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República do Congo: gestão rural e agricultura sustentável são tema de workshops

- República do Congo: gestão rural e agricultura sustentável são tema de workshops
Conduzidas por Marenilson Batista da Silva, Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) do Brasil, as sessões representaram um marco importante na fase de implementação do projeto. “Este projeto abre oportunidades para fortalecer a agricultura familiar, além dos programas de alimentação escolar. Acredito que a República do Congo tem condições e potencial para aumentar a produção de alimentos por meio da agricultura”, afirmou.
Os workshops reuniram representantes do governo em níveis nacional, departamental e distrital, bem como agricultores que participaram das atividades-piloto do projeto nos departamentos de Bouenza, Pool e Plateaux.
Mandioca
Adaptados ao contexto agrícola e socioeconômico da República do Congo, as oficinas tiveram como foco a mandioca — cultura central para a segurança alimentar nacional, representando cerca de 80% da produção agrícola do país. A mandioca é especialmente valorizada por sua resiliência em diferentes condições de fertilidade do solo.
“Os participantes tiveram acesso a uma combinação de capacitação teórica e prática, abordando temas fundamentais como manejo do solo, uso do sistema métrico, pós-colheita e produção de biofertilizante”, explicou Maria Giulia Senesi, Oficial de Programas do Centro de Excelência contra a Fome do WFP, que apoiou a realização dos workshops.
No segundo dia do treinamento, os agricultores participaram da produção de um biofertilizante e colocaram em prática técnicas de preparo do solo. Essa abordagem foi essencial para promover alternativas sustentáveis ao uso de insumos químicos, ajudando a reduzir a dependência de recursos externos e onerosos.
Já no eixo da gestão rural, os participantes foram introduzidos à importância do registro sistemático de receitas e despesas da propriedade, bem como à necessidade de padronização das unidades de medida no comércio agrícola, a fim de evitar distorções de preços.
“A troca de conhecimentos entre os participantes e o representante brasileiro da ATER evidenciou as semelhanças na produção agrícola dos dois países, além de reforçar a relevância da cooperação Sul-Sul. A metodologia adotada garantiu o engajamento ativo de todos os participantes na capacitação”, destacou Nadia Goodman, coordenadora do projeto pelo WFP.
Sobre o projeto
Sementes para o Amanhã é fruto da parceria entre o Governo do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, o Governo da República do Congo, o WFP República do Congo e o Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul (UNOSSC). O projeto é financiado pelo Fundo IBAS (Fundo Índia, Brasil e África do Sul para Alívio da Pobreza e da Fome).