Notícias
Missão angolana encerra semana de intercâmbio no Brasil com foco em saúde pública

- Comitiva conheceu serviços do SUS no DF e participou de oficina técnica sobre avaliação de programas de cooperação internacional
A delegação angolana, composta por representantes do Ministério da Saúde de Angola (Minsa), participou de uma agenda diversa, que incluiu visitas a unidades da rede pública do DF e uma oficina técnica voltada à avaliação das ações do programa de cooperação. A missão foi coordenada com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Ministério da Saúde brasileiro e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A comitiva conheceu de perto o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Taguatinga e Ceilândia – áreas administrativas do DF, além de centros especializados como o CAPS Infanto-juvenil e o CAPS Álcool e Drogas. As visitas permitiram o contato direto com a rotina de equipes multiprofissionais, atividades terapêuticas, organização do cuidado, regulação de serviços e a integração da formação de residentes no cotidiano das unidades. O objetivo das visitas de campo foi para que os africanos compreendam como o atendimento é organizado a partir da Atenção Primária à Saúde (APS), sua articulação com o bem-estar mental, regulação de serviços e formação de profissionais na rede pública.
Oficina
Os participantes se reuniram para a Oficina Técnica de Avaliação, dedicada à construção e validação de instrumentos que vão orientar o monitoramento do programa de cooperação. A programação envolveu debates sobre a metodologia, os princípios da cooperação Sul-Sul, a estrutura da matriz avaliativa e seu alinhamento com os diferentes públicos-alvo, desde estudantes angolanos, gestores e profissionais de saúde em ambos países.
A oficina foi liderada pela analista de projetos da ABC, Anna Perez e envolveu a todos os participantes com discussões acaloradas, questões importantes para prever a aplicabilidade e sustentabilidade do projeto. “Cada projeto tem sua dinâmica própria por isso a realização e uma oficina para a sua avaliação é tão importante”, lembra Perez.
Essa missão faz parte de um esforço mais amplo: a meta do governo angolano de qualificar 38 mil profissionais de saúde até 2027. Atualmente, cerca de mil trabalhadores angolanos estão em formação no exterior, sendo mais de 400 deles no Brasil. Os profissionais atuam em unidades de saúde distribuídas em diversos estados, em programas de residência, especialização e capacitação prática.
Para o diretor-geral do Instituto de Especialização em Saúde de Angola, Mateus Guilherme Miguel, a parceria com o Brasil tem papel central nesse processo. “O Brasil tem contribuído para a formação de quadros especializados”. Afirmou. “A cooperação fará com que o país sua capacidade de assistência à população”, afirmou.

- Comitiva conheceu serviços do SUS no DF e participou de oficina técnica sobre avaliação de programas de cooperação internacional

- Comitiva conheceu serviços do SUS no DF e participou de oficina técnica sobre avaliação de programas de cooperação internacional