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No XI Foro Regional de Alimentação Escolar, RAES é destacada como estratégia chave para fortalecer alimentação escolar na região

- XI Foro Regional de Alimentação Escolar
O Foro reuniu participantes de alto nível político — ministros, secretários, embaixadores, profissionais de diversas instituições — e gestores da política de alimentação escolar de vários países.
Na ocasião, os países-membros da RAES e suas instituições executoras: Agência Brasileira de Cooperação, FNDE e FAO, reafirmaram o compromisso com o fortalecimento e o avanço da alimentação escolar. Com o engajamento dos países e a assistência técnica da FAO, os programas de alimentação escolar contribuem para erradicar a fome e melhorar a nutrição de mais de 85 milhões de estudantes na América Latina e no Caribe.
O economista‑chefe da FAO e representante regional interino para a América Latina e o Caribe, Máximo Torero, apresentou o trabalho da organização na região e destacou a criação da RAES como elemento essencial desse processo. “Os programas de alimentação escolar são decisivos: chegam a quem mais precisa, absorvem o impacto das crises e fortalecem a resiliência das comunidades”, afirmou.
Torero citou a experiência de Escolas Sustentáveis, presente em 14 países e apoiada pela Cooperação Internacional Brasil‑FAO “A FAO ajudou a criar mais de 23 000 Escolas Sustentáveis na região, promovendo hortas pedagógicas, compras locais e modelos que conectam alimentação, produção e desenvolvimento territorial.
A RAES é uma iniciativa de cooperação Sul Sul trilateral desenvolvida pela ABC, pelo FNDE e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Compromisso
Saulo Ceolin, coordenador‑geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e co‑coordenador da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, destacou o apoio da Cooperação Internacional Brasil‑FAO aos programas de alimentação escolar na região desde 2009. Ceolin afirmou que esse trabalho articulado em rede contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reforçou a importância do compromisso dos 18 países‑membros da RAES com o fortalecimento dessa política.
Torero também mencionou a Aliança. “A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem papel fundamental ao oferecer uma plataforma de coordenação de políticas e recursos, gerando intervenções de impacto e maior retorno social e econômico”, completou.
Evento Paralelo
Além de participar do fórum, a RAES promoveu uma sessão paralela com países‑membros e convidados. Najla Veloso, especialista sênior em alimentação escolar da FAO e secretária executiva da Rede, ressaltou a importância de espaços de diálogo e a necessidade de sinergias com instituições engajadas no tema.
Participaram também Máximo Torero e Daniela Godoy (FAO); Saulo Ceolin (MRE/Aliança Global); Paola Barbieri (ABC); Karine Santos, coordenadora‑geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE/FNDE). Estiveram presentes representantes de Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Honduras, Jamaica, Guatemala, Peru, Uruguai e Venezuela. O objetivo foi reforçar as articulações nacionais, regionais e globais em curso.
“A RAES quer seguir como parte ativa desse movimento, cujo objetivo é avançar para programas de alimentação escolar baseados no direito humano à alimentação adequada, que ofereçam frutas, verduras, legumes e refeições saborosas a todos os estudantes”, disse Veloso.
Paola Barbieri, analista de projetos da ABC, reforçou o compromisso da instituição com a cooperação em alimentação escolar na região. “A Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES) é um mecanismo potente da cooperação para fortalecer programas de alimentação escolar em cada um dos países membros da Rede, ao mesmo tempo em que promove o estabelecimento de uma agenda regional e apoia o alcance do objetivo da Coalizão para a Alimentação Escolar. ”
A força da articulação
Karine Santos, coordenadora‑geral do PNAE, destacou a intersetorialidade do Programa. “A articulação de múltiplos atores que discutem aspectos específicos do programa gera impactos diretos na melhoria da execução. No Brasil, vale ressaltar a atuação da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, que reúne mais de vinte ministérios e promove coordenação entre órgãos e entidades na área. ”

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