sul, Quadra 2, Lote 1A.

Cultura, Artes, História e Esportes

Ampliado prazo de inscrições no Edital Sabores e Saberes

Agora, os interessados têm até o dia 29 de outubro para participar!
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Publicado em 14/10/2024 12h52 Atualizado em 16/10/2024 12h28

Se você ainda não se inscreveu no 1º Edital Sabores e Saberes:  Comida de Terreiro, ainda tem tempo. A Fundação Cultural Palmares (FCP) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) estenderam até o próximo dia 29 o prazo final para concorrer ao prêmio, destinado aos povos e comunidades tradicionais de matriz africana de terreiro.

O encerramento das inscrições estava previsto para esta segunda (14), mas dada a importância da iniciativa, os organizadores resolveram ampliar o período de registro dos projetos, coma finalidade de potencializar o fomento à economia local e contribuir para a preservação do patrimônio gastronômico das comunidades em foco.

Fruto de parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Fundação Cultural Palmares, a iniciativa visa fortalecer, valorizar e divulgar a culinária ancestral desses povos tradicionais, reconhecendo as práticas culturais e saberes transmitidos por gerações.

O edital vai selecionar 55 iniciativas do Brasil que tenham como foco o resgate das tradições culinárias de matriz africana. Os participantes devem registrar em vídeo suas práticas e receitas, destacando a importância histórica e o significado cultural dos alimentos preparados em seus territórios. 

Além disso, o prêmio busca identificar as potencialidades de empreendimentos culturais e gastronômicos dentro das comunidades, promovendo a valorização cultural e incentivando a geração de emprego e renda, por meio da comida de terreiro e das demais comunidades tradicionais de matriz africana.

DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO. A premiação será dividida entre as cinco regiões do Brasil, com o objetivo de contemplar iniciativas de diferentes territórios, respeitando a riqueza e a diversidade das tradições gastronômicas locais.  Cada região receberá 11 prêmios, totalizando 55 vencedores, a saber:

Norte: 11 premiados;

Nordeste: 11 premiados;

Sudeste: 11 premiados;

Centro-Oeste: 11 premiados;

Sul: 11 premiados.

PREMIAÇÃO. Cada iniciativa selecionada receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais), além de um kit de cozinha, composto por equipamentos pensados para aprimorar o processamento de alimentos, fortalecendo a infraestrutura local e promovendo a sustentabilidade econômica das comunidades. Os equipamentos:

  • freezer vertical;
  • fogão semi-industrial;
  • bancada de inox;
  • liquidificador industrial;
  • processador industrial;
  • exaustor;
  • batedeira;
  • panela de pressão industrial;
  • forno micro-ondas.

Quem pode participar: Organizações privadas sem fins lucrativos ou com finalidade não econômica (organizações da sociedade civil), com existência comprovada há pelo menos 1 (um) ano, localizadas em Territórios de Povos e Comunidade Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiros.

As inscrições devem ser realizadas online, no portal da Fundação Cultural Palmares/FCP.  Assim, se você ou sua comunidade desenvolvem atividades culinárias tradicionais e querem compartilhar esse saber, inscreva-se até o dia 29 de outubro de 2024 e ajude a preservar a riqueza gastronômica afro-brasileira.

Não deixe essa oportunidade escapar!

***
Obs.1: Importante observar que o edital n° 4/2024, publicado em 20/09/2024, edição n° 183, seção 3, sobre o mesmo tema, foi tornado sem efeito, por incorreções técnicas, valendo esse, de número 05/2024, publicado em 27/09/2024, no DOU.

***
Obs.2: Indispensável também observar que, com o adiamento do final das inscrições, as demais datas também sofrem alterações. Portanto, quem já se inscreveu, ou vai se inscrever, deve ficar atento aos novos prazos!

 Veja abaixo o aviso de retificação, com as novas datas!

AVISO DE RETIFICAÇÃO

ANEXO II - CRONOGRAMA


Edital Nº 05 - 1º Edital Sabores e Saberes: Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro

A FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES torna pública a RETIFICAÇÃO do Edital n.º 05/2024 - 1º Edital Sabores e Saberes: Comida de Terreiro para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro, publicado em 30 de setembro de 2024, edição n.º 189, seção 3, página 23.

Art. 1° O Anexo II - Cronograma fica alterado na seguinte forma:

Divulgação do Edital: 20/10/2024 a 27 /10/2024

Publicação do edital: 30/09/2024 - (Portal Eletrônico/DOU)

Início do Período de Inscrições: às 08h00 do dia 30 /09/2024

Fim do Período de Inscrições: às 18h00 do dia 29/10/2024 (30 dias corridos)

Fase de Análise das Iniciativas culturais pela Comissão de Seleção: 30/10/2024 a 05/11/2024 (05 dias úteis)

Publicação do Resultado Preliminar de Seleção (Portal Eletrônico/DOU): 07/11/2024

Fase de interposição de Recursos ao Resultado Preliminar de Seleção: 08/11/2024 a 12/11/2024 (3 dias úteis) (Anexo III)

Divulgação do Resultado de Seleção: (Portal Eletrônico/DOU) 14/11/2024 Fase de Habilitação: 18/11/2024 a 21/11/2024 (04 dias úteis)

Divulgação do Resultado Preliminar de Habilitação (Portal Eletrônico/DOU): 22/11/2024 Prazo Recursal à Habilitação: 25/11/2024 a 27/11/2024 (3 dias úteis) (Anexo IV)

Fase de Análise dos Recursos de Classificação: 28/11/2024 a 29/11/2024 até as 18 h (02 dias úteis)

Publicação do Resultado da Seleção: (Portal Eletrônico/DOU) 02/12/2024

Assinatura do Termo de Premiação: 04.12.2024

Fase prevista de Pagamento dos Prêmios: 05/12/2024 a 06/12/2024

Art. 2º - Permanecem inalteradas as demais condições estabelecidas no edital, divulgadas no portal eletrônico da entidade https://www.gov.br/palmares.


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