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Organização dos EUA dá avaliação média para o Brasil em estudo sobre medidas anticorrupção
O Brasil ficou em posição intermediária em ranking elaborado pela organização norte-americana Global Integrity sobre medidas anticorrupção e capacidade de enfrentar o problema. O estudo, realizado em 2003 e publicado no ano passado, avaliou as leis e o comportamento de 25 países sobre aspectos relacionados à prevenção de corrupção. O Brasil alcançou a 10ª posição, com duas notas boas, duas médias e uma baixa. O resultado da pesquisa, a metodologia usada e suas possíveis aplicações foram apresentadas nesta quinta-feira pela diretora da Global Integrity, Marianne Camerer, em oficina do IV Fórum Global de Combate à Corrupção.
Para o estudo, pesquisadores e jornalistas analisaram os países em seis principais categorias. O Brasil foi bem avaliado nos quesitos processo eleitoral e poderes do Estado. Recebeu notas intermediárias em acesso do público a informações, mecanismos anticorrupção e de regulação. A categoria em que o país ainda precisava avançar, segundo o estudo, era a que avaliava regulamentos envolvendo servidores públicos. A diretora do Global Integrity, no entanto, ressaltou que o estudo será feito novamente para incluir e analisar medidas adotadas pelos países recentemente.
De todos os países estudados, nenhum obteve a avaliação “muito forte”. As nações classificadas como “fortes” foram Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Itália, Portugal e África do Sul. Além do Brasil, os países que receberam avaliação “moderada” foram Japão, Argentina, México, Venezuela, Filipinas e Gana. A avaliação “fraca” foi atribuída a Nigéria, Panamá, Nicarágua, Ucrânia, Índia, Indonésia, Namíbia, Turquia, Rússia e Quênia. Por fim, Guatemala e Zimbábue receberam classificação “muito fraca”.
Para Marianne Camerer, o objetivo do estudo não é promover comparações entre países, e sim servir de base para reformas que aumentem a capacidade dos governos de prevenir a corrupção. “O importante não é comparar a Noruega com a Indonésia, por exemplo, e sim ver o que passa em cada país”, disse.