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Investir em pessoal melhora licitação pública
O termo licitação pública é sempre vinculado a contrato, documento, papéis. É raro alguém defender a necessidade de investimento em pessoal nesse assunto. O professor associado e co-diretor do Programa Jurídico de Licitação Pública da Universidade de Direito George Washington (EUA), Steven L. Schooner, está entre as exceções.
Nesta quarta-feira, dia 8, em exposição no IV Fórum Global de Combate à Corrupção, Schooner ressaltou a importância de capacitação e plano de carreira para os agentes públicos que atuam em processos licitatórios e compras públicas. “Essa pessoas precisam se sentir privilegiadas em trabalhar para o governo”, disse.
O professor de direito citou que, atualmente, os Estados Unidos são o país que gastam mais “capital humano”, mas mesmo assim o sistema não deixa de ser complicado. No entanto, com mais gente capacitada trabalhando, é menor o risco de corrupção. “Compradores públicos lidam com muito mais dinheiro do que ganham trabalhando”, disse.
Além do investimento em pessoal, Schooner defendeu a independência da mídia e, principalmente, que os meios de comunicação tenham acesso aos processos de licitação. “É necessário expor a corrupção”, disse o professor. No entanto, ele admitiu: “Os governos costumam não gostar da mídia nesses casos”.
Os trabalhos da sessão em que Schooner foi expositor foi presidida pelo ministro Ubiratan Aguiar, do Tribunal de Contas da União (TCU). Os debates contaram ainda com a participação de Martin Trybus diretor-adjunto do Grupo de Pesquisa e Licitação Pública, da Universidade de Notttingham (RU).