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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 17/12/2025 13h25

Programação da FCP destaca a importância das religiões de matriz africana em São Paulo

Publicado em 23/09/2013 14h00 Atualizado em 06/12/2023 10h14

A Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP), por meio de Representação Regional em São Paulo, convida os moradores das cidades de São Paulo e Tietê a conhecerem as religiões de matriz africana através de um novo olhar. O olhar de quem respira, vive, participa e contribui diariamente para que essas manifestações sejam preservadas.

Trata-se da série “Olhares de dentro”, que promoverá os encontros “Presença das matrizes africanas na cidade de São Paulo” e “Salvaguarda das celebrações de matrizes africanas em Tietê / a Festa de São Benedito”, realizados nos dias 25 e 27 de setembro, respectivamente. A representante da FCP em São Paulo, Cidinha da Silva, explica o nome da série: “Olhares de dentro remete à emissão de voz dos detentores de bens culturais por seus próprios pontos de vista, ou seja, a partir de seus próprios valores, matrizes e lócus de referência”, afirma.

Ainda de acordo com Cidinha, o objetivo das conversas é amarrar pontas e entrelaçar ideias de forma a dar consequência a cada uma das frentes já abertas pela Representação. “Pretendemos também recolher subsídios para publicações futuras em formato de cadernos ou textos em PDF para o acervo digital da FCP, a serem distribuídos amplamente para o público interessado”, pontuou.

A cantora e deputada estadual Leci Brandão (PC do B-SP) confirmou sua participação nos encontros e deve abordar a visibilidade das religiões de matriz africana na cidade de São Paulo e sua dimensão política.

Visibilidade – O encontro “Olhares de Dentro: Presença das matrizes africanas na cidade de São Paulo” será realizado no dia 25/09 em parceria com o Movimento Águas de São Paulo, que luta pelos direitos humanos e de cidadania das Casas de Asé e contra a intolerância religiosa. De acordo com Felipe Brito, um dos articuladores, a intenção é fazer um debate que coloque as religiões de matriz africana em questão com os eixos cultural, político e de comunicação da cidade de São Paulo.

“A ideia é que cada debatedor consiga demonstrar se as religiões de matriz africana tem ou não visibilidade nos seus eixos de atuação. Apesar de, para nós, ser notável a invisibilidade, é muito bom trazer a tona a discussão para que todos sejam ouvidos”, afirma Felipe.

Felipe destaca também que o importante é combater a invisibilidade apresentando o dia a dia dos terreiros. “Nós não precisamos nos ater a questões muito formais e tradicionais, mas podemos falar do simples, do que é mais compreensível”, aponta.

Patrimônio Cultural – Já no dia 27/09, o debate será pelo reconhecimento da Festa de São Benedito, realizada em Tietê/SP como patrimônio cultural dos negros da região, de São Paulo e do Brasil. Alessandra Gama, articuladora do Ponto de Memória e Cultura IBAÔ e uma das debatedoras do encontro, conta que o evento pretende contribuir com a iniciativa dos festeiros da cidade em pleitear o tombamento.

“Nós vamos discutir o que significa ser reconhecido como patrimônio cultural, quais sãos requisitos, as políticas que podem assegurar o reconhecimento, o que pode trazer de benefício para a festa e muitos outros aspectos”, conta.

Alessandra destaca ainda que o tombamento é muito importante porque assim o Estado também passa a ter responsabilidades sobre a preservação das manifestações culturais. “Além, é claro, de promover a autoestima, reconhecer junto à população a importância que ela tem como contribuição para a cultura, e assegurar direitos culturais e cidadania”, cita.

Confira abaixo a programação dos dois eventos:

25/09 (quarta-feira)
“Olhares de dentro: presença das matrizes africanas na cidade de São Paulo”
Articulação e Coordenação: Movimento Águas de São Paulo em luta pelos direitos humanos e de cidadania das Casas de Asé e contra a intolerância religiosa
Hora: 19h
Local: Auditório do Ministério da Cultura, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elísios.
Informações: (11) 2766-4300

27/09 (sexta-feira)
“Olhares de dentro: salvaguarda das celebrações de matrizes africanas em Tietê / a Festa de São Benedito”
Alessandra Gama, capoeira e articuladora do Ponto de Memória e Cultura IBAÔ
Sônia Florêncio – Coordenadora de Educação Patrimonial DAF / IPHAN – Brasília
Marcela Bonatti – Coordenação Setorial de Patrimônio Cultural / Secretaria de Cultura de Campinas
Facilitador: Wellington Alves – Articulador da Festa de São Benedito em Tietê
Hora: 14h
Local: Prefeitura Municipal de Tietê, J. A. Corrêa, 01, Tietê, SP. Telefone para informações: 15 – 32858755

Cultura, Artes, História e Esportes

A presença negra nas artes é tema de debates em São Paulo

Publicado em 22/09/2013 15h00 Atualizado em 06/12/2023 10h16

Discussões sobre os espaços atualmente ocupados pelos negros e negras representam uma forma eficaz de identificar as necessidades reais dessa população. Para tanto a Representação Regional da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP), em São Paulo, promove uma série de debates que vai discutir a presença negra no teatro, na literatura e no fazer intelectual, nos dias 19, 20 e 26 de setembro, no Auditório MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elísios, sempre às 19 horas.

As atividades fazem parte do Palmares 25 Anos e contam ainda com debates sobre mídia e relações raciais, as séries “Olhares de Dentro” e “Territórios Negros na Urbes Paulistana”. Cidinha da Silva, representante da FCP no estado, e idealizadora das ações, conta que esses temas foram escolhidos como resposta às demandas apresentadas pelos agentes culturais negros nas reuniões realizadas com a FCP – MinC nos meses de abril, maio e junho.

O corpo negro no teatro – Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 130 companhias de teatro, formadas majoritariamente por atores, atrizes e diretores negros. As produções viajam pela estética negra, recriam representações das tradições de matriz africana, assim como situações cotidianas da população afro-brasileira. No campo cultural, representam uma das principais armas de combate ao racismo e a discriminação racial.

Para a diretora e atriz de teatro, Lucélia Sérgio, da Companhia “Os Crespos”,  que participa do debate “O corpo Negro no Teatro”, que acontece nessa quinta-feira, 19/09, a partir das 19h, é importante discutir a presença negra em cena, assim como financiamento e capacitação para as produções afro-brasileiras.

Produção intelectual negra – No mesmo dia, encerrando as atividades, acontece ainda um debate sobre “O corpo negro no fazer intelectual”. Flávia Rios, socióloga convidada para participar da atividade, relata que a produção intelectual da população negra tem mais visibilidade nas áreas humanas e há um déficit em relação às ciências exatas e de saúde. A socióloga atribui isso ao falta de oportunidade de acessos dos negros nessas áreas.  “O debate deve movimentar as pessoas sobre a necessidade do aumento de linhas de pesquisas e de financiamento, assim como meio para facilitar o acesso dos negros e negras às universidades e espaços de produção intelectual”, pontuou Flávia.

Afro-literatura – Numa pesquisa recente a pesquisadora da Universidade de Brasília Regina Dalcastagnè,  denuncia padrões construídos e validados pela literatura brasileira que mostram que o racismo também é forte no segmento. Segundo informações, 93,9% dos escritores são brancos.  E com o objetivo de discutir a participação negra no campo da literatura, acontecem nos dias 20 e 26 de setembro, também às 19h, respectivamente, os debates “O corpo negro na literatura” e “O caminho editorial negro”.

A escritora Miriam Alves, palestrante do evento, relata a dificuldade encontrada pelos autores negros em publicar as obras nas editoras comerciais, o que os leva às casas alternativas.”Por isso fazemos saraus, eventos e debates. São esses que nos fazem trocar informações e dão visibilidade ao nosso trabalho”, disse.

Palmares 25 Anos – São Paulo

19/09 (quinta-feira) às 19:00

O corpo no teatro negro – Sidney Santiago, ator, diretor / Os Crespos

O corpo negro no teatro – Lucélia Sérgio, atriz, diretora / Os Crespos

O corpo negro no fazer intelectual – Flávia Rios, Socióloga, Co-autora de Lélia Gonzales, uma biografia e Emerson Inácio, professor / USP, pesquisador em raça, etnia, gênero e sexualidade

Facilitador: Pedro Neto, Cientista Social PUC-SP e Onilu no Ilé Àse Palepa Mariwo Sesu – SP

20/09 (sexta-feira) às 19:00

Performance: “Folhas poéticas… apanha folha com folha!” Com a escritora e poeta Miriam Alves

O corpo negro na literatura – Sérgio Ballouk, escritor, autor de “Enquanto o tambor não chama” e Miriam Alves, escritora, autora de Brasilafro, entre outros

Facilitadora: Raquel Almeida, escritora, articuladora do sarau Elo da Corrente

26/09 (quinta-feira) às 19:00

O caminho editorial negro – Guellwaar Adún, escritor, coordenador editorial da Ogum’s Toques Negros; Marciano Ventura, coordenador editorial da Ciclo Contínuo e Michel Yakini, escritor, articulador do sarau Elo da Corrente.

Facilitadora: Cidinha da Silva, escritora, responsável pela Representação da FCP em São Paulo.

Cultura, Artes, História e Esportes

Manifestações afro-gaúchas são tema de palestra no Rio Grande do Sul

Publicado em 19/09/2013 15h00 Atualizado em 06/12/2023 10h20

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 2012 apontaram que o Rio Grande do Sul é o estado do Brasil com o maior percentual de pessoas que se dizem adeptas de religiões afro-brasileiras, cerca de 1,6% da população. O número, que pode gerar estranheza, é explicado quando se analisa a formação histórica do estado, que recebeu imigrantes de vários países e emigrantes de outras regiões brasileiras, dando origem a um intenso sincretismo religioso.

Para estimular o combate à invisibilidade do assunto, a Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) em parceria com a Coordenação do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, promove no próximo dia 25 de setembro, às 14h, no auditório da Faculdade Monteiro Lobato, em Porto Alegre, a palestra “Manifestações afro-gaúchas e a dinamização das culturas negras”, que será ministrada por Jessé Oliveira, fundador e diretor do Grupo Caixa-Preta .

O evento, que integra o projeto “Ciclo de Palestras Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio” e é organizado pelo Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da FCP, também visa chamar a atenção para o cumprimento da Lei 10.639/2003,que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação.

Tradições Afro-gaúchas – De acordo com o palestrante Jessé Oliveira o evento apresentará um panorama da relação entre a arte e a cultura gaúcha e as tradições afro-gaúchas, que desafiam a opinião comum e tornam o Rio Grande do Sul o estado com o maior número de terreiros de matriz africana do país, por exemplo.

Ainda segundo Jessé, a palestra é uma oportunidade de divulgar a produção cultural afro-brasileira no Sul, uma vez que os estados da região Nordeste têm muito mais visibilidade quando o tema é esse. “Nós temos hoje um mercado para cultura afro-brasileira que foge do campo musical”, explica ele. “Como o teatro e a literatura negra estão mais pujantes, por exemplo, ganha-se uma vitrine para demonstrar outras forças da cultura negra que não têm tanto espaço em outros estados”, analisa.

A palestra “Manifestações afro-gaúchas e a dinamização das culturas negras” é aberto a , estudantes, professores, jornalistas, pesquisadores, gestores públicos, agentes culturais e demais interessados nas culturas negras. Para se inscrever, basta enviar um e-mail à secretaria do Sindicato (secretaria@jornalistasrs.org).

Coleção Conheça Mais – Com o objetivo de atender à demanda de material didático na área de cultura afro-brasileira, de acordo com a Lei nº 10.639/2003, as palestras do Ciclo resultarão na publicação de livros da “Coleção Conheça Mais”, que já discutiu temas como: Ações afirmativas, Candomblé, Umbanda, Quimbanda, Capoeira, Gastronomia afro-brasileira, O negro nos meios de comunicação, Estatuto da Igualdade Racial e Quilombos.

De acordo com Rosane Borges, coordenadora do CNIRC, as obras devem ser distribuídas nas escolas e bibliotecas brasileiras a fim de oferecer aos estudantes, conteúdos do patrimônio cultural afro-brasileiro que trazem à pauta a construção coletiva historicamente vivenciada por descendentes de negros e negras do continente considerado berço da humanidade, de uma forma concisa e contextualizada.

“A publicação tem um papel didático-pedagógico muito interessante que registra esse momento de dialogo e se torna referência para pesquisas, estudos e reflexões não só nas cidades contempladas, mas também para todo Brasil”, garantiu.

Para as publicações que serão apresentadas em 2014, a idéia é apresentar novos temas que vão compor a série. “A gente reedita o discurso a partir daquilo que é mais novo mais contemporâneo”, afirmou Rosane.

As próximas cidades a receberem o Ciclo de Palestras Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio são: Espírito Santo (23 de outubro); Goiânia (08 de novembro) e Recife (26 de novembro).

Serviço
Palestra “Manifestações afro-gaúchas e a dinamização das culturas negras”
Data: 25/09/2013
Hora: 14h às 18h
Local: Auditório da Faculdade Monteiro Lobato (Rua dos Andradas, 1180, Porto Alegre)
Mais informações: Com Mara Santos pelos telefones: (51) 3228-8146; 3226-0669 / 1735

Cultura, Artes, História e Esportes

7ª Primavera dos Museus promove valorização e divulgação do patrimônio cultural negro brasileiro

Publicado em 17/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h22

Valorizar contribuição da população negra para memória, história, artes e culturas brasileiras é a proposta do Instituto Brasileiro de Museus – MinC (Ibram) que realiza, entre os dias 23 e 29 de setembro,  a 7ª Primavera dos Museus, cujo tema é Memória e Cultura Afro-brasileira.

A iniciativa mobiliza museus de todo o país a desenvolver programações reflexivas sobre as contribuições da ancestralidade africana para a sociedade brasileira. O objetivo é disseminar os conhecimentos sobre a realidade dos afro-brasileiros, a fim de contribuir para a superação do racismo e da discriminação racial.

Estão previstas mais de 2,6 mil atividades em municípios de todos os estados do país. Cerca de 884 instituições realizarão ações educativas, oficinas, exposições e visitas guiadas.

O presidente do Ibram, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, reconhece a atuação do Ministério da Cultura e da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) em promover a cultura afro-brasileira e afirma que a consciência da importância da memória da cultura negra na formação da cidadania são perspectivas que impulsionam as atividades da 7ª Primavera de Museus. “A população negra brasileira vai se encontrar nos nossos museus, vai se conhecer mais, em contato direto com a memória e a história, a diversidade e a vitalidade da cultura”, destaca.

O Ibram disponibilizou um guia online contendo a programação para todas as regiões do Brasil. Clique aqui (http://www.museus.gov.br/destaque/guia-de-programacao-da-primavera-dos-museus-2013-ja-pode-ser-consultado/), confira a agenda do museu mais próximo e participe!

Cultura, Artes, História e Esportes

Mãe Stella se torna a primeira Ialorixá ‘imortal’ do Brasil

Publicado em 13/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h24

A noite da última quinta-feira, 12 de setembro de 2013, ficará marcada na história do país como um dos momentos em que os saberes tradicionais produzidos e preservados pelos negros e negras do Brasil foram valorizados, exaltados e reconhecidos. Nesta mesma noite, em Salvador-BA, Mãe Stella de Oxóssi recebeu o título de “imortal” pela Academia de Letras da Bahia (ALB) e se consagrou como a primeira mulher negra e mãe-de-santo a assumir o posto no país.

Durante seu discurso, Mãe Stella levou a plateia que lotava o plenário da ALB à comoção quando, após agradecer, garantiu sua permanência na luta pela igualdade de direitos: “Sigo esforçando-me para que a religião trazida pelo povo africano ao Brasil seja devidamente respeitada”.  Sobre o fato de uma mãe-de-santo “marrom” – como se auto-intitulou após falar da herança portuguesa e africana de seus ancestrais -, assumir a vaga, ela acrescentou: “Afinal, sabedoria não tem cor e não pertence a nenhuma raça específica”.

Enfermeira de formação, Mãe Stella assume a cadeira de número 33, que já foi ocupada pelo professor, historiador e ex-presidente da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) Ubiratan Castro, e que tem como patrono o poeta, escritor e abolicionista Castro Alves.

Também participaram da cerimônia devotos do Candomblé, membros da Academia, representantes da sociedade e autoridades como o governador Jaques Wagner, o prefeito da capital baiana, Antônio Carlos Magalhães Neto e o presidente da FCP, Hilton Cobra.

Votação – A mãe-de-santo soube que iria ser a nova “imortal” da academia em 25 de abril, quando a ABL realizou uma sessão para escolher o novo nome para vaga deixada pelo historiador Ubiratan Castro, falecido em janeiro. Link do texto que fizemos em homenagem a ela.

Stella de Azevedo dos Santos tem 87 anos e é Ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, fundado em 1910 em São Gonçalo do Retiro-BA.  Já escreveu seis livros, é colunista do jornal A Tarde e atuante no blog Mundo Afro, além de ser graduada em Farmácia pela Escola Bahiana de Medicina.

Antes de se tornar imortal, Mãe Stella também recebeu a comenda Maria Quitéria, honraria da prefeitura de Salvador, a  Ordem do Cavaleiro, do governo do estado, e a comenda do Ministério da Cultura, pelos seus serviços prestados à cultura nacional.

Ascom/FCP com informações do G1.com

Cultura, Artes, História e Esportes

FCP realiza oficina para o Edital Cultura 2014 na Bahia

Publicado em 13/09/2013 13h00 Atualizado em 06/12/2023 10h40

Os agentes e produtores culturais da Bahia interessados em realizar apresentações durante a Copa do Mundo de Futebol já podem tirar suas dúvidas a respeito do “Edital Cultura 2014” – certame elaborado com o objetivo de aproveitar a exposição do país durante o torneio de futebol organizado pela Federação Internacional de Futebol Associado – FIFA.

No próximo dia 20 de setembro, a Representação Regional da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) na Bahia e a Representação Regional do Ministério da Cultura para a região Nordeste, promovem, na cidade de Camaçari, uma oficina de capacitação que tem como objetivo principal auxiliar os candidatos no que se refere à inscrição do Edital.

O representante regional da FCP na Bahia, Fábio de Santana, destaca que a realização da oficina é importante porque permitirá aos produtores culturais negros do estado se aproximarem das ações realizadas pelo Ministério da Cultura. “Outro ponto a se considerar é que os produtores de cultura negra da região poderão se apoderar do certame e concorrer de forma mais igualitária com o restante do país”, afirma.

Edital Cultura 2014 – O edital irá distribuir R$ 18,8 milhões em projetos divididos em quatro eixos temáticos: audiovisual, manifestações tradicionais, artes e conteúdos criativos. A iniciativa, com foco nos pequenos e médios realizadores culturais, irá contratar cerca de 1.200 apresentações culturais para o período da competição (10 de junho a 15 de julho 2014) para, em parceria com os governos estaduais e municipais, reforçar a programação cultural das cidades-sede da Copa do Mundo.

As inscrições para o concurso Cultura 2014 seguem até o dia 23 de setembro e deverão ser feitas exclusivamente pelo sistema SalicWeb, disponível em www.cultura.gov.br Podem participar pessoas físicas e jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, e grupos não constituídos juridicamente.

Serviço:
Oficina para o Edital para o Edital Cultura 2014 – Bahia
20 de setembro de 2013 – Camaçari /BA
Local: Teatro Alberto Martins, Rua Eixo Urbano Central, Camaçari-BA
Horário: 14h às 17h

Cultura, Artes, História e Esportes

Concurso em Brasília premia as trabalhos sobre a Lei 10.639/03

Publicado em 10/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h43

Para estimular e divulgar a cultura negra, o Centro Cultural IfáAjé, com o apoio da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP), divulgou o edital do II Concurso IfáAjé de fotografia, redação e pintura, as inscrições se encerram no dia 30 de setembro e mais informações estão no site: http://www.ifaaje.com.br/Artigo/artigo/artigo/.

“A gente não vê os frutos imediatamente, mas algum dia, alguma coisa sobre África é cobrado em um concurso, ou alguma conversa exige um conhecimento sobre o tema, aí, meu alunos, brancos ou negros, se lembram das minhas aulas, e isso é o meu verdadeiro prêmio”, declarou a professora do ECEF 04, no Gama (DF), vencedora da 1ª Edição do Concurso Cultural IfáAjé, na categoria Redação para professores. Este ano, o tema para a categoria professores é: Uma década da Lei 10.693/ 2003 – Desafios a superar na construção de uma educação igualitária. Para alunos, o tema é Personalidade Negra no cenário Brasileiro.

A novidade dessa edição, são as categorias pintura e fotografia, com o tema Cultura Negra em Brasília: uma imagem, um sentimento. Nelas, qualquer residente do Distrito Federal e do Entorno pode participar. “A expectativa, nesta 2ª edição, é conseguir sensibilizar a população para um olhar diferenciado sobre a cultura negra, que é base de uma grande parte da cultura brasileira”, disse o Babalorixá e Presidente do Centro Cultural, Ricaule Aquino.

Para mais informações, acesse: http://www.ifaaje.com.br/Artigo/artigo/artigo/

Cultura, Artes, História e Esportes

Alagoas recebe oficinas para o Edital Cultura 2014 do MinC

Publicado em 07/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h47

Entre os dias 10 e 12 de setembro, a Representação Regional da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) em Alagoas, em parceria com a Representação Regional do Ministério da Cultura para a região Nordeste, promovem oficina de capacitação para o Edital Cultura 2014 em algumas cidades do estado. O certame foi elaborado com o objetivo de aproveitar a exposição do país durante a Copa do Mundo de Futebol em 2014, para conferir maior visibilidade às manifestações culturais brasileiras.

A representante regional da FCP no estado, Maria José da Silva, considera fundamental a capacitação para ampliar o acesso dos grupos culturais alagoanos aos mecanismos públicos de incentivo à cultura. Segundo ela, os municípios de Teotonio Vilela e Delmiro Gouveia também receberão as oficinas do MinC. Não é necessária inscrição prévia para participar do evento.

Edital Cultura 2014 – O Edital Cultura 2014 irá distribuir R$ 18,8 milhões em projetos divididos em quatro eixos temáticos: audiovisual, manifestações tradicionais, artes e conteúdos criativos. A iniciativa, com foco nos pequenos e médios realizadores culturais, irá contratar cerca de 1.200 apresentações culturais para o período da competição (10 de junho a 15 de julho 2014) para, em parceria com os governos estaduais e municipais, reforçar a programação cultural das cidades-sede da Copa do Mundo.

As inscrições para o concurso Cultura 2014 seguem até o dia 23 de setembro e deverão ser feitas exclusivamente pelo sistema SalicWeb, disponível em www.cultura.gov.br  Podem participar pessoas físicas e jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, e grupos não constituídos juridicamente.

Serviço:

Oficinas para o Edital para o Edital Cultura 2014 – Alagoas

10 de setembro de 2013 – Arapiraca/AL

Local: Casa da Cultura, Rua Espiridião Rodrigues, 275, Centro, Arapiraca – AL.

Horário: 15 horas

Dia 11 de setembro – Teotônio Vilela/AL

Local: Centro Cultural Dr. Adauto Fernandes Vieira Filho, Rua: Firmina Pacheco n° 98 – Centro Teotônio Vilela  – AL.

Horário: 11 horas

Dia 12 de setembro – Delmiro Gouveia/AL

Local: Auditório Governador Ronaldo Lessa, no SINE, em Delmiro Gouveia – AL.

Horário: 9 horas

Informações:  (81) 3117.8430

Cultura, Artes, História e Esportes

Confira: divulgado o resultado preliminar do NUFAC 2013

Publicado em 06/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h50

A Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) divulga hoje, 06 de setembro, o resultado preliminar da chamada pública nº 01/2013, que vai investir cerca de R$ 4 milhões na criação de Núcleos de Formação de Agentes de Cultura da Juventude Negra (NUFAC’s). Esses centros vão oferecer capacitação profissional para 1.200 jovens negros e negras brasileiros. Durante os meses de julho e agosto de 2013, foram recebidas 57 propostas de quatro das cinco regiões brasileiras.

Clique aqui e confira a lista das organizações pré-selecionadas.

As entidades proponentes listadas abaixo têm 5 dias úteis para interposição de recursos. Mais informações por telefone (61) 3424-0336 ou por e-mail: nufac2013@palmares.gov.br.

RESULTADO PRELIMINAR PROPOSTAS INSCRITAS NUFAC 2013

I – REGIÃO SUL
CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PROPONENTE PONTUAÇÃO
NÃO HOUVE PROPOSTA ENVIADA PARA ANÁLISE
II – REGIÃO NORTE
CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PROPONENTE PONTUAÇÃO
054383/2013 FUNDACAO DE APOIO CIENTIFICO E TECNOLOGICO DO TOCANTINS 21
045611/2013 FUNDACAO DE APOIO A PESQUISA CIENTIFICA, EDUCACIONAL E TECNOLOGICA DE RONDONIA – IPRO 11
III – REGIÃO SUDESTE
CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PROPONENTE PONTUAÇÃO
041451/2013 ASSOCIACAO AMIGOS NA CULTURA – ANAC 44
045013/2013 AFDDHFP – ASSOCIACAO FRANCISCANA DE DEFESA DE DIREITOS E FORMACAO POPULAR 44
055219/2013 CENTRO DE ARTICULACAO DE POPULACOES MARGINALIZADAS-CEAP 43
045417/2013 INSTITUTO DE ESTUDOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL – IEDS 42
054686/2013 ASSOCIACAO REMANESCENTE DOS QUILOMBOS DE BEBEDOURO 39
049678/2013 FESO FUNDACAO EDUCACIONAL SERRA DOS ORGAOS 36
054973/2013 INSTITUTO PAULINE REICHSTUL DE EDUCACAO TECNOLOGICA, DIREITOS HUMANOS, ASSISTENCIA TECNICA E DEFESA DO MEIO AMBIENTE 27
045295/2013 CASA DO CONGADO – ASSOCIACAO NACIONAL DOS CONGADOS MOCAMBIQUES E MARUJADAS – PESQUISA E DEFESA DAS TRADICOES E CULTURAS POPULARES 25
054889/2013 MOVIMENTO UNIFICADO NEGRO DE DIVINOPOLIS – MUNDI 23
10º 054439/2013 AVENIDA BRASIL – INSTITUTO DE CRIATIVIDADE SOCIAL 20
11º 045635/2013 INSTITUTO DAS CIDADES, VALORIZACAO E INCLUSAO DO TRABALHADOR E ASSESSORIA SOCIAL – CIVITAS 16
12º 045509/2013 SAMPA.ORG 11
13º 054389/2013 FUNDACAO EDUCACIONAL SEVERINO SOMBRA 5
IV – REGIÃO NORDESTE
CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PROPONENTE PONTUAÇÃO
045361/2013 CIPO COMUNICACAO INTERATIVA 48
051801/2013 ASSOCIACAO PRACATUM ACAO SOCIAL-APAS 47
044481/2013 CASA DE CULTURA ILE ASE D’OSOGUIA IAO 46
045035/2013 ASSOCIACAO DE UMBANDA E CANDOMBLE DE CODO E REGIAO 44
055283/2013 CENTRO CULTURAL COCO DE UMBIGADA 44
054941/2013 INSTITUTO DESENVOLVIMENTO ESTRATEGIA E CONHECIMENTO – IDESCO 31
044866/2013 ASSOCIACAO FABRICA CULTURAL 25
054664/2013 ASSOCIACAO DE SAMBADORES E SAMBADEIRAS DO ESTADO DA BAHIA 23
055204/2013 CIDE- CAPACITACAO, INSERCAO E DESENVOLVIMENTO 15
10º 055088/2013 ASSOCIACAO BENEFICENTE ILE AXE OJU ONIRE 5
11º 055130/2013 ASSOCIACAO RURAL DOS PRODUTORES E PRODUTORAS QUILOMBOLAS DE BUENOS AIRES E REGIAO 4
V – REGIÃO CENTRO- OESTE
CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PROPONENTE PONTUAÇÃO
049365/2013 APB ASSOCIACAO POSITIVA DE BRASILIA 46
055111/2013 INSTITUTO DE ARTE, CULTURA E DESENVOLVIMENTO – RESSOARTE 41
049488/2013 SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA 40
054255/2013 INSTITUTO NUBIA SANTANA 32
Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares realiza oficinas para auxiliar os candidatos do Concurso Cultura 2014

Publicado em 06/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h53

Com  informações do MinC/RR-SP

Nos próximos dias, a equipe da Representação Regional do Ministério da Cultura e da Fundação Cultural Palmares no Estado de São Paulo, em parceria com diversas organizações sociais e da administração pública municipal, realizam oficinas para auxiliar os candidatos para o Concurso Cultura 2014, lançado pela Ministra Marta Suplicy no Estádio Itaquerão, em São Paulo, no dia 08 de agosto.

O Concurso selecionará propostas para realização de atividades culturais nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Podem participar artistas, coletivos, agentes e produtores, trupes e grupos formais ou informais. Serão avaliadas propostas na área da música, audiovisual, artes visuais, cultura tradicional, literatura, artesanato, patrimônio, dança, circo, teatro, arquitetura, gastronomia, moda e design. As inscrições estão abertas até o dia 23 de setembro e devem ser feitas pelo sistema SalicWeb.

Além destas oportunidades, haverá plantões para sanar as dúvidas dos candidatos na sede da Representação Regional de São Paulo do Ministério da Cultura, Alameda Nothmann, 1058, próximo às estações Santa Cecília ou Marechal Deodoro do metrô.

Confira nosso calendário de encontros e inscreva-se no e-mail comunicacao.sp@cultura.gov.br.

Oficinas Concurso Cultura 2014

03/09 – Capital (Zona Sul) – 19:00

Bloco do Beco

Rua Bento Barroso Pereira, 02 – Jd. Ibirapuera – Próximo ao ponto final do ônibus linha 6801/10 – Jd. Ibirapuera/Term. João Dias, descer em frente a padaria.

Parceiros: Bloco do Beco, Macambira e Umoja

05/09 – Rio Claro– 19:00

Sala de Cinema do Centro Cultural Municipal de Rio Claro “Roberto Palmari”

Rua 2, nº 2880 – Centro (dentro do Espaço do Lago Azul) – Telefone: (19) 3522.8000

Parceiros: Secretaria Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Política Cultural de Rio Claro

09/09 – Paulínia

Auditório Carlos Tontolli

Av. Prefeito José Lozano Araújo, 1551 – Parque Brasil 500 – Paulínia

Parceiro: Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura Municipal de Paulínia

10/09 – Capital (Centro) – 19:00

Ministério da Cultura

Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elísios

13/09 – Santos – 16:00

Rua XV de Novembro, 110 – Santos

Parceiro: Santos e Região Convention & Visitors Bureau

Cultura, Artes, História e Esportes

Palmares 25 Anos: Atividade em Campinas/SP promove plantio de árvores sagradas

Publicado em 05/09/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 10h57

Homenagear os negros e negras que foram escravizados na região. É o objetivo do evento de lançamento do “Espaço Sagrado dos trabalhadores e trabalhadoras que construíram a Fazenda Duas Pontes”, localizado no Hotel Fazenda Solar das Andorinhas, em Campinas-SP. A atividade integra as comemorações alusivas aos 25 Anos da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP)  e será realizada numa parceria entre a Associação Liberdade Canto e Dança e a Fundação, no próximo dia 14 de setembro, a partir das 10 horas.

De acordo com a programação, a ação conta ainda com o lançamento do Projeto Desenvolvimento e Empreendorismo Afro-brasileiro, do SEBRAE, assim como um recital da poetiza, Mirian Alves. O local foi escolhido para homenagear os negros escravizados que construíram a antiga Fazenda Duas Pontes, primeiro nome do Solar das Andorinhas, ainda no período escravocrata.

Plantio Sagrado- As sementes de Baobá, Akoko e Obi serão semeadas num ritual especial, realizado por religiosos de matriz africana. De acordo com os organizadores do evento, a ideia é oferecer um espaço que proporcione a sensação de liberdade e beleza, onde as árvores e as plantas fitoterápicas frutifiquem e simbolicamente, devolvam vida àqueles que a tiveram roubada pela escravidão.

O diretor cultural da Associação, Natanael dos Santos, destaca a importância do evento como resgate histórico de um espaço sagrado dos negros escravizados que ajudaram a construir o país. Ele afirma ainda que a iniciativa procura conscientizar a juventude apresentando as ferramentas de trabalho utilizados pelos negros para atividades como a marcenaria, a serralheria, o moinho de fubá e café e etc. “As pessoas só conhecem os instrumentos de tortura da escravidão. Que as nossas crianças possam entender a tecnologia dos povos africanos e perpetuar a contribuição científica do negro na construção do país”. 

Palmares 25 anos – A atividade, coordenada pela representação da FCP em São Paulo, faz parte de um grupo que ações desenvolvidas em conjunto com organizações culturais negras da cidade. Cidinha da Silva, representante da FCP em no estado, afirma que a Fundação Palmares – MinC atuará diretamente no apoio técnico e nos diálogos de orientação desses grupos, a fim de ampliar as relações político-culturais.

Serviço:

O que: Lançamento do “Espaço Sagrado dos trabalhadores e trabalhadoras que construíram a Fazenda Duas Pontes” com o plantio de árvores sagradas

Quando: 14 de setembro de 2013

  • 10hs – Abertura Solene com Apresentação do Projeto para os empresários, bancos e órgãos públicos
  • 14hs – Apresentação do Projeto Desenvolvimento e Empreendorismo Afro-brasileiro, desenvolvido pelo Sebrae
  • 16hs – Inauguração do “Espaço Sagrado das Trabalhadoras e Trabalhadores Escravizados da Fazenda Duas Pontes”, com plantio de árvores sagradas
  • 17h30 – Coquetel com recital da poetiza Mirian Alves


Onde:
 Hotel Fazenda Solar das Andorinhas – Campinas

Contato: (19) 37572700 ramal 2303 / 81468574 / 81107375 ou pelo email cialiberdadedeteatro@gmail.com

Cultura, Artes, História e Esportes

Histórias sobre o jongo abrem projeto Memória e Identidade no Rio de Janeiro

Publicado em 03/09/2013 15h00 Atualizado em 06/12/2023 11h12

Motivação, curiosidade, alegria. Esta foi a tônica da roda de conversa sobre o jongo, que abriu o Projeto Memória e Identidade e as comemorações dos 25 anos da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) no Rio de Janeiro. O encontro aconteceu na tarde da última quinta-feira, 29 de agosto, no Palácio Gustavo Capanema, patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, que abriga as instalações do Ministério da Cultura, assim como representações regionais das instituições vinculadas na cidade.

Estudantes, militantes do Movimento Negro, professores, artistas, religiosos, gestores ou produtores culturais, a comunidade negra fluminense puderam interagir com os convidados de honra, representantes de comunidades quilombolas e grupos jongueiros consagrados como Antonio do Nascimento Fernandes, o Toninho Canecão, de São José da Serra, em Valença, e Maria de Fátima da Silveira Santos, a Fatinha, de São José do Pinheiro, em Pinheiral, ambos do interior do Estado; e Luiza Marmello, da Serrinha, na capital do Rio de Janeiro.

Os três jongueiros levaram para a comemoração carioca do Palmares 25 anos uma de suas principais características: a alegria. Também provocaram a curiosidade da plateia, que ficou motivada a fazer inúmeras perguntas ou apresentar relatos pessoais históricos. Tamanho era o envolvimento dos presentes que, em alguns momentos, pediram até que alguns pontos (como são chamadas as cantigas do jongo) fossem cantados. Ao final, duas participantes chegaram a improvisar a tradicional dança, acompanhadas pela voz de Luiza e o coro e as palmas dos demais.

Origens do Jongo – São José da Serra e São José do Pinheiro são comunidades remanescentes quilombolas situadas no Vale do Paraíba, ao Sul do Estado do Rio de Janeiro, na região que historicamente se tornou conhecida como o Vale do Café, por ter chegado a produzir, com mão de obra eminentemente de negros escravizados, 75% do café consumido no mundo. Já a Serrinha, localizada no subúrbio carioca de Madureira, é uma comunidade originária da especulação imobiliária que deslocou os negros para os morros da cidade do Rio de Janeiro, e onde se mantém o único jongo urbano do Estado.

História e histórias – “O jongo tem a cara preta”, afirmou um orgulhoso Toninho Canecão. Mas antes de contar qualquer “causo”, ele reverenciou e enalteceu os ancestrais, “os velhos jongueiros”, que definiu como negros valentes que garantiram a sobrevivência do jongo até os dias atuais. “Nosso jongo começou nas lavouras de café e depois foi para o terreirão da fazenda, mas isso porque o dono de escravos descobriu que o negro, quando estava cantando, rendia mais no serviço”, contou.

Toninho explicou que a sua comunidade viveu praticamente isolada – inclusive sem luz elétrica – até o início dos anos 1990. A partir de então, a festa do jongo de São José da Serra, que é sempre realizada no mês de maio, foi ganhando visibilidade e hoje recebe visitantes de diferentes pontos do Brasil e do exterior. “Mas nem todo aquele tempo longe das condições normais que as pessoas precisam para sobreviver tirou a nossa alegria”, afirmou declarando seu reconhecimento e agradecimento ao “jongo da cidade grande” (referindo-se à Serrinha) e aos demais grupos jongueiros pela integração que hoje lhes permite fazer apresentações em diversos eventos.

Resistência Negra – Segundo Maria de Fátima Santos, nos tempos da escravidão, os negros, que trabalhavam de sol a sol, só tinham a noite para se reunir e se expressar. Em volta da fogueira, eles dançavam, louvavam seus orixás, arquitetavam fugas. “Tudo acontecia na roda do jongo. Esta é a nossa história”. A jongueira conta ainda que a folia de reis, o calango, a capoeira e bandas de música centenárias, manifestações tipicamente negras, também compõem o rico patrimônio cultural do sul fluminense. Para Fátima o jongo trouxe visibilidade e respeito para a comunidade jongueira, “e está fazendo muitas transformações, inclusive colocando nossos jovens nas universidades”.

A representante do Jongo da Serrinha, Luiza Marmello, ilustrou a conversa com informações sobre como a prática do jongo, no passado, em comunidades como Salgueiro e Mangueira. Luiza lembrou, também, de Vovó Maria Joana, fundadora do Jongo da Serrinha (junto com Mestre Darcy), que era sacerdotisa de Umbanda e a responsável pelas rezas, ladainhas e festas de devoção dos santos da comunidade. “Naquela época, eram só cabeças brancas que podiam participar da roda de jongo, e com isso a cultura não era repassada para os jovens, ou eles não tinham interesse. Os mais velhos começavam a ‘ir embora’ e a levar com eles a nossa cultura. Então Vovó convocou Mestre Darcy para que alguma coisa fosse feita no sentido de não deixar isso acontecer”.

O Jongo – Sua origem remonta à região africana do Congo e Angola e chegou ao Brasil Colônia com os negros bantos. Na verdade, o termo bantu refere-se não a um povo, mas a um grupo etnolinguístico que, apesar de englobar cerca de 400 subgrupos étnicos africanos diferentes, tem como unidade a língua materna.

A estrutura da festa do jongo segue ritos tradicionais consagrados, como a fogueira ao centro e o terreiro rodeado por tochas. Antes de iniciar os pontos, a mulher negra mais idosa e responsável pelo jongo, pede licença aos pretos-velhos – antigos jongueiros que já falecidos – benzendo-se nos tambores sagrados. A festa atravessa a madrugada até o nascer do dia.b

É costume dançar o jongo no dia 13 de maio, em homenagem aos ancestrais sacrificados pela escravidão, assim como nos dias de santos católicos de devoção da comunidade, nas festas juninas, em casamentos e, mais recentemente, em apresentações públicas. Originariamente o jongo é dançado ao som de tambores, confeccionados com troncos de árvore e considerados sagrados, por seu poder de comunicação com os antepassados, indo “buscar quem mora longe”.

Os pontos de jongo costumam retratar o contato com a natureza, fatos do cotidiano, o dia-a-dia de trabalho braçal nas fazendas e a revolta diante da opressão. Misturam o português com a língua quimbundo, outra herança expressiva dos povos banto. No início, o jongo funcionou como uma das várias estratégias de resistência à escravidão.

Pela sua importância histórica e cultural, o jongo já ganhou o seu próprio dia no Estado do Rio de Janeiro: 26 de julho, dia de Sant’Ana, em homenagem aos mais velhos. Em Pinheiral, a conquista foi mais longe e o jongo também tem um dia municipal, 7 de abril. As manifestações em Serrinha e Pinheiral são reconhecidos como patrimônio histórico imaterial.

Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares doa bens na Bahia e em Alagoas

Publicado em 29/08/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 11h20

As Representações Regionais da Fundação Cultural Palmares – MinC (FCP) de Alagoas e Bahia, estão disponibilizando para doações os bens patrimoniados listados abaixo. Órgãos públicos da administração direta e indireta; das esferas federal, estadual ou municipal; bem como entidades particulares de natureza filantrópica e sem fins lucrativos, podem solicitá-los, através dos telefones (061) 3424-0171 e 3424-0335 ou por e-mail sap@palmares.gov.br,  falar com Ivan Feliciano da Silva e Albert dos Reis Silva, responsáveis pelo almoxarifado da FCP. Os interessados tem o prazo de 05 (cinco) dias úteis para contato.

Considerando o que dispõe o Art. 1º do Decreto nº 6.087, de 20 de abril de 2007:

“Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional informarão, mediante ofício ou meio eletrônico desde que certificado digitalmente por autoridade certificadora, credenciada no âmbito da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP – BRASIL, à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a existência de microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças-parte ou componentes, classificados como ocioso, recuperável, antieconômico ou irrecuperável, disponíveis para reaproveitamento.”

MATERIAIS A SEREM INFORMADOS MEDIANTE OFICIO OU MEIO ELETRÔNICO A SECRETÁRIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
ITEM DESCRIÇÃO QTD. SIT. FISICA ESTADO
01 MONITOR DE VIDEO 01 OCIOSO AL
02 ESTABILIZADOR BIVOLT 05 OCIOSO BA
03 MICROCOMPUTADOR 03 OCIOSO BA
04 MONITOR DE VIDEO 04 OCIOSO BA
05 TECLADO 02 OCIOSO BA
06 MICROCOMPUTADOR 01 ANTIECONÔMICO BA
07 FOTE DE ALIMENTAÇÃO 01 OCIOSO BA
08 SCANER DE MESA 02 OCIOSO BA
REPRESENTAÇÃO REGIONAL DE ALAGOAS/SITIO HISTÓRICO DA SERRA DA BARRIGA/AL
ITEM DESCRIÇÃO QTD. SIT. FISICA
01 FOGÃO COM 04 BOCAS NA COR BRANCA MARCA CONTINENTAL 01 IRRECUPERÁVEL
02 QUARDA ROUPA EM AÇO COR BEGE 01 RECUPERÁVEL
03 CAFETEIRA ELETRICA 01 IRRECUPERÁVEL
04 CADEIRA GIRATORIA COR VINHO C/BRAÇO E RODIZIOS 01 IRRECUPERÁVEL
05 MESA COR BEGE DIMENSÃO 1,20X0,75,0,74 01 IRRECUPERÁVEL
06 CÂMERA FOTOGRAFICA MARCA YASHICA 01 OCIOSO
07 CARRINHO DE MÃO 02 IRRECUPERÁVEL
08 CAPACETE 02 IRRECUPERÁVEL
09 CADEIRA FIXA SEM BRAÇO COR VINHO 06 IRRECUPERÁVEL
10 CADEIRA FIXA SEM BRAÇO COR VINHO 01 IRRECUPERÁVEL
11 VENTILADOR DE AR 01 OCIOSO
12 CAPACETE COR AZUL MARCA TAURUS 01 OCIOSO
13 APARELHO TELEFONICO MÓVEL 02 IRRECUPERÁVEL
14 APARELHO DE VIDEO COM 04 CABEÇAS 01 OCIOSO
15 MONITOR DE VIDEO 01 OCIOSO
REPRESENTAÇÃO REGIONAL DE ALAGOAS/UNIÃO DOS PALMARES/AL
ITEM DESCRIÇÃO QTD. SIT. FISICA
01 BEBEDOURO DE ÁGUA TIPO GARRAFÃO EM COLUNA, INOX, CAPACIDADE GARRAFÃO DE 20 LITROS, DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA E NATURAL, 02 (DUAS) TORNEIRAS EM PLÁSTICO, PINGADEIRA REMOVIVEL E DEPÓSITO PARA RESPINGOS. 01 RECUPERÁVEL
02 SOFA COR AZUL ROYAL, FORRO EM TECIDO, CAPACIDADE 03 LUGARES 01 RECUPERAVEL
DIVULGAR NO SITE DA FCP E NO SIAFI/REPRESENTAÇÃO REGIONAL DA BAHIA/BA
ITEM DESCRIÇÃO QTD. SIT. FISICA
01 ARMARIO DE AÇO CHAPA 22 MEDINDO 198X0,90X0,44. 01 OCIOSO
02 APARELHO DE FAX 02 OCIOSO
03 ESTABILIZADOR BIVOLT 05 OCIOSO
04 QUADRO DE AVISO 1MX0,70CM 01 OCIOSO
05 CAFETEIRA ELETRICA 01 OCIOSO
06 VENTILADOR DE AR 02 OCIOSO
07 MICROCOMPUTADOR ANO 2004 03 OCIOSO
08 CALCULADORA ELETRONICA 01 OCIOSO
09 MONITOR DE VIDEO 04 OCIOSO
10 TECLADO PARA MICRO 02 OCIOSO
11 MICROCOMPUTADOR 01 ANTIECONÔMICO
12 APARELHO DE VIDEO CASSETE 01 IRRECUPERÁVEL
13 TELEVISOR 29 POLEGADAS 01 OCIOSO
14 APARELHO DVD 01 OCIOSO
15 FONTE DE ALIMENTAÇÃO 01 OCIOSO
16 ARMARIO PARA PASTA SUSPENSA 01 OCIOSO
17 MESA PARA REUNIÃO REDONDA 04 LUGARES 1,20X0,75 MM 01 OCIOSO
18 CADEIRA GIRATORIA EM TECIDO COM BRAÇO 01 OCIOSO
19 SCANER DE MESA MARCA HP 02 OCIOSO
Cultura, Artes, História e Esportes

Feira realizada em São Luís-MA aposta no empreendedorismo afro-brasileiro

Publicado em 27/08/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 11h25

A I Feira de Cultura Afro-Brasileira do Maranhão, que será lançada no dia 29 de agosto, às 17h, visa promover a cultura negra e estimular a geração de renda e o empreendedorismo do estado

O empreendedorismo afrodescendente do Maranhão está prestes a ganhar uma nova vitrine. Trata-se da I Feira de Cultura Afro-Brasileira do Maranhão, evento fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Igualdade Racial do Maranhão e a Fundação Cultural Palmares/MinC (FCP), que visa promover a cultura afro-brasileira e estimular a geração de renda e o empreendedorismo do estado.

A solenidade de lançamento acontecerá na próxima quinta-feira, 29/08, às 17h, no auditório da Associação Comercial do Maranhão, localizado na Praça Benedito Leite, Centro de São Luís, e contará com a participação da secretária de estado da Igualdade Racial, Claudett Ribeiro, e e Lindivaldo Júnior, diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da Fundação Palmares.

Para Ana Amélia Mafra, representante da FCP no Maranhão, o evento é uma ótima oportunidade para que os empreendedores negros acumulem experiências sobre economia criativa. “Os empreendedores poderão se apropriar de conhecimento e informações para se aprofundar em suas áreas de atuação”, afirma. “Além do mais, é uma reunião que valoriza a população negra e evidencia o seu papel empreendedor”, analisa.

De acordo com Adnilson Pinheiro, secretário adjunto da Igualdade Racial e coordenador da comissão organizadora da feira, o lançamento marcará mais uma etapa da mobilização de produtores, artesãos e empreendedores que tenham atuação voltada para o segmento afrodescendente da população. “Além disso, queremos sensibilizar parceiros para esta grande empreitada na divulgação da cultura afro-brasileira e na criação de oportunidades de negócios para esse público alvo”, afirma.

A atividade será iniciada com apresentação do projeto da feira, destacando seus objetivos e plano de ação. Em seguida serão apresentadas as propostas de logomarca do evento para que os convidados e parceiros participem da escolha da identidade visual da feira.

Na programação está ainda a palestra “Desenvolvimento e empreendedorismo negro: desafios e perspectivas”, que será proferida pelo consultor do Sebrae Nacional, João Carlos Nogueira, atual coordenador executivo do Projeto Brasil Afro Empreendedor.  A noite será encerrada com apresentação cultural de grupos de Tambor de Crioula.

Reunião de empreendedores – A I Feira de Cultura Afro-Brasileira do Maranhão será realizada nos dias 31 de novembro e 1º de dezembro, no Ceprama, na Rua de São Pantaleão, Centro de São Luís. Também atuam como parceiros da iniciativa as secretarias de estado do Turismo (Setur), da Cultura (Secma), de Comunicação Social (Secom) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MA).

A proposta vem sendo gestada pela Seir desde o ano de 2011, quando realizou em parceria com o Sebrae/MA o workshop sobre empreendedorismo étnico, voltado para empreendedores negros, com a participação da presidente do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa, que é também responsável pela realização da Feira Preta, considerada um dos maiores eventos da América Latina voltados para o desenvolvimento empresarial e socioeconômico do mercado de produção e consumo da população negra.

Claudett Ribeiro, secretária da Igualdade Racial, conta que a ideia é fortalecer a produção cultural, a geração de renda e as iniciativas de empreendedorismo afrodescendente no Maranhão. “Vamos reunir neste espaço artistas, artesãos, empresários, gastrônomos, profissionais do ramo da beleza, enfim, empreendedores afrodescentes para discutir empreendedorismo étnico e também expor suas produções”, afirmou.

Além da exposição de produtos a feira realizará cursos, wokshops, exibição de vídeos, apresentações culturais e desfile de moda.

Cultura, Artes, História e Esportes

Jongo é homenageado pela Fundação Palmares no Rio de Janeiro

Publicado em 27/08/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 11h27

“No dia 13 de maio,
cativeiro acabou,
e os escravos gritavam
liberdade senhor.”

Música Treze de Maio – Jongo da Serrinha

Resgatando a história dos negros africanos escravizados no sudeste do Brasil, a Fundação Cultural Palmares (FCP), por meio de sua representação no Rio de Janeiro, lança no dia 29 de agosto, o Projeto Memória e Identidade, com o tema ‘Jongo, caminhos de nossa ancestralidade”. O evento terá início às 14 horas, no Auditório Muniz Aragão, Rua da Imprensa, 16 – Centro, 7º andar, Rio de Janeiro (RJ).

O debate, que faz parte das comemorações de 25 anos da Fundação Palmares, estabelece a troca de informações entre os representantes da tradição em várias regiões do Rio de Janeiro. O objetivo é estimular o jogo, a dança e a música, conhecido como avô do samba. Para Neia Daniel de Alcântara, representante da FCP no Rio de Janeiro, “o jongo é uma rica manifestação cultural, com um profundo respeito pela ancestralidade e que precisa ser respeitado”.

No Sudeste brasileiro, em muitas das comunidades descendentes de negros escravizados, o jongo desapareceu, tanto pela dispersão de seus praticantes pela migração e os processos de urbanização, como pelo preconceito às práticas culturais afro-brasileiras. “Pelo processo de extinção de manifestações culturais tão importantes, que aumenta a necessidade da FCP fortalecer essas práticas culturais de nossos ancestrais”, disse Neia.

O debate terá a participação de representantes da Comunidade Remanescente do Quilombo de São José da Serra, da Região do Médio Paraíba, do Pinheiral, do Jongo da Serrinha e de Bracuí, em Angra dos Reis.

Jongo, Patrimônio Imaterial Brasileiro – O Jongo/Caxambu é um manifestação cultural que integra percussão de tambores, canto e dança. Característico da região sudeste do país, era praticado pelos trabalhadores escravizados de origem bantu, nas lavouras de café e de cana-de-açúcar, como forma de lazer e resistência à dominação colonial.

Em 2005, o jongo foi registrado patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e sua importância reconhecida para a identidade cultural brasileira. Esse Registro chama a atenção para a necessidade de políticas públicas que promovam a pluralidade cultural e que garantam a qualidade de vida e a cidadania.

25 anos de história com a cultura negra – Neste ano de 2013, a FCP comemora 25 anos de trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, que busca contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais. Com um viés político, o calendário com 27 atividades está recheado de debates e seminários sobre arte e cultura afro-brasileira, além disso, também estão programadas mostra de cinema negro, plantio de árvores sagradas e apresentações artístico-culturais diversas. Confira a programação completa.

Cultura, Artes, História e Esportes

Projeto Terça Negra homenageia os 25 anos da Fundação Cultural Palmares

Publicado em 26/08/2013 09h00 Atualizado em 06/12/2023 11h37

O projeto Terça Negra transforma o Pátio de São Pedro, no bairro de São José, em palco da comemoração do aniversário da Fundação Cultural Palmares (FCP), que completa 25 anos de trabalho pelo resgate e valorização das culturas de matriz africana. Amanhã, (27), às 20 horas, o evento reunirá as participações do Afoxé Alafin Oyo, do Afoxé Oxum Pandá, Coco da Umbigada e do grupo Raízes do Quilombo.

O diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP, Lindivaldo Júnior se entusiasma em ver as festividades do aniversário da Palmares homenageadas pelo Projeto.  “É uma alegria participar de um evento que reúne todas as manifestações negras de Pernambuco e, ao mesmo tempo, aproximar a FCP cada vez mais das articulações culturais negras”, destaca.

Fabiano Santos, integrante do Movimento Negro Unificado e da União dos Afoxés, afirma que o evento realizado desde 2002 “reúne aproximadamente 2.500 pessoas a cada edição para celebrar o fazer da identidade negra no Recife”.

Festa para Exu – Nesta edição da Terça Negra, também será homenageado o orixá Exu, considerado o patrono do mês de agosto, dentro do calendário das religiões de matrizes africanas. O orixá da comunicação e do movimento é também guardião das aldeias, cidades, casas e dos fatos relacionadas ao comportamento humano.

Os destaques do evento ficam com as apresentações dos maracatus, capoeira, hip hop e coco de roda, além de shows de grupos com músicas de inspiração africana.

Terça Negra – O Projeto Terça Negra é uma parceria entre o Núcleo Afro da Secretaria de Cultura do Recife e do Movimento Negro Unificado (MNU), que tem o objetivo de promover a valorização da cultura negra. As atividades realizadas pelo projeto promovem a democratização da cultura afro-brasileira, a valorização da identidade negra e a visibilidade das manifestações culturais e artísticas negras.

Serviço:
O que: Terça Negra: Especial Palmares 25 anos
Quando: 27 de agosto
Onde: Pátio de São Pedro, s/n, Bairro de São José – Recife/PE

Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares comemora 25 anos, revive sua história e projeta metas para o futuro

Publicado em 23/08/2013 15h00 Atualizado em 06/12/2023 11h41

Ao celebrar seu primeiro quarto de século nesse 22 de agosto de 2013, a Fundação Cultural Palmares voltou no tempo e foi buscar em sua própria história os caminhos que a levarão para os próximos 25 anos na busca pelo reconhecimento da importância das culturas negras nos processos de desenvolvimento do Brasil.

Esses caminhos foram sinalizados com as lembranças, histórias e contribuições das pessoas que, juntas, são responsáveis pela trajetória de sucesso da Fundação Palmares: os seus ex-presidentes.  Reunidos no auditório da sede da FCP, em Brasília, Elói Ferreira, Zulu Araújo, Dulce Maria Pereira, Joel Rufino dos Santos e Carlos Moura participaram do debate “Memórias e trajetórias das Políticas públicas para a Cultura Negra. Ali os presentes tiveram a chance de visualizar a trajetória histórica da FCP e de todo o processo de  proposição, gestão e implementação de políticas para a  cultura negra no Brasil desde 1988.

FCP na história – Cada ex-presidente relatou os fatos mais marcantes, as dificuldades e sucessos que tiveram enquanto comandaram a instituição. Carlos Moura, o fundador, relembrou das dificuldades para criar um órgão como a Palmares, em um momento em que nem a Constituição Federal estava instituída. Já Joel Rufino não esqueceu que sua principal meta a frente da Fundação foi a busca de direitos aos remanescentes de comunidades quilombolas.

Dulce Maria Pereira, primeira mulher a dirigir a Fundação Cultural Palmares, ressaltou que a criação do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) permitiu às pessoas entenderem o legado do povo negro brasileiro. Dulce se emocionou ao lembrar que, em ocasião do Encontro das Mulheres Negras do Maranhão, ela pôde pela primeira vez entrar em um avião onde todos os passageiros eram negros.

Zulu Araújo, presidente de 2007 a 2010, descreveu a missão de fazer a Fundação Cultural Palmares ser reconhecida internacionalmente e salientou que um dos momento mais importantes de sua gestão foi a realização do III Festival Mundial de Arte Negra, realizado em Dakar, no Senegal. Já Eloi Araujo não escondeu de todos o orgulho por ter sido presidente do primeiro órgão federal criado para promover, preservar e proteger as culturas negras brasileiras.

Os presidentes Adão Ventura e Ubiratan Castro, já falecidos, também foram homenageados por todos os presentes, que fizeram questão de ressaltar a enorme contribuição que ambos tiveram na consolidação da dos valores e da missão da FCP.

O futuro – Após ouvir o que os ex-dirigentes disseram, Hilton Cobra, atual presidente da FCP, destacou quais são as metas da Fundação para os próximos anos. “Nós já absorvemos essa possibilidade de traçar um projeto vigoroso ao longo para a Fundação Cultural Palmares. Então tudo o que vocês falaram aqui foi captado para o enriquecimento desse programa que nós queremos fazer”, afirmou.

Cobra também foi enfático ao afirmar que o que a Fundação Palmares precisa, nesse momento, é de orçamento para traçar os projetos futuros. “As políticas públicas já estão pensadas. O que nós temos que fazer agora é ver a quais podemos dar sequencia. Mas precisamos de recursos. Esse é o nosso maior desafio”, concluiu.

Cultura, Artes, História e Esportes

Confira o resultado final do edital Prêmio Jovem Quilombola Inovador

Publicado em 07/12/2023 11h58

A Fundação Cultural Palmares (FCP), vinculada ao Ministério da Cultura, divulga nesta quinta-feira, 07 de dezembro de 2023, o resultado final da II Edição Prêmio Jovem Quilombola Inovador. (confira aqui)

 A edição selecionou 30 (trinta) projetos realizados por alunos quilombolas, impulsionando assim, a criatividade acadêmica de graduação de discentes de comunidades remanescentes de quilombo, certificadas pela instituição.

A FCP buscou, por meio deste edital, impulsionar a futura aplicação prática voltada para o desenvolvimento e melhoria de vida das Comunidades Quilombolas. Além disso, buscou incentivar a implementação de negócios agregados às iniciativas propostas, mapeamento e identificação de inovações tecnologia sustentáveis para comunidades quilombolas, das manifestações culturais afro-brasileiras, das potencialidades de etnoturismo e empreendimentos autogestionados coletivos passíveis de serem replicados, bem como projetos pedagógicos de identidade quilombola para multiplicação nas demais comunidades em todo o território nacional.

Comunicações e Transparência Pública

Celebração dos 25 anos da FCP na Câmara ressalta importância da cultura negra

Publicado em 20/08/2013 09h00 Atualizado em 08/12/2023 09h12

“Esta Fundação já nasceu com vocação para converter as manifestações artísticas culturais negras em aporte fundamental para transformação do nosso país”, disse emocionado o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, durante o discurso na sessão solene que homenageou a FCP,  realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nessa segunda-feira, 19 de agosto.

O tributo reuniu parlamentares, jornalistas, representantes do Movimento Negro, mídia étnica, religiosos de matriz africana e das embaixadas africanas no Brasil para celebrar os 25 anos da instituição, criada em 1988 no momento do centenário da Abolição no Brasil e da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil.

Um viva à cultura negra – Hilton Cobra saudou a ancestralidade dos orixás e agradeceu aos funcionários e ex-presidentes da instituição pelo trabalho desenvolvido ao longo desses 25 anos. O presidente da FCP destacou que é preciso tirar da subalternidade as práticas culturais de mulheres e homens negros proporcionando soberania plena para exercerem sua cidadania. “Que viva o candomblé, a umbanda, o vodum, a quimbanda, o maracatu, a capoeira, o jongo, a congada, o reinado, o samba de roda, o bumba meu boi, o chorinho, o acarajé, o povo quilombola. Que viva Mãe Beata, Conceição Evaristo e Makota Valdina”.

Colóquio Congresso Nacional – Autor da proposta para homenagem na Câmara, o deputado Edson Santos, ressaltou a importância dos princípios das ações afirmativas como ferramentas de transformação social e de valorização das manifestações afro-brasileiras. “O Congresso Nacional ao realizar essa homenagem reconhece o valor da Fundação Cultural Palmares”, comemora.

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luíza Bairros, chamou a atenção para as conquistas da população negra e os processos de ascensão vertical da população negra, frutos das ações afirmativas e dos atos políticos propostos pelos últimos governos. “Em 2005, o Prouni  já tinha conseguido atingir 110 mil estudantes em todo Brasil, hoje são quase 1 milhão e 300. Hoje, vivemos em um país que tem uma consciência racial bem maior que anos atrás, que cresce com a expansão do movimento negro”, destaca.

Bairros convidou o público a fazer uma reflexão sobre a missão da FCP de promover, preservar, disseminar a cultura negra, valorizar as manifestações de matriz africana e formular políticas públicas que potencializam a participação da população negra brasileira nos processos de desenvolvimento do país. “Se nós negros não formos incluídos dentro de um projeto de país, nós não teremos condições de responder a todos esses imensos desafios, que nos foram colocados, que no caso da Palmares vem sendo respondidos ao longo de 25 anos e ainda com um longo caminho a percorrer”, destaca.

Representando a Excelentíssima Ministra da Cultura, Marta Suplicy, o secretário executivo do MinC, Marcelo Pedroso saudou os movimentos culturais que lutam pela preservação das tradições de origem cultural africana e foi o portador da mensagem  enviada pela ministra.

Também estiveram presentes os deputados Luiz Alberto, Mauro Benevides, Paulo Ferrera, Erika Kokay, Chico Lopes, Fernando Ferro, Onofre Santo Agostini, Marcelo Pedroso, Paulão. Além de lideranças do movimento negro; Marta Almeida, coordenadora do MNU Pernambuco; Nelson Inocêncio, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab); sociólogo Ivair dos Santos; a empresária do Salão Afro Nzinga, Graça Santos; Rafael Moreira, diretor da Federação de Umbanda e Candomblé; Veridiano Custódio, presidente da Seppir/DF; líderes religiosos de matriz africana de Brasília e Entorno, representantes da Capoeira Sol Nascente, entre outros.

Vídeo completo da sessão na Câmara

Poemas Negros por Cris Sobral – A escritora Cristiane Sobral interpretou poemas próprios que evidenciam os negros como sujeitos e não como objetos da história.

Espere o inesperado

Sou pássaro preto

Estendo as minhas asas

Coloco fogo na dor

Espalho as cinzas negras pelo meu corpo

Forjo uma pele nova a cada momento

Jogo as cinzas ao vento

E vôo,

Águia negra

A ressuscitar diante de qualquer tempestade

Mais forte, mais célebre, mais viva

Espere o inesperado.

Palmares 25 anos – A FCP preparou uma programação especial para celebrar os 25 anos dedicados à arte e a cultura negra. Este ano, os eventos acontecerão em dez estados brasileiros: Brasília/DF, Salvador/BA, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Recife/PE, Porto Alegre/RS, Vitória/ES, Cuiabá/MT, Maceió/AL, São Luis/MA. As ações seguem até 23 de outubro. 

Cultura, Artes, História e Esportes

Mãos negras que transformam

Publicado em 20/08/2013 15h00 Atualizado em 08/12/2023 09h14

Nas mãos de artesãs africanas, sementes, búzios e pedras ganham formas e cores para enfeitar colos, braços, orelhas em forma de colares, brincos, pulseiras. Por meio de uma oficina ministrada pela artesã paulista Ivanete Souza, mulheres burkinesas, da cooperativa L´Art de Burkina, descobrem que o que ia ser descartado pode se transformar em arte e em uma renda extra para a família. Este é o início da execução do primeiro projeto aprovado pelo Edital Conexão Brasil-África, da Fundação Cultural Palmares (FCP) em parceira com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC – MRE).

Ivanete, de Osasco (SP), que está em Burkina Faso, finalizou no último dia 17 de agosto a oficina de bijuterias para as mulheres cooperadas. No dia 30 deste mês, é a vez das burkinesas embarcarem para o Brasil, mais precisamente para uma das maiores feiras de artesanato brasileira, a ArtMundi, em Santos, São Paulo. Ali elas vão conhecer produtos e técnicas brasileiras de artesanato e expor o que estão aprendendo com o projeto. Além disso, as burkinabes trarão para o país outros produtos da cooperativa, como os tecidos tingidos e derivados de manteiga de Karité.

Valorização das artesãs – Simone Franco Goedert Fernandes, responsável técnica do projeto, da instituição executora Agência Antioquia, espera que esse seja um bom passo inicial para estreitar as relações entre os países e para divulgar o trabalho da cooperativa. “A Cooperativa “L´artdu Burkina” merece ser conhecida porque redignifica essas mulheres, na sua maioria analfabetas, circuncidadas, com nível econômico muito baixo”, conta. Segundo Simone, as cooperadas estão maravilhadas com a possibilidade de utilizar sementes e pedras para produzir e ajudar na renda familiar.

Para a Fundação Cultural Palmares, que investiu no programa junto com a ABC, esse iniciativa foi escolhida por ser simples, autêntico e ter um impacto imediato na vida das mulheres. “Além de promover capacitação e intercâmbio de práticas no artesanato, esse projeto une mulheres de dois países diferentes, mas com suas realidades de arrimo de família tão próximas”, disse Daniel Brasil, assessor internacional da FCP.

Cooperativa “L´Art Du Burkina”– Burkina Faso ocupa um dos piores índices de desenvolvimento humano no 183º lugar, está ainda entre os 10 países menos alfabetizados da lista publicada pela ONU em 2012. Somando-se a estes números, a realidade da discriminação da mulher é muito forte.

A criação da cooperativa “L´Art Du Burkina” tem como um de seus objetivos favorecer profissionalmente as mulheres, para gerar renda. São oferecidos cursos de artesanato, alfabetização e acompanhamento psicológico com as crianças. Atualmente, dispõe de 25 mulheres trabalhando ativamente. A principal atividade é a fabricação de sabonete e sabões com manteiga de karité, aplicação de diversas técnicas de pintura em tecido, fabricação de utensílios de argila e cabaça.

Edital Conexão Brasil – África – Lançado em 2012, o objetivo do Edital é apoiar a construção de capacidades de agentes culturais africanos e latino-americanos, a partir da experiência brasileira na execução de ações voltadas para a economia criativa com base na cultura africana e afrodescendente e na construção de políticas públicas para o apoio e desenvolvimento do tema.

Cultura, Artes, História e Esportes
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