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Avaliar a integridade dos países é alternativa para medir corrupção
Dois representantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade internacional com 30 países membros e na qual o Brasil é observador, defenderam hoje, em oficina do IV Fórum Global de Combate à Corrupção, a idéia de que avaliar a integridade dos governos é uma das formas mais eficientes de medir o grau de corrupção dos países.
Elodie Beth e Janos Bertok, este administrador principal da Diretoria de Governança Pública e Desenvolvimento Territorial da OCDE, sustentaram que, diante da dificuldade em se medir a corrupção apenas com base na percepção sobre o problema, acompanhar os procedimentos governamentais pode ajudar os próprios governos a analisar o impacto de medidas anticorrupção. “Percepção não é percepção objetiva. Se ocorre um grande escândalo, os índices de percepção subirão, mas o que pode estar realmente acontecendo é que o governo aumentou o combate à corrupção”, disse Elodie Beth.
No método de avaliação de integridade, são avaliados a estrutura dos governos, as medidas adotadas, eventuais códigos de conduta criados e mudanças nos códigos penais, entre outros temas. “São analisados os pontos fortes e fracos dos processos governamentais”, afirmou Janos Bertok. A OCDE possui uma convenção anticorrupção da qual o Brasil é signatário.
Além dos representantes da OCDE, participou da oficina o pesquisador Axel Dreher, do Instituto Thurgau, da Suíça.