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Em ação conjunta, Palmares distribui cestas de alimentos no Piauí
A Fundação Cultural Palmares (FCP), em atuação com o Ministério da Cidadania e a Companhia de Abastecimento (Conab), realizará a distribuição de 8.600 kg (oito mil e seiscentos quilogramas) de cestas de alimentos em 39 municípios, contemplando famílias Remanescentes de Quilombo, durante toda essa semana na cidade de Teresina/PI.
Nesta segunda-feira (23) por volta das 11h da manhã, ocorreu a cerimônia para a entrega simbólica das cestas de alimentos no auditório da sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O evento contou com a presença de alguns representantes: A Deputada Iracema Portella do Partido Progressista (PP/PI) representando o senhor Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira do (PP/PI), o Diretor da Conab José Jesus Trabulo de Souza Júnior e o representante da Fundação Cultural Palmares (FCP) o Coordenador de Articulação e Apoio à Comunidades Quilombolas Murilo Botelho Ferreira (DPA).
Contamos com o apoio da CONAB para o armazenamento e transporte das cestas até as famílias Remanescentes de Quilombo dos 39 municípios da cidade de Teresina/PI.
A distribuição das cestas de alimentos tem como propósito aliviar as dificuldades pelas quais passam as Comunidades Remanescentes de Quilombos, em especial aquelas afetadas pela diminuição da renda decorrente do afastamento de suas atividades. Esta ação tem como objetivo de atender famílias em situação de vulnerabilidade alimentar aprofundada com o advento da Covid-19.
Fundação Cultural Palmares.
Matéria Especial: Aniversário da Fundação
Após mais de três décadas de subordinação a um projeto político-revolucionário, a Palmares é devolvida ao cidadão brasileiro.
Neste mês de agosto de 2021, mais exatamente no dia 22, a Fundação Cultural Palmares (FCP) completará 33 anos de existência. É uma data que, se não pode passar sem registro, infelizmente não pode ser chamada de data comemorativa em toda sua extensão cronológica. Entretanto, o cidadão pagador de impostos, que é o verdadeiro dono da Palmares, tem o direito de ser informado como seu dinheiro era utilizado.
Criada em 22 de agosto de 1988 pela Lei Federal nº 7.668, a Palmares surge com a Missão Institucional de “promover”, “proteger”, “divulgar” e “arquivar” a cultura de temática negra, bem como ações que a envolva. No mesmo ano, também é promulgada a nossa atual Constituição Federal, a qual registra em seu artigo 215 que o “Estado protegerá as manifestações das culturas populares”, incluindo a “afro-brasileira”.
De gueto a nacionalmente conhecida
Desse modo, a Palmares nasceu dentro de um claro espírito de tutela de uma cultura negra que, afinal, pertence a todos os brasileiros, miscigenados que somos. O resultado prático dessa mentalidade tutelar foi a transformação da Palmares em um gueto marxista, o qual vivia para suas ações de militância e para si próprio, sem contato direto com a sociedade brasileira.
A maior prova desse estado de coisas é o fato de que a Palmares era absolutamente desconhecida no Brasil. Nem os próprios negros sabiam de sua existência e tampouco eram alcançados por suas ações culturais e políticas, as quais ficavam circunscritas ao movimento negro e aos eventos dos partidos de esquerda. A Palmares só saiu do anonimato e ganhou projeção nacional quando o atual presidente da Fundação, Sérgio Camargo, assumiu a cadeira nos fins de 2019.
De aluguel superfaturado para sede própria
A colocação da Palmares em destaque nacional se deveu a uma furiosa reação da esquerda contra o projeto de Sérgio Camargo de transformar a Palmares em uma entidade livre e eficiente. Este foi seu primeiro grande feito. O segundo feito, mas não menos importante, foi o da retirada da Palmares de um prédio cujo aluguel e condomínio, segundo laudo da Caixa Econômica Federal, eram quase quatro vezes acima do valor de mercado, configurando-se em um superfaturamento que consumia parte expressiva do orçamento da instituição. Com a iniciativa de mudança para um prédio da União, com promessa de cessão futura para a Palmares ter sua primeira sede própria, o presidente da Palmares gerou uma economia anual de aproximadamente quatro milhões de reais aos cofres públicos.
A reforma da nova sede
O terceiro grande feito da gestão de Sérgio Camargo já está em andamento. É a reforma da nova sede da Palmares, a qual já está na primeira fase de sua execução, com um engenheiro e um arquiteto contratados já finalizando os projetos. A fase propriamente dita da reforma iniciar-se-á em novembro deste ano. Ao fim da reforma, a Palmares terá um prédio de seis andares para comportar todas as suas áreas com uma estrutura especialmente projetada para atender as particularidades de cada uma.
Centro de estudos Machado de Assis
A reforma contemplará a construção do CEMA – Centro de Estudos Machado de Assis, que abrigará o acervo bibliográfico da Fundação, e também terá espaços de convivência, leitura e exposição. A Fundação também contará com um auditório e com salas multiuso para atividades culturais, pedagógicas e de capacitação.
Um acervo estacionado nos anos 1970
Outra importante realização da atual gestão foi o levantamento temático do acervo bibliográfico da Fundação. Havia a narrativa de ser “um valioso acervo cultural”. Com a abertura das caixas de livros, muitas delas fechadas há mais de 10 anos, o que se encontrou-se foi um acervo defasado e estacionado nos anos 1970, com poucos títulos dos anos 1980 e 1990, e absolutamente nenhuma das últimas décadas, expondo claramente o total desinteresse da Fundação em atualizar seu acervo. Também foi constatado que parte do acervo é de cunho marxista e militante, desviando-se completamente da Missão Institucional da Fundação.
Nova identidade visual
Para representar uma Palmares voltada a todos os brasileiros, nada mais correto e coerente do que uma identidade visual sem sectarismos. Essa mudança começara pelo logotipo da Fundação. Atualmente, ele é composto por dois martelos de xangô estilizados. O edital para escolha da logomarca já foi lançado, e determina que a arte deverá conter apenas formas e cores que remetam única e exclusivamente à nação brasileira.
Novo Edital N°1/2021
Visando readmitir Comunidades Remanescentes de Quilombo e Povos de Terreiro em atividades empreendedores, a Fundação Palmares lançou o Edital N°1/2021. Tudo isso pensando em realocá-los no mercado de trabalho e auxiliando-os a tornarem-se participantes ativos da economia criativa e cultural. Dando uma visão otimista em meio a determinações adotadas pelo distanciamento social, causada pela Covid-19.
Chegando ao século 21
Após três décadas vivendo no passado, a Fundação Cultural Palmares está entrando no século 21: seu acervo será ampliado com obras atuais; sua estrutura não mais servirá à militância, mas ao cidadão brasileiro; e sua sede não será mais objeto de superfaturamento, mas de abrigo da cultura negra em toda a sua amplitude e dignidade, sem reduções e sem vitimismo.
Fundação Cultural Palmares.
REABERTURA DAS INSCRIÇÕES DO EDITAL Nº 1/2021
As inscrições para o Edital nº1/2021 foram reabertas e estarão disponíveis até o dia 11 de Outubro de 2021.
Fique atento ao novo cronograma do Edital:
| Período de inscrições | 12 de julho a 11 de outubro de 2021 |
| Análise das inscrições | 12 de julho a 15 de outubro de 2021 |
| Publicação da lista preliminar | 18 de outubro de 2021 |
| Período de questionamentos (recursos) | 19 a 25 der outubro de 2021 |
| Análise dos questionamentos (recursos) | 26 de outubro a 1º de novembro de 2021 |
| Publicação da lista final | 2 de novembro de 2021 |
Além da reabertura das inscrições, O Edital agora prevê a entrega de 200 (duzentos) kits à todos os candidatos selecionados, que concluírem o curso com sucesso, receberão o kit ao final.
Ao se inscrever atente-se aos requisitos:
- Todos os documentos anexados ao formulário de inscrição devem ser legíveis e nítidos;
- Ao encaminhar documentação pessoal, os números de RG e CPF devem ser legíveis e evidentes no documento;
- A declaração de pertencimento étnico deve possuir a assinatura do representante legal da entidade, da instituição ou membro mais velho da
- Comunidade quilombola certificada. Caso o candidato apresente a carteirinha da associação da CRQ, deve ser evidente a assinatura da liderança;
- Leia com atenção o formulário de inscrição e apresente as informações e documentos nos locais corretos.
Lembre-se que as inscrições serão selecionadas por ordem de chegada, então não deixe para Inscrever-se de última hora.
Acesse o Edital completo clicando aqui.
As inscrições para o Edital nº1/2021 foram reabertas – Confira aqui Publicação no DOU:
Portaria Nº 28, de 15 de Fevereiro de 2022 – Art. 1º Convocar os habilitados no Edital nº 1/2021 – Confira aqui.
Em caso de dúvidas, encaminhe e-mail para: edital.dpa@gmail.com
Participe!
Fundação Cultural Palmares.
Edital de Concurso Novo Logotipo e Logomarca nº 02/2021
A Fundação Cultural Palmares (FCP) lançou, nesta terça-feira (17), um concurso para escolha dos novos logotipo e logomarca da Instituição. O concurso, cujas inscrições vão até dia 15 de outubro, vai selecionar o melhor projeto de criação tendo como principal objetivo a nova identidade visual do órgão.
“Foram meses de preparação para este edital. Além de todo o empenho de nossa equipe e muita pesquisa técnica, tivemos aconselhamento jurídico intenso para que nada saísse errado!”, explica Marcos Petrucelli, diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (DEP), que esteve à frente do Edital.
A escolha da logomarca por Concurso evidencia-se como mais democrática, por ser aberta a toda população, seguindo o preceito constitucional da laicidade do Estado e ainda a grande diversidade existente no país. Para participar do concurso, de acordo com os termos divulgados do Edital, é necessário ser brasileiro nato ou naturalizado, maior de 18 anos e residente no Brasil.
A identidade visual escolhida para o novo logotipo e logomarca passará a ser de propriedade exclusiva da FCP e os logos serão adotados como a “marca oficial”, permitindo sua utilização nas mais variadas peças e meios de comunicação: impressos em geral, outdoors, banners, páginas nas mídias digitais, cartazes, faixas etc.
Obrigatoriamente, terá que conter formas e cores que remetam única e exclusivamente à nação brasileira, ser original e inédita, podendo ser produzidas em qualquer técnica, sem limitação de uso de recursos gráficos.
As propostas não poderão exibir marcas, nomes, pseudônimos, assinatura, ou quaisquer indicações que possam identificar autoria, sob pena de desclassificação. Apresentadas em 02 (duas) diferentes cores: versão multicolorida e versão preto e branco (positivo e negativo).
O autor do projeto vencedor será premiado com R$ 20.000,00. Quanto ao julgamento da escolha, será constituída uma comissão composta por até 5 (cinco) servidores, todos com reputação ilibada e pleno conhecimento da matéria em exame.
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE INSCRIÇÕES
AS INSCRIÇÕES SERÃO REALIZADAS PELO LINK.
ANEXO V – Formulário de Avaliação
ANEXO VI – Termo de Uso de Imagem e Voz
ANEXO VII – Formulário de Recurso
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
NOTA INFORMATIVA II
NOTA INFORMATIVA III
LISTA DE HABILITADOS
LISTA DE INABILITADOS
LISTA DE HOMOLOGADOS
AVISO DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM FACE À CLASSIFICAÇÃO DO EDITAL
Participe!
Fundação Cultural Palmares.
SOMOS TODOS IRMÃOS: A ÉPOCA DIGNA DO MOVIMENTO NEGRO
Entre dezembro de 1948 e julho de 1950, circulou no Brasil um jornal muito interessante e necessário: “Quilombo”. O subtítulo era esclarecedor: “Vida, Problemas e Aspirações do Negro”. Dirigido por Abdias Nascimento, esse periódico (publicado em versão fac-similar pela editora 34 em 2003) é de leitura obrigatória para todos os que interessam-se pela questão racial brasileira.
A obrigatoriedade justifica-se por três motivos. Primeiro, porque “Quilombo” abordou o negro não como massa de manobra de movimentos revolucionários, como acontece atualmente, mas como o ser humano completo que de fato é; segundo, porque em vez de incentivar o ódio e o ressentimento, incentivou o crescimento moral, cultural e intelectual; e terceiro porque foi integracionista em vez de segregacionista.
Já no próprio marketing do jornal para captar assinaturas, já se via o espírito integracionista: “Negros, mulatos e brancos democratas: colaborem”. Numa matéria sobre o romance entre um jogador negro e uma fazendeira branca, o editor Abdias colocou este título: “O amor venceu o preconceito”; e completou no subtítulo: “Não se vê a cor de quem se ama”. Outro artigo condena a Klu-Klux-Klan que impede o “congraçamento de raças”, e no outro lê-se que “Somos todos irmãos”, não importando a cor. Portanto, tudo muito diferente do movimento negro atual, no qual predomina um discurso separatista e rancoroso.
O “Quilombo” também apresentava o negro para além de sua “raiz” e de sua suposta condição de eterno desterrado. Uma das críticas de teatro foi sobre uma montagem de Hamlet, de Shakespeare, interpretado pelos negros Gordon Heath e Marion Douglas. Na editoria de cinema, vemos um militar negro em um filme de Roberto Rosselini; na de música, elogios ao jazz; na de dança, por ocasião de uma peça de cunho popular, fala-se da benéfica influência dos elementos da tragédia grega.
Todos os grandes brasileiros foram citados com respeito e admiração nas páginas do jornal: Luiz Gama; Cruz e Souza; Joaquim Nabuco; Lima Barreto, Machado de Assis. As aspirações do negro – as quais, afinal, são as mesmas dos outros brasileiros – foram também colocadas nos títulos: “Queremos estudar”; “Ministros, senadores e diplomatas negros”.
Não que “Quilombo” não combatesse o racismo, mas combatia-o para vencê-lo e gerar integração e crescimento em vez de segregação e retardamento. Era uma visão de mundo também expressa iconograficamente. Entre 95% e 98% das imagens trazem os negros em eventos sociais e culturais, trajando ternos bem cortados e vestidos decentes, e sempre envolvidos com a alta cultura. É o negro tratado como um elemento constituinte da nossa civilização, e não como um selvagem ou um incapaz em busca de cotas raciais.
Com este periódico singular e arejado, Abdias Nascimento prestou um grande serviço à sociedade brasileira, na medida em que registrou uma militância preocupada com o crescimento, elevação e integração do negro.
Fundação Cultural Palmares.
Fundação Cultural Palmares: Presta Homenagem à Servidora Aposentada
“Sempre me senti muito orgulhosa em poder trabalhar na Fundação Palmares, contribuindo, mesmo que indiretamente, na promoção e na preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira e acompanhando grandes conquistas das comunidades quilombolas .” Nilza Márcia de Morais
A servidora Nilza Márcia de Morais nasceu em Carmo do Paranaíba – Minas Gerais em 08 de janeiro de 1956. Formou-se em Administração de Empresa/Pública e dedicou-se à Fundação Cultural Palmares (FCP) entre 09 de setembro de 1992 e se aposentou no dia 02 de agosto de 2021
Durante 29 anos, exerceu as funções na Auditoria e na Coordenação de Logística (CLOG). Compartilhando experiências e admiração por todos os departamentos aos quais teve a honra de trabalhar.
Em entrevista, dona Nilza Márcia relembra os momentos aos quais contribuiu para a instituição e conta sobre seus novos planos pós aposentadoria:
Durante os anos em que a senhora trabalhou na Fundação Cultural Palmares poderia contar-nos como foi sua passagem, e qual história marcou-lhe?
“Sempre me senti muito orgulhosa em poder trabalhar na Fundação Palmares, contribuindo, mesmo que indiretamente, na promoção e na preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira e acompanhando grandes conquistas das comunidades quilombolas .”
Quais trabalhos dentro da fundação Cultural palmares (FCP), a senhora avalia de maior importância para sua carreira profissional?
“Considero que, o tempo que fiquei na Coordenação de Logística foi de grande relevância, considerando que o gestor do contrato tem papel importante na Administração Pública, assumindo responsabilidades complexas que exigem capacitação técnica e comprometimento dos servidores designados a desempenhá-las, mitigando os riscos de prejuízos à administração e, portanto, o mau uso dos recursos públicos.”
A senhora sente-se satisfeita com aquilo que alcançou em sua vida?
“Tenho muito orgulho de tudo que conquistei e isso inclui a profissional que me tornei. Me dediquei para ser uma profissional qualificada, competente, esforçada e íntegra, realizando minhas atribuições e abraçando os reconhecimentos obtidos ao longo de minha carreira, que somados a conquistas pessoais me fazem uma mulher realizada por completo. “
Agora que está aposentada, quais novos desafios pretende alcançar?
“Quero me dedicar mais à minha família e à minha saúde física e mental. Aproveitar mais os momentos e a vida, que agora terei tempo exclusivo . ”
Um recado de despedida à FCP, E a todos os ex-colegas de trabalho.
“Sinto que estou respirando tranquilidade, paz e satisfação, na certeza de que cumpri minha missão com excelência, como Servidora Pública. Fui criticada por muitos, pela morosidade que dava aos meus trabalhos, mas me orgulho de mim, por entender que os desempenhava baseada em estudos e seguindo toda a legislação. Apesar de todo cuidado, não sou perfeita e também falhei, afinal sou humana e erros fazem parte da vida de todos. Eles me fizeram melhor, me fizeram crescer e também sou grata a eles que ajudaram no meu crescimento. Foram muitos momentos alegres, outros nem tanto, lágrimas, sorrisos, perdas e conquistas. Fiz colegas e amigos, pessoas que passaram e pessoas que permaneceram, cada um contribuindo de sua forma para meu crescimento e para minha vida, esses ficarão nela, além do trabalho, para sempre.
A todos vocês minha eterna gratidão.”
A FCP agradece pelos anos prestados à instituição. Desejamos que em sua nova jornada, a senhora possa aproveitar cada segundo, e ressaltamos que é com muita emoção que despedimo-nos, de uma belíssima e insubstituível servidora.
Gratidão,
Fundação Cultural Palmares (FCP).
Fundação Cultural Palmares: Presta Homenagem à Servidora Aposentada
“Foi com prazer e dedicação que trabalhei na FCP, foram momentos que levarei para sempre, durante todos esses anos, momentos incríveis que ficarão arquivados em minha memória” Maria Das Graças.
Maria das Graças França nasceu em Teresina/Piauí, no dia 11 de agosto de 1949, aos treze anos de idade, veio morar com seus pais em Brasília, DF. Formou-se, e em 1992, começou a trabalhar na Fundação Cultural Palmares (FCP) até o dia de sua aposentadoria, em 02 de agosto de 2021.
Durante 29 anos de sua jornada, exerceu as funções no Gabinete, na Jurídica, no Departamento de Fomento e Proteção da Cultura Afro-Brasileira, na Biblioteca, no Digital e no Protocolo. Compartilhando profissionalismo, honestidade e respeito para com todos seus colegas.
Em entrevista concedida à FCP, a aposentada conta-nos como foi sua passagem pela instituição e o que pretende fazer em sua nova jornada:
Com todas as conquistas até hoje alcançadas, tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional sente-se contente com aquilo que alcançou em sua vida?
“Sim muito! Sinto-me uma pessoa realizada por tudo que fiz durante todos esses anos que me dediquei ao serviço público.” Entusiasmada.
Em todos os trabalhos realizados na Fundação Cultural Palmares (FCP), qual deles na sua opinião, teve maior importância em sua trajetória?
“Todos os trabalhos foram de muita importância, me dediquei a cada trabalho dando de mim o máximo que sabia e podia para não falhar nas tarefas” ressalta.
Durante os anos em que a senhora trabalhou na Fundação Cultural Palmares poderia contar-nos como foi sua passagem, e qual história foi mais marcante?
“Foi com prazer e dedicação que trabalhei na FCP, foram momentos que levarei para sempre, durante todos esses anos, momentos incríveis que ficarão arquivados em minha memória” relembra emocionada.
Nesse novo momento de aposentadoria, a senhora almeja novos desafios?
“Pretendo dedicar-me de coração há outras atividades, e a minha família” revela.
Dona Maria das Graças, qual a mensagem gostaria de deixar para todos os colegas e amigos que ainda estão na Palmares :
“É com muito carinho que encerro minha passagem pela FCP, agradeço a todos que fizeram parte da minha história, aos meus amigos e Ex-colegas, desejo que suas jornadas sejam tão perfeitas quanto a minha, um beijo a todos! ”
Ressaltamos, que é com muita emoção, que nos despedimo-nos da profissional exemplar. Desejamos nossos mais sinceros agradecimentos, que a senhora venha desempenhar com sabedoria os novos desafios que virão em sua vida.
Gratidão,
Fundação Cultural Palmares.
Comissão de Cultura Faz Vistoria Técnica à Fundação Cultural Palmares
Pela primeira vez em seus 33 anos de existência, a Fundação Cultural Palmares recebeu uma vistoria técnica. O motivo da vistoria foi o de subsidiar a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados para uma avaliação sobre o acervo bibliográfico e iconográfico da instituição.
O deflagrador de tal ineditismo, após décadas sem que ninguém se preocupasse com a integridade do acervo, foi o Relatório Público 1 ( leia aqui ) , no qual constata-se que parte do conjunto bibliográfico da Fundação é composta por obras marxistas, sendo, portanto, desviantes da Missão Institucional. Entretanto, esse conjunto de obras de cunho flagrantemente militante não será doado, mas comporá o que foi batizado de o “Acervo da Vergonha”, ocupando uma sala especial, separada do acervo de temática negra.
Outra constatação importante do Relatório Público 1 foi a de que o acervo bibliográfico está extremamente defasado, sem a presença de nenhuma grande obra de temática negra publicada nos últimos trinta anos. É um acervo estacionado no passado.
A principal reação a este primeiro e importante desnudamento do acervo não foi de reconhecimento ou de ato solidário para atualizá-lo, mas de uma diligência na sede da Palmares, visando zelar pela inadequação e obsolescência do acervo. Chefiada pelas deputadas Alice Portugal, do Partido Comunista do Brasil; e pelas petistas Benedita da Silva e Erika Kokay, a comitiva vistoriou as salas e concluiu que era necessária uma vistoria técnica, a qual ocorreu nos dias 05 e 06 de agosto.
A Comissão Técnica que vistoriou a Palmares foi composta por Juçara Faria, Chefe do Setor de Coordenação de Preservação de Bens Culturais (COBEC); Orlando Borges, Técnico de Conservação; e Viviam Santiago, Conservadora e Restauradora. Os profissionais foram recebidos por Marco Frenette, Coordenador do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), e depois acompanhados pela equipe da Palmares, composta por Guilherme Bruno dos Santos, Coordenador de Disseminação da Informação; Isabella Barbosa, Coordenadora de Estudos e Pesquisas; e Gustavo Carvalho, Chefe de Divisão de Estudos e Pesquisas.
Os dados colhidos pela equipe técnica, tais como temperatura ambiente, estado de conservação das obras e imagens das salas serão repassadas para a Comissão de Cultura. Vale ressaltar que os parlamentares desta Comissão nunca demonstraram preocupação com a conservação do acervo e nem destinaram recursos para sua renovação via emendas parlamentares.
Na gestão do presidente Sérgio Camargo, a Fundação Palmares saiu de um prédio onde pagava um aluguel quatro vezes superior ao valor de mercado, e mudou-se para um imóvel pertencente à União, gerando uma economia de milhões à União. Esta nova sede, após passar por ampla reforma, abrigará o CEMA – Centro de Estudos Machado de Assis, o qual oferecerá ao público um acervo atualizado e diretamente centrado na temática negra. O CEMA também terá espaços de convivência, de exposições e de cursos. Será a chegada da Palmares ao século 21.
A Palmares também está em processo de contratação de bibliotecário, além de ter iniciado tratativas com vinculadas do Ministério do Turismo para compartilhamento de corpo técnico que auxiliará na futura ampliação e atualização do acervo.
A FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES DESEJA UM FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER
No dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, e a Fundação Cultural Palmares (FCP) celebra essa importante data com imenso respeito e admiração. A comemoração foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970, simbolizando a luta histórica das mulheres em busca da equiparação de suas condições às dos homens.
A origem do Dia Internacional da Mulher
O 8 de março surgiu com as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e direito ao voto, durante a Primeira Guerra Mundial. Essas mulheres visavam a reivindicação por igualdade salarial e social. Contudo, as reivindicações pelos direitos das mulheres negras em relação ao trabalho tiveram suas primeiras manifestações na década de 1940.
O papel da imprensa negra na luta das mulheres negras
Na época, a imprensa negra tinha, até então, suas publicações voltadas para o universo do homem negro, abdicando de qualquer intervenção e inclusão de gênero. Foi por meio do jornal Quilombo, vida, problemas e aspirações do negro, que a questão das mulheres negras foi abordada em um retrato que foi o início das mobilizações de gênero e raça no Brasil.
Investindo no futuro
A Fundação Cultural Palmares tem como missão a promoção e preservação da cultura negra e afro-brasileira. Já são muitos anos atuando em parceria com a sociedade, em defesa dos quilombolas, das religiões de matriz africana e das ações afirmativas com o objetivo de eliminar as desigualdades históricas e as discriminações raciais, étnicas e religiosas.
E sabendo da importância de sua missão, a FCP vem, ao longo das décadas, promovendo ações, fomentando e apoiando projetos e desenvolvendo vários editais, os quais possibilitam capacitação à população negra, inclusive com foco na qualificação de mulheres por meio de cursos profissionalizantes.
Capacitação em estética feminina
Em 2021, o Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro – DPA lançou o EDITAL Nº 1/2021, que consistia em um curso on line de capacitação em estética feminina, manicure, pedicure e nail design. A iniciativa selecionou 200 mulheres de Comunidades Remanescentes de Quilombo e Povos de Terreiro para realizarem curso on line de capacitação com fornecimento de material (Kit aluno). Em 2022, a segunda edição foi lançada, alcançando excelente êxito.
Prêmio Palmares de Arte
O edital Prêmio Palmares de Arte premiou em 2022 mais de 80 iniciativas de artistas autodeclarados negros (pretos ou pardos), praticantes das diversas expressões culturais afro-brasileiras, preferencialmente de áreas de vulnerabilidade social, bem como artistas residentes em Comunidades Quilombolas devidamente certificadas pela instituição.
O Concurso teve como objetivo principal fortalecer as expressões culturais quilombolas e afro-brasileiras; identificar, valorizar e dar visibilidade às atividades culturais protagonizadas por negros e às estratégias de preservação de suas identidades culturais, além de incentivar a participação plena e efetiva da população negra e quilombola.
Dentre os vários participantes, muitas mulheres destacaram-se pelo seu talento e profissionalismo. Na categoria de dança, a representante da Comunidade Remanescente Quilombola Beco do Caminho Curto, em Joinville/SC, Gorete Aparecida de Oliveira ficou em primeiro lugar.
O Projeto Makena, representado pela quilombola, iniciou suas atividades com a dinâmica do espelho, conversas dirigidas sobre a pesquisa da história do turbante, coreografias de dança afro e apresentações de dança com as mulheres da comunidade.
Na categoria de Leitura Escrita e Oralidade, a contemplada Joana da Silva Santiago é detentora dos saberes Kalunga e mestra das tradições quilombolas, incluindo a arte de extrair óleo de coco. Este é um importante elemento da culinária quilombola que contribui para a soberania alimentar do povo Kalunga em Monte Alegre/GO, sendo um dos alimentos mais ricos e nutritivos disponíveis na região.
Sua extração é feita de maneira artesanal, demandando muito trabalho e esforço físico.
Essa prática não visa apenas ao consumo e à comercialização, mas também ao resgate e à preservação dos saberes e fazeres da cultura Kalunga e quilombola, exercendo um papel importante na salvaguarda e disseminação de saberes que estão em risco de extinção.
Por fim, mas não menos importante, a contemplada Débora Cristina Alcântara Duarte ganhou o primeiro lugar na categoria Artesanato. A quilombola desenvolve um trabalho dentro de um terreiro de umbanda na cidade de Ananindeua, Pará, que está aberto à comunidade.
Futuro Mais Equitativo
Ao investir na capacitação e no desenvolvimento profissional das mulheres negras, a FCP está ajudando a criar um futuro melhor para elas e suas comunidades. Com acesso a mais oportunidades e recursos, as mulheres negras podem ter mais controle sobre suas vidas e se tornarem líderes e empreendedoras em suas próprias comunidades.
O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade para celebrar as conquistas das mulheres em todo o mundo e refletir sobre o trabalho que ainda precisa ser feito para alcançar a igualdade de gênero. A Fundação Cultural Palmares está comprometida em investir nas mulheres negras e afro-brasileiras, a fim de garantir que elas tenham as mesmas oportunidades de sucesso e prosperidade que qualquer outra pessoa.
Por meio de programas de capacitação e desenvolvimento profissional, além de outras ações, a FCP vem contribuindo para que as mulheres negras conquistem seus objetivos, se tornando assim, líderes em suas próprias comunidades. Isso é fundamental para construir um futuro melhor e mais equitativo para todas as pessoas, independentemente de sua raça, gênero ou origem.
Por Fundação Cultural Palmares.
Cais do Valongo recebe visita de autoridades do Governo Federal
As ministras Margareth Menezes e Aniele Franco, a primeira dama do país Janja Lula e o Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, dentre outras autoridades, visitaram o Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira 9 de março de 2023, juntamente como Presidente Interino da FCP, o servidor Marco Antonio Evangelista, que acompanhou a visita ao Armazém Docas Dom Pedro II.
Na ocasião, as autoridades, em entrevista coletiva, enfatizaram a importância histórica do Cais do Valongo para a cultura do país.
O principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas passou a integrar Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1º de março de 2017.
Conforme já mencionado pelo Ministério da Cultura, o encontro marcou a retomada do Comitê Gestor do Cais do Valongo. O foco é trabalhar no projeto de revitalização dos espaços e criação de um memorial de referência e celebração à herança africana com nome ainda não definido.
Por Fundação Cultural Palmares.
3° Edição do Programa Access E2C 2023, selecionará 240 jovens afro-brasileiros e indígenas para curso on-line
A Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório Regional de Ensino de Língua Inglesa (RELO), e o Grupo +Unidos, selecionam 240 jovens afro-brasileiros e indígenas para a terceira edição do Programa Access E2C 2023 (English to Connect, Communicate, Catalyze) para um curso on-line gratuito de inglês. O curso será para profissionais e/ou empreendedores afro-brasileiros e indígenas. Os interessados devem ter entre 18 e 35 anos e conhecimento básico de inglês.
O projeto faz parte das iniciativas do programa Access, que acontece em nível mundial desde 2004, e é oferecido pelo Departamento de Estado dos EUA em mais de 86 países. No Brasil, mais de 3.000 participantes desde 2008 foram beneficiados.
A formação terá uma carga horária de 210 horas, sendo seis horas semanais e realizadas durante o ano de 2023. Além do curso regular, os selecionados participarão de atividades extracurriculares e receberão mentorias de profissionais especializados do mercado de trabalho.
As inscrições estão abertas até 21 de março de 2023 por meio do link: https://www.maisunidos.org/accesse2c/.
Fundação Cultural Palmares recebe visita Mãe Tuca d’Osoguiã
A Fundação Cultural Palmares recebeu na tarde desta segunda-feira, 20 de março de 2023, Mãe Tuca d’Osoguiã, diretora executiva da ONG Casa da Cultura Ilê Asé d’Osoguiã (CCIAO), que presta serviços para a comunidade do Vale do Gramame em João Pessoa (PB).
O presidente interino Marco Antônio Evangelista recebeu a ativista. Mãe Tuca já é parceira da FCP há 15 anos e durante o encontro, foram discutidos vários temas, dentre eles, políticas públicas para as Comunidades Quilombolas, bem como mais inclusão para a população negra.
Por Fundação Cultural Palmares.
21 de Março: Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
Nesta terça-feira, 21 de março de 2023, celebramos o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Esta data é um momento crucial para a cultura negra e foi instituída por meio de uma lei proposta pelo deputado Vicentinho (PT-SP) e sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O documento encontra-se no Diário Oficial da União (DOU) desde 6 de janeiro de 2023, com as assinaturas das ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Neste Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, saudamos todos os os povos de matrizes africanas, honramos e valorizamos essa importante manifestação cultural que enriquece e fortalece a diversidade de nossa sociedade.
Por Fundação Cultural Palmares.
Cerimônia do dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
O evento foi realizado nesta terça-feira, 21 de março, na Câmara dos Deputados em Brasília-DF.
A Celebração do 21 de março, Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, foi realizada nesta terça-feira, 21 de março de 2023, na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, tendo como abertura o Hino nacional e o Hino da Negritude.
A solenidade foi presidida pelo Deputado Vicentinho Paulo do Partido dos Trabalhadores de São Paulo/PT-SP; o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida; a Deputada e Relatora Erika Kokay do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal/PT-DF, bem como o Presidente dos Correios Fábio dos Santos.
O presidente interino da Fundação Cultural Palmares, Marco Antônio Evangelista também participou da cerimônia juntamente com outros convidados. A festividade teve por objetivo discutir a importância da data para o combate à intolerância religiosa, com vista à uma sociedade mais justa e igualitária, a fim de que haja o livre exercício de crença de cada cidadão. Nessa caminhada de muitos anos, a luta pela liberdade de crença e o fim dos preconceitos, torna-se algo fundamental para assegurarmos que os direitos estabelecidos em nossa Constituição sejam respeitados na prática.
No dia 21 de março de 2023, celebramos o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Esta data é um momento crucial para a cultura negra e foi instituída por meio de uma lei proposta pelo deputado Vicentinho (PT-SP) e sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto sancionado está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desde o dia 6 de janeiro de 2023 e assinado também pelas ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A data de 21 de março também marca o dia de fundação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Seppir, primeiro órgão com status de ministério voltado para a temática da questão racial no Brasil, fundada em 2003, durante a primeira gestão do governo Lula.
Por Fundação Cultural Palmares.
João Jorge Rodrigues dos Santos é oficialmente o novo presidente da Fundação Cultural Palmares
Baiano de Salvador, João Jorge é escritor, palestrante, produtor cultural e advogado. Ativista pan africanista, foi militante do Movimento Negro Unificado e do Grupo Negro da UCSal.
João passou 47 anos nas ruas lutando por igualdade, 44 anos em blocos afro, 4 anos no Ilê e 40 no Olodum, bloco afro carnavalesco que participou da fundação e presidia até ser nomeado na Fundação Palmares.
Graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (2001) e com mestrado em Direito pela Universidade de Brasília (2005) tem atuação marcada na área de Direito Constitucional, em temas como direitos humanos, cidadania para afrodescendentes, comunicação e cultura negra.
Dirigiu a Fundação Gregório de Matos, órgão da gestão cultural da Prefeitura de Salvador, entre 1986 e 1998. Foi membro do Conselho Curador da Empresa Brasileira de comunicação (EBC) até 2016, quando o colegiado foi extinto.
Recentemente, João foi escolhido como membro consultor da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra, criada em 2016 pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para fazer o resgate histórico do período escravocrata brasileiro e para discutir formas de reparação aos negros.
É autor do livro Fala Negão: Um discurso sobre Igualdade (2021). Tem colaborado para campanhas nacionais e internacionais de defesa e promoção povo negro brasileiro e de combate ao racismo.
PRESIDENTE DA FCP REÚNE-SE COM MINISTRA DA CULTURA E DEPUTADA ÉRIKA KOKAY PARA DISCUSSÃO DE PAUTAS SOBRE A CULTURA NEGRA
O presidente da Fundação Cultural Palmares João Jorge Rodrigues participou na tarde desta quarta-feira, 22 de março de 2023, de uma reunião com Ministra da Cultura Margarete Menezes e a Deputada Federal Erika Kokay PT/DF.
As autoridades reuniram-se para discutirem diversos assuntos, dentre eles, a Regulamentação dos Profissionais da Cultura; o Bicentenário da Independência, bem como o Projeto de Lei 1279/22, o qual institui o marco legal dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana.
O ex-presidente da FCP, o Sr. Marco Antônio Evangelista; o Secretário-Executivo, o Sr. Marcio Tavares dos Santos; o Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, o Sr. Henilton Parente de Menezes; a Chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade, a Sra. Mariana Braga e a Coordenadora Geral de Assuntos Parlamentares, a Sra. Priscilla Correa também participaram do encontro.
Confira as fotos da reunião aqui: https://flic.kr/s/aHBqjAwS3n
Por Fundação Cultural Palmares.
Palmares participa da posse de novo Comitê Gestor do Sítio Arqueológico Cais do Valongo
Com o retorno, o principal objetivo do comitê é planejar ações de preservação, revitalização e promoção do sítio arqueológico. A meta é que as reuniões aconteçam pelo menos uma vez por mês.
O grupo vai ser composto por 15 instituições da sociedade civil e 16 entidades governamentais das esferas federal, estadual e municipal.
O GUERREIRO RETORNA PARA A PALMARES
Por Adriano Azevedo, Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá.
Em alguns Candomblés tradicionais da Bahia, existe um ritual chamado Olorogun , que significa o Senhor da Guerra. Este ritual simboliza a ida dos Orixás para o céu, para que de lá Eles possam interceder por nós aqui na terra. E para nossa alegria e alimento da fé, Eles sempre retornam no Abogun (retorno da guerra), quando Xangô aparece com o fogo da vitória nas mãos.
Durante quatro anos que pareciam nunca acabar, o Brasil viveu por inúmeros infortúnios e a dor de muitas perdas. Contudo, não esmorecemos e seguimos resilientes, com fé e esperança em dias melhores.
Enfim, este dia chegou!
Como toda e qualquer sucessão onde cada um tem as suas preferências, venceu o que a maioria desejava de melhor para o Brasil, haja vista a sua passagem anteriormente como gestor da nação. Que mais uma vez, de forma honesta e democrática, Luís Inácio Lula da Silva volta a presidir o Brasil. E junto a ele, vieram nomes potentes e de grande relevância para sua nova jornada. Gestão esta, inclusiva e diversa, onde: Margareth Menezes, Anielle Franco, Sônia Guajajara, Marina Silva, Sílvio Almeida e os outros 32 nomes, que cada um em sua atribuição, carrega consigo a sua importância e competência.
E dentro deste contexto para nosso regozijo, quem retorna com o fogo vivo da vitória para o Brasil é o guerreiro Zumbi dos Palmares, onde a energia que pode ser vista através dos raios e trovões, e sentida a partir do calor do fogo, tendo Xangô como princípio cosmológico desta fé afro-referenciada, em que protege os juízes, promotores e advogados, e empunha o “Oxê” , machado duplo que representa o equilíbrio da justiça, assim como a balança de Têmis, a Fundação Palmares terá um filho de Xangô em sua presidência.
Criada há 35 anos, a Fundação Palmares que tem como objetivo a preservação dos valores sociais, econômicos, culturais e históricos, retorna da guerra com João Jorge Rodrigues presidindo a casa. Advogado e Mestre em Direito Público, JJ é Presidente de uma das maiores instituições anti-racistas do Brasil, o Bloco Afro Olodum, que para além da música, realiza um trabalho social com a Escola Criativa do Olodum, onde beneficia gratuitamente cerca de 300 jovens entre crianças e adolescentes do Pelourinho e bairros circunvizinhos, com cursos de iniciação musical; percussão; canto; teatro; dança e muita mais. Militante da causa negra desde a década de 70, João Jorge empunhará o Oxê de Xangô, onde através da energia viva de seu Orixá, irá dirigir esta instituição a partir da sua real estrutura organizacional.
Salve Zumbi!
Salve Jorge!
Salve Lula!
PRESIDENTE DA FCP SE REÚNE COM MINISTRA DA CULTURA E DEPUTADO PADRE JOÃO PARA DISCUSSÃO DE PAUTAS SOBRE O RODOANEL
O presidente da Fundação Cultural Palmares João Jorge Rodrigues participou na tarde desta terça-feira, 28 de março de 2023, de uma reunião com Ministra da Cultura Margarete Menezes e o Deputado Padre João/PT-MG.
As autoridades reuniram-se para discutirem sobre o Projeto do Rodoanel (Rodominério) da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Diretor Substituto do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro – DPA, o Sr. Marco Antonio Evangelista; o Secretário Executivo Adjunto, o Sr. Cassius Antonio da Rosa e a Coordenadora Geral de Assuntos Parlamentares, a Sra. Priscilla Correa também participaram do encontro.
Por Fundação Cultural Palmares.
São Salvador da Bahia de Todos os Santos
Considerado o centro da cultura afro-brasileira, traz consigo a herança africana em sua religião, culinária, celebrações, cultura, saber e tradições. A capital concentra a maior comunidade de Afrodescendentes do mundo fora de África.
Tradições africanas são conservadas e recriadas nesta cidade. A cultura baiana reflete de tal forma que a cidade é também chamada de "Roma Negra" ou "Meca da Negritude". Pelas ruas dos bairros históricos de Salvador em quase todos os cantos se sente a presença de África.
A capital é uma das mais populosas e economicamente desenvolvidas do país, com destaque para o setor terciário da economia local, notadamente marcado pelo turismo.
Por Fundação Cultural Palmares.