Funarte apresenta ‘Incidente – tudo pode acontecer’, em temporada de estreia

A partir do dia 31 de julho, quinta-feira, a Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe a temporada de estreia da montagem de teatro Incidente – tudo pode acontecer, no Teatro Dulcina, espaço cultural da entidade, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. Com ingressos a preços populares, o espetáculo aborda a desumanização no cotidiano áspero e repetitivo das grandes cidades, em meio à crescente automatização da vida. Celebrando os 20 anos do Grupo ALERTA – Pesquisa Dramática, o projeto conta com apoio do Programa Funarte Aberta.

Incidente – tudo pode acontecer narra a história de uma mulher, Joany. O dia-a-dia dela é atravessado por fatos que se repetem, na rua, no trabalho e no transporte público e em todo lugar, como em um desenrolar em espiral, cada vez mais sufocante. “São recortes de drama, tragédia e momentos curiosos. Eles apontam para temas como: caos urbano, violência, racismo, crise climática, notícias falsas e o controle da vida pela internet”, resume o autor e diretor do trabalho, Afonso Henrique Soares, que fundou o grupo realizador. A linguagem da cena é uma mistura de dança e teatro. “Com ênfase na fisicalidade*, a peça é, ainda, dotada de uma dinâmica que envolve um intenso jogo de luz, sons e músicas”, comenta o artista.

“A marca do grupo é levar aos palcos textos densos e recheados de suspense. Surgiu em 2005, na Capital Fluminense, como um projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma escrita que gerasse uma dramaturgia original, diferente, provocadora e densa. Esta foi à cena em espetáculos como Anticontemporâneo? ou Chupa essa manga!, Vermelho Sangue e Boi – este o mais duradouro do grupo, montado de 2014 a 2019. As obras proporcionaram diversos impactos e reflexões no público do Rio de Janeiro e de São Paulo, Capital”, descreve Afonso. A companhia é, atualmente, formada por ele e pela atriz e fotógrafa Cristina Froment.

Dança integrada a teatro, em espaço histórico

Traz, em Incidente – tudo pode acontecer talentos especialmente convidados, tais como a diretora de movimento Fernanda Nicolini, bailarina, performer e pesquisadora, e Cecília Terrana, bailarina, atriz e diretora, esta integrante do elenco. “O resultado é uma expressão artística que integra dança e teatro, o que se traduz em movimentos e gestos marcados e criteriosos”, acrescenta o autor.

“A estreia no histórico Teatro Dulcina tem um significado especial: inaugurado em 1935, como Theatro Regina e comprado em 1952 pela atriz Dulcina de Moraes, que o rebatizou, abrigou incontáveis montagens históricas e já foi palco das companhias de teatro de Tônia Carrero, Cacilda Becker e da própria Dulcina, tendo sobrevivido a um incêndio e ao abandono, para se consolidar como palco de uma programação intensa, diversa e plural, desde sua reinauguração, em 2011”, destaca o coletivo.

“A peça traz ainda discretas intervenções críticas em áudios de inteligência artificial”, conclui o grupo.

Benfeitoria com ingressos gratuitos

A temporada segue até 17 de agosto, de quinta-feira a sábado, às 19h e domingo às 18h. Pessoas interessadas em colaborar com benfeitoria para a produção recebem um ou mais ingressos gratuitos – informações em link abaixo.

*Em circo, teatro e dança, o conceito se refere à valorização e utilização da presença e do corpo do artista, à expressão corporal e à relação entre corpo e movimento. Fontes: LECOQ, Jacques. O Corpo Poético | LEABHART, Thomas. Modern and Post-Modern Mime | VIANNA, Klauss. A Dança | COHEN, Renato. Performance como Linguagem

“Incidente – tudo pode acontecer”
31 de julho a 17 de agosto, quinta-feira a domingo
Horários: de quinta a sábado, às 19h | Domingo, às 18h
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: R$ 30 | Meia-entrada: R$ 15 | Vendas pelo site Sympla, neste link, ou na bilheteria

Campanha de Benfeitoria para a produção, com direito a ingressos gratuitos, neste link

Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Espaço cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte

Ficha Técnica
Texto, direção geral, cenário, concepção sonora e seleção de trilha: Afonso Henrique Soares | Direção de movimento e coreografias: Fernanda Nicolini | Elenco: Soraia Arnoni; Cristina Froment; Claudio Bastos; Rafael Schmitt; Cecília Terrana e Afonso Henrique Soares | Participações especiais em áudio: Deborah Bapt; Janaína Russeff e Aline Alesièe | Figurinos: Fernanda Nicolini | Iluminação e operação de luz: Mônica Ann Diniz | Costureiro: Carlos Aleixo | Suporte técnico sonoro e operação de som: Waleska Arêas | Assessoria de imprensa: Luciana Guerra Malta | Fotografias e filmagens: Vanessa Ataliba | Produção executiva: Cristina Froment

Mais informações
Sobre o projeto: Instagram @alerta.arte | Whats.: (21) 992444642 | E-mail: guerramalta@gmail.com
Sobre o Programa Funarte Aberta: aqui, neste link
Sobre os espaços culturais da fundação no Rio de Janeiro: coec@funarte.gov.br