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Brasil leva expertise em algodão para a África, impulsionando desenvolvimento sustentável

- Semenste com e sem linter
Em 2024, uma delegação brasileira realizou missão ao Senegal para avançar com o projeto Cotton Senegal. A ida dos especialistas brasileiros foi chefiada pela ABC e contou com a parceria da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA) e o governo senegalês. Dias de campo em Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs) reuniram cerca de 150 produtores locais para a troca de experiências com o plantio de sementes brasileiras e senegalesas. No local, especialistas brasileiros compartilharam técnicas produtivas de fácil implementação e úteis para o contexto senegalês.
Já no Mali, o projeto Cotton Solos tem transformado a fertilidade do solo com o uso de equipamentos agrícolas e práticas de conservação. A iniciativa forneceu equipamentos agrícolas para semeadura em propriedades de pequeno porte buscando padronizar o plantio e facilitar as ações de incremento da produtividade. O Cotton Solos é também coordenado pela ABC, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o governo do Mali.
O Cotton Zâmbia, por sua vez, reuniu especialistas brasileiros no fim de 2024 na primeira reunião do Comitê Gestor do projeto, para instalação da primeira Unidade Técnica Demonstrativa (UTD), em parceria com o Cotton Development Trust. A iniciativa busca fortalecer a cadeia de valor do algodão na Zâmbia, beneficiando cerca de 300 mil agricultores familiares. A ABC coordena mais essa iniciativa, desta vez em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) e com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG).

- Alinhamento com comunidade em Moçambique
Para o Coordenador-Geral de Cooperação Técnica - África, Ásia e Oceania (CGAA) da ABC, Nelci Caixeta, os projetos implementados nesses países têm contribuído não só para o incentivo à cotonicultura, mas também para a melhoria na qualidade de vida das pessoas. “Ao aumentar seus lucros com o aumento de produção, os produtores desses países estão comendo melhor, o que contribui para a segurança alimentar e nutricional das suas famílias”, disse.
“O Programa Brasileiro de Fortalecimento do Setor Algodoeiro na África é considerado caso de sucesso da cooperação, tendo em conta que se iniciou em 2009 com quatro países (Benim, Burquina Faso, Chade e Mali - Cotton 4) e, hoje, está presente em 18 países. O apoio técnico, financeiro e administrativo das instituições parceiras públicas e privadas brasileiras e estrangeiras é fundamental para avançar no desenvolvimento da cotonicultura no continente africano.”, completa Caixeta.
“Os resultados da cooperação entre o Brasil e os países africanos na área do algodão demonstram a importância da troca de experiências entre países do sul e o compromisso do PNUD em apoiar globalmente as iniciativas brasileiras nessa área”, destaca o oficial de programa para cooperação Sul-Sul do PNUD no Brasil, Daniel Furst.
ABC e PNUD
A ABC dissemina boas práticas brasileiras de cotonicultura no exterior por meio da cooperação Sul-Sul, um intercâmbio horizontal de conhecimentos e experiências entre países em desenvolvimento. Na África, com apoio do PNUD, são 18 países envolvidos em iniciativas que contribuem para o fortalecimento da cadeia produtiva do algodão, para o combate à fome e à pobreza rural e para a promoção de vidas mais dignas.
Com informações PNUD

- Produtores familiares