Notícias
Professor argentino ressalta cultura como objeto de resistência da América Latina
Para finalizar a sua participação, Spiegel lembrou que os manifestos culturais populares são atos que podem sim serem integrados a luta política. “A valorização da cultura popular faz parte das lutas democráticas em nosso continente”, concluiu o professor da Universidade de Buenos Aires antes de responder as questões do público, cuja mediação da palestra ficou a cargo do presidente da Fundação Cultural Palmares, professor-doutor Ubiratan Castro de Araújo.
Os demais painéis realizados no primeiro dia do Seminário (15) debateram a Gestão e Promoção das Culturas Populares e Políticas Públicas para as Culturas Populares. A programação oficial do seminário e outras informações podem ser acompanhadas, direto, pelo sítio eletrônico www.culturaspopulares.com.br
IV COPENE: Pesquisa ressalta pioneirismo de educador baiano
Salvador, 15/9/06 – O sociólogo e educador baiano, Manuel de Almeida Cruz foi pioneiro no Brasil a propor uma pedagogia interétnica voltada para o respeito às diversidades culturais existentes em todo país, no começo da década de 1970. A idéia do educador era acabar com as discriminações existentes sobre os descendentes de africanos no espaço das escolas, que contribuem para desenvolver no alunado negro sentimento de baixa-estima. A observação foi feita pelo mestre em Educação, o catarinense, Ivan Costa Lima, na tarde de quinta-feira (14/9), durante a mesa Uma Proposta Pedagógica do Movimento Negro do Brasil: Pedagogia Interétnica – Uma Ação de Combate ao Racismo, no IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), que acontece até sábado (16/9) na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador.
Ivan Lima ressaltou que a sua pesquisa é sobre ações na área da educação implementadas pelo Movimento Negro Brasileiro, entre os anos de 1970-80, quando não era muito amplo os debates sobre a problemática do negro nas escolas. “A atuação de Manuel Almeida é exemplar para os educadores e educadoras que vêm na educação uma forma de combate ao racismo”, pontuou o pesquisador.
Na sua conferência, o estudioso destacou que o trabalho de Manuel Cruz deveria ser mais divulgado pelo seu caráter pioneiro. “Três décadas antes da implementação da Lei 10.639, o educador e sociólogo baiano já se preocupava em implementar nas escolas formas de combate o racismo, e isso é muito importante porque atesta a relevância do trabalho de Manuel, informou Ivan Lima.
IV COPENE: Estudantes da UFMG têm nova proposta de ensino da língua inglesa
Salvador, 15/9/06 – O ensino de uma língua estrangeira associada a uma reflexão crítica de temas sociais, em especial o racismo e a luta negra pela igualdade de oportunidades e direitos é a proposta das graduandas da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG), Ane Caroline Ribeiro e Gedey Aparecida Pimenta. As estudantes fazem parte do programa de Ações Afirmativas da UFMG e participaram nesta tarde (14.9) do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), apresentando uma pesquisa que realizam sob orientação da professora doutora em Lingüística, Mirim Jorge. O objetivo da pesquisa é desenvolver um método de ensino de inglês que possibilite discussões sobre o racismo e suas conseqüências, através da utilização de textos e áudio de documentos importantes como, por exemplo, os discursos do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, como suporte para debates em sala de aula.
“O que pretendemos é estimular o ensino do inglês, contando a história do negro, através de visões valorativas, com exemplos positivos, como a luta de Nelson Mandela na África do Sul”, explicam as estudantes. Ainda em fase de produção do material didático, as pesquisadores temem a resistência de professores em adotar esse conteúdo. “Há uma resistência ideológica dos docentes que se consideram meros professores de uma língua e não educadores, capazes de difundir diversas mensagens importantes como a cultura de paz e a luta contra o racismo”, analisou a Professora Mirim Jorge.
A lingüista falou da sua experiência quando acompanhou, como visitante convidada, as pesquisa do Black Studies (Estudos Negros) da Universidade da Califórnia – Santa Bárbara (EUA). “Nas discussões sobre diversidade, percebi a submissão do Brasil no ensino de língua estrangeira, sempre preso a um padrão internacional. Ao voltar ao Brasil, senti a necessidade de desenvolver um método nosso, mais brasileiro”, completa.
Entrevista: Repórter André Santana (de vermelho) entrevista as estudantes da UFMG
O Programa de Ações da UFMG é coordenado pela professora doutora Nilma Lino, presidente da Associação Brasileiro de Pesquisadores Negros (ABPN). Como ainda não há sistema de cotas na universidade, o Programa atua no apoio à permanência dos estudantes afro-descendentes que conseguem entrar na UFMG, com bolsa e estímulo à pesquisa científica. Mais informações sobre o Programa de Ações Afirmativas da UFMG e da pesquisa desenvolvida pelas graduandas Ane Caroline Ribeiro e Gedey Aparecida Pimenta no site: www.acoesafirmativas.ufmg.br
IV COPENE: Descolonização do conhecimento nas Américas
Salvador, 15/9/06 – O filósofo professor e pesquisador do Departamento de Estudos Étnicos da University of Califórnia (EUA), Nelson Maldonado Torres, proferiu uma conferência especial nesta quinta-feira (14), na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. A atividade fez parte das atividades do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (COPENE) que prossegue até sábado (16/9), com debates, mini-cursos e palestras no Campus Cabula da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Na oportunidade, o pesquisador, que é membro da Associação Caribenha de Filosofia, falou para o público presente sobre a necessidade de descolonização do pensamento acadêmico nas Américas e sobre fundamentos da filosofia afro-caribenha.
Torres ressaltou a experiência de escritores que contribuíram com a criação de um pensamento africano independente, como Aimé Césaire, Franz Fannon e Manoel Zapata e os protestos de estudantes afro-americanos que deram origem aos departamentos de estudos étnicos nos Estados Unidos no final dos anos 60. “Apesar disso, o número de estudantes negros nas universidades americanas ainda é mínimo”, afirmou. Para o pesquisador “os países latino-americanos têm como base o genocídio institucionalizado, a colonização e a escravidão e é nesse ambiente que o racismo contemporâneo se perpetua, através da divisão diferenciada de recursos e da falta de acesso às instituições”. Para resolver esse problema, Torres sugere que “temos que minar as universidades e criar nossas próprias instituições de conhecimento”.
A próxima Conferência Internacional do Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros será no dia 16 de setembro, sábado, às 9h, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA (Canela). Até lá, acontecerão palestras, oficinas, lançamento de livros e mini-cursos no Campus Cabula da UNEB.
IV COPENE: Pesquisadora defende maior estudo na Africanidade
Salvador, 15/9/06 – A conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE) foi feita pela professora doutora Petronilha Gonçalves da Silva, para uma platéia de mais de 1.500 pessoas que superlotou o autitório Caetano Veloso da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Cabula). Ela tratou sobre Brasil negro e suas africanidades: produção e transmissão de conhecimentos. Segundo ela “a africanidade nos dá suporte para rompermos as barreiras dos preconceitos e das discriminações que são impostas aos negros nesse país. O fortalecimento da nossa africanidade nos desafia a buscarmos e a produzirmos conhecimentos para podermos participar efetivamente da vida política e cultural desse país”.
Continuando Petronílha – que atuou com destaque na implementação da lei 10.639, que prevê a inclusão no currículo escolas da história e cultura afro-brasileira e africana – destacou que “as nossas pesquisas e os nossos conhecimentos, embora sendo uma realização pessoal, poderá incentivar a muitos dos nossos a trilhar também pelo caminho do conhecimento”. A pesquisadora na área de Educação frisou que a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), por ser uma entidade que reúne pesquisadores negros e outros estudiosos, que desenvolvem trabalhos com a temática negra, devem priorizar também nas suas investigações utilizar os conhecimentos, os fazeres e a filosofia que emanam dessa africanidade.
IV COPENE: Interação entre Academia e Militância é defendida por pesquisadores
Salvador, 15/9/06 – Decorado cuidadosamente no estilo africano o auditório Caetano Veloso, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), ficou pequeno para receber mais de 1.500 pessoas na solenidade de abertura do IV COPENE, realizada na noite desta quarta-feira (13/9). A mesa de abertura foi formada pelo reitor da UNEB, Florisvaldo Valentim da Silva, reitor da Unifacs, Manoel de Barros Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Nilma Lino, presidente do IV COPENE e pró-reitor de Ensino da UNEB, Wilson Mattos, representante da SEPPIR, Maria Palmira da Silva, sub-secretário da Secretaria Municipal da Reparação de Salvador (Semur), Elias Sampaio, sub-secretário Municipal da Educação, Wesley Moreira, Coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde da População Negra, Denize Ribeiro, Ialorixá Conceição, do Terreiro Sultão das Matas e a representante do Ministério da Educação, Eliane Cavalleiro.
A professora e doutora Nilma Lino Gomes, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), fez questão de ressaltar que a entidade que congrega estudiosos negros não é uma instituição fechada a outros pesquisadores não negros. A declaração foi feita durante, a abertura do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), no auditório Caetano Veloso da Universidade do Estado da Bahia Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Cabula), na noite da última quarta-feira (13/9). Segundo ela “a ABPN surgiu para acabar com os exclusivismos e os grupos fechados de pesquisadores, que muitas vezes não aceitam o acolhimento de outros estudiosos. Nós integrantes da ABPN, antes da fundação da associação, sabíamos que haviam vários pesquisadores negros nas suas regiões de origem produzindo conhecimento com viés negro isoladamente, e nossa entidade surgiu para congregar esses estudiosos e trocarmos experiência e nos fortalecer enquanto cientistas e militantes”, destacou Nilma Lino.
Nilma: Integrar para conhecer
A presidente da ABPN falou que os intelectuais negros e a população negra brasileira devem se unir para superarem as desigualdades raciais. Sobretudo, nesse momento histórico onde o governo começa a implementar políticas de ações afirmativas e reparatórias para a comunidade negra: “Nós, enquanto brasileiros e estudiosos devemos combater setores da mídia e de intelectuais de todo o país que são contra as cotas, ação que visa reparar a enorme dívida social que o Brasil tem com a população negra”, afirmou.
`Encontro Sul-Americano` e `Seminário Nacional de Políticas Públicas` começam hoje
Na solenidade de abertura, no dia 14, às 19h30, no Teatro Funarte Plínio Marcos, além do ministro da Cultura, Gilberto Gil, estarão presentes os secretários do MinC – Sérgio Mamberti (Diversidade e Identidade Cultural), Márcio Meira (Articulação Institucional), Orlando Senna (Audiovisual), Célio Turino (Programas e Projetos Culturais), Marco Acco (Incentivo e Fomento à Cultura) e Alfredo Manevy (Políticas Culturais) – e os presidentes das instituições vinculadas – Antônio Grassi (Fundação Nacional de Arte), Ubiratan de Castro (Fundação Cultural Palmares) e Luiz Fernando de Almeida (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Os eventos contarão com representantes da Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Peru e Venezuela; delegações de todos estados brasileiros e do Distrito Federal; conferencistas nacionais e internacionais; além de grupos de tradições culturais e de instituições da sociedade civil dos países participantes. Constam da programação dos dois encontros – que abordarão temas como os processos de colonização, resistência e tradição das culturas populares – seminários e mesas-redondas, oficinas com mestres e artistas dos países sul-americanos, exposições de arte e artesanato, apresentações de grupos de cultura popular e espetáculos. Dentre os objetivos do I ESACP e do II SNPPCP está promover o intercâmbio entre estudiosos, mestres e artistas dominadores das tradições culturais.
Devido ao êxito alcançado pelo I Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, realizado no ano passado, o MinC, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, teve a idéia de realizar o Encontro Sul-Americano das Culturas Populares e promovê-lo de forma integrada à segunda edição do Seminário. Ambas iniciativas contam com a produção da Fundação Cultural Palmares juntamente com o Instituto Brasileiro de Administração para o Desenvolvimento (Ibrad).
I ESACP
O Encontro Sul-Americano das Culturas Populares, assim como outras iniciativas do Governo Federal, direciona-se a reafirmar o lugar geopolítico e simbólico do Brasil no continente. Buscando, dessa forma, uma referência para o diálogo intercultural com outros países além dos europeus, centro e norte-americanos. Soma-se, também, aos esforços para compor um horizonte cultural comum com os países vizinhos, em especial nas manifestações tradicionais. Para tanto, é imprescindível que a sociedade brasileira esteja conectada com as demais da América do Sul por meio das suas culturas populares.
II SCNPPCP
Dada a própria escala do evento, com delegados das 27 unidades da federação, o II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares intensificará o processo iniciado na primeira edição de desvendamento da diversidade das tradições culturais brasileiras, tanto do ponto de vista inter-regional como também intra-regional. Junto a esse esforço mútuo entre expressões culturais das diversas regiões do país, o Seminário oferecerá aos mestres e artistas uma oportunidade singular de intercâmbio com várias manifestações de cultura popular de toda a América do Sul.
Para além desse intercâmbio, porém, um dos objetivos do II SNPPCP será discutir e aprofundar as indicações do evento de 2005 para, finalmente, gerar um documento ministerial sobre políticas públicas para as culturas populares. Esse documento deverá ser o Capítulo do Plano Nacional de Cultura dedicado ao Programa Nacional para as Culturas Populares. Dois temas serão privilegiados: o papel dos processos educativos, formais e informais, para o estímulo e o crescimento das tradições culturais; e a socialização dos códigos de acesso e de gestão dos programas e projetos para as culturas populares.
Informações: www.culturaspopulares.com.br, (61) 3226-1084 e 3316-2023/2122/2129.
IV COPENE: Lazzo Matumbi e blocos afro no show de encerramento
Salvador, 14/9/06 – No próximo sábado (16/9), os tambores, atabaques e outros instrumentos de percussão de alguns dos principais blocos afros de Salvador, como Ilê Aiyê (foto), Olodum, Malê de Balê, Banda Didá e a voz do cantor-compositor Lazzo Matumbi, vão ecoar na Praça Municipal (Centro Histórico de Salvador), a partir das 21 horas. O show musical marcará o encerramento do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), que será realizado em Salvador de 13 a 16 de setembro, (4a feira a sábado), no Campus I da Universidade do Estado da Bahia/UNEB (Cabula) e na Reitoria da Universidade Federal da Bahia/UFBA (Canela). O Congresso tem como presidente o prof. Dr. Wilson Roberto de Mattos, 1º Vice Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN e pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação/UNEB.
No palco fixo, em frente do Palácio Thomé de Souza, sede da Prefeitura Municipal de Salvador, o cantor Lazzo interpretará alguns dos seus principais sucessos: “Do Jeito Que Seu Negro Gosta”, “Alegria da Cidade” e outros, para os mais de 1.500 inscritos no Congresso e para centenas de baianos. Já os blocos afros Ilê Aiyê, Olodum e Malê de Balê, com suas alas de cantores e dançarinos e com os seus grupos de percussionistas desfilarão sucessos dos seus carnavais em quase três décadas de criação.
Brasil ganha Parque Memorial Zumbi dos Palmares em novembro
O incremento de iniciativas que valorizam a produção artesanal, agrícola e cultural das comunidades remanescentes dos quilombos é o tronco da política de etnodesenvolvimento. A secretária de Defesa e Proteção das Minorias, Patrícia Mourão, acrescenta que o Parque Memorial Zumbi dos Palmares não irá contemplar apenas a divulgação da Serra da Barriga como mais um local de visitação. O parque vai oportunizar, assegura a dirigente, a construção de um novo referencial para a Serra da Barriga. Além de uma mostra permanente da produção dos quilombolas que vivem na região, Patrícia Mourão lembra que todos aqueles que forem até a área vão ter contato com um pouco da presença indígena, já que, segundo ela, o Quilombo dos Palmares não serviu apenas de resistência para os negros que fugiam das senzalas. “Palmares também abrigou um percentual de indígenas e estes marcaram também a história da resistência contra à escravidão”, frisa.
A Serra da Barriga está situada no município de União dos Palmares, distante 100 kms de Maceió. É um sítio histórico onde se localizava o Quilombo dos Palmares. Na década de 80, foi reconhecida pelo governo federal como monumento histórico e em 21 de março de 1988 passa a ser considerada como monumento nacional pelo Decreto nº 95.855. A Fundação Cultural Palmares recebeu, por termo de entrega concedido pela Secretaria do Patrimônio da União Federal, em 7 de abril de 1998, certidão a qual passa para a sua responsabilidade, a manutenção e preservação do sítio histórico da Serra da Barriga.
História
FCP/MinC no Ciclo de Debates Um Dedo de Prosa
Debates sobre cultura e etnodesenvolvimento:
As discussões vão ocorrer em torno da promoção e valorização do patrimônio cultural e social afro-brasileiro. Para a secretária de Defesa e Proteção das Minorias de Alagoas, Patrícia Mourão, o Ciclo de Debates irá aproximar ainda mais os representantes quilombolas, de religiões de matriz africana, estudantes e organizações não-governamentais alagoanas com o Governo Federal e também com a administração estadual. O objetivo é construir uma agenda de iniciativas para fomentar uma maior inclusão da comunidade negra na sociedade de Alagoas, com o desenvolvimento de políticas públicas e ações de etnodesenvolvimento.
Quilombo do século XVIII é finalmente reconhecido na Bahia
Brasília, 13/9/06 – Sob o regime de aforamento gratuito, ocorreu, recentemente a cessão ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do domínio útil de um imóvel rural, constituído de terreno pertencente à União, com área de 10.682,7941 ha, situado à margem direita do Rio São Francisco, no trecho de Parateca e Pau d’Arco, Município de Malhada, Estado da Bahia,encerrando conflitos fundiários com os fazendeiros da região.
Por meio dessa cessão, o Incra realizará a titulação definitiva da área que se insere num território de 18.638,8032 hectares, oficialmente reconhecido como Remanescente de Quilombo por meio da aprovação do Relatório de Identificação e Reconhecimento Territorial elaborado pela Fundação Cultural Palmares, publicado no D.O.U. de 13 de agosto e 16 de novembro de 1998.
Os moradores ,representados pela Associação Agro-extrativista das Comunidades de Pau d’Arco e Parateca, registram permanência na área desde ao início do séc. XVIII. As 400 famílias ali residentes vivem da pesca nas lagoas que se formam após o refluxo das águas, além da agricultura e pecuária de subsistência.
Dirigentes da FCP cumprem agenda em Alagoas, Paraíba e Pernambuco
Brasília, 12/9/06 – Identificar comunidades remanescentes dos quilombos que se encontram em situação de conflito agrário, bem como promover levantamento acerca da legislação quilombola nos estados é o objetivo de mais uma missão promovida pela FCP/Minc junto à grupos quilombolas. A diretora de Proteção do Patrimônio Afro-Brasileiro, acompanhada da procuradora-geral da FCP cumprem agenda nos estados de Alagoas e Paraíba. Maria Bernadete Lopes da Silva e Ana Maria Oliveira se encontram, de 12 a 14 deste mês nas Comunidades de Tabacaria, no município de Poço das Trincheiras. Na Paraíba, mais especificamente na Comunidade da Serra do Talhado, em Santa Luzia do Sabugi, as duas dirigentes federais realizam visita técnica para esclarecer detalhes sobre a legislação quilombola, além de se reunirem com técnicos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOS).
Lago de Sobradinho:
Nos dias 18 e 19 próximos, a diretora Maria Bernadete Lopes e a procuradora Ana Maria Oliveira visitam a Comunidade de Negros de Jilu, em Itacuruba (PE). Na ocasião se reunem com técnicos do INCRA, representantes das Comunidades e técnicos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco(CHESF) para debater sobre a nova área que deve ser realocada à comunidade, já que sua área original foi inundada pelo Lago de Sobradinho.
Presidente da FCP discute criação do Memorial do Terreiro do Bogum
Rituais diferenciados:
O Terreiro de Bogum, de Nação Jeje, é diferente dos outros terreiros de Salvador. Uma das principais diferenças é a língua falada nos rituais. Como explica Jaime Sodré (ogã da casa há 35 anos), a língua falada pelos jeje é o ewé, do povo fon, com tradição ligada ao Benin. A maioria dos candomblés baianos é de tradição nagô e utiliza como língua o iorubá. Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro do Bogum não existem orixás, lá se cultuam os voduns e recebem outras denominações.
A missa em homenagem a São Bartolomeu é feita anualmente há 200 anos, tendo-se tornado uma tradição do Terreiro do Bogum.
Zaildes Iracema de Mello, Mãe Índia, é a atual chefe do terreiro, tendo sucedido sua tia Nicinha e sua tia-avó Valentina (Runhó).
Segundo historiadores, foi no local onde está o Bogum que Joaquim Jêje, herói do movimento de insurreição de escravos malês, deixou o bogum (baú) onde estavam os donativos que permitiram a famosa Revolta dos Malês ocorrida em Salvador em janeiro de 1835. Esses escravos sabiam ler e escrever em árabe, tinham grande poder de organização e articulação e pretendiam fundar um “reino africano” em terras brasileiras, mas foram traídos e a “revolução negra-escrava” foi descoberta. O termo “bogum” também pode ser explicado pelo dialeto gun (dialeto do fon com muitos elementos do iorubá), falado na região de Porto Novo, no Benin, significando “lugar (ibo) dos fon (gun)”. O nome completo do terreiro é Zoogodô Bogum Malê Rundó.
Tudo pronto para o IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros em Salvador
Brasília, 11/9/06 – Salvador recebe entre os dias 13 e 16 de setembro próximos, negros e negras que se dedicam à pesquisa acadêmica das diversas regiões do Brasil, além de convidados internacionais, no IV Congresso de Brasileiro de Pesquisadores Negros, que acontecerá na Universidade do Estado da Bahia (UNEB – Campus Cabula) e na Universidade Federal da Bahia (Ufba).
O tema central é “O Brasil negro e suas Africanidades: produção e transmissão de Conhecimento”, relacionando às áreas da saúde, educação, história, sociologia, antropologia, ciência e tecnologia. Todos voltados para as questões raciais, diáspora, ancestralidade e resistência. O Congresso tem como objetivo consolidar e ampliar as atividades de pesquisa e intercâmbio em torno das temáticas étnico-raciais, privilegiando a multidisciplinaridade. Segundo a professora Ivi Mattos, coordenadora do evento, “o IV Copene dará prosseguimento a relevantes reflexões sobre a temática étnico-racial realizadas nos congressos anteriores, tendo em vista a apresentação de proposições pertinentes às problemáticas que afetam a vida da população negra no país”.
Oficinas, simpósios, mesas de debates, exibição de filmes e apresentações artísticas estão inseridas dentro da programação. O cantor, empresário e apresentador do TV da Gente, Netinho de Paula, também foi convidado para participar de uma mesa sobre empreendedorismo negro, na quinta-feira (14). Entre as oficinas que serão oferecidas estão “dança afro-brasileira”, com Evandro Passos; “cinema negro”, com o cineasta Joelzito Araújo e “Corpos que dançam”, com a mais nova Mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia, a coreógrafa e educadora, Nadir Nóbrega.
A expectativa da coordenação é de reunir mais de mil estudiosos de diversos campos de pesquisa. Já foram confirmadas as presenças da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); do professor Valter Silvério e da doutora Petronilha Beatriz da Silva, ambos da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar); do professor Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo (USP); Elaine Joyce King, dos Estados Unidos, além da presença de Emilia M´Bokolo, do Congo e da presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Nilma Lemos Gomes.
Vários representantes do Núcleo de estudantes Negros das Universidades do Brasil (NEABS), além de 130 estudantes que fazem parte de Programas de Ações Afirmativas, entre bolsistas e voluntários também estarão no encontro. O IV Copene é uma realização da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e conta com o apoio da Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), Secretaria Municipal da Educação, Secretaria Municipal da Saúde, da Fundação Cultural Palmares, Fundação Ford e Secretaria da Administração (SECAD) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). As inscrições via internet já foram encerradas, porém quem ainda não fez a inscrição poderá efetuar no primeiro dia do evento, no Campus da UNEB.
PROGRAMAÇÃO
Dia 13/09/2006 – Quarta-feira
10h às 12h – Credenciamento
12h às 14h – Almoço
14h às 16h - Reunião dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEAB’S)
- Reunião do GT 21 – ANPED: Afro-brasileiros e educação
16h às 17h – Reunião da Direção da ABPN
17h às 18h -Reunião da Direção da ABPN e Comissões do IV Congresso
18h às 19h – Intervalo
19h às 20h – Momento Litúrgico
Cantores: Rita Braz e Jorge Pimentel
Abertura Solene
20h às 21h30
– Conferências de Abertura: “Brasil Negro e suas Africanidades: Produção e transmissão de conhecimentos”.
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (Profesora Titular do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos.
Elikia M’Bokolo (Historiador, Directeur d`Études na l`Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (França).
21h30 – Apresentação Artística
Dia 14/09/2006 – Quinta-feira
8h às 10h – Mini-cursos
10h às 12h
a) Simpósio I: Ciência, Tecnologia e Sociedade da Informação – Mesa Redonda 1 (Henrique Cunha Jr. – UFCE, Ney dos Santos Oliveira – UFF, Antonia Garcia – IUPERJ, Marizilda dos Santos Menezes – UNESP)
b) Simpósio II: Ações Afirmativas, Estado e Movimentos Sociais – Mesa Redonda 1 (Nilo Rosa – UEFS, Silvio Humberto Passos – UEFS, Jocélio Teles – UFBA, Anna Luca Florisbela dos Santos – Universidade Técnica Darmstadt)
c) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Mesa Redonda 1 (Jeruse Romão – UNISUL, Wilma de Nazaré Baia Coelho – UFPA, Maria de Lourdes Siqueira – UFBA, Luiz Alberto Gonçalves – UFMG)
d) Simpósio IV: Cultura, Memória e História das Populações Negras – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 1, 2, 3, 4
e) Simpósio V: Artes, Literaturas e Linguagens – Mesa Redonda 1 (Florentina de Souza – UFBA, Inaicyra Falcão – UNICAMP, Joelzito Araújo – Cineasta, Maria da Conceição Evaristo de Brito – Poeta)
f) Simpósio VI: Comunidades Tradicionais, Religiosidades e Territorialidades – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 1, 2
g) Simpósio VII: África e Africanidades na Diáspora – Mesa Redonda 1 (Acácio Sidnei da Silva – Casa das Áfricas, Salomão Jovino da Silva – Historiador, Juvenal de Carvalho – Faculdade Jorge Amado, Rita de Cássia Natal Chaves – USP, José Carlos Gomes dos Anjos – UFRGS)
h) Simpósio VIII: Direitos Humanos e Saúde da População Negra – Sessão de Comunicação de Pesquisa:1
12 às 14h -Almoço
14h às 16h
i) Simpósio I: Ciência, Tecnologia e Sociedade da Informação –Sessão de Pôsteres: 1
j) Simpósio II: Ações Afirmativas, Estado e Movimentos Sociais – Mesa Redonda 2 (Valter Roberto Silverio – UFSCAR, Sales Augusto dos Santos – UnB)
l) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 1, 2, 3, 4, 5
m) Simpósio IV: Cultura, Memória e História das Populações Negras – Mesa Redonda 1 (Paulino de Jesus Francisco Cardoso – UDESC, Edílson Fernandes – UFPE, Lídia Cunha – UESB, Carlos Benedito Rodrigues – UFMA)
n) Simpósio V: Artes, Literaturas e Linguagens – Sessão de Pôsteres: 1, 2
o) Simpósio VI: Comunidades Tradicionais, Religiosidades e Territorialidades – Mesa Redonda 1 (José Carlos Gomes dos Anjos – UFRS, Flávio Gomes dos Santos – UFRJ, Rosa Acevedo – UFPA, Valdélio dos Santos Silva – UNEB)
p) Simpósio VIII: Direitos Humanos e Saúde da População Negra – Mesa Redonda 1 (Samuel Vida – UCSAL, Ivair Augusto dos Santos – UnB, Humberto Adami – Advogado, Climenes Laura de Carvalho – UFBA)
q) Diálogos e Debates 1: Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (a): (Secretaria Municipal da Reparação– SEMUR, Secretaria Municipal de Saúde – SMS, Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SMEC)
16h às 17h30
r) Diálogos e Debates 2: Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (b): (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR/Presidência da República, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD/MEC, Secretaria do Ensino Superior – SESU/MEC, Fundação Cultural Palmares – FCP/MINC)
17h30 às 19h
s) Diálogos e Debates 3: Populações Negras: Pesquisa, Pós-Graduação e Financiamento (Denise Dora – Fundação Ford, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB (nome a confirmar), Valdélio Santos Silva – UNEB, Livio Sansone – Pós-Afro/UFBA, CAPES-MEC (nome a confirmar))
19h às 20h
t) Diálogos e Debates 4 : Ações Afirmativas no Setor Produtivo, no Comércio e no Entretenimento (Jose de Paula Neto (Netinho) – TV da Gente, Mario Nelson Carvalho – Associação Nacional de Empreendedores Afro-Brasileiros, Romilson da Silva Souza – CEDIC, Antonio Lopes – Fazenda do Menor/Revista FAMFS, Nilo Rosa/UEFS – Coordenador)
20h30 Recital: Poetas dos “Cadernos Negros”
Dia 15/09/2006 – Sexta-feira
8h às 10h – Mini-cursos
10h às 12h
a) Simpósio I: Ciência, Tecnologia e Sociedade da Informação – Sessão de Comunicação de Pesquisas: 1
b) Simpósio II: Ações Afirmativas, Estado e Movimentos Sociais – Sessões de Pôsteres: 1, 2
c) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Mesa Redonda 2 (Ana Célia da Silva – UNEB, Jurema Pinto Werneck – CRIOLA, Henrique Cunha Jr. – UFCE, Benilda Brito – N’Zinga/MG)
d) Simpósio IV: Cultura, Memória e História das Populações Negras – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 5, 6, 7
e) Simpósio V: Artes, Literaturas e Linguagens – Sessões de Comunicação de Pesquisas:1, 2
f) Simpósio VI: Comunidades Tradicionais, Religiosidades e Territorialidades – Mesa Redonda 2 (Marise de Santana – UESB, Jaime Sodré – UNEB, Josildeth Gomes Consorte – PUC/SP, Vilson Caetano de Sousa Jr. -UNEB, Vanda Machado – UFBA)
g) Simpósio VII: África e Africanidades na Diáspora – Sessão de Comunicação de Pesquisas: 1
h) Simpósio VIII: Direitos Humanos e Saúde da População Negra – Conferência Temática (Isabel Cristina Fonseca da Cruz – UFF)
12h às 14h -Almoço
14h às 16h
i) Simpósio I: Ciência, Tecnologia e Sociedade da Informação – Mesa Redonda 2 (Henrique Cunha Jr. – UFCE, Miriam de Albuquerque Aquino – UFPB, José Bernardes Felix – USP/S.Carlos)
j) Simpósio II: Ações Afirmativas, Estado e Movimentos Sociais – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 3, 4
l) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Sessões de Pôsteres: 1, 2
x) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Mesa Redonda 3 (Azoilda Loretto Trindade – SME/RJ e FRM, Maria Clareth Gonçalves Reis PPGE/UFF, Maria Batista Lima UFS, Helena Theodoro – UGF)
m) Simpósio IV: Cultura, Memória e História das Populações Negras – Mesa Redonda 2 (Alecsandro José Prudêncio Ratts – UFG, Walter Fraga Filho – UNEB, Lucilene Reginaldo – UEFS)
n) Simpósio V: Artes, Literaturas e Linguagens – Mesa Redonda 2 (Maria Anoria de Jesus Oliveira – UNEB, Maria Nazareth Mota Lima – UNEB, Maria Nazareth Soares Fonseca – PUC/MG, Luis Silva Cuti – Poeta)
o) Simpósio VI: Comunidades Tradicionais, Religiosidades e Territorialidades – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 3, 4
p) Simpósio VII: África e Africanidades na Diáspora – Conferência Temática (Kabengele Munanga – USP)
q) Simpósio VIII: Direitos Humanos e Saúde da População Negra – Sessão de Comunicação de Pesquisas: 2
19h às 21h
r) Diálogos e Debates 5: Populações Negras: Universidade, Pesquisa e Intercâmbios Internacionais (Petronilha Beatriz G. e Silva – UFSCAR, Mwalimu Shujaa – Fort Valley State University/EUA, Joyce Elaine King – Spelman College/ EUA, Lucia Maria de Assunção Barbosa NEAB/UFSCAR, Rachel de Oliveira – PMSP, Carlos Moore – Caribbean University – Jamaica)
Dia 16/09/2006 – Sábado
8h às 10h – Mini-cursos
10h às 12h
a) Simpósio I: Ciência, Tecnologia e Sociedade da Informação – Sessão de Comunicação de Pesquisas 2
b) Simpósio II: Ações Afirmativas, Estado e Movimentos Sociais – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 1, 2.
c) Simpósio III: Educação, Gênero e Diversidade Étnico-Racial – Sessões de Comunicação de Pesquisas: 6, 7, 8, 9, 10
e) Simpósio V: Artes, Literaturas e Linguagens – Sessão de Comunicação de Pesquisas: 3
f) Simpósio VI: Comunidades Tradicionais, Religiosidades e Territorialidades – Sessão de Pôsteres: 1
g) Simpósio VII: África e Africanidades na Diáspora – Sessão de Comunicação de Pesquisas: 2
h) Simpósio VIII: Direitos Humanos e Saúde da População Negra – Mesa Redonda2 (Maria Inês da Silva Barbosa – SEPPIR, Fernanda Lopes – PCRI/DFID-UK, Luis Eduardo Batista – NUPE/UNESP).
17h às 18h
i) Conferência de Encerramento
– Ubiratan Castro de Araújo (Doutor em História Moderna e Contemporânea – França / Professor do Departamento de História da UFBA / Presidente da Fundação Cultural Palmares)
18h às 19h – Solenidade de Encerramento
ATIVIDADES GERAIS
– OFICINAS: dia 14/09/06, das 16h, às 19h.
– ASSEMBLÉIA GERAL: dia 15/09/06, das 16h, às 18h.
dia 16/09/06, das 14h, às 16h.
– LANÇAMENTOS DE LIVROS: dia 15/09/06, das 18h, às 19h.
- HOMENAGENS A LIDERANÇAS NEGRAS: dia 15/09/06, das 21h, às 21h15.
–BANDO DE TEATRO OLODUM: dia 15/09, das 21h15, às 21h45.
– TROFÉU MANOEL QUERINO: dia 15/09/06, das 21h45, às 22h30.
- CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS
Local: Universidade Federal da Bahia – UFBA
(Salão Nobre da Reitoria)
14/09/06 – 9h às 10h
Nelson Maldonado – Torres – Professor do Departamento de Estudos Étnicos da University of Califórnia – Berkeley.
16/09/06 – 9h às 10h
Joyce Elaine King–Professora de educação na Spelman College em Atlanta, Georgia.
Informações: Coordenadora do Congresso, Ivi Matos –3242-2986 / 3242-2416. Site do IV Copene: www.4cbpn.com. UNEB: www.uneb.br
Fórum Nacional Debate o contexto político e social da Performance Negra
Brasília, 6/9/06 – Grupos dedicados ao desenvolvimento e produção artística seguindo uma estética negra a qual valoriza a cultura afrodescendente e suas manifestações contemporâneas se encontram em Salvador, de 11 a 14 de setembro, para trocar experiências e discutir políticas culturais. O II Fórum Nacional de Performance Negra é uma promoção da Fundação Cultural Palmares/MinC e FUNARTE. Palestras e debates vão reunir no Teatro Vila Velha mais de 120 participantes. A proposta do encontro, avalia Hilton Cobra, da Cia dos Comuns (RJ) é dar continuidade ao mapeamento das atividades dos grupos de performance negra, bem como propor alternativas de divulgação e políticas de estímulo à performance negra nacional. Em parceria com o Bando de Teatro Olodum, também formado por atores e atrizes negras, o II Fórum Nacional tem entrada franca e as inscrições podem ser feitas pelo telefone 0.xx.71.3336-1384.
Arte e Sustentabilidade
Segundo o diretor teatral, os debates gerados a partir do primeiro fórum, realizado em 2005 demonstraram a urgência de uma série de procedimentos que busquem um desejável aprimoramento de nossa capacitação e domínio do ofício, em vários âmbitos da realização artística, produção, seleção de repertório, divulgação, patrocínio e fomento, e mesmo no agenciamento das esferas pública e privada, visando potencializar as ações tanto dos grupos já estabelecidos quanto dos emergentes. Hlton Cobra analisa que é de urgente importância garantir a permanência e a sobrevivência dos grupos de performance negra. De acordo com o diretor e também ator, dos cerca de 80 grupos existentes hoje no Brasil, apenas três recebem algum tipo de patrocínio ou apoio cultural, vindo de instituições governamentais ou privadas.
Seminário debate políticas para quilombolas na Bahia
Inauguração de Escola Municipal em Salvador:
Cumprindo agenda no Estado da Bahia, o presidente da FCP/MinC participa nesta terça-feira (5), às 9h, da inauguração da Escola Municipal de Itacaranha Manuel Faustino. O evento se realiza em Salvador/BA. Nesta quarta-feira (6), Ubiratan Castro de Araújo retorna a Brasília onde cumpre agenda junto ao Ministério da Cultura.
Fundação Cultural Palmares nomeia aprovados em concurso público
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Ubiratan Castro Araújo, nomeou nesta quarta-feira, dia 30 de agosto os candidatos aprovados no concurso público do Ministério da Cultura/Fundação Cultural Palmares, ocorrido em maio deste ano.
Os aprovados deverão comparecer, no prazo máximo de 30 dias, na sede da Fundação Palmares ou em suas representações regionais para tomarem posse.
Em Brasília, a Fundação localiza-se no Setor Bancário Norte, Quadra 02, Ed. Central Brasília, 1º subsolo. Informações: (61) 3424-0123 / 3424-0124.
No Rio de Janeiro, Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa, nº16 – sala 716.
Informações: (21) 2220-3340.
Em Salvador, Rua Visconde de Itaparica, nº 08 – Barroquinha – Centro.
Informações: (71) 3322-3488.
A Portaria de nomeação, nº 19, foi publicada no Diário Oficial da União em 30 de agosto de 2006.
Candidatos nomeados:
Nome |
CPF |
Cargo |
Nível |
Lotação |
|
Unidade |
Local |
||||
Daniela Hallwass |
786.666.351-34 |
Administração e Planejamento |
Superior |
Sede – AGE |
Brasília-DF |
Madaí Souza de Carvalho |
902.420.505-06 |
Administração e Planejamento |
Superior |
Representação Regional |
Salvador – BA |
Taísa Faccion e Ferreira Pinto |
055.074.506-84 |
Documentação |
Superior |
Representação Regional |
Rio de Janeiro |
Emerson Nogueira Santana |
035.894.916-55 |
Documentação |
Superior |
Sede – DEP |
Brasília-DF |
Isabela da Silva Sela |
006.536.449-06 |
Pesquisa |
Superior |
Sede – DEP |
Brasília-DF |
Bianca Cristina Borges da Costa |
076.317.807-14 |
Técnico |
Superior |
Sede – DPA |
Brasília-DF |
Marília Matias de Oliveira |
055.978.406-65 |
Comunicação e Divulgação Cultural |
Superior |
Sede – DPA |
Brasília-DF |
Marcus Vinícius Bennett Ferreira |
009.682.294-50 |
Comunicação e Divulgação Cultural |
Superior |
Sede – ACS |
Brasília-DF |
Período: 30 dias contados da publicação da Portaria de Nomeação (30/08/06)
Horário: de 08h às 12h e de 14h às 18h
Local: Brasília – Fundação Cultural Palmares (Sede) – Setor Bancário Norte, Quadra 02, Ed. Central Brasília, 1º subsolo – Brasília.
Rio de Janeiro – Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa, 16 – sala 716.
Salvador – Rua Visconde de Itaparica, 08 – Barroquinha – Centro.
FCP expressa pesar pelo falecimento de Flavio Jorge, importante líder do movimento negro brasileiro
A Fundação Cultural Palmares expressa pesar pelo falecimento de Flavio Jorge, mais conhecido como Flavinho, importante líder do movimento negro brasileiro e ativista da Soweto, Organização Negra na cidade de São Paulo e da Executiva da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
O ativista fundou o primeiro coletivo de estudantes negros da PUC-SP, ajudou reerguer o Brasil na redemocratização e dedicou sua vida e trajetória política a construção de uma democracia verdadeira sem racismo, segundo informou em sua página no Instagram, o Movimento Negro Unificado São Paulo. Flavinho também foi secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT (1995-1999).
“Hoje o Brasil perdeu um importante militante da luta pelos direitos da igualdade. Flavinho foi um mobilizador para que o nosso país desenvolvesse uma politica de igualdade racial. Flavinho está à frente de um importante grupo que gerou a Seção de Promoção da Igualdade Racial – SEPIR, o qual gerou duas ministras negras importantes. Em fevereiro do ano passado tive a honra de me reunir com ele, neste encontro tivemos a oportunidade de fazer várias trocas, pensando no futuro do povo negro. Flavio Jorge tinha conceito sobre o Brasil.É uma perda irreparável para o Brasil”, desabafou João Jorge Santos Rodrigues, amigo de Flavio Jorge e presidente da Fundação Cultural Palmares.
O ativista e militante trilhou uma trajetória de muitas lutas e conquistas durante seu período aqui conosco. Registramos nossa solidariedade aos familiares e amigos e aos corações enlutados por essa grande perda.
Historiador Ubiratan Castro de Araújo Lança Livro Sete Histórias de Negro
Brasília, 11/8/06 – O historiador e presidente da Fundação Cultural Palmares/MinC, Ubiratan Castro de Araújo, lança na próxima quarta-feira, em Salvador, mais uma obra literária. Membro da Academia Baiana de Letras, o historiador Ubiratan Castro de Araújo lança o livro “Sete Histórias de Negro”. O livro integra mais uma obra de Ubiratan Castro, autor de “A Guerra da Bahia”, “Salvador era assim. Memórias da Cidade”, Sete Histórias de Negro trata da união entre a cultura oral e escrita, em uma história que integra personagens negros dentro de um cotidiano baiano de ser e viver.
Doutor em História pela Université de Paris IV e Mestre em História pela Université de Paris V, Ubiratan Castro de Araújo receberá autoridades, artistas e representantes do movimento negro baiano em sessão de autógrafos a ser realizada a partir das 18h do próximo dia 16, na Casa do Benin, no Centro Histórico do Pelourinho.
Angélique Kidjo declara seu amor ao Brasil
Angélique salientou que o Brasil ocupa um lugar muito importante em seu coração, onde agradeceu ao povo brasileiro, em especial os baianos, pela acolhida ofertada a ela em Salvador. A cantora se declarou muito ligada a cultura da diáspora na América e ressaltou a profunda emoção em participar do concerto musical realizado na noite do dia 14 de julho, data de seu aniversário. Na ocasião, Angélique foi homenageada com um cartão e um buquê de flores, oferecido pela FCP. A artista encerrou a correspondência se colocando a disposição da Fundação Cultural Palmares para auxiliar a instituição em qualquer ação ou atividade que promova a valorização da cultura negra e da integração com os países africanos.
Mulher, cantora, militante:
Angélique Kidjo não é apenas uma das estrelas mais eletrizantes do mundo pop atual, mas é também uma de suas artistas mais avançadas e criativas. Nascida em Benim, e residindo entre Paris e Nova York, Kidjo iniciou sua carreira solo em 1989, cruzando as fronteiras musicais entre funk, jazz, salsa, rumba, souk e makossa (ritmos do Benim).
Em Black Ivory Soul (Columbia Records), seu sétimo álbum solo, Kidjo explora o parentesco musical entre a África e o Brasil – especialmente entre o Benim, sua terra natal, e a Bahia (lembra-se que o Benim é uma das áreas de origem dos Yorùbá, grupo étnico com grande presença na Bahia). O CD traz uma mistura percussiva de ritmos africanos e brasileiros interpretados pelos melhores instrumentistas do Benim e de Salvador, e traz três composições em parceria com Carlinhos Brown, além da releitura de “Refavela”, clássico de Gilberto Gil.