Missão brasileira visita projeto para fortalecimento da pecuária no Zimbábue

Andrew Chamisa, Diretor de Pesquisa Agropecuária do Ministério das Terras, Agricultura, Água, Clima e Desenvolvimento Rural do Zimbábue - instituição parceira do projeto - ressaltou a importância da retomada das atividades após a longa paralisação imposta pela crise sanitária da COVID-19. Chamisa também agradeceu todo o apoio recebido do Governo brasileiro para alavancar o setor no país africano.

Já Nelci Caixeta, Coordenador-Geral de Cooperação Técnica com a África, Ásia e Oceania, da ABC, destacou a relevância do conhecimento brasileiro em pecuária de corte e das trocas de experiências e boas práticas que serão realizadas nas áreas de manejo de pastagens, reprodução animal e sistemas de informação aplicados ao melhoramento de bovinos de corte, para o êxito do projeto. Caixeta destacou que o Comitê Gestor tem papel essencial na promoção de maior alinhamento entre as instituições parceiras para a execução conjunta do projeto.

Durante a discussão do plano de trabalho, o Ministério das Terras, Agricultura, Água, Clima e Desenvolvimento Rural se comprometeu a adquirir equipamentos e itens de infraestrutura necessários para o desenvolvimento do projeto, que prevê uma série de capacitações técnicas, ministradas pelos parceiros brasileiros, em temas como: pastagens; nutrição animal e conservação de forragens; e avaliação genética de bois.

O Chefe do “ Grasslands Research Institute ”, Accadius Tigere, apresentou os resultados das atividades desenvolvidas na UTD desde sua implantação, em fevereiro de 2020, destacando os desafios enfrentados pela equipe local, como a restrição de deslocamento de pessoas causada pela COVID-19, o que impactou o trabalho na Unidade.

O grupo realizou ainda o monitoramento da UTD, onde a delegação pôde verificar “ in loco ” as condições de desenvolvimento das gramíneas já plantadas. Ainda segundo o chefe do Instituto, os fazendeiros têm demonstrado muito interesse nas sementes de gramíneas que estão sendo testadas na UTD. De acordo com a UFV, as espécies deverão ser analisadas durante pelo menos três safras antes de serem recomendadas aos fazendeiros.

A iniciativa de cooperação técnica com o Zimbábue tem como objetivos contribuir para que agricultores familiares, que também fazem pequenas criações de bovinos de corte, possam aumentar seu conhecimento técnico no tema e ampliar sua renda. Pretende também reforçar a capacidade técnica e institucional do Departamento de Serviços Veterinários do Ministério de Terras, Agricultura, Água, Clima e Reassentamento Rural e das Estações de Pesquisa de Pastagens do Zimbábue.