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Brasil inicia nova fase de cooperação internacional no tema de agricultura com países africanos.
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- Brasil inicia nova fase de cooperação internacional no tema de agricultura com países africanos.
O evento “Diálogo África-Brasil em PD&I na Agropecuária”, realizado na sede da Embrapa, marcou mais um passo em direção ao desenvolvimento de estratégias de cooperação internacional, entre Brasil e África, em três temas prioritários: agricultura regenerativa, segurança alimentar e nutricional e recuperação de áreas degradadas.
Na programação, foi assinada, pela presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pela diretora substituta da ABC, Embaixadora Luiza Lopes da Silva, pelo representante do IICA no Brasil e secretário-executivo do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), Gabriel Delgado, e pelo diretor de Governança e Informação da Embrapa, Alderi Araújo, uma carta de intenções visando criar um programa de intercâmbio de pesquisadores africanos no Brasil.
A iniciativa dá início ao planejamento de ações de integração e de troca de conhecimento entre cientistas estrangeiros. “Esse momento representa a disposição em alavancar o compartilhamento e as alianças que serão fundamentais no cenário global”, afirmou Silvia, ressaltando estarem envolvidos parceiros históricos no desenvolvimento da ciência.
A previsão é de que o programa estabeleça uma parceria para promover a troca de conhecimentos entre pesquisadores africanos – de institutos científicos, universidades ou órgãos de governo dos países – e a EMBRAPA, em temas que promovam a segurança alimentar e nutricional, a agricultura regenerativa, a resiliência e a recuperação de áreas degradadas. No dia posterior ao evento, os parceiros participaram de oficina técnica para delinear as diretrizes do programa.
“Essa iniciativa é uma demonstração do nosso interesse em reforçar o compromisso com a agricultura sustentável e retrata o avanço na agenda histórica de parceria, ainda mais agora nessa missão voltada ao continente irmão”, destacou Manuel Otero (on-line), diretor-geral do IICA.
“Sessenta por cento das terras aráveis do mundo estão na África e, com a experiência da Embrapa em transformar terras sem produção, será possível provar que a agricultura é parte da solução, desde a segurança alimentar até a transição energética”, completou. Otero defendeu ainda mais investimentos públicos e privados e atenção às políticas públicas.
Para a Embaixadora Luiza Lopes da SIlva, diretora substituta da ABC, a meta de cooperação é ambiciosa, porque envolve dezenas de países africanos, cujos desafios são parecidos, como a garantia da segurança alimentar em situações de escassez de água. “O Brasil tem a oferecer a experiência em áreas comuns que pode ser levada para a África”, comentou. “O Brasil detém um elevado grau de sofisticação de conhecimento que pode ser compartilhado pela Embrapa, inclusive em projetos com viés de inclusão de gênero, voltado para mulheres e jovens", completou.
Representando o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, o secretário Luís Renato Rua também destacou o papel da Embrapa nos programas de cooperação, referindo-se à Empresa como exemplo do que a ciência pode fazer. “Com base no histórico de atuação do Brasil no continente africano, em missões internacionais, tenho certeza de que temos um oceano que não nos separa, mas nos une em possibilidades de parceria”, concluiu.
Foto: Vinicius Kuromoto
Com informações: Embrapa