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Plano Brasil-Euroclima 2025-2026 é apresentado em Brasília

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O Plano prevê um investimento de cerca de 1,9 milhões de euros em 18 meses para atividades que promovam uma “transição verde e justa”, com foco no fortalecimento da bioeconomia na Amazônia, na promoção da resiliência climática no Rio Grande do Sul e na descarbonização da indústria.
Na Amazônia, o fortalecimento da bioeconomia busca a inclusão produtiva de mulheres e grupos vulneráveis, facilitando o acesso a tecnologias e a inserção em mercados. Ana Euler, diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, explicou que o Plano vai apoiar projetos já existentes, como o de mulheres extrativistas de óleo de pracaxi, no Amapá, produtoras de farinhas funcionais, no Pará, e de jujuba de cupuaçu, em Roraima. Ela também ressaltou a coincidência entre o Plano Brasil-Euroclima e o lançamento do Plano Nacional de Bioeconomia na COP30, além do programa corporativo da Embrapa “Mulheres Produtoras de Bem Viver”, que já conta com 38 projetos ativos.
No Sul do país, a promoção da resiliência climática envolve estudos sobre infraestrutura, planejamento urbano e rural, saneamento, drenagem e acesso a mecanismos de financiamento. Já a descarbonização industrial incluirá diagnósticos sobre desafios e políticas, desenvolvimento de novos instrumentos, gestão do conhecimento existente e capacitação de pessoas.
Euler destacou ainda o compromisso da Embrapa com a cooperação técnica entre países em desenvolvimento, especialmente em ações de inclusão produtiva, sustentabilidade ambiental e resiliência climática, alinhadas à iniciativa Euroclima. Julia Cruz, secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, lembrou que “os maiores desafios de descarbonização estão nos segmentos de carbonização intensiva, como aço, alumínio, vidro, cimento, químico e papel e celulose, que vão depender de muito apoio, normas claras e adequadas e grande desenvolvimento tecnológico”. Ela acrescentou que “a produção agrícola e o extrativismo, que dialogam bem com a descarbonização, também pedem atenção, especialmente quanto à agregação de valor e ao adensamento das cadeias produtivas”.
Jean Pierre Bou, representante da União Europeia no Brasil, destacou a urgência da crise climática e a disposição dos parceiros para enfrentá-la, reconhecendo o compromisso com o Acordo de Paris e elogiando a liderança do Brasil em propor soluções sustentáveis: “Desejamos continuar fortalecendo os laços de cooperação com o Brasil, a América Latina e o Caribe”.
Marcio Lopes Corrêa, coordenador-geral de Cooperação Técnica Multilateral da ABC, lembrou que os três projetos do Plano resultaram de um ano de negociações com todos os parceiros, em que se destacou a transparência e a determinação de propósitos de cooperação. Ele reforçou que “os resultados esperados reafirmam o compromisso do Brasil e dos parceiros internacionais com os desafios da agenda climática e a disposição da Agência em manter o Brasil como plataforma de compartilhamento de conhecimentos e tecnologias para a América Latina, o Caribe e outros países da faixa tropical”.
A iniciativa Euroclima mantém parcerias com 33 países da América Latina e Caribe para promover a transição verde em áreas urbanas e rurais, em colaboração com parceiros implementadores como Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Expertise France, Fundação para Internacionalização da Administração Pública (FIAP), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Fotos: Crédito Embrapa.

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