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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 17/12/2025 13h25

Quarto dia de programação de aniversário da Palmares

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Publicado em 26/08/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h06

Palmares contou com a Roda de Conversa sobre Experiências de Mapeamento de Comunidades de Matriz Africana nos Estados. O encontro aconteceu no auditório da sede da instituição. Compôs a roda o Pai Alcides da Bahia, Mãe Simone do Pará, Mãe Tuca da Paraíba, Mãe Flávia do Rio de Janeiro e Pai Hendrix do Rio Grande do Sul.

Por ser a primeira experiência de mapeamento cartográfico de comunidades de matrizes africanas no Distrito Federal, a Fundação Palmares buscou levantar entre os representantes o conhecimento que adquiriram ao mapearem seus próprios estados. O fruto dessa reunião auxiliará o desenvolvimento do projeto piloto.

A programação seguiu com a lavagem da Fundação. Segundo a Yalorixá Mãe Baiana, a lavagem trata-se de uma celebração cujo objetivo é purificar e abençoar o corpo, a alma e o ambiente, promovendo a paz através de símbolos e instrumentos religiosos como: adjás, atabaques, flores e ramos.  A celebração contou com a participação do tradicional cortejo das baianas do Ilê Asé Eiyelé Ogé (Babá Joel T’Osagiyan)  e do Babá Obalajó do Ilê Obá Asé Egbe Aláfin Oyo, e também do grupo de percussão Filhas do Ilê Axé Oyá Bagan de Brasília-DF. Foram 20 baianas fazendo um ato simbólico de lavagem aos representantes e convidados, feito com rosas, palmas e água de lavanda aspergidas.

Para ela “essa benção que as baianas trazem à Fundação Palmares nesse dia é uma benção de boas-vindas à instituição no meio das comunidades tradicionais de matriz africana. O povo de terreiro respalda e reconhece a Fundação Palmares”.

A yalorixá ainda acrescenta que o ritual traz uma grande importância, pois se trata de algo sagrado das comunidades tradicionais africanas. “Ancestralidade é a riqueza das comunidades, é tudo que as comunidades têm, preservam num âmbito do reconhecimento, na proteção da alma, do corpo, na proteção da pessoa física, na proteção do seu sagrado”, completou.


Logo após o ato, foi apresentado às autoridades o projeto “Mapeamento das Comunidades de Matriz Africana no DF – 1ª etapa – Cartografia Básica”. Segundo o Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da FCP, o projeto busca construir uma cartografia básica mostrando a localização dos sítios religiosos de matriz africana existentes na região, construindo um banco de dados com referências espaciais (coordenadas geográficas e UTM*), registro fotográfico da fachada do terreiro e outras informações possíveis de colher.

Pretende-se contemplar aproximadamente 450 (quatrocentos e cinquenta) sítios, no espaço do DF, podendo ser incluso novos sítios religiosos de matriz africana que venham a ser solicitados. Espera-se construir, através da pesquisa, um mapa temático analógico (impresso) e digital (virtual) que poderá ser reproduzido e exibido em diferentes suporte e plataformas e de um relatório técnico com as fichas individualizadas de cada terreiro cadastrado com informações básicas.

Esteve presente a deputada federal Erika Kokay e enviaram representantes: o Governo do DF, Ministério da Cultura, IPHAN, Ministério da Justiça e Cidadania e  Ministério Público Federal entre outras autoridades. Da Universidade de Brasília comparecem o Prof. Rafael Sanzio (Coordenação do Projeto Geo Afro da UnB), Prof. Joelma Rodrigues (Coordenação de Questões Negras da Diretoria da Diversidade da UnB). A direção da Escola Classe 209 Sul enviou a Prof. ª Luciana.

Prestigiando o evento, estiveram representando a sociedade civil organizada os seguintes grupos: Instituto Oju Obá, Força Afro, Ilê Axé Eiylê Ogé, Movimento Organizado Afro-Descendente (MOA), Coletivo de Entidades Negras (CEN), Foafro – DF, Federação de Umbanda e Candomblé do DF e Entorno, Renafro, Liderança da Cidade Ocidental, Rede Afro, Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno, Cortejo Afro, Cepta, Santinha Moda Afro, Iyaya do Acarajé e Iya Kimin do Acarajé.

Livros do Prêmio Oliveira Silveira são lançados no aniversário da Palmares

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Publicado em 23/08/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h25

A Fundação Cultural Palmares (FCP) completou, nessa segunda-feira (22), 28 anos de proteção, preservação e promoção da cultura negra no Brasil. Em comemoração, o dia foi repleto de atividades, que incluíram shows de samba, hip hop e percussão, sessão de cinema, apresentação de grupos quilombolas e o lançamento de cinco romances com temática afro-brasileira, publicado após seleção dos autores por meio do Prêmio Oliveira Silveira, lançado no ano passado. A programação especial de aniversário segue até sexta-feira (26).


Em cerimônia realizada na Caixa Cultural Brasília, o presidente da FCP, Erivaldo Oliveira rememorou a trajetória dos negros até o Brasil, as inúmeras opressões sofridas ao longo de nossa história e a impressionante capacidade da cultura de matriz africana se embrenhar e forjar os modos de fazer, de saber, de expressar, de crer, de contar, de celebrar, enfim, grande parte dos modos de vida que funda a brasilidade e sua diversidade, apesar de todas as tentativas de sufocar, ignorar e eliminar as influências dessa matriz.

“Esse povo já é vencedor por si só e nós queremos dar cada vez mais oportunidades a ele. Queremos que nossos irmãos negros ocupem lugar de poder, porque só com essas ocupações é que vamos fazer política verdadeira para o nosso povo”, afirmou Oliveira.

Em seguida, dedicou-se a resgatar a história da Fundação Palmares e o papel fundamental que essa instituição exerce seja na proteção, seja na promoção da cultura afro-brasileira, desde as comunidades remanescentes de quilombo até as comunidades das periferias, da cultura popular ao cinema negro, da religiosidade à preservação da memória da produção cultural de negras e negros.

Lançamento de livros


O ponto alto do primeiro dia de comemorações foi a solenidade de lançamento dos cinco romances selecionados no Prêmio Oliveira Silveira: Água de Barrela, de Eliane Alves dos Santos Cruz (Rio de Janeiro/RJ), Haussá 1815, de Júlio César Farias de Andrade (Rio Largo/AL), Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares (Guarapari/ES), Sina Traçada, de Maria Custódia Wolney de Oliveira (Brasília/DF), e Sessenta e seis elos, de Luiz Eduardo de Carvalho (São Paulo/SP).

O evento contou com a presença da secretária-executiva do MinC, Mariana Ribas, do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Marcelo Araújo, do vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, de deputados federais, de representantes de ministérios, de embaixadores e de outras autoridades.

André Luís Soares, premiado com Sobre as vitórias que a história não conta, destacou a importância do prêmio Oliveira Silveira. “É uma forma de chamar a atenção para a literatura negra, de dar oportunidade a quem se volta a escrever um pouco da história negra”, afirmou. “A literatura no Brasil, em grande parte, ainda é uma literatura de brancos, de elite branca, que conta sempre a história de uma mesma classe. A história costuma ser a versão dos vencedores e aqui é a história do povo sofrido, do povo escravizado. Vale a pena ouvir, vale a pena conhecer o outro lado”, destacou.

Para Maria Custódia Wolney de Oliveira, premiada com Sina Traçada, o prêmio estimula o surgimento de novas obras literárias sobre a cultura afro-brasileira. “Um edital como este estimula muitos autores, principalmente aqueles que trabalham nessa temática da diversidade cultural brasileira, a divulgar a historicidade brasileira, não só na ficção, mais onde a ficção e a realidade se mesclam, com o pano de fundo social. Além disso, resulta em livros que ajudam os jovens em seu aprendizado, de maneira paradidática, lúdica, a conhecer melhor a história do Brasil”, observou.

Oliveira Silveira

Integrante da comissão julgadora do edital, a professora Zélia Amador, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destaca que o prêmio é uma importante homenagem ao poeta negro Oliveira Silveira, que foi um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. “Ele tem muita relevância para o movimento negro contemporâneo”, afirmou.
Também integrante da comissão julgadora, o professor Luiz Henrique Silva de Oliveira, do Centro Federal Tecnológico de Minas Gerais, ressalta que um dos objetivos do prêmio é combater o chamado racismo editorial. “Há vários romances de autores do quilate de um Machado de Assis, como Úrsula, escrito em 1859 por Maria Firmina dos Reis, ou Quarto de Despejo, de Carolina de Jesus, que a gente não ouve falar por conta desse racismo editorial”, destacou. “Quando se fala de autores negros, na literatura, o fenômeno que mais chama a atenção é o fenômeno da autopublicação. O que se espera é que o Prêmio Oliveira Silveira consiga ser uma ação de Estado, afirmativa, que começa lá atrás com a militância e penetra a espera pública por meio de uma Fundação que se coloca a resgatar e a promover a afro-brasilidade em todas as suas dimensões”, destacou.

Exposição, lançamentos e shows marcam aniversário da Palmares

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Publicado em 23/08/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h29

Na manhã desta segunda (22), foi dado início à semana de comemoração do 28º aniversário da Fundação Cultural Palmares (FCP).

O dia começou com a abertura da exposição fotográfica Raízes, que tem como tema o cabelo e seu papel na construção da identidade da mulher negra. As fotos, feitas com 12 mulheres, são resultado de um trabalho de conclusão de curso universitário (Universidade de Brasília) da fotógrafa Sophia Costa. Visitas à exposição, instalada na sede da FCP, podem ser feitas até sexta-feira (26), das 9h às 17h.

Em encontro com comunidades remanescentes de quilombo, o presidente Erivaldo Oliveira da Silva falou da importância de comemorar essa data e apresentou a nova equipe que estará à frente na sua gestão. Segundo Oliveira, a “equipe será um exemplo de administração e irá onde existir uma comunidade quilombola”.

Durante o evento, as comunidades de Ana Laura (Piracanjuba/GO) e Boa Nova (Professor Jamil/GO), localizadas no estado de Goiás, receberam em mãos a certificação de comunidade remanescente de quilombos.

Além delas, o encontro contou com a presença da comunidade Nossa Senhora Aparecida, do município de Crominia, também do estado de Goiás. A representante da comunidade de Ana Laura, Lucy Helena Roza Tavares, saudou FCP e desejou que a autarquia receba o reconhecimento da população pelas políticas que desenvolve.  Lucy conta que quando receberam a certificação foi como se estivessem recebendo uma carta de libertação, pois a partir dela puderam ter acesso às políticas públicas. Para ela, a FCP teve um papel fundamental para o desenvolvimento da população negra, principalmente a quilombola.  “Temos a Palmares como responsável da nossa libertação, desse nosso avanço como ser humano. Nós mulheres, que temos uma representatividade grande nas comunidades quilombolas, sentimos muita segurança depois que tivemos esse respaldo da Palmares”, acrescentou.

Durante as apresentações, o grupo As Lalinhas apresentaram o Maculelê, manifestação cultural que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se herói. Aline Alves, coreografa, falou que o grupo se dedica às danças folclóricas e de roda, focado na cultura afro-brasileira.

Apresentando sempre em eventos culturais locais, a última aparição do grupo foi na abertura da passagem da Tocha Olímpica pela região. Segundo Aline, o público ainda sofre certa resistência pela falta de conhecimento, após as apresentações sempre tem especulações sobre o que é a dança Maculelê.

A programação durante a manhã ainda contou com o espetáculo do grupo de percussão Visual Ylê (do Ponto de Cultura Flora do Vale). A banda foi criada com o intuito de levar a  cultura quilombola para o Brasil. Segundo Henuza Mendonça, representante do grupo, no início era mais complicado falar sobre cultura negra, a recepção não era boa. Recentemente conseguiram falar mais sobre essa questão racial, tanto no trabalho com a banda, como nas oficinas que também oferecem em outros quilombos. “Quando chegamos em outro lugar, é como se estivéssemos em casa, só que começamos a trocar as experiências, ensinamos percussão e aprendemos danças, músicas; essa troca é muito importante, pois levamos e trazemos conhecimentos entre os quilombos”, acrescentou. Para ela, após a criação da Fundação Cultural Palmares, as oportunidades aumentaram, principalmente na área de cultura.

Durante a tarde, os alunos do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga e o Centro Educacional 03 de Brazlândia assistiram a exibição do filme Besouro. O filme conta a história de Manoel, lendário capoeirista conhecido como Besouro Mangangá por ser alto e identificar-se com o inseto. O capoeira recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes na época.

A música negra ocupou a Praça dos Artistas

Na Praça dos Artistas, no Setor Comercial Sul, região central de Brasília-DF, vários grupos culturais se apresentaram ao longo da tarde.

Quem abriu a programação foi o Grupo Capoeira Nativa, formada por crianças e jovens das comunidades de Ana Laura (Piracanjuba/GO), Boa Nova (Prof. Jamil/GO) e Nossa Senhora Aparecida (Crominia/GO). Para Mestre Rato, que comanda o grupo, a capoeira “encanta porque, além de ser um esporte bonito, trabalha corpo e mente.” Segundo o mestre, seu trabalho foi abraçado pelas comunidades e, embora existam dificuldades para a manutenção de um grupo de capoeira formado por quilombolas, o convite feito pela Fundação Palmares para comemorar juntos seu aniversário valoriza e reconhece seus esforços.

Em seguida se apresentou o grupo percussivo Visual Ylê, que botou vários transeuntes do Setor Comercial Sul para dançar ciranda. À frente do grupo estão Dona Dalva, pioneira do movimento negro em Goiás, e sua filha Henuza Mendonça, entoando também músicas marcantes dos blocos afro da Bahia.

O grupo Mantendo a Identidade, formado por MC Evelyn, Glauber MC e DJ Nader, trouxe diretamente da Ceilândia um rap vibrante e dançante que não esconde as influências do reggae e do dub jamaicanos. Mesclado a isso, letras ácidas que falam do cotidiano da periferia e críticas contundentes à desigualdade social e ao consumismo.

Encerrando a programação na Praça dos Artistas, apresentou-se o brasiliense George Lacerda, que mostrou ao público em seu show a pluralidade e a riqueza da cultura afro-brasileira passeando com sua banda por várias vertentes daquele que talvez seja o ritmo mais ligado à brasilidade, o samba (samba-canção, sambolero, ijexá, samba de raiz, samba de roda…).

Na manhã desta segunda (22), foi dado início à semana de comemoração do 28º aniversário da Fundação Cultural Palmares (FCP).

O dia começou com a abertura da exposição fotográfica Raízes, que tem como tema o cabelo e seu papel na construção da identidade da mulher negra. As fotos, feitas com 12 mulheres, são resultado de um trabalho de conclusão de curso universitário (Universidade de Brasília) da fotógrafa Sophia Costa. Visitas à exposição, instalada na sede da FCP, podem ser feitas até sexta-feira (26), das 9h às 17h.

Em encontro com comunidades remanescentes de quilombo, o presidente Erivaldo Oliveira da Silva falou da importância de comemorar essa data e apresentou a nova equipe que estará à frente na sua gestão. Segundo Oliveira, a “equipe será um exemplo de administração e irá onde existir uma comunidade quilombola”.

Durante o evento, as comunidades de Ana Laura (Piracanjuba/GO) e Boa Nova (Professor Jamil/GO), localizadas no estado de Goiás, receberam em mãos a certificação de comunidade remanescente de quilombos.

Além delas, o encontro contou com a presença da comunidade Nossa Senhora Aparecida, do município de Crominia, também do estado de Goiás. A representante da comunidade de Ana Laura, Lucy Helena Roza Tavares, saudou FCP e desejou que a autarquia receba o reconhecimento da população pelas políticas que desenvolve.  Lucy conta que quando receberam a certificação foi como se estivessem recebendo uma carta de libertação, pois a partir dela puderam ter acesso às políticas públicas. Para ela, a FCP teve um papel fundamental para o desenvolvimento da população negra, principalmente a quilombola.  “Temos a Palmares como responsável da nossa libertação, desse nosso avanço como ser humano. Nós mulheres, que temos uma representatividade grande nas comunidades quilombolas, sentimos muita segurança depois que tivemos esse respaldo da Palmares”, acrescentou.

Durante as apresentações, o grupo As Lalinhas apresentaram o Maculelê, manifestação cultural que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se herói. Aline Alves, coreografa, falou que o grupo se dedica às danças folclóricas e de roda, focado na cultura afro-brasileira.

Apresentando sempre em eventos culturais locais, a última aparição do grupo foi na abertura da passagem da Tocha Olímpica pela região. Segundo Aline, o público ainda sofre certa resistência pela falta de conhecimento, após as apresentações sempre tem especulações sobre o que é a dança Maculelê.

A programação durante a manhã ainda contou com o espetáculo do grupo de percussão Visual Ylê (do Ponto de Cultura Flora do Vale). A banda foi criada com o intuito de levar a  cultura quilombola para o Brasil. Segundo Henuza Mendonça, representante do grupo, no início era mais complicado falar sobre cultura negra, a recepção não era boa. Recentemente conseguiram falar mais sobre essa questão racial, tanto no trabalho com a banda, como nas oficinas que também oferecem em outros quilombos. “Quando chegamos em outro lugar, é como se estivéssemos em casa, só que começamos a trocar as experiências, ensinamos percussão e aprendemos danças, músicas; essa troca é muito importante, pois levamos e trazemos conhecimentos entre os quilombos”, acrescentou. Para ela, após a criação da Fundação Cultural Palmares, as oportunidades aumentaram, principalmente na área de cultura.

Durante a tarde, os alunos do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga e o Centro Educacional 03 de Brazlândia assistiram a exibição do filme Besouro. O filme conta a história de Manoel, lendário capoeirista conhecido como Besouro Mangangá por ser alto e identificar-se com o inseto. O capoeira recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes na época.

A música negra ocupou a Praça dos Artistas

Na Praça dos Artistas, no Setor Comercial Sul, região central de Brasília-DF, vários grupos culturais se apresentaram ao longo da tarde.

Quem abriu a programação foi o Grupo Capoeira Nativa, formada por crianças e jovens das comunidades de Ana Laura (Piracanjuba/GO), Boa Nova (Prof. Jamil/GO) e Nossa Senhora Aparecida (Crominia/GO). Para Mestre Rato, que comanda o grupo, a capoeira “encanta porque, além de ser um esporte bonito, trabalha corpo e mente.” Segundo o mestre, seu trabalho foi abraçado pelas comunidades e, embora existam dificuldades para a manutenção de um grupo de capoeira formado por quilombolas, o convite feito pela Fundação Palmares para comemorar juntos seu aniversário valoriza e reconhece seus esforços.

Em seguida se apresentou o grupo percussivo Visual Ylê, que botou vários transeuntes do Setor Comercial Sul para dançar ciranda. À frente do grupo estão Dona Dalva, pioneira do movimento negro em Goiás, e sua filha Henuza Mendonça, entoando também músicas marcantes dos blocos afro da Bahia.

O grupo Mantendo a Identidade, formado por MC Evelyn, Glauber MC e DJ Nader, trouxe diretamente da Ceilândia um rap vibrante e dançante que não esconde as influências do reggae e do dub jamaicanos. Mesclado a isso, letras ácidas que falam do cotidiano da periferia e críticas contundentes à desigualdade social e ao consumismo.

Encerrando a programação na Praça dos Artistas, apresentou-se o brasiliense George Lacerda, que mostrou ao público em seu show a pluralidade e a riqueza da cultura afro-brasileira passeando com sua banda por várias vertentes daquele que talvez seja o ritmo mais ligado à brasilidade, o samba (samba-canção, sambolero, ijexá, samba de raiz, samba de roda…).

Seguem as comemorações

O evento continuará durante toda a semana. Além da exposição fotográfica e do Cine Palmares, será realizado um Ritual de matriz africana de benção ao aniversário da FCP, juntamente com o cortejo feito pelo grupo percussivo Baduayó Filhas de Oyá, e o lançamento do projeto de Mapeamento de Casas de Matriz Africana do DF – Etapa Cartografia.

Seguem as comemorações

O evento continuará durante toda a semana. Além da exposição fotográfica e do Cine Palmares, será realizado um Ritual de matriz africana de benção ao aniversário da FCP, juntamente com o cortejo feito pelo grupo percussivo Baduayó Filhas de Oyá, e o lançamento do projeto de Mapeamento de Casas de Matriz Africana do DF – Etapa Cartografia.

Prêmio Oliveira Silveira: lançamento dos romances vencedores

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Publicado em 18/08/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h31

O lançamento dos 5 romances vencedores do Prêmio Oliveira Silveira integra a programação comemorativa dos 28 anos da Fundação Cultural Palmares, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de agosto.

As obras vencedoras serão lançadas durante a solenidade que abre oficialmente as atividades em celebração ao aniversário da Fundação Palmares. As autoras e autores estarão presentes para uma noite de autógrafos.

A cerimônia de abertura contará com a presença do Presidente da Fundação, Erivaldo Oliveira, e outras autoridades.

A Fundação Cultural Palmares convida todos a participar de mais um grande momento para a cultura afro-brasileira. Confira abaixo as sinopses dos livros premiados.

Serviço
Data: 22 de agosto, às 19h.
Local: Caixa Cultural Brasília.
Endereço: SBS Quadra 4 Lotes 3/4, edifício anexo à matriz da CAIXA.

Romances contemplados

Água de Barrela, de Eliana Alves dos Santos Cruz (jornalista, empresária e pós-graduada em comunicação empresarial).

Água de Barrela é uma saga, um livro que começa em meados do século XIX, mais precisamente em 1849, quando dois membros de um mesmo clã embarcam escravizados para o Brasil e desembarcam no poderoso recôncavo baiano açucareiro. A história vai atravessando as décadas até os dias atuais, tendo como pano de fundo momentos históricos do país, que foram testemunhados e vivenciados pelos que nunca tiveram chance de contar suas trajetórias.

A história fascinante, que começou com o menino Akin Sangokunle em uma pequena cidadela do reino de Oió, no oeste africano, cruza os caminhos dele e de seus familiares com o de outras poderosas famílias do Brasil império. Relações afetivas e de poder que ganham novos contornos ao longo do tempo e que falam muito sobre o modo de pensar e de agir da elite brasileira e também o que foi determinante para os que são frutos da diáspora africana.

O romance também mostra a mulher negra de uma forma pouco usual na literatura, retratando lutas, dores e vitórias daquelas que, em tempos de subalternas, optaram por protagonizar suas próprias histórias.

Haussá 1815 – Comarca das Alagoas, de Júlio César Farias de Andrade (alagoano de Maceió, servidor público da Universidade Federal de Alagoas, capoeirista angoleiro e mestre de maracatu de baque virado em Alagoas).

Bomani é o nosso protagonista, homem digno e filho único de uma família que vive do plantio e comércio de An-nil em Kano, Norte da Nigéria. A paz que desfrutavam, nas proximidades do Deserto do Saara, é abalada durante uma jihad, após inúmeros ataques às caravanas chefiadas por Bomani.

Feito prisioneiro, vendido e trabalhando como servo, percorre o país e presencia seus costumes milenares. O cenário muda e Bomani se vê dentro de um tumbeiro rumo ao Brasil.

Ao final de uma longa e sofrida viagem, aporta nos arredores da Vila de São Francisco do Penedo, Comarca das Alagoas, Brasil. Bomani torna-se propriedade de um senhor de engenho realizando trabalhos forçados.

Tempos depois ele foge da fazenda, conhece a bela e jovem Nyota e planejam um levante para libertar seu povo.

Permita-se acompanhar toda essa emocionante trajetória que culmina no levante malê na cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, em meados do século XIX.

Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares (brasiliense, é economista).

O romance narra a história dos gêmeos africanos – Akin e Olakundê – que, ainda na infância, são trazidos ao Brasil no começo do século XIX.

Sendo comprados por um negro de ganho que os cria e os insere na tradição muçulmana, colocando-os no centro das lutas dos escravos malês, os quais sonhavam tomar a Bahia para nela construir o primeiro império negro fora da África.

Os jovens gêmeos crescem unidos, envolvendo-se nas mais diversas aventuras por toda a cidade de Salvador, vivendo também paixões e sofrimentos próprios daqueles que buscavam, acima de tudo, formas mais justas e livres de viver.

Paralelo à história dos dois irmãos, o romance apresenta os cenários sociais, políticos e econômicos predominantes à época, revelando insuportável quadro de desigualdades, em que o Estado e a Igreja tudo faziam para perpetuar a produção escravista. Nesse panorama, os levantes eram constantes, fazendo da Bahia o centro das revoltas de escravos no Brasil.

Sina traçada, de Custódia Wolney (administradora de empresas com especialização em Gestão Cultural e membro da Academia de Letras e Músicas do Brasil – ALMUB).

Sina Traçada é um envolvente romance que aborda a revolução dos Malês, ocorrida em Salvador, no ano de 1835. Africanos adeptos ao islamismo, que se comunicavam em árabe, e que na Bahia lutavam contra a escravidão.  Na busca da liberdade de professarem a própria fé, queriam impor, na Bahia, um governo muçulmano.

A obra envolve o leitor na trajetória de vida de Thomaz. Homem determinado, acostumado às guerrilhas africanas por conquistas de reinados. Convertido recentemente ao Islamismo, ainda trazia no peito sua crença nos orixás.  Na África, fora capturado por tentar matar o rei e vendido ao Brasil à troca de tabaco. Conhecendo a escravidão, não se curvou a ela.

O leitor terá a oportunidade de perceber a congregação de diferentes crenças na Bahia, que favoreceram a formação da vasta diversidade cultural brasileira. Thomaz sentiu-se traído por si mesmo ao ver-se apaixonado pela esposa de seu feitor: rica, branca e católica. Uma mulher que, para ele, representava a personificação de uma classe que ele bravamente combatia.
É possível o amor sobreviver a preconceitos, diferenças sociais e religiosas? Descubra isto nas páginas deste romance.

Sessenta e seis elos, de Eduardo Carvalho (publicitário e jornalista editor na área de arte e cultura).

Dois irmãos, filhos de reis congoleses são escravizados e levados ao Rio de Janeiro. Um deles é vendido para trabalhar nas minas de Ouro Preto. O outro junta-se à tripulação de uma embarcação pirata rumo ao Haiti colonial.

Suas descendências paralelas atuam como coadjuvantes em fatos históricos que culminam na formação da primeira nação negra independente fora da África e do país que mais tardiamente aboliu a escravidão formal.

Duas outras narrativas, contemporâneas e paralelas traçam um panorama da atuação das Forças de Paz da ONU, desempenhadas por tropas brasileiras.

Diásporas e resgates, separações e reencontros, perdas e glórias, escravidão e poder, degradação e fortuna, fugas e lutas são alguns dos antagonismos presentes nessa trama cativante e libertadora!

Fundação Palmares e IPHAN traçam agenda colaborativa

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Publicado em 18/08/2016 12h00 Atualizado em 27/10/2023 15h36

Nessa terça, 16, dirigentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre eles sua presidente, Kátia Bogéa, visitaram a sede da Fundação e se reuniram com o presidente Erivaldo Oliveira e sua equipe. O objetivo central do encontro foi discutir como os órgãos poderiam aproximar suas ações e desenvolver trabalhos em parceria, ampliando os pontos de convergência e construindo assim uma agenda colaborativa.

Na mesma direção, a troca de experiência entre as instituições pode facilitar e dar celeridade à execução de suas atividades fins, a exemplo do know how acumulado pelo IPHAN na publicação de materiais didáticos e para-didáticos sobre educação patrimonial, que pode auxiliar a Palmares em produção semelhante voltada para o ensino da história e cultura afro-brasileiras.


Outro destaque do encontro foi o processo de tombamento da Serra da Barriga (União dos Palmares/AL) como Patrimônio Cultural do Mercosul. O local, berço do Quilombo dos Palmares, reinado de Zumbi, que já patrimônio nacional, teve a postulação da candidatura aprovada em reunião de líderes do Mercosul ocorrida em Colônia do Sacramento, neste ano.

Prevê-se que a candidatura oficial poderá ser lançada já no primeiro semestre de 2017 e, no segundo semestre, durante a presidência pró-tempore do Brasil, a candidatura da Serra da Barriga será submetida a análise pela Comissão Patrimonial Cultural do Mercosul e, posteriormente, pelos ministros de relações exteriores dos países-membros do grupo, conforme registrou Marcelo Brito, Diretor do Departamento de Articulação e Fomento do IPHAN.

O título facilitaria, dentre outras coisas, a instalação de um centro de referência da cultura negra na Serra da Barriga.


Situação semelhante ocorre com o Cais do Valongo (Rio de Janeiro/RJ), considerado o principal porto de desembarque de africanos escravizados no Brasil. Por isso, o Valongo é candidato a Patrimônio da Humanidade. Sobre esse espaço também analisou-se a possibilidade do desenvolvimento de trabalhos conjuntos.

Por fim, Kátia Bogéa e o presidente Erivaldo Oliveira acordaram que, durante a entrega do Prêmio Rodrigo Melo de Franco, a ser realizada nos dias 20 e 21 de outubro, no Teatro Castro Alves (Salvador/BA), assinarão um Protocolo de Intenções, que definirá as diretrizes e os trabalhos a serem desenvolvidos em parceria.

Participaram ainda dessa reunião, Andrey Rosenthal (Diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização – IPHAN), Mônia Silvestrin (Diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial – IPHAN), Mario Aloisio Barreto Melo (Superintendente da Regional do IPHAN – Alagoas), Beatriz Wanderley (Chefe de Gabinete – FCP), Flávio Macedo (Coordenador-Geral de Gestão Interna -FCP), Simoni Hastenreiter (Coordenadora-Geral Substituta de Gestão Estratégica -FCP), Edi Freitas (Diretora Substituta do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro – FCP), Márcia Uchôa (Diretora Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira) e Carolina Petitinga (Coordenadora de Estudos e Pesquisa do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra – FCP).

FCP faz parceria com embaixada de Moçambique

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Publicado em 16/08/2016 13h00 Atualizado em 27/10/2023 15h38

Na manhã dessa terça-feira (16), o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira da Silva, se encontrou com o embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Moçambique, Manuel Tomás Lubisse. No encontro foi tratado sobre futuras parcerias para a promoção da cultura afro.

Durante a conversa, Erivaldo falou sobre o projeto Corredor Cultural. Que tem como ideia ampliar a visão da cultura através de exposições fotográficas, filmes, cursos, biografias de grandes heróis afrodescendentes e museus.

Para o embaixador, o interesse do presidente da FCP em fazer essa ligação é muito importante, pois assim podem expandir a divulgação da cultura. Manuel Tomás ainda tem a ideia de fazer parcerias com restaurantes para dar maior perceptibilidade a culinária de Moçambique. Segundo o presidente da FCP, essas parcerias possibilitam o desenvolvimento de novas ações que tornam a cultura afro mais conhecida.

A Fundação Palmares celebra seus 28 anos

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Publicado em 15/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h41

Criada em 22 de agosto de 1988, a Fundação Cultural Palmares (FCP) tornou-se a primeira instituição federal dedicada à proteção, preservação e promoção da cultura negra, não apenas entendida por meio das linguagens artísticas, mas envolvendo também os modos de fazer, os saberes, as celebrações, a religiosidade, as expressões e os modos tradicionais de organização social do povo negro (a exemplo das comunidades remanescentes de quilombo).

A partir disso a Fundação Palmares busca valorizar e garantir o reconhecimento da influência da cultura negra na formação social brasileira. Sem a presença da negra e do negro nossa nação teria outra cara e outro espírito, já que as culturas de matriz africana se expressam fortemente por meio da nossa culinária, da língua, da religiosidade, das vestimentas, das danças e dos cantos.

Não obstante, ainda hoje, inúmeras expressões da cultura afro-brasileira continuam invisibilizadas e sub-representadas, seja nos espaços públicos, seja nos meios de comunicação (como todos os negros) ou no mercado cultural, o que impede que nossa população tenha a real noção de nossa diversidade, ademais muito pouco ainda se sabe sobre a história e a cultura negra no e do Brasil, o que contribui, por sua vez, para a reprodução de preconceitos e discriminações, de um lado, e a falta de autoestima, do outro.

A Palmares é uma instituição comprometida com a valorização das manifestações culturais afro-brasileiras e com a implementação de ações afirmativas, aqui não entendidas como concessão de benefícios ou paternalismo, mas como garantia de direitos, previstos na Constituição de uma sociedade que tem o respeito às diferenças e a igualdade como horizontes, desafios de um país pluriétnico e multicultural.

Inserido no contexto da Década Internacional de Afrodescendentes (2015 – 2024), o 28º aniversário da FCP será comemorado com uma programação que, de 22 a 26 de agosto, celebrará a cultura afro-brasileira e contará com lançamento de livros, shows, exibição de filmes, entre outras atrações.

Casa Brasil – Rio 2016

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Publicado em 04/08/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h45

Na manhã desta quinta-feira (04), véspera da Abertura dos Jogos Olímpicos, realizou-se a Cerimônia de Abertura da Casa Brasil, espaço localizado no Píer Mauá, zona portuária carioca, que concentrará uma vasta programação cultural durante as Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016.


Entre as autoridades presentes estiveram os ministros Eliseu Padilha (da Casa Civil), José Serra (das Relações Exteriores), Marcelo Calero (da Cultura), Leonardo Picciani (do Esporte) e Alberto Alves (do Turismo). O presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira, participou também do evento que inaugura o espaço oficial do Governo Federal para projetar a imagem do país.

A Casa Brasil terá durante 46 dias uma programação interativa e gratuita, em que o público terá a oportunidade de vivenciar um pouco do país e conhecer a riqueza social, ambiental e cultural. Samba, chorinho, quadrilhas juninas, artesanatos, oficinas, circuito audiovisual, shows de artistas consagrados e de grupos da cultura popular, lançamento de livros, espaço gastronômico com a rica culinária nacional, degustação de vinhos, cafés e cachaças de todas as partes do país farão, dentre outros, parte da programação.

O Brasil, além do eixo dedicado à Diversidade artística e cultural, será representado por outros cinco eixos temáticos: Promoção de destinos turísticos; Excelência esportiva e legado olímpico; Oportunidades de negócios e investimentos; Políticas Sociais de igualdade e inclusão; e Sustentabilidade e meio ambiente.

Casa Brasil
Período: 04 de agosto a 18 de setembro
Onde: Praça Mauá, Boulevard Olímpico – Centro do Rio de Janeiro
Horário de funcionamento: Das 10h às 20h durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Das 14h às 20h no período de 21 de agosto a 07 de setembro
Atrações Culturais: Das 20h às 22h atrações culturais
Entrada: gratuita

Comunidades quilombolas e povos de terreiros se reúnem no Sertão

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Publicado em 29/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h52

Representantes de comunidades quilombolas e povos de terreiros de Alagoas participam até domingo (31), em Delmiro Gouveia, do 2º Encontro e 1ª Jornada Científica voltados para o segmento. Estudiosos e pesquisadores de todo o país iniciaram os debates nesta sexta-feira (29), sobre as questões de matrizes africanas.

A secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas, participou da solenidade de abertura do evento. “O encontro busca fortalecer a identidade étnico-racial de maneira integrada e trazendo pela primeira vez um debate entre os pesquisadores da área. O Governo do Estado trata os temas sociais de matriz africana como questão prioritária de gestão, com vista ao desenvolvimento e a inclusão social”, declarou a secretária.

Para o vice-reitor da Universidade Federal de Alagoas, José Vieira, a união entre Academia e sociedade irá fortalecer o segmento. “O evento visa o estreitamento de laços em torno do pertencimento étnico e cultural negro afro-brasileiro e alagoano”, afirmou.

Representando a Fundação Cultural Palmares e os religiosos, Mãe Baiana destacou o combate à intolerância. “Vivemos em um país laico. Devemos respeitar e construir uma sociedade consciente dos seus direitos e deveres e a favor da liberdade entre os povos”, disse.

Também compuseram a mesa de honra o diretor-geral do Campus Ufal Sertão, Agnaldo dos Santos; o vice-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio Araújo; e a presidente do Conselho Estadual de Promoção à Igualdade Racial (Conepir), Valdice Gomes.

Ao longo do dia, os participantes puderam conferir filmes ‘Sai do Sol Galego’, de Sandreana Melo; ‘Jurema’, de Clementino Júnior; e ‘Exú: Além do Bem e do Mal’, de Werner Salles; além das mostras fotográficas ‘Povos Tradicionais de Terreiro’, de Larissa Fontes; ‘Quilombos’, de Sandreana Melo, e ‘Espaço apropriado e espaço planejado no Muquém’, de Pedro Simonard. Também foram realizadas oficinas de turbantes, búzios e apresentações culturais.

Durante as mesas-redondas, foram debatidos temas como intolerância religiosa, juventude, questões agrárias e fundiárias, retrospectiva histórica e sociocultural, preservação do bem imaterial. Na ocasião, os grupos formularam uma agenda para a visibilidade das comunidades quilombolas.

Mãe Baiana participa amanhã da roda de conversa “Estratégias culturais para a preservação do bem imaterial produzido nas comunidades como garantia de acesso às políticas públicas”.

Fonte: Agência Alagoas

Sete meses de uma nova gestão

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Publicado em 27/10/2023 17h03 Atualizado em 27/10/2023 17h32

Nesta sexta-feira (27), completam 7 meses desde a cerimônia de posse de João Jorge Rodrigues dos Santos para o cargo de presidente da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Nestes sete meses de gestão a instituição se empenhou em ações que concorrem para o atendimento de demandas trazidas pela sociedade afro-brasileira.

Para tanto, foi assinada a revogação da Portaria n.º 189, de 10 de novembro de 2020, que estabelecia o critério de serem exclusivamente póstumas as homenagens às Personalidades Notáveis Negras. E também foi revogada a Portaria nº57, de 31 de março de 2022, que instituía procedimentos que dificultavam a certificação das comunidades quilombolas.

Sete editais foram abertos, somando um investimento de mais de 4 milhões de reais, com o objetivo de premiar iniciativas de relevante contribuição ao desenvolvimento da cultura afro-brasileira. Manifestações artísticas como: artes visuais, artes cênicas (dança, música e teatro), artes integradas, circo, artesanato, música, dança, literatura afro-futurista, escrita e oralidade – mitos, narrativas folclóricas – e culinária tradicional.

O valor destinado aos editais também foi direcionado para projetos voltados à melhoria das condições de vida e ao etnodesenvolvimento das comunidades quilombolas, com temas vinculados ao uso tradicional da biodiversidade, da inovação e tecnologia sustentáveis, etnoturismo, empreendedorismo autogestionados e projetos pedagógicos de entidade quilombola.

Está previsto mais um prêmio a ser lançado "Brasil Capoeira: Fomentando a Arte e a Tradição", que consiste na premiação de Organizações da Sociedade Civil que dedicam suas atividades ao fomento, promoção, divulgação e salvaguarda da prática da Capoeira no Brasil.

Eventos, reuniões e parcerias

Em outubro, foi realizada uma audiência pública que tratou sobre a Ação Popular n° 5006660-67.2021.4.02.5117, que proíbe a instituição de realizar doação do seu acervo bibliográfico. Na ocasião foi discutida a Política de Formação, Desenvolvimento e Gestão do Acervo Bibliográfico da FCP.

Ao longo desses meses a Fundação Palmares, representada pelo presidente João Jorge e sua diretoria, participou de diversos eventos, como: encontro com o primeiro-ministro de Cabo Verde; reunião na Embaixada da Costa do Marfim; Seminário Brasil-África; reuniu-se com membros do setor cultural e diplomático do Congo; com a Associação Lu Nepp Bokk “Tudo para Nós”, de Senegal; esteve com o presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina), Thomas Low e do encerramento do programa Nossa Vida Quilombola promovido pela Embaixada dos Estados Unidos.

A FCP recebeu o embaixador da África do Sul no Brasil, Vusi Mavimbela e a embaixadora da República do Gana no Brasil, Abena Busia. Vale lembrar que João Jorge esteve em julho, na University of Ghana (Universidade de Gana) para conhecer programas de cooperação no campo da cultura, ciência e tecnologia. Também foram debatidas futuras parcerias entre a Fundação e a Universidade para programa de intercâmbio.

A presidência da Fundação firmou parcerias para projetos com a Fundação Getúlio Vargas, a EBC, o Canal Futura, Fundação Roberto Marinho, TV Bahia e TV Justiça.

Participou da reunião de organização da 16° Marcha contra a Intolerância Religiosa; da posse do novo Comitê Gestor do Sítio Arqueológico Cais do Valongo; também do evento no Rio de Janeiro, Lei de Cotas ao Engajamento Corporativo Voluntário; participou do lançamento da ‘Cartilha de Direitos dos Povos Tradicionais de Matriz Africana’ na Ordem dos Advogados Brasil no Rio de Janeiro (OABRJ). Contribuiu para o Fórum de Comunidades Tradicionais, realizado no Quilombo do Camburi, em Ubatuba-SP.

Ações da Fundação
Ações da Fundação
Visitas e homenagens

Recebeu em sua sede a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), a ministra da Cultura Margareth Menezes, as deputadas Erika Kokay (PT - DF) e Reginete Bispo (PT-RS), deputado Padre João (PT-MG); Dr.Celso Prudente.

Neste período foram visitar a Fundação organizadores do Odu-Festival de Arte Negra. Também enviaram seus representantes o Instituto Nacional Afro Amazônia e a Confederação Nacional da Agricultura Familiar (Conaf). Integrantes de blocos carnavalescos, do movimento Construção Nacional do Hip-Hop e posteriormente Rappin' Hood, um dos pioneiros do Hip-Hop no Brasil.

A Palmares foi prestigiada com a presença de Elisa Larkin, viúva de Abdias Nascimento e Rita de Castro, diretora do grupo Olodum, com o; o diretor teatral Paulo Dourado. Jane Reis, compositora, produtora e viúva do grande músico Luiz Melodia e Mahal Reis, rapper, modelo e filho do artista.

Neste ano a FCP retomou as celebrações de homenagem à memória de Dandara e Zumbi dos Palmares, no alto da Serra da Barriga no dia 22 de agosto.

E no Ministério das Relações Exteriores recebeu uma homenagem pelos seus 35 anos, celebrado no dia 22 de agosto. A solenidade, foi organizada pelo Instituto Guimarães Rosa e pela Fundação Alexandre de Gusmão, contou com a apresentação dos músicos Hamilton de Holanda e Mestrinho.

Houve o Festival 35 Anos da Fundação Cultural Palmares. A festa foi promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, na Praça das Artes, e contou com Edi Rock, Paula Lima, Luciana Mello, Orquestra de Paraisópolis, Mestre Dinho Nascimento e Dona Bernadete entre as atrações convidadas.

A música da celebração ficou por conta de Bukassa Kabengele, Paula Lima, Luciana Mello, Torya, Trajano, Edi Rock, Leidy Murilho. O som por VJ Mole, DJ MF e as manifestações culturais pelo Mestre Dinho Nascimento, Mestre Madrugada e da Dona Bernadete.

Outros eventos não mencionados podem ser conferidos nas matérias presentes no site da Fundação Cultural Palmares e também no Sistema Eletrônico de Agendas do Poder Executivo Federal.

Fundação Cultural Palmares e SECADI/MEC articulam parcerias

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Publicado em 20/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 15h58

Na manhã desta quarta-feira (20), o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, recebeu a Coordenadora-Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC), Maria Auxiliadora, a fim de estabelecer parcerias entre os órgãos.

Entre os pontos tratados, a representante da SECADI solicitou à FCP a disponibilização de informações sobre a população quilombola beneficiária do Programa de Bolsa Permanência, como a distribuição desses beneficiários entre as unidades federativas do Estado brasileiro.

A diretora substituta do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro (DPA/FCP), Edi Freitas, se comprometeu com a liberação desses dados e informou que alguns já se encontram compilados. Não obstante, registrou a necessidade da realização de um trabalho conjunto para a sensibilização dos operadores do direito e dos órgãos de controle no que tange à interpretação estanque da legislação, dada à dinâmica e condições particulares das comunidades remanescentes de quilombo (CRQ) e de seus membros. Como exemplo, citou o caso da exigência de condicionantes não razoáveis para a liberação da bolsa, como a que reivindicava a comprovação de que o beneficiário quilombola residisse em sua comunidade durante a frequência ao curso superior, ignorando que grande parte das CRQs se encontram em zonas rurais muito distantes de qualquer instituição federal de educação superior.

Por seu turno, Raquel Dias, técnica da SECADI, comunicou que será desenvolvido um projeto piloto de educação em comunidades quilombolas junto aos Kalunga, de Goiás, a fim de implementar as Diretrizes Curriculares para a Educação Quilombola, o que implica capacitar as/os professoras/es dessa comunidade. Assim, como a Fundação Palmares é a responsável pela certificação dessas comunidades e com elas mantém uma contínua relação, apresenta-se como parceiro fundamental para o sucesso do projeto.

A partir dessa experiência, a SECADI realizará oficinas na Bahia, Maranhão, Pará, Minas Gerais e Pernambuco (estados que concentram 75% das matrículas quilombolas), visando expandir o processo de implementação dessas diretrizes.

Por fim, o presidente Erivaldo registrou que, em breve, oficializará a nomeação de Maria Auxiliadora como membro do Conselho Curador da Fundação Cultural Palmares, representando do governo federal juntamente com um representante do Ministério da Justiça e outro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação.

Participaram também da reunião Beatriz Dina, Chefe de Gabinete, Tiago Cantalice, coordenador da ASCOM, ambos da FCP, e Bárbara da Silva, técnica da SECADI.

Programa de Bolsa Permanência

Trata-se da concessão de auxílio financeiro a estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior em situação de vulnerabilidade socioeconômica e para estudantes indígenas e quilombolas. O recurso é pago diretamente ao estudante de graduação por meio de um cartão de benefício.

A Bolsa Permanência é um auxílio financeiro que tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais e contribuir para a permanência e a diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Seu valor, estabelecido pelo Ministério da Educação, é equivalente ao praticado na política federal de concessão de bolsas de iniciação científica, atualmente de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Para os estudantes indígenas e quilombolas, é garantido um valor diferenciado, igual a pelo menos o dobro da bolsa paga aos demais estudantes, em razão de suas especificidades com relação à organização social de suas comunidades, condição geográfica, costumes, línguas, crenças e tradições, amparadas pela Constituição Federal.

Seminário tenta tornar acervos sobre a cultura negra brasileira mais acessíveis

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Publicado em 14/07/2016 15h00 Atualizado em 27/10/2023 16h05

Nesta quinta (14/07), a Fundação Cultural Palmares (FCP) participou da abertura do Seminário Nacional de Documentação do Acervo Afro-Digital, evento organizado pelo Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (MAFRO/UFBA) e que conta com dois temas centrais: “O acervo digital Afro-Brasileiro: resultado e desdobramentos” e “A formação do nó Bahia: rede memorial”.

O seminário resulta da articulação de pesquisadores e instituições universitárias, governamentais e comunitárias do Brasil que se dedicam à preservação e salvaguarda da memória e da cultura afro-brasileira. A proposta é que essas instituições e novos parceiros integrem a Plataforma Tainacan, sistema de informações que permite a disponibilização e facilita o acesso a acervos ainda pouco conhecidos pela população do país.

Representada no evento por seu presidente, Erivaldo Oliveira, e pela coordenadora-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), Carolina Petitinga, a FCP foi a primeira instituição pública federal voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira. Faz parte do CNIRC a Biblioteca Oliveira Silveira, que possui cerca de 20 mil itens, entre objetos históricos, peças tridimensionais, vídeos, periódicos e livros, o que faz dela a detentora do maior acervo nacional depublicações e obras da produção artística afro-brasileira.

A programação do seminário organizado pelo MAFRO/UFBA segue até esta sexta (15). O evento está sendo realizado no Anfiteatro Alfredo Brito, Faculdade de Medicina da Bahia, Terreiro de Jesus, Pelourinho. Para mais informações, acesse http://goo.gl/O8Lcye.

Homenagem a Luiza Bairros

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Publicado em 13/07/2016 15h00 Atualizado em 27/10/2023 16h12

No fim da tarde dessa terça (12/07), amigas/os, companheiras/os de luta, colegas de trabalho e políticos se reuniram em frente à estátua de Zumbi dos Palmares, no centro de Brasília, para homenagear a ex-ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros.

A celebração à memória da gaúcha, radicada em Salvador, que dedicou sua vida à luta contra a discriminação racial e contribuiu sobremaneira para que essa agenda ganhasse visibilidade e centralidade nas políticas nacionais, tornou-se um ato de comprometimento com a continuidade do legado deixado por Luiza no enfrentamento ao racismo e ao sexismo ainda tão presentes em nossa sociedade.

Mãe Baiana (Adna Santos), coordenadora de Comunidades de Matriz Africana de Terreiros, da Fundação Cultural Palmares, afirmou que a ex-ministra representava a força da mulher negra.

“Luiza empoderou as mulheres negras e o próprio movimento feminista. O modo como ela conduziu a gestão pública permitiu a participação direta dos movimentos sociais. Era uma pessoa que sabia conversar, mediar e executar políticas, sempre com muita seriedade.”

Mulheres que estiveram ao lado de Luiza Bairros no início da constituição do movimento negro brasileiro, como Maria Joana, reforçaram as palavras de Mãe Baiana. Segundo ela, que hoje representa a Frente de Mulheres Negras no Distrito Federal, as mulheres negras e as militantes do movimento negro estavam “ficando um pouco órfãs”.

Maria Luiza Júnior (Luiza de Brasília, como era conhecida no Movimento Negro Unificado – MNU) destacou que sua xará foi uma das primeiras mulheres negras a pesquisar a questão racial no Brasil. “Antes, a situação histórica do negro em nosso país era estudada por homens brancos que se colocavam como nossos porta-vozes e tentavam dizer quem éramos. Luiza foi uma das primeiras que tomou a frente e passou a falar diretamente quem nós somos.”

A amiga pessoal de Luiza Bairros salientou que há o dedo dela nessa emergência atual do orgulho negro, visto nos cabelos, nas roupas e nos turbantes hoje tão em voga. Fez questão ainda de ressaltar que sua amiga era incompreendida por alguns e tachada de antipática, o que na verdade era reflexo da “impaciência de quem quer vencer o racismo. Por isso, se tornou dura na aparência, pois estava em luta o tempo todo.”

Várias outras pessoas fizeram questão de expressar a admiração e respeito que tinham por Luiza Bairros e os momentos compartilhados ao seu lado, entre elas o deputado federal Paulão e a ex-ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Segundo ela, foi a partir dos esforços de Luiza que se pautou a questão racial no Governo Federal.

“Ela é responsável pela existência de cotas [raciais] em universidades públicas e no serviço público. Ela que trouxe a discussão sobre o genocídio da juventude negra. Luiza nunca tergiversava frente a disputas.”, afirmou Eleonora.

A ativista do movimento negro e coordenadora da ONG Criola, Jurema Werneck, por sua vez, frisou que Luiza Bairros “mostrou que podíamos ser mais do que a gente era, que o que a gente não aprendeu, tinha que dar um jeito de aprender, e que ninguém tem a licença para se encolher com a dor causada pela desigualdade e pelo preconceito.”

Em meio a tantas homenagens, a presidenta afastada, Dilma Rousseff, enviou nota em que se dizia consternada com a morte de Luiza e que sua luta foi sempre em favor das melhores causas da vida política nacional. Dilma concluiu dizendo sentir-se honrada pelos anos de convívio com Luiza Bairros.

Representantes de entidades e movimentos como a Marcha das Mulheres Negras e a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) também estiveram no ato, ao longo do qual se entoou por diversas vezes a frase: “Luiza Bairros, presente!”

Fundação Cultural Palmares lamenta o falecimento da ex-ministra Luiza Bairros

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Publicado em 12/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 16h16

É com profundo pesar que a Fundação Cultural Palmares | (FCP) comunica o falecimento de Luiza Helena Bairros, ocorrido nesta manhã, em sua cidade natal, Porto Alegre, vítima de câncer no pulmão, contra o qual vinha lutando nos últimos meses.

Nascida em 1953, na capital gaúcha, Luiza Bairros graduou-se em Administração Pública e de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Tornou-se mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Universidade de Michigan (EUA).

Radicou-se em Salvador a partir do ano de 1979, quando também iniciou sua militância contra a discriminação racial no Movimento Negro Unificado (MNU), integrando, em seguida, o Grupo de Mulheres do MNU. Participou ativamente das principais iniciativas do movimento em todo Brasil, sendo eleita, em 1991, a primeira coordenadora nacional do MNU, onde permaneceu até 1994.

Dedicando-se à construção de uma sociedade mais igualitária, Luiza Bairros engajou-se cada vez mais na crítica simultânea ao sexismo e ao racismo, por compreender que as questões relacionadas a gênero e raça andam sempre imbricadas e oprimem principalmente as mulheres negras.

Como consequência direta de seus esforços, desenvolveu trabalhos em programas das Nações Unidas (ONU) contra o racismo em 2001 e em 2005, e entre os anos de 2011 e 2014 foi ministra-chefe da Secretaria de Políticas Públicas da Igualdade Racial do Brasil (SEPPIR).

Na sua gestão foi aprovado o Decreto nº 8.136/2013, que regulamenta o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, bem como os procedimentos para adesão de estados e municípios e as modalidades de gestão. O SINAPIR possibilita uma gestão integrada entre os entes federativos, estimulando a institucionalização de equipamentos e a formação de equipes responsáveis pela condução das políticas de promoção da igualdade racial, bem como a criação de espaços para a participação social, como conselhos, fóruns permanentes e conferências.

Luiza Bairros deixa um legado que serve de inspiração a quem deseja uma sociedade mais justa, que respeite as diferenças e garanta oportunidades iguais a todas e todos.

A FCP envia suas sinceras condolências à família.

147 anos sem Castro Alves, o Poeta dos Escravos

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Publicado em 06/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 16h29

Hoje completam 147 anos do falecimento de Antônio Frederico de Castro Alves. Um dos maiores poetas brasileiros, nascido em 14 de março de 1847, na fazenda Cabaceiras, próxima à vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves (BA), cidade que leva o seu nome. Filho do médico Antônio José Alves, também professor da Faculdade de Medicina de Salvador, e Clélia Brasília Castro, que faleceu quando ele tinha apenas 12 anos.

No ano de 1853, aos 6 anos de idade, Castro Alves vai com sua família morar em Salvador. Estudou no colégio de Abílio César Borges, onde teve como colega, Rui Barbosa. Desde cedo, também por influência da educação dada pelo pai, que lhe apresentou o mundo da literatura, Castro Alves demonstrou vocação apaixonada pela poesia.

Aos 16 anos de idade Castro Alves foi morar em Recife e lá começou os preparatórios para se habilitar à matrícula na Academia de Direito. Depois de ser reprovado duas vezes, matriculou-se na Faculdade de Direito em 1864. Cursou o 1º ano em 1865, e teve como colega de turma, Tobias Barreto.

Castro Alves já havia conquistado seu espaço nessa época e sempre era requisitado nas sessões públicas da Faculdade e também em outros eventos como plateias de teatros. Então, logo integrado na vida literária acadêmica, cuidou mais de seus versos e de seus amores do que os estudos. Em 1866, perdeu o seu pai e pouco depois iniciou seu relacionamento com a atriz portuguesa, Eugênia Câmara, que durou cinco anos e desempenhou importante papel em sua lírica e em sua vida.

Castro Alves era conhecido por ser um poeta defensor das causas abolicionistas, apesar de ter uma vida relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados. Seus poemas sobre a escravidão eram exaltados em festas e reuniões. Manifestava sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação que os negros eram submetidos. Esse estilo contestador o fez ganhar o vulgo de “Poeta dos Escravos”

Em 1867, quase na metade do curso de direito, Castro Alves parte com Eugênia para uma temporada na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Na Bahia, Eugênia apresentou um drama em prosa escrito por ele: O Gonzaga ou a Revolução de Minas e na passagem pelo Rio de Janeiro, conheceu Machado de Assis e outros grandes escritores.

Por volta de 1869, feriu o pé acidentalmente durante uma caçada, contudo, o ferimento agravou-se e o pé de Castro Alves teve que ser amputado. Neste mesmo ano, houve agravamento da doença pulmonar do poeta, o que o fez retornar à Bahia já com tuberculose.

Dois anos após, em 1871 o estado de saúde de Castro Alves piorou ainda mais, levando ao falecimento precoce do poeta no dia 06 de julho.

É o patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Valentim Magalhães.

Entre suas principais obras estão Espumas Flutuantes, de 1870, Navio Negreiro (1880), Os Escravos (1883) e a peça de teatro Gonzaga ou a Revolução em Minas (1875). Em 1960 publicou-se sua Obra Completa, enriquecida de peças que não figuram nas Obras Completas de Castro Alves, editadas em 1921.

Acesse aqui e escute a poesia O Navio Negreiro, uma das mais famosas de Castro Alves, na voz do ator Paulo Autran.

Fonte:
https://goo.gl/vqhThr
http://goo.gl/sHiOl
http://goo.gl/IcgQ2G
http://goo.gl/giXGc

Fundação Palmares define programação para a Rio 2016

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Publicado em 05/07/2016 09h00 Atualizado em 27/10/2023 16h33

Em reunião nessa segunda-feira (04/07), o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, e o magnífico reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sidnei Matos, definiram a programação destinada à cultura afro-brasileira durante a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016. Participaram também dessa reunião, Flávio Macedo, chefe de gabinete da FCP, Anderson Quack, diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (DEP/FCP) e as técnicas do Departamento de Artes da UFF, Cristiane Campos e Juliana Amaral.

Por meio de Termo de Execução Descentralizada celebrado com a UFF, a Fundação Palmares promoverá uma série de atividades artísticas e culturais, entre as quais shows, oficinas, exposições, rodas de conversa e espetáculos de artistas e grupos de diferentes regiões do país.

As atividades a serem desenvolvidas pela FCP integram a programação do Ministério da Cultura (MinC) e ocorrerão, além do Rio de Janeiro, cidade que sedia os Jogos, em municípios da Grande Rio, a saber: Niterói, São Gonçalo e Duque de Caxias. Já na Cidade Maravilhosa os eventos ocorrerão nos bairros da Lapa, Madureira, Cidade de Deus e Maré.

A programação organizada pela Fundação Cultural Palmares e pela UFF contará com a Feira Zumbi dos Palmares, o espetáculo interreligioso Filhos do Brasil, as rodas de conversa e seminários do projeto Diálogos Palmares com a Cultura Afro-Brasileira e o espaço Casa da Capoeira.

Em breve, a programação será divulgada com mais detalhes, como datas e locais em que se realizarão.

Lançamento de livros afro-brasileiros em Salvador-BA

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Publicado em 30/10/2023 09h16 Atualizado em 30/10/2023 14h29

Nesta segunda-feira (30), o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) lançará dois livros fundamentais para se pensar a contribuição negra na construção do Brasil: Adinkra – Sabedoria em Símbolos Africanos (ed. Cobogó em co-edição com Ipeafro), organizado por Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá; e Abdias Nascimento, a Luta na Política (ed. Perspectiva em co-edição com Ipeafro), escrito por Elisa Larkin Nascimento.

O evento que ocorrerá na livraria Katuka, no Centro de Estudos Afro-Ocidentais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Salvador-BA, contará com a participação do artista Alberto Pitta e do advogado e professor Samuel Vida, que dialogarão com a autora Elisa Larkin Nascimento. A mediação da mesa será conduzida pela professora Eliane Boa Morte, enquanto a abertura ficará a cargo do escritor e artista Milsoul Santos – que fará uma interpretação do poema “Padê de Exu Libertador”, escrito por Abdias Nascimento.

SERVIÇO
Data: 30.10.2023
Horário: 17h30
Local: Centro de Estudos Afro-Orientais (UFBA) | Praça General Inocêncio Galvão, 42 | Dois de Julho – Salvador (BA)
Livraria: Katuka 

Fonte: https://ipeafro.org.br/ipeafro-lanca-dois-livros-na-bahia-fundamentais-para-pensar-a-contribuicao-negra-para-o-brasil/

Nota de Pesar

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Publicado em 30/10/2023 12h23 Atualizado em 30/10/2023 13h53

Morreu neste domingo, dia 29, o sociólogo, filósofo e ex-seminarista Danilo Santos de Miranda, aos 80 anos. Ele foi o responsável por transformar a entidade ligada ao setor do comércio na maior potência cultural do país. Seu olhar humanista para a cultura fez dele o principal gestor cultural do Brasil.

Miranda estava internado desde o início do mês no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sem dúvidas, a sua passagem estará eternizada, deixando um grande sentimento de saudade naqueles que a admirava.

Trajetória

Danilo Santos de Miranda foi um gestor cultural brasileiro. Desde 1984, foi diretor do Serviço Social do Comércio no estado de São Paulo.

Estudou Filosofia e Ciências Sociais, tendo realizado estudos complementares em gestão empresarial no International Institute for Management Development – IMD, na Suíça. Organizador de livros como “Ética e Cultura”, é reconhecido nacional e internacionalmente pelo trabalho que realiza à frente do Sesc São Paulo.

Sua abordagem se baseia na perspectiva de que a cultura deve ser entendida de forma ampliada, de forte sentido educativo, entrelaçando o mundo das artes e do espetáculo à memória, à aprendizagem e à convivência.

Novembro Negro é tema de reunião interministerial

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Publicado em 30/10/2023 14h15

A chefe da Cultura, Margareth Menezes, recebeu a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, na sede do MinC, nesta quarta-feira, 25. Eles discutiram pautas e projetos comuns às Pastas, com destaque às ações em comemoração ao Novembro Negro. No dia 20, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra.

A chefe da Cultura destacou ações desenvolvidas pela Fundação Cultural Palmares, sob o comando de João Jorge. A entidade é referência no debate e lidera no Brasil um agenda ampla e plural. "A Fundação Palmares é um importante órgão de fomento à cultura afro-brasileira. A promoção da cultura é uma forma de promoção de direitos humanos. Temos um enorme trabalho a ser desenvolvido", pontuou a ministra.

Durante a reunião, os ministros abordaram a importância da cultura na promoção da igualdade racial e no combate às violações de direitos humanos. "A cultura é uma forma de afirmação da identidade e da história dos povos negros no Brasil. A parceria entre os ministérios pode contribuir para a disseminação da cultura afro-brasileira e para o combate ao racismo e à discriminação", afirmou. Ela também destacou cotas para negros em editais do MinC.

"São muitas pautas, muitas lutas coletivas. A gente sabe que essa luta não começou agora. Estamos montando um Novembro Negro incrível e a gente está trabalhando muito para que não seja somente novembro, seja sempre. Que os nossos passos do presente possam fincar e estar cada vez mais presentes no futuro", resumiu a ministra Anielle ao final do encontro.

Já o ministro de Direitos Humanos considera fundamental retomar o 20 de Novembro com sua força simbólica, "naquilo que significa para a construção do imaginário de liberdade, republicano, e retomada de luta pela democracia e liberdade no Brasil". "Essa força de renovar o Novembro é fundamental para nossas lutas e fazer o Estado brasileiro digno para todos os brasileiros", declarou.

Da equipe do MinC, participaram do encontro o secretário-Executivo, Márcio Tavares; a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg; a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga; a secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, entre outros servidores.

Crédito: Divulgação Ministério da Cultura

Conheça a Serra da Barriga

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Publicado em 30/10/2023 17h08 Atualizado em 30/10/2023 17h14

A Serra Barriga, localizada na cidade de União dos Palmares em Alagoas, é considerada símbolo da resistência negra brasileira, pois durante quase 100 anos abrigou o maior quilombo do país, o Quilombo dos Palmares.

O quilombo foi formado no século XVII, pelas pessoas escravizadas que conseguiram fugir dos engenhos em busca da libertação das condições exploratórias que viviam. Sua população chegou a ter, segundo historiadores, 30 mil habitantes no ápice de sua organização social e política.

As fugas foram tantas que o quilombo acabou sendo organizado em 10 mocambos. O território tinha por volta de 200km² e se estendia desde as margens do Rio São Francisco em Alagoas até Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco.

Houve grandes líderes do Quilombo dos Palmares: Aqualtune, Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares. Dandara, mulher de Zumbi, foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII e auxiliou Zumbi quanto às estratégias e planos de ataque e defesa do quilombo.

A sobrevivência dos quilombolas vinha da pesca, caça e plantação de milho, banana, feijão, mandioca, laranja e cana-de-açúcar. As mulheres faziam artesanato com cerâmica, tecido e palha para vender para às populações vizinhas.

Alguns espaços são associados às atividades religiosas, como os espaços “campo santo” (onjó cruzambê) e “lagoa encantada dos negros e gameleira sagrada (irocô). Outros representam práticas cotidianas que foram assimiladas do povo indígena e incorporadas à cultura afro-brasileira, como por exemplo as ocas e a casa de farinha (onjó da farinha).

Os mocambos, normalmente, recebiam o nome de suas lideranças e possuíam autonomia própria; além disso, seus líderes faziam parte do Conselho dos Maiorais. A terra era um bem coletivo.

As atividades de pesca, coleta de frutos e plantio de raízes e cereais eram coordenadas pelo líder do mocambo, que distribuía os alimentos para todos os habitantes daquela localidade. O excedente era negociado com as populações que residiam próximas aos mocambos ou moravam nos engenhos.

Segundos historiadores, a grande quantidade de palmeiras deram origem ao nome “Palmares”. A região é rica em recursos naturais, principalmente o hídrico composto de nascentes que alimentam um açude e uma lagoa.

Lagoa dos Negros é um dos lugares sagrados da Serra, onde os religiosos de matriz africana realizam rituais.

Os valores simbólicos da Serra, como lugar referencial às manifestações culturais relacionadas à religiosidade, às expressões e às celebrações, ultrapassam as fronteiras desse território dando voz a grupos sociais, especialmente o de negros e afrodescendentes.

PARQUE MEMORIAL QUILOMBO DOS PALMARES

Com a mobilização de grupos de ativistas e de estudiosos, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi implantado em 2007, em um platô (área plana) do alto da Serra da Barriga. O local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985 e em 2017 pelo Mercosul.

Os equipamentos expográficos do Parque foram projetados com liberdade poética contemporânea, a partir de relatos históricos ou referenciados por arquiteturas africanas.

A edificações com paredes de taipa, cobertas de palha e o piso feito de terra batida, além da implantação de ocas indígenas, reforçam os referenciais multiculturais de Palmares, como a ancestralidade de ocupação territorial também pelos povos indígenas.

Além disso, há espaços para apresentações culturais e mirantes para a contemplação da belíssima vista.

Fonte e saiba mais:

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Dossiê de Candidatura da Serra da Barriga, Parte Mais Alcantilada - Quilombo dos Palmares a Patrimônio Cultural do MERCOSUL / Candice dos Santos Ballester ... [et al.] ; Marcelo Brito, coordenador ; Candice dos Santos Ballester, Greciene Lopes dos Santos, organizadoras ; Aruã Lima ... [et al.], colaboradores ; Fidelity Translations LTDA, tradutor. - São Carlos : Editora Cubo, 2017.

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