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Cotton Victoria: documentário apresenta impactos da cooperação internacional brasileira na cadeia do algodão

- Parceria entre o Brasil, Burundi, Quênia e Tanzânia têm mudado a realidade de produtores da fibra na região
Coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e desenvolvida em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), instituição referência em ciências agronômicas e no melhoramento genético da cultura do algodão, a iniciativa é desenvolvida em parceria com os governos dos três países diretamente envolvidos – Burundi, Quênia e Tanzânia - com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
No Burundi, participam as instituições técnicas fundamentais para o setor: a Empresa Gestora de Algodão (COGERCO) e o Instituto de Ciências Agronômicas do Burundi; no Quênia, a Organização de Pesquisa Agrícola e Pecuária do Quênia (KALRO) e a Autoridade de Agricultura e Alimentação (AFA); e, na Tanzânia, o Instituto de Pesquisa em Agricultura da Tanzânia (TARI) e o Conselho de Algodão da Tanzânia (TCB).
Foi com representantes dessas instituições que a ABC realizou as gravações do documentário sobre o projeto, em 2024. Também gravamos com os pontos focais das Embaixadas do Brasil nesses países, essenciais para o acompanhamento do projeto.
A equipe de filmagem encontrou realidades distintas, mas conectadas por um mesmo fio: o potencial de transformação que técnicas simples podem gerar no campo e impulsionar a vida de quem vive do algodão.
Multiplicadores
Como estratégia principal do projeto, foram conduzidas diversas capacitações pelos professores da UFLA, responsáveis por compartilhar técnicas agrícolas de baixo custo, como o espaçamento adequado, a produção de biofertilizantes, o combate a pragas, entre outras práticas simples que permitem potencializar a produção da fibra. Com esse novo aprendizado, os técnicos e agricultores locais se tornaram multiplicadores do conhecimento em suas próprias comunidades, para que outros também ampliem sua produção.
Os resultados, presentes no vídeo, revelaram mais do que métodos: mostraram trajetórias de produtores que, ao ajustar o manejo da lavoura, passaram a colher mais, vender mais, viver melhor e poder planejar suas vidas.
Ouro Branco
Foram visitadas também, no interior dos países, propriedades de agricultores que, a partir do engajamento no projeto, passaram a registrar uma paisagem diferente — uma transformação que os drones puderam captar: campos brancos se estendem e expressam visualmente a força renovada da cultura do algodão na região, evidenciando a dimensão do impacto do projeto em ação.
Um branco que só é quebrado pelos tecidos multicoloridos de mulheres, jovens e homens, todos unidos na colheita do ouro branco, entre canções, risos, alegria e um forte senso de comunidade.
Afinal, quem melhor traduz o significado do projeto são os próprios agricultores. Seus testemunhos aparecem no documentário como síntese de tudo o que o algodão representa em suas vidas. Para eles, algodão é dinheiro, algodão é filho na escola, algodão é acesso a hospital, algodão é comida na mesa, algodão é teto, algodão é casa de alvenaria, é moto, é distância encurtada, algodão é futuro. Algodão é vida digna. Algodão é Vitória.
Para nós, envolvidos na cooperação internacional brasileira para o desenvolvimento, esse também é o sentimento que fica.
Confira o videodocumentário no YouTube da ABC por meio desse link: https://www.youtube.com/watch?v=aZzp6USE4tg
Conheça mais detalhes sobre os resultados do projeto Cotton Victoria na publicação relativa à avaliação de meio termo do projeto, aqui: https://www.gov.br/abc/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/documentos/relatorio-de-avaliacao-de-meio-termo-portugues-digital